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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Mural

Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°45388
De: Jornal Hoje em Dia Data: Terça 14/4/2009 09:03:20
Cidade: Belo Horizonte

Moto reforça vigilância – Montes Claros – 10° Batalhão de Policía Militar recebeu 20 novas motocicletas, que serão usadas no policiamento de Montes Claros. Os veículos foram entregues oficialmente na tarde de ontem, em solenidade realizada na Praça Pio XII. A cidade passa a contar com 45 motocicletas policias. Com isso, o comandante da unidade, tenente-coronel Franklim de Paula Silveira, criou a Companhia Tático Móvel de Motocicletas, para atuar nas quatros Áreas Integradas de Segurança Pública, mas com base no batalhão. As motos já foram usadas durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do governador Aécio Neves a Montes Claros, no dia 6. O comandante afirma que as motocicletas apresentam vantagem, pelo fácil deslocamento e ainda permitem que policiais entrem em becos e ruelas das favelas da cidade. “As motos que vieram para Montes Claros são o reconhecimento da queda da criminalidade alcançada na cidade no ano passado, pois apresentamos uma redução de 28% em 2008, em relação a 2007 e, neste ano, tivemos queda de 7% nos crimes violentos, em relação aos três primeiros meses de 2008. A nossa maior vitória é que o índice de homicídios em Montes claros caiu 20% nos três primeiros meses deste ano, em relação ao mesmo período de 2008”, afirma Franklim Silveira. Montes Claros bateu em 2008 o recorde de assassinatos, apresentando 84 casos durante o ano. Segundo o comandante, “grande parte foi provocada pela guerra do tráfico”. Além das motocicletas, a Polícia Militar recebeu uma viatura de base comunitária móvel, para atendimento na área da Aisp 98, ou seja, na região do Major Prates, além de viatura que será utilizada no transporte do policiamento na cidade. “Com a nova viatura de base comunitária móvel, o atendimento à comunidade ganhará maior presteza e agilidade, tendo em vista que essa viatura estará alternando entre os pontos de grande incidência criminal e proporcionando maior comodidade no registro de ocorrências e atendimento ao público”, alega o comandante.

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Mensagem N°45387
De: José de Abreu Data: Terça 14/4/2009 08:21:50
Cidade: Nova Lima

Se a mensagem postada pelo Sr. Helio, sobre a despoluição de parte do Rio Vieira for confirmada, será sem dúvida a mais importante já vista neste Mural, não só para nós de Montes Claros, mas para todo o planeta. Como diz o Mestre, nossa Aldeia não será mais a mesma.

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Mensagem N°45386
De: Luiza ref. msg 45.325 Data: Terça 14/4/2009 08:15:00
Cidade: Montes Claros - MG

Eu ainda não fui ao novo Shopping, mas é reclamação geral sobre o barulho exagerado da Praça da Alimentação....eu não entendo, mas os engenheiros responsáveis não poderiam resolver este problema? Tem pessoas que foram ao local e sairam logo e não mais voltaram pelo terrível barulho que se faz. O barulho é comum em shoppings, mas ali está além do normal.

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Mensagem N°45382
De: Melo Data: Terça 14/4/2009 07:11:53
Cidade: Montes Claros

Ref. MSG 45370 do Sr. Hélio. Faço caminhadas com minha esposa na av. Sidney Chaves e realmente temos notado a presença de garças no leito do Rio Vieira e mais abaixo (perto da Nestlé) dá para ver peixes pequenos pulando na água. Maravilhosa notícia, que deveria ser publicada com estardalhaço em todos os jornais norte-mineiros.

