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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 19 de setembro de 2024
 

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Mensagem: A escravidão desvendada Manoel Hygino A partir de agora, tem-se em português um livro esplêndido, singular, em 600 páginas, que antes existia apenas em língua inglesa. É que, conforme programado, está sendo lançado “Crescendo em silêncio. A incrível economia escravagista de Minas Gerais no século XIX”, de Roberto Borges Martins. A edição é do Instituto Cultural Amilcar Martins e da Associação Brasileira de Pesquisadores em História Econômica. O autor, Roberto Martins, é de uma estirpe celebrada que atuou em Minas no século passado, no campo da medicina: Borges da Costa, um dos pioneiros na luta contra o câncer nas Américas, antecipando-se a prestigiados cientistas de todo o mundo. O outro, o professor Amilcar Martins, especialista em esquistossomíase, tido até como herói, sacrificado por seu trabalho. Modestamente, Roberto Martins observa que seu “Crescendo em Silêncio” é a tradução de sua tese em economia, “Growing in Silence: The Slave Economy od Nineteenh Century Minas Gerais, Brazil”, defendida na Universidade de Vanderbilt, nos Estados Unidos, em outubro de 1980. O precioso estudo foi apresentado em palestras e seminários, nunca em conjunto, e por via impressa, a não ser em inglês e em microfilme, a despeito de sua notória relevância. Assim, seguimos muito ignorando sobre a escravidão em estudos, o que somente agora se elimina. Transcorrido tanto tempo, muito já se escreveu sobre o tema, mas não com a específica amplitude e profundidade que Roberto Martins desejou para seu trabalho. Com o aparecimento da tese, em belo volume e em nosso idioma, desde o lançamento na segunda-feira, dia 26 de novembro, o problema fica sanado. O brasileiro, sobretudo o mineiro, ficará sabendo, assim, o imprescindível sobre a escravidão na terra montanhesa, no século XIX. Aliás, muito a propósito o ato será na Academia Mineira de Letras, na rua da Bahia, no auditório Vivaldi Moreira, anexo à velha residência de Borges da Costa, onde o autor dará autógrafos aos que ali comparecerem para a amável oportunidade. Se a obra em si é indispensável aos estudiosos de tema, mais despertará a atenção se esclarecer que todos os dados e informações dos últimos quarenta anos foram acrescentados. Bom registrar que as teses defendidas por Roberto Martins permanecem no núcleo do debate acadêmico internacional. Tomo a liberdade de transcrever Luiz Fernando Saraiva, presidente da ABPHE. Diz ele que, o texto em questão, “muito citado e nem sempre lido, tornou-se referência obrigatória entre aqueles que estudam a economia brasileira no oitocentos e impôs reflexões e inflexões no fazer historiográfico que até hoje são sentidas para a compreensão da importância que a escravidão teve na formação de nossa sociedade”.

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