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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 19 de setembro de 2024
 

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Mensagem: TILÁPIA – POESIA E A REALIDADE DOS CURSOS D’ÁGUA Para manter suas características e, consequentemente benfeitorias que harmoniza o meio ambiente e o ser humano é preciso conservar as espécies nativas nos seus devidos habitat’s. E para isso seria necessário um monitoramento da ictiofauna dos córregos e rios que cortam Montes Claros. Alguns fatos nos chamam atenção com relação às Tilápias que estão aparecendo em muitos córregos, chamando atenção de alguns “laicos” e informados que as admiram com sentimentos de compaixão e ou espanto. Os córregos de Montes Claros, ambientalmente são afetados através das redes pluviais – são redes receptoras de águas de chuvas, que, também recebem águas dos esgotos clandestinos residenciais, oficinas etc... que não são controladas pela concessionária de saneamento. - Esta pressão culmina em fatores abióticos que altera literalmente o ecossistema. Neste caso, nem mesmo as tilápias que, são resistentes ao baixo nível do oxigênio dissolvido na água e até temperaturas elevadas, não resistem. Mas a PRAGA MAIOR é a própria tilápia, que é exótica e predadora das espécies nativas! Quando encontrada nos nossos córregos é sinal de um desequilíbrio ecológico. As Tilápias são oriundas dos países do Oriente e trazidas para o Ocidente, lá pelos anos 70 – segundo os biólogos - vieram para serem cultivadas em tanques. A piscicultura destas espécies acabou não atraindo muito o mercado, vindo a serem descartadas em córregos e rios; em alguns casos por meio dos transbordos dos tanques e lagoas. A migração através das aves (patos e marrecos) também é uma hipótese do aparecimento desta praga exótica e poética para muitos. A tilápia por ser resistente, no ecossistema do nosso continente, tem a facilidade de adaptação nos córregos e rios suas características são intrínsecas que trazem competição desleal que estabelece com espécies nativas por comida espaço e oxigênio. Daí, o desaparecimento dos Lambaris (Piabas) e dos piauzinhos Jejo do seu habitat natural. Os nossos lambaris que já nos encantou nas pescarias artesanais - quando crianças - foram devorados e/ou expulsos pela pressão urbana e pelas tilápias. Os lambaris sim é que deveriam ser preservados em nossos córregos! Estes onívoros que não escolhe comida. São apropriados para serem apreciados. Seu gênero só existe na América do Sul. Só a revitalização e a preservação dos córregos e rios - a retirada das tilápias - é que podem fazer resurgir as piabas e os piauzinhos Jejo, até mesmo outras espécies como as traíras. Para isso, é preciso uma parceria, de modo receptar os esgotos clandestinos poluidores: os domésticos sem tratamento – esgotos de oficinas e Postos de combustíveis e laticínios clandestinos. A retirada dos lixos e dos materiais inertes também é essencial. Como diz um grande biólogo especialista em ictiofauna: “a tilápia é muito boa no tanque e depois de passar pela frigideira”. Por fim! - Programas de manejo e monitoramento da ictiofauna e a retirada das Tilápias pode ser uma solução para assistirmos cardumes das Piabas e dos piauzinhos no seu habitat natural. (*) José Ponciano Neto: Tec. Meio Ambiente e Recursos Hídricos –– Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros (IHGMC).

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