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Mensagem N°45381
De: Márcia Vieira Data: Terça 14/4/2009 01:28:53
Cidade: Montes Claros - MG

“Havia um fato policial qualquer e o diretor do jornal em que ele trabalhava passou a caneta na matéria. Fialho argumentou: ‘Uai, Dr. Pedro, o senhor está cortando toda a minha matéria, está tirando o sentido!’. Depois que ele terminou de se expressar, o diretor respondeu: ‘meu filho, se você quer escrever o que você pensa, compra um jornal pra você’”. Essa foi apenas uma, das boas histórias relatadas pelo jornalista Fernando Zuba, na noite desta segunda-feira, no lançamento do seu “Malvinas - Crônicas de Guerra”. Para Zuba, a história ocorrida com Fialho Pacheco, aquele que é tido por ele e por quem conheceu como um dos maiores repórteres policiais que já apareceu, sintetiza bem a pouca independência dos jornalistas. Jorge Silveira, grande amigo e anfitrião de Zuba na cidade, conduziu um descontraído bate-papo com o escritor, ao lado do colega Felipe Gabrich. Não faltaram boas recordações e críticas à proliferação dos cursos de comunicação, que segundo Zuba contribuem para o saturamento do mercado, com profissionais quase sempre despreparados. No decorrer da conversa, Fialho Pacheco recebeu citação especial de ambos, Jorge e Zuba. Silveira logo emendou: “Fernando, nessa sua passagem pela imprensa de Belo Horizonte, quais foram os outros grandes jornalistas com quem você conviveu?”. Zuba, sem titubear, respondeu: “Você, Gabrich, Paulo Narciso-com quem trabalhei lá em Belo Horizonte -Lindenberg e Wander Pirolli. Este, um grande editor, jornalista, escritor, uma pessoa fantástica, altamente expressiva”. Fernando citou ainda Edison Zenóbio, diretor do Estado de Minas e presidente da Fundação Assis Chateaubriand que o convidou para escrever mais dois outros livros, já em fase de preparação. Na sua fala e também no bate-papo com os amigos, Fernando Zuba revelou um fato pouco ou nada divulgado pela mídia: “o Brasil forneceu armamento bélico à Argentina”. No livro, o repórter relata em detalhes o episódio que presenciou e que confirma a sua revelação. Fernando Zuba nesta sua noite em Montes Claros, deu lições de superação. Apesar da dificuldade de deslocamento devido aos problemas de saúde-sessões semanais de hemodiálise e um problema de visão-voltou à terra natal mais para agradecer do que pedir e ainda presenteou os conterrâneos com um belo registro histórico. Sofreu privação dos olhos do corpo, mas enxerga muito bem com os olhos da alma.
Nota: um fato bastante comentado pelos dinossauros da imprensa e notado por demais convidados, foi a ausência total dos estudantes de jornalismo, que esperava-se, comparecessem para prestigiar o colega.

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Mensagem N°45372
De: Helena Silveira Data: Segunda 13/4/2009 18:59:26
Cidade: Pai Pedro-MG

Sou leitora deste jornal a muito tempo, admiro por nos dar este espaco pra mostrar o que passa por ai, estive este fim de semana na minha cidade natal...mais especificamente na zona rural de pai Pedro, fiquei muito triste em saber que a operacao pipa esta parada por la porque as prefeituras daquelas regioes tipo Porteirinha pai pedro e Mato verde nao querem negociar com a Copasa pra liberar agua, Mas Deus sabe o que faz, um dia ainda é de só ter agua salgada pra estes prefeitos tomar. minha avó de 92 anos anda leguas pra pegar uma lata de agua doce pra tomar, é muita injustica neste norte de minas.

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Mensagem N°45370
De: Hélio Data: Segunda 13/4/2009 18:16:44
Cidade: M. Claros

Não sei se a informação procede de todo, mas é bom que acompanhem: um trecho do rio Vieira já estaria livre do lançamento de esgotos. Segundo esta minha fonte, da avenida Sanitária para trás, do local onde há o encontro com a avenida Corrêa Machado, o hoje poluído riacho do Vieira estaria livre de esgoto, em direção à sua nascente. Se isto for verdade, já é alguma coisa. Quando veremos no nosso rio, de novo existindo, algum tipo de vida?

