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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 16 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Haja coração! Manoel Hygino Quem se der ao trabalho de ler sobre D. Leonor, rainha de Portugal, mulher de D. João II, constatará que ela descendia da melhor nobreza ibérica e da Inglaterra, daí o nome acompanhar-se pelo título “de Lencastre”. Perpetuou-se como modelo por sua inteligência, cultura, bondade e ação. Formada cuidadosamente, tornou-se um símbolo da fé e da esperança. Conseguiu vencer intrigas da corte, ostentou a coroa por 14 anos, até falecer aos 67. Distinguiu-se pela conduta e iniciativas num dos períodos mais intensos da vida nacional, como das lutas na África, a guerra com Castela, a preparação das Descobertas, inclusive do Brasil e da Índia, a consolidação do império. Preocupada com o ser humano, desditas e dores, fundou o Hospital de Caldas, o primeiro grande estabelecimento de Portugal no gênero e o mais antigo termal do mundo. Finalmente, criou a Misericórdia de Lisboa, em 1485, inspirando a adoção das “Quatorze Obras de Misericórdia”, a serem seguidas em todo o já extenso mundo português. Leonor viveu em pobreza seus últimos anos, abdicando de seus direitos e grandezas, após se fazer irmã de caridade, sem professar, da ordem Terceira de São Francisco. Um dos frutos da obra benemérita de D. Leonor está instalado em Belo Horizonte, há 120 anos, e é a Santa Casa de Misericórdia, em que se fez, há poucos dias, o primeiro transplante de coração, uma façanha de seu corpo clínico. Não só para orgulho do estabelecimento e de seus competentes médicos, pois um grande feito não deve ser individualizado. Esperou-se uma semana para considerar exitosa a cirurgia de Marcelo Frederigue de Castro e Carla de Oliveira, em uma equipe que goza de elevado conceito, reconhecida pelo Ministério da Saúde e entidades do mais alto conceito até fora do Brasil, que conta com acompanhamento do cardiologista Sílvio Amadeu Andrade. Quando Cristian Bernard, na África do Sul, conseguiu o transplante pioneiro foi um acontecimento internacional, e não era para menos. Agora, o feito em Belo Horizonte, numa casa de misericórdia, como aquela fundada por D. Leonor, deve glorificá-la, mesmo não mais estando em nosso reino. O acontecimento – como há de ser considerado – é festejado por quantos passaram ou estejam à frente dos destinos da instituição filantrópica que mais atende em Minas, também primeira casa de saúde da capital mineira. Um procedimento de tamanha complexidade, realizado por um estabelecimento como a Santa Casa de Belo Horizonte, por cuja sobrevivência cidadãos os mais ilustres deram o máximo de si mesmos e de seus esforços, é algo memorável. José Maria Alkmin, por mais de 36 anos seu provedor, deve estar felicíssimo, onde estiver; e o atual provedor, Saulo Levindo Coelho, com quase 20 anos na direção, evidentemente se orgulha também e o confessa publicamente. Sem falar em Guilherme Riccio, diretor de Assistência à Saúde, é claro.

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