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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 18 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Visitando a manjedoura Manoel Hygino À medida que se aproxima o período natalino, chegam belas mensagens formulando votos de felicidade, inclusive para o ano novo que também bate à porta. Verdade que o lugar comum predomina, mas o importante é a sensação de amizade e de cordialidade que emana do momento e das circunstâncias. E se escreve também sobre Jesus, Maria e José, os presépios, os bichinhos que emolduram o cenário, as latinhas que antes guardavam doces transformadas em canteiro de arroz recém-semeado.... e a manjedoura. O escritor Pedro Rogério Moreira, confrade na Academia Mineira de Letras, filho de seu presidente perpétuo Vivaldi, avança no texto e pergunta: onde descansava o Menino Jesus ao receber a visita dos magos do Oriente? O primeiro evangelista diz: “Quando entraram na casa, viram o menino com Maria (Mateus 2:1-12). O terceiro evangelista diz que, como não havia lugar para eles na sala dos hóspedes, o que dá a entender uma casa ou hospedaria, o casal foi se alojar na estrebaria, onde Maria envolveu o recém-nascido em faixas e o deitou numa manjedoura (Lucas 2:7)”. Há outra versão que encaixa uma manjedoura: como Belém estava cheia de viajantes por causa do recenseamento, os pais de Jesus não encontraram uma hospedaria e foram parar numa estrebaria oferecida pelos pastores mencionados em Lucas 2:8-9. A tradição do nascimento numa gruta só apareceria no século II, como consta da “Bíblia Ecumênica”. O melhor do assunto é perpassar por milhares de temas milenares, em que se misturam a história e tradições imemoriais, transmitidas oralmente através das gerações. As coisas e os fatos não coadunam mui repetidamente. É o caso dos Reis Magos, que comparecem à manjedoura (?), em Belém. Eles não eram reis, mas magos conforme adverte o único evangelista a referir-se a eles, em Mateus 2:1. Na verdade, os estudiosos consideram-nos astrônomos persas, possivelmente sacerdotes do zoroastrismo, doutrina religiosa de Zoroastro, mas receberam o honroso título de reis. Um detalhe: o Evangelho não diz que eram três, nem dão seus nomes. A denominação de Belquior, Baltazar e Gaspar decorre da fantasia dos primeiros períodos da cristandade. Como a religião é importante na vida dos povos e sendo o Brasil um país eminentemente cristão e católico, esses pormenores e versões ajudam a melhor compreender os episódios descritos pelos testamentos. Ou a dividir opiniões, mas com nova carga de atrativos. Vale a pena e nada melhor que a apelidada “passagem de ano”. O próprio Pedro Rogério registrou: “este livro não tem propósito de difusão religiosa, muito menos compromisso com a teologia. Trata-se de uma coletânea de fatos bíblicos que se enquadram naquilo que o senso comum entende por curiosidades.... e que fazem da Bíblia o livro mais célebre da história da civilização”.

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