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Mensagem N°45366
De: Oswaldo Antunes Data: Segunda 13/4/2009 15:33:13
Cidade: Montes Claros

O deus em que não creio

Oswaldo Antunes

Repetem-se as controvérsias e duvidas a propósito de ensinamentos e conceitos religiosos equivocados. Os leitores falam sobre esse assunto. Religiões combatem a filosofia consumista, mas vendem a misericórdia. Com isso acrescem dor ao sofrimento natural dos que não aceitam a figura de deus como é mostrada. O deus da conveniência de muitos é semelhante a eles próprios, um deus em figura humana. Gosta de prosperidade. Age como policial intransigente, tem fixação em genitália, delicia-se em castigar a fraqueza. Mostra-se irado e vingativo. Nem valem, para amenizar esses defeitos as qualidades de que lhe são atribuídas. Deus deve ser a perfeição e não necessita de qualidades.
Frei Matheus Rocha OP, que ajudou o agnóstico Darci Ribeiro a fundar a Universidade de Brasília, advertia sabiamente, que "Deus não é para o homem uma verdade evidente, mas problema que, para ser resolvido, exige coragem, lealdade e paciência"... chega a ser um tormento nascido “da necessidade do nosso coração, da insuficiência da razão e do desgoverno de nossa vida"
Para crer no deus da malandragem não é necessária essa coragem. A Constituição da Republica garante liberdade de crença, a lei garante venda e compra de milagres. Coragem e lealdade são necessárias, sim, mas para combater as superstições que amedrontam e exploram a idéia de Deus. Gandi seria massacrado pelos teólogos da Prosperidade, se dissesse aqui como disse, que Deus não tem religião. Não vende ilusões, não está nas imagens da vitrine. Sequer Se mostrou a alguém ou Se definiu.
E é exatamente nesse Deus que ninguém sabe como é que se deve crer. Embora seja bastante vendável, o outro deus não é fácil de viver já que não permite a utopia, único modo de suportar a vida. Sequer admite o fim biológico simplesmente como retorno à Substancia. Deve-se crer, mas no Deus que não tem o serviço especial de permitir ou negar as coisas. No que não acusa, não julga, não executa. Crer no que não admite punição eterna por erro passageiro. Crer no Deus que está em tudo, inclusive na esperança que vence a morte. No Deus que vive em nós e não nos cobra responsabilidade por ter vindo ao mundo sem pedir. Por termos vindo com um espírito que também não se explica.
A cobrança feita a esse espírito, negaria a vida de Deus em nós. Negaria a espontaneidade do sagrado necessária a cada ser, a todo instante. As estruturas que atribuem a Deus defeitos e qualidades humanas desconhecem “a quantidade quase ilimitada e consciente de seres vivos que são responsáveis pelo funcionamento do Universo”, os sintomas da presença de Deus.
Einstein disse que a simples palavra “deus” nada significa. Porque não alcança o que existe na infinitude incompreensível onde habita a louca misericórdia que Francisco de Assis e João de Deus experimentaram. A misericórdia que não faz exigências.

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Mensagem N°45363
De: Silveira Data: Segunda 13/4/2009 14:13:29
Cidade: Montes Claros

O veterano e festejadíssimo repórter Fernando Zuba (ex-Diário de Montes Claros, ex-Diário da TArde de BH e ex-Rádio Capital) lança hoje em M. Claros seu livro de reportagens sobre a Guerra das Malvinas, nos anos 80. Será no Automóvel Clube, a partir das 19h30m. Todos lá!

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Mensagem N°45362
De: Bernardo Santos Data: Segunda 13/4/2009 13:45:09
Cidade: BH

Manchete de um jornal aqui de BH: "Tempo ruim - Meteorologia prevê chuva para Minas". No que toca ao Norte de Minas, é um equívoco, muito comum nas redes de tv. Tempo bom para o tórrido Norte de Minas é tempo de chuva! Aprendam, por favor.

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Mensagem N°45360
De: Marden Carvalho Data: Segunda 13/4/2009 13:00:16
Cidade: Londres  País: Inglaterra

ÁGUA MOLE, PEDRA DURA, TANTO BATE ATÉ QUE FURA.

