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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 19 de setembro de 2024
 

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Mensagem: As lições de Mercury... Acabo de assistir ao Filme “ Bohemian Rhapsody sobre a vibrante trajetória da Banda Inglesa Queen e do seu líder maior Fred Mercury ( interpretado pelo ator Romi MaleK) , falecido em 1991. Trata-se de um filme biográfico com um excelente roteiro e uma atuação exuberante do ator que interpreta Mercury. A narrativa traz todo o histórico do líder desde a sua juventude como Operador de Malas no maior Aeroporto de Londres até a sua morte pelo vírus da AIDs. O roteiro nos apresenta um artista extremamente sensível e humano ( até então uma faceta desconhecida) e ao mesmo tempo bastante determinado e criativo. Sabia exatamente onde queria chegar. A trajetória não foi fácil. No início a desconfiança das Gravadoras e do próprio empresário; depois o efeito devastador da vida prosmícua e das drogas. A direção Musical e a trilha sonora são fantásticas e nos leva a uma viagem no tempo com : Love of my Life, Somebody, Bohemian Rhapsody e outros grandes clássicos. A semelhança dos atores com os demais componentes da banda também é impressionante. Trabalho criterioso do diretor Bryan Singer . Mas quais as lições retiramos desta vida “ desregrada” e “ fora dos trilhos” de Fred Mercury? São três momentos importantes trazidos pelo roteirista da película. O Primeiro a coragem de Mercury para quebrar Paradígmas e inovar com criatividade e talento. As rádios inglesas somente tocavam hits com no máximo três minutos; Bohemian Rapsody subverte esta ordem natural das coisas e, pela primeira vez na rádio britânica BBC um hit alcança os incríveis seis minutos e meio. Os dois últimos momentos marcantes se referem ao retorno de Mercury à Banda Queen no Studio da EMI-ODEON em Londres : Ele afirma para Brian May que a sua nova banda não deu certo porque todos os novos integrantes concordavam com tudo que ele dizia e propunha. Ou seja, a produção criativa, segundo Mercury está na discordância e no debate; na troca de ideias, na tolerância. Nesta mesma reunião na EMIO-ODEON ele pergunta aos membros da Banda : “ O que devo fazer para ser perdoado por vocês ?” Penso que talvez este tenha sido o ápice da narrativa épica. Que demonstração de humildade daquele que era o líder, o maior, a Estrela dos Universitários de Londres. A resposta foi rápida : Fazer o que vínhamos fazendo; a partir de agora não existe mais Fred Mercury e Banda Queen; mas apenas e tão somente Banda Queen ( com os direitos autorais divididos proporcionalmente por todos. E para encerrar a Odisseia de Mercury, antes da sua apoteótica apresentação no Estádio de Wembley em 1986, no Live AID, a passagem na casa dos pais para o início das despedidas ( quando já se sabia que havia contraído o vírus da AIDS). Em certo momento ele se dirige a sua amada Maryan questionando: Para que vivemos ? Alguém sabe o que procuramos realmente? Seria a felicidade? O Sucesso? O Poder? A riqueza? A inovação? O Bem-estar para todos? Para que nascemos? Indagações e indagaçaões que jamais serão respondidas. Nem por Sartre nem por Freud. Existencialismo puro. Qual o nosso fim? Tudo distribuído na letra de Bohemi Rapsody. Resta, portanto, a lição da humildade e a lição do perdão. Foi um homem que sobe perdoar e ser perdoado. Uma genialidade com todas as características dos grandes gênios: A capacidade de construir, de reconstruir, de errar, de admitir os erros, e sobretudo a capacidade de recomeçar: Mesmo que para Mercury este recomeço tenha sido interrompido abruptamente pela AIDS. Filme imperdível. Para ser visto na telona. No Cinema. Onde se pode degustar cada imagem, cada nota do piano mágico de Fred Mercury. Memorável portanto as suas últimas palavras na letra da música : Show mus go one como segue : “ Espaços vazios Pelo que nós estamos vivendo. Lugares abandonados. Eu acho que nós sabemos o resultado de novo e de novo. Alguém sabe o que nós estamos procurando ? Outro herói/Outro crime impensável/Atrás da cortina Na pantomima/Segure a linha/Alguém quer segurar um pouco mais? O show deve continuar O show deve continuar, sim Por dentro meu coração está se partindo Minha maquiagem pode estar escorrendo Mas meu sorriso/Ainda permanece O Show deve continuar sempre!!!!! Sempre!!!! Gustavo Mameluque- Jornalista e Crítico de Cinema. Colaborador do montesclaros.com e do Jornal Hoje em Dia.

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