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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 2 de maio de 2024
 

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Mensagem: Fim das obras na Serra do Ibituruna - Luiz Ribeiro - A Prefeitura de Montes Claros, no Norte de Minas, anunciou um acordo com o grupo de religiosos Arautos do Evangelho, que vai resultar na paralisação das obras da construção de um centro de estudos pela entidade no pé da Serra do Ibituruna, próximo à área urbana. Pelo entendimento, a municipalidade ficará com o terreno e vai ceder outra área para que a entidade religiosa erga a construção. O fato foi comemorado pelos ambientalistas como uma vitória da população, pois a administração municipal interferiu na questão depois de uma grande reação dos moradores, que lutam pela preservação e conservação ambiental da área. O processo para a liberação da construção do centro de estudos do Arautos do Evangelho na Serra do Ibituruna começou a tramitar na prefeitura no fim da gestão passada e foi aprovado na atual administração. Foi desmatada uma área de 8,8 mil metros quadrados num terreno localizado a cerca de 300 metros de altura a partir do início da subida da serra. A devastação, feita em novembro, tornou-se visível de vários pontos da cidade, podendo ser notada a quilômetros de distância. Houve reação por parte de ambientalistas e de muitos moradores. Além de recorrer aos órgãos ambientais, a população se manifestou contra a obra, por intermédio de mensagens na internet, sobretudo num site local (www.montesclaros.com). A prefeitura alegou que os empreendedores agiram dentro da lei e que a autorização para a obra na serra teve parecer favorável do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renovais (Ibama) e outros órgãos. Apesar disso, ontem, o prefeito Luiz Tadeu Leite anunciou que, ´mesmo estando dentro da lei´, a retirada da vegetação ´provocou uma chaga na Serra do Ibituruna´. Também reconheceu que houve uma reação popular muito forte contrária à obra e, por essas razões, o grupo religioso foi procurado para que a prefeitura firmasse o acordo. A área que vai ser cedida é no Bairro Ibituruna e, em contrapartida, o terreno na encosta da serra, será transferido para o município, que assumiu o compromisso de recompor sua cobertura vegetal. Tadeu Leite ressaltou que a participação do arcebispo de Montes Claros, dom Geraldo Majela de Castro, foi decisiva para que houvesse o entendimento. Disse também que o grupo Arautos do Evangelho reclamou que gastou R$ 150 mil para cortar as árvores e na terraplenagem. “De fato, foi uma vitória da população´, comemorou o ambientalista Soter Magno, presidente da organização não governamental Vida Verde, que desenvolve trabalhos voltados para a preservação das serras do Ibituruna e do Sapucaia. “Houve reação contrária à obra no Ibituruna até por parte de pessoas que hoje moram em outros países, mas que nasceram em Montes Claros e conhecem a história da serra´, afirma Magno, destacando a importância de outras serras próximas a áreas urbanas, como a do Curral, em Belo Horizonte; e a da Cantareira, em São Paulo. O terreno junto à Serra do Ibituruna não está livre de outras construções. O prefeito Luiz Tadeu Leite disse que a prefeitura será mais rigorosa na liberação de novas obras na área. Mas lembrou que em 2004 foi aprovado um loteamento de chácaras ao pé da serra.

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