Quando era pequeno adorava escutar provérbios como este e de ver como estes dizeres populares criavam e criam um impacto em nossas vidas. A água mole aqui nos nosso exemplo, poderá ser o povo "sem voz", os desprovidos de recursos, os menos letrados, os injustiçados. Já a pedra dura, poderá ser os politicos e empresários inescrupulosos, os donos do poder, os de colarinho, os manipuladores da mídia, os injustos.
A água mole, com toda a sua sutileza, vem clamando auxilio, pedindo ajuda, suplicando socorro. Mas a pedra dura, estática, imóvel, crendo na sua força colossal, nada faz a não ser ignorar a água, acreditando ser a sua dureza e robustez superior à da maleabilidade da água. Ledo engano. Esta verdade universal de muito longe já foi constatada por grandes pensadores da época. E em tempos mais contemporâneos, tambem podemos constatar, seja na arte da guerra com Sun Tzu, seja na defesa pessoal com Jigoro Kano ou Bruce Lee, quer seja na paz com Mahatma Gandhi ou na caridade com Madre Teresa de Calcutá. Nestes exemplos supracitados, os fracos (água) venceram os fortes (pedra).
A união de várias particulas de água, vão formando regos, córregos e quando se juntam aqui no montesclaros.com formam um rio caudaloso, que pouco a pouco vai contornando uns obstáculos e perfurando outros. Assim sendo, a carrocinha de som, que grita para vender CDs verá suas vendas diminuirem. As empresas que anunciam em bicicletas gritantes, verão que o povo já não adentram mais seus estabelecimentos pela falta de respeito destes para com os demais cidadãos. Os bares, casas de shows e organizadores de eventos perderão sua clientela para aqueles que cumprem a lei ambiental: não poluindo. Assim como empresas poluidoras irao ser suplantadas pelas empresas ecologicamente corretas.
Mais uma vez será o povo, que cansado de esperar, que vai sair à luta e fazer exercer os seus direitos. E não irá adiantar querer vir os demagogos, dizendo que estão fazendo isto ou aquilo. A oportunidade eles tiveram de fazer algo em prol da população e a desperdiçaram. Não adianta mais querer vir colher os louros. E finalizo aqui com uma frase de Bruce Lee muito bem aproveitada no comercial da BMW: "BE WATER MY FRIEND".

(Marden Carvalho, de 34 anos, nasceu em Montes Claros, imigrou aos 21 anos para o Japão, onde morou por dois anos. Depois de breve retorno à terra natal, foi para Portugal, onde permaneceu por 5 anos, seguindo para a Espanha (3 anos). Atualmente, está na Inglaterra onde trabalha em duas áreas: computadores, reparacao, e como barman)

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Mensagem N°45354
De: Hamilton Santos Data: Segunda 13/4/2009 10:21:26
Cidade: Montes Claros

Está difícil o ano começar. Depois do feriadão da Semana Santa, vem outro aí: o da terça-feira, dia 21 de abril. Antigamente, era uma data muito comemorada, com paradas, desfiles, como o de 7 de Setembro. Depois, virou um feriado perdido. Neste ano, por cair numa terça-feira, deverá inviabilizar a semana. Mas, ainda não encerra a temporada de grandes feriadões, antes que o ano afinal comece. Tem o feriado de 1º de maio, que vai cair numa sexta-feira. Aí, sim, talvez comece o ano, para as empresas - especialmente as pequenas - que não "quebrarem" antes...

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Mensagem N°45352
De: Augusto Vieira Data: Segunda 13/4/2009 09:33:07
Cidade: Belo Horizonte

