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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 18 de setembro de 2024
 

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Mensagem: SAUDADES DE UM NATAL QUE NÃO VOLTA MAIS. Sabemos que: “Natal é o melhor remédio para fazer crescer a paz, a solidariedade e a amizade”. Quando éramos crianças o Natal não era apenas a comemoração do nascimento do menino Jesus. - Apesar de que, até hoje faço questão de celebrar junto aos meus familiares mais um ano de vida do menino Rei – cantando parabéns. A expectativa de outrora era de acordar com os presentes ao lado dos sapatinhos – menino, nem se lembrava do aniversariante citado. Nossas ruas ainda de terra – ou melhor, de lama, pois, 25 Dezembro chovia muito mais do que hoje, ficava cheia de crianças brincando com os carrinhos de fricção ou na base da cordinha – bolas – as meninas ostentando as bonecas, tanto de pano, quanto as com cabelo; os meninos filhos de pais com poder aquisitivo melhor com seus velocípedes e bicicletas. Era barulho de espoletas dos revólveres “Cowboy”, os carrinhos com sirenes – era uma festa que só diminuía quando chegava a hora do almoço. Mas, durante as exibições dos presentes, sempre existia um que o Papai Noel deixou de entregar o presente devido o dinheiro escasso. Então, o sentimento natalino era externado. A leveza do ser era sustentável!! As crianças presenteadas deixavam as outras desprovidas dar uma voltinha de bicicleta, jogar bola, jogar pião, as meninas deixavam brincar com as bonecas e os bambolês. Uns, mais chatinhos, recusavam ceder os brinquedos, mas, as crianças relevavam, pois, conheciam seus pais. Éramos muito felizes! Neste Natal, depois da Ceia fui dormir na casa da minha filha. Logo de manhã levantei-me, fui até a rua, olhei para um lado, para o outro, na esperança de matar as saudades da rua cheia de crianças. – Chorei!. No bairro da casa não tinha NEM UMA CRIANÇA BRINCANDO, repito, Nem uma! Logo, segui para minha casa, no trajeto algumas crianças com seus tablets e celulares - em uma das ruas do bairro São José, uma mãe equilibrando uma criancinha numa bicicleta (com rodas laterais), e só. Chequei em casa, nos jornais televisos só carnificinas – assaltos - Tisunami na Idonésia - criança morta sob custódia do Tio Sam – Políticos demonstrando que são (...) – penitenciaria de segurança máxima interditada, e para completar, noticias sobre o João do “capeta” que abusava da fé dos carentes da “Fé” em Deus, para fomentar sua quadrilha. Que saudades que tenho dos presentes, da rua, dos amigos de infância, das boas noticias do outro dia - só não tenho muita saudade da Missa do Galo na Catedral, pois, terminava muito tarde, Talvez nossos pais nos levávamos na missa do Galo era justamente para quando chegar em casa comer rápido e entrar para o sono profundo e não ver a hora que o Papai Noel deixava os presentes enviados pelos “Reis Magos”. Tenho saudades dos meus brinquedos que vinham tanto dos meus pais, ou do meu avô “Seu” Ponciano. Tenho saudades da Praça Coronel Ribeiro nos dias vindouros do Natal, ali reuniam os pobres e ricos, negros e brancos, sem nenhum preconceito. Nunca me esquecerei da minha primeira bicicleta; uma “Monareta” 67. Para ela, comprei um dínamo (gerador de energia), lâmpadas de todas as cores, um farol pequeno, luvas com bandeirolas. Ficou mais bonita que “cavalinho de charrete” – era um “Raio de luxo”. São muitas lembranças que só ao longo do tempo, as crianças das redes sociais irão entender que, nossa geração era muito feliz com os nossos Natais. E a sociedade de consumo só vai entender, quando, na medida em que a essência do Natal vai acabando, as vendas vão caindo, e a tradição da data do nascimento do menino Deus, vai volatilizando prejudicando o comércio, como vem atingindo os Ternos de Folia que arrastam por falta dos novos seguidores. Em tempo: - Os Ternos de Folia de Juramento, Glaucilândia e do distrito de São José do Alto Belo já estão visitando os Presépios. Tá muito bom para “furar saco”. (*) José Ponciano Neto é Cronista, articulista, historiador do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros (IHGMC) e Vice-Presidente da Academia Maçônica de Letras do Norte de Minas (AMALENM)

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