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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 25 de novembro de 2024
 

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Mensagem: SANDRINHA CARPIDEIRA (série Melo Viana) Segundo relatos de Marquinhos e do carnavalesco Nivaldo Feijão, os bons tempos que o bar Destak pontificava como a atração da rua Melo Viana, uma freqüentadora das rodadas de cerveja, era Sandrinha Carpideira. Mestra do agá era assessorada por duas secretárias, formando, assim, uma trinca de velhacas. Ela, com a sua equipe, tão logo tinham conhecimento de algum velório no bairro Morrinhos, caiam dentro do maior luto. Mudavam-se literalmente para a casa onde transcorria as exéquias do falecido e lá, comoviam e assombravam os presentes exercendo o oficio de carpir o ”de cujus”. Choravam, gritavam, enfim davam o maior show! Enquanto a Sandrinha carpia, as duas secretárias corriam os olhos pela casa para sacar onde havia coisas pequenas e jóias. Eram peritas em avaliação e localização. Levavam duas grandes sacolas cheias de flores, que voltavam barrufadas de valores! Relógios, jóias, rádios portáteis, equipamentos de uso médico, cartões de crédito, talões de cheques, armas de fogo, de tudo um pouco. Enquanto os acompanhantes do cortejo se emocionavam e choravam junto com a Sandrinha Carpideira, que dava o maior pití à beira da cova, as duas que ficavam olhando e tomando conta da casa, faziam à festa e passavam o rodo no bem bom. Durante o enterro de Técio, morador local do bairro, morto por ter comido muito tira-gosto de sarapatel quente no Bar Destak, Sandrinha aprontou na beira da cova, pedindo para ser enterrada junto com o falecido. Puro teatro! Gritava: eu quero ir com ele! Enterra-me junto dele! Deixem-me ir! Deixem-me que eu vou! Estando o caixão em repouso no fundo da cova, no exato momento de se lançar as primeiras pazadas de terra por cima, a vigarista agitada, escorregou nos torrões de terra seca à beira do túmulo e caiu lá dentro, para o espanto de toda a platéia. Aí, a cantiga mudou! Quando recebeu as primeiras pazadas de terra na cara, balançou os braços em exagerada gesticulação e gritou: tira-me daqui!. Eu não quero ir mais não! Foi o seu canto do cisne! Pegou mal e a galera manjou a jogada. Foi este o fim da trinca de carpideiras da rua Melo Viana... Outro falecido que morreu em conseqüência de comer tira-gosto muito quente em pedaços grandes demais, nas vitrines do Bar Destak, foi seu Asídro. Botava quatro grandes pedaços de bucho fervendo no palito e mandava para dentro, direto na garganta, sem mastigá-los. Não deu outra. De tanto ir à fonte, um dia o cântaro quebrou e ele bateu a caçoleta! Aviso aos navegantes: bucho, sarapatel, fígado, pedaço grande de galinha botadeira de ovos em granja, é rabo de foguete! Puro colesterol, gordura saturada e outras coisitas mais. Tomem cuidado! O cardápio e os produtos das cozinhas dos point da Melo Viana, são batizados. Olho vivo, pois só enfrenta quem agüenta...

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