O BIODISEL DE MINHA ALDEIA

Eu me pergunto: por que os que, agora, depois da inauguração, criticam a instalação da indústria de biodisel em minha aldeia não o fizeram antes? Acho que o governo federal tem muita gente competente nesta área e não seria irresponsável a ponto de fazer um investimento tão elevado para ser improdutivo. Não acredito muito nesse pessoal que agora critica. Podem, suponho, estar a serviço de outros interesses econômicos, até transnacionais, que não o da nossa preservação ambiental, que é a substituição das fontes de energia poluentes por outras mais adequadas à vida humana. Na verdade, tenho é orgulho dessa nova fábrica de minha aldeia, que dará emprego a muitos conterrâneos e atrairá muita riqueza para nossa região, dotada de mão de obra e matérias primas adequadas ao desenvolvimento da empresa. Só espero que a nova indústria não explore o trabalho humano. Gostaria de ouvir também os técnicos do governo, o que faria também com o mesmo espírito crítico com que ouvi os primeiros. A verdade é que adquiri muito medo de técnicos. Tecnocratas, então, nem falar! Só para exemplificar: disseram, anos e anos, que o ovo tinha mau colesterol. Depois voltaram atrás e afirmaram que o colesterol do ovo era bom. Ficamos, tempão, com medo de comer ovos fritos. Luis Fernando Veríssimo até escreveu, numa crônica, que processaria quem o havia privado, por tanto tempo, do prazer de comer esse que é um de seus pratos prediletos. Esse pessoal técnico sempre deve ser ouvido por nós, os chamados leigos, criticamente. Devemos fazer a crítica da crítica de seus pensamentos. Quanto a mim, orgulhoso aldeão, torcerei para que nossa indústria de biodisel dê certo e tenha um futuro promissor, para o bem de minha aldeia e desta imensa tribo brasileira.

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Mensagem N°45351
De: Carlos Albuquerque Data: Segunda 13/4/2009 09:31:43
Cidade: Montes Claros

Notícia promissora informando que será iniciada a obra de conclusão do anel rodoviário norte de Montes Claros. Pena que, por motivos políticos ou econômicos, será adotado o traçado elaborado em 1980. A cidade nesse período cresceu pelo menos três vezes, aumentando e muito sua ocupação territorial. Já em 1995, quando foi construído seu trecho leste, por questões econômicas e pela existência de um entrave urbano, que se trata do terreno do exército, impediu a implantação adequada do anel, fazendo com que o mesmo atravessasse e cortasse bairros residenciais, como o Alto da Boa Vista e Santo Antônio. Por falar nisso, esse mesmo terreno impede a viabilização da construção do contorno ferroviário, para retirar o trem da área urbana. Mas voltando ao novo trecho do anel rodoviário, técnicos da última administração municipal elaboraram novo traçado, evitando que o contorno passasse em área já populosa, e que isolará os bairros Cidade Industrial e Castelo Branco, entretanto, parece que, por essas questões políticas, resolveu-se fazer o traçado antigo. Portanto, mais uma obra já vai ser feita inadequada. Ainda está em tempo de rever o projeto, e garantir uma boa ação de planejamento da cidade. Não vamos estrangular mais Montes Claros.

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Mensagem N°45348
De: José Ponciano Neto Data: Segunda 13/4/2009 08:23:36
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Existe uma casa de show próximo a Praça de esportes na confluência das ruas Belo horizonte/Grão Mogol, que todos os domingos o pagode vai até altas horas, isto desde 2008.Ontem por volta das 22h00min teve uma briga que se culminou em uma verdadeira confusão, muitos gritos, empurrões, quebradeira, obrigando veículos que passavam pelas imediações entrar pela contra mão para não serem atingidos pelos os brigões. Depois vieram três viaturas da policia, quando foi contornada a situação. Será que a Policia pode dar mais informações? Moramos perto e sempre inconformados com o som que perturba todos os domingos.

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Mensagem N°45345
De: Jornal O tempo Data: Segunda 13/4/2009 07:54:23
Cidade: Belo Horizonte

Usina de biodiesel de Montes Claros é "elefante branco" - Helenice Laguardia - A usina de biodiesel Darcy Ribeiro, inaugurada pela Petrobras em Montes Claros, já nasceu com fama de elefante branco. "O problema é de localização (está a 417 km de Belo Horizonte). A escolha é política e não técnicoeconômica", criticou o consultor Univaldo Vedana, do portal www.biodieselbr.com. A usina custou cerca de R$100 milhões. Para uma usina de biodiesel dar certo são dois os pré-requisitos: ficar perto do consumidor e da produção agrícola. "No caso de Montes Claros, nenhum desses detalhes foi observado", reforça Vedana, para quem a produção será viabilizada em uma década.
Outro crítico da instalação da planta em Montes Claros é o professor Antônio Machado, coautor do livro "Biodiesel Produção e Desafios", junto com o professor Herbert Martins. "É um projeto absurdo. O biodiesel vai fazer turismo energético de Montes Claros para Uberlândia, Brasília ou Betim para ser misturado. Isso vai aumentar o custo com o frete", disse. No quesito custos, Vedana apresenta a seguinte conta: R$ 2 o litro de soja, mais R$ 0,30 pelo processo de transesterificação (veja quadro), outros R$ 0,50 de PIS e R$ 0,22 de Cofins, R$ 0,36 de ICMS, R$ 0,30 de custo da usina, mais lucro da usina de R$ 0,20, atingindo, no total, R$ 4. "Isso sem margem de lucro para ninguém da distribuidora e na bomba, o que tornaria seu preço inviável economicamente", ressalta. No último leilão de biodiesel da Agência Nacional de Petróleo (ANP), realizado em fevereiro, a Petrobrás vendeu a R$ 1,70 o litro. Um valor bem distante do custo de produção de R$ 4.
A rota metílica também gera polêmica. A tecnologia utilizada pelas grandes usinas brasileiras é importada de empresas como a norte-americana Krowon, assim como o álcool metanol é adquirido, na maior parte, dos nossos vizinhos chilenos. O metanol é necessário para separar o biodiesel da glicerina encontrada nos óleos vegetais e animais, num processo chamado transesterificação. Outro componente eficiente na separação é o etanol, o álcool anidro utilizado como combustível e produzido a partir da cana-de-açúcar. Baseado em metanol, o consultor Univaldo Vedana explica que o mote do "biodiesel verde" cai por terra porque não é 100% renovável. O professor Antônio Machado descreve o metanol como um combustível fóssil. "Quando queima, está incorporando no meio ambiente um carbono que já tinha sido retirado dele. É usado porque a reação é mais econômica", explica.
Sonho. O biodiesel é um projeto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chegou a descrevê-lo como "uma das coisas que mais me tocam neste governo". A produção atingiu 1,2 bilhão de litros no ano passado e conta com capacidade instalada de 3,7 bilhões de litros em janeiro deste ano, de acordo com a ANP. É um dos projetos mais defendidos e badalados pelo atual governo. A dona de 90% da produção mundial de biodiesel ainda é a União Europeia com mais de 1,35 milhão de toneladas anuais. Na Europa o processo começou na década de 90. A Petrobras não se manifestou sobre o assunto e não apresentou respostas quanto aos custos de produção das usinas.
Futuro
Produto precisa encontrar a sua cana para ter preço - Mesmo criticando a localização das usinas e o fato de estarem paradas, como é o caso da Usina de Biodiesel de Cássia, no Sul de Minas, especialistas enxergam futuro no novo combustível, desde que se um produto mais rentável para a extração do óleo. Assim como o etanol encontrou na cana-de-açúcar a matéria-prima essencial, “nós precisamos encontrar a cana do biodiesel que possa produzir óleo a preço competitivo. Mas ela não passa pela mamona. Temos dezenas de plantas com potencial como o pinhão-manso, a macaúba e canola”, descreveu o professor Univaldo Vedana. Transformar o sucesso do álcool como combustível em realidade também para o biodiesel é questão de algumas décadas, admite o especialista. Além de Cássia, projetos como a usina de biodiesel de Fuserman, em Barbacena, e outras com concessão da ANP para operar em Minas, como em Araxá, Araguari, Varginha e Poços de Caldas, também estão em compasso de espera. “Cássia está parada por problemas técnicos e Barbacena está investindo na produção”, disse.

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Mensagem N°45344
De: Web Outros Data: Segunda 13/4/2009 07:39:15
Cidade: Belo Horizonte

Morte na quaresma

Manoel Hygino - Jornal "Hoje em Dia"

Nascido em famílias bravas, dos Melo Franco por um lado, e dos Alves, com intensa atuação política em Minas Gerais em época de grande tensão, Márcio Moreira Alves é do Rio de Janeiro e lá morreu, no Hospital Samaritano, em 3 de abril. Nunca foi partidário do silêncio, como nunca o foram seus ancestrais de Minas. Os Melo Franco e os Alves representaram o Estado na Câmara Federal e, dos segundos, dois foram médicos e importantes personagens no palco político norte-mineiro, com ênfase em Montes Claros: Honorato José Alves e João Alves integram esse clã ilustre, que viveu no interior duros embates marcados por turbulência e sangue.
Márcio nasceu em 14 de julho de 1936, seis anos após o episódio da violência de 6 de fevereiro de 1930, que Assis Chateaubriand classificou como “emboscada de bugres”. O episódio alcançou repercussão nacional e contribuiu para apressar a revolução.
Márcio Emannuel Moreira Alves começou carreira como jornalista aos 17 anos, no “Correio da Manhã”, no Rio de Janeiro. Passou por grandes órgãos da imprensa, conquistou o Prêmio Esso em 1957, com a cobertura da crise política em Alagoas, com a invasão da Assembleia Legislativa, em que foi baleado. Mas mandou a matéria para a redação.
Eleito deputado federal durante o regime militar, boicotou as festividades de 7 de Setembro, em protesto pela intervenção na UFMG (Aluísio Pimenta era o reitor). Condenou a brutalidade das ações policiais, a caça a líderes estudantis, prisões e espancamentos.
A condenação pública ao regime, em discurso na Câmara, resultou a cassação de seu mandato. Exilado no Chile, passou à França, por Cuba e Portugal, regressando ao Brasil em setembro de 1979, com a anistia. Foi um jornalista firme e um intelectual incoercível.
Na capital Federal, residiu em casa alugada, no Lago Sul, com Edgar da Mata Machado, Eugênio Doi Vieira e Davi Lerer. Era a “república socialista do Lago”, porque seus moradores eram deputados de esquerda. O próprio Márcio, como registrou Gilberto Dimenstein, dizia que não passava de um lugar semideserto, por onde passeavam à noite lobos guarás, corujas e cobras”. Tudo mudou. Mas hoje, conforme Dimenstein, “palavras como ‘imperialismo’ e ‘ditadura do proletariado’, ou personagens como Mao, Guevara e Luís Carlos Prestes, soam distantes”.
Para defender-se da cassação, Márcio Moreira Alves citou a profecia de Isaías: “Pois eu vou criar novos céus e uma nova terra. O passado não será mais lembrado, não volverá mais ao espírito, mas será experimentada a alegria e a felicidade daquilo que eu vou criar. Serão construídas casas que se habitarão, serão plantadas vinhas das quais se comerá o fruto. Não mais se plantará para que outro se alimente. Os filhos do meu povo durarão tanto quanto as árvores, e meus eleitos gozarão do trabalho das suas mãos. Não trabalharão mais em vão, não darão mais à luz filhos destinados a uma morte repentina.”

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Mensagem N°45340
De: Web Outros Data: Domingo 12/4/2009 19:05:02
Cidade: B. Horizonte

No rol da suspeição

Manoel Hygino - Transcrito do jornal "Hoje em Dia", de 12/04/09

Leio principais manchetes dos jornais em março findo. Procuro boas notícias. Leio “desemprego no Brasil sobe em fevereiro e atinge 8,5%, a maior taxa desde abril do ano passado”; “em sua quarta queda consecutiva, o emprego na indústria brasileira caiu 1,3% em janeiro”; “inadimplência dos consumidores aumentou 8,6% nos dois primeiros meses do ano”.
“Crise já atingiu o consumo das famílias no Brasil, queda de 2% no último trimestre de 2008 é a pior desde 2003”; “Grupo Rima para fabricas em Capitão Enéias e Várzea da Palma e deixa 3.200 sem trabalho”; “estudo aponta classe média brasileira como a segunda mais tributada entre cinco países da América do Sul”.
O homem que trabalha por aqui é um sofredor, pagando os mais altos tributos entre todos os países e não recebendo os benefícios correspondentes. E os que não precisariam mais trabalhar, os aposentados, são obrigados ao labor diário, se não quiserem passar fome.
O Brasil é um país que paga mal aos seus trabalhadores. Daí o soldado de polícia ser coagido a fazer bico como vigilante noturno e os de outras profissões se desdobrarem como reparador hidráulico, elétrico, desentupidor de redes de esgoto, mecânico, tudo enfim que se pensar.
Manter a sobrevivência e a família é um esforço de todos os dias. E haja meio para pagar luz, água, telefone, artigos escolares, coisas assim. E o gás de cozinha? E os medicamentos? E o transporte coletivo?
Os que tapeiam, que surrupiam, que desviam, que embolsam dinheiros alheios, os malfeitores, os narcotraficantes, os corruptos, os de mau caráter e os sem caráter, os ladrões de pequeno, médio ou grande porte, de colarinho branco ou sem ele, os apadrinhados, os protegidos, os beneficiários do nepotismo histórico instalado no país, são os que levam vantagens e aproveitam.
Há uma crise imensurada ainda, internacional, que a todos afeta e inquieta. Mas há também a outra – da falta de lisura, de descompromisso com o bem comum, de desonestidade, que envolve o homem incorrupto, atirado no balaio de gatos em que se misturam os fora-da-lei, de toda procedência, nível e natureza.
Os recursos se perdem no ralo da insensatez, da irresponsabilidade, da incompetência, das fraudes, da delinquência e do crime, resultando perniciosamente para o cidadão e para o país. Em consequência, padecem os homens de bem, confirmando o pensamento de que os justos pagam pelos pecadores.
Mais do que nunca, há necessidade de uma tomada nacional de consciência. A crise passará, mas a omissão diante dos desacertos e descaminhos não se solucionará senão mediante uma verdadeira cruzada, que envolva os cidadãos que querem uma nação próspera e feliz.
A baixa credibilidade no sistema político que praticamos é responsável pelo pessimismo que habita entre nós. A velha escola do “rouba mas faz” ainda conta com inúmeros prosélitos em nosso meio. A sucessão de escândalos envolvendo autoridades de vários escalões e grupos cuidadosamente montados para enricar, em detrimento do interesse nacional, se demonstra em todas as edições dos jornais e noticiários das tevês e rádios.
Lamentavelmente a não punição dos culpados por formidáveis golpes, praticados contra os cofres públicos e os cidadãos continua, estimulando os desonestos, os dilapidadores de dinheiros alheios e os aproveitadores de oportunidades.
Encoraja o homem de bem saber que se identificam agora delinquentes, presos diariamente, mas diariamente libertados, por força do dispositivos legais que parecem estabelecidos para servir ao crime e ao criminoso. A autoridade policial de hoje ou o severo juiz que conquista a simpatia e o apoio dos brasileiros, de uma hora para outra surge no rol da suspeição. A quê e a quem interessa a política de desnorteamento da consciência nacional?
No tempo de Hamlet, dir-se-ia: há algo de podre no reino da Dinamarca. Entre nós, o que dizer da degradação e da putrefação?

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Mensagem N°45333
De: Heloisa Jardim Data: Domingo 12/4/2009 00:06:11
Cidade: BH-MG

Li o texto de Maria Luiza Silveira Teles sobre o acadêmico Olinto da Silveira e queria parabenizá-la pela propriedade da homenagem.Olinto um ser humano para se ter como exemplo de cidadão. Grande perda para toda Minas Gerais e para todos nós que tivemos a grande oportunidade de conviver com esta pessoa culta e magnífica, amigo do meu pai Arthur Jardim, acadêmicos de grande brilho . Maria Luiza, meu sentimento de enorme tristeza e um grande abraço .Heloisa Jardim

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Mensagem N°45331
De: Isabel Maria Rosa Furtado Cabral Gomes da Costa Data: Sábado 11/4/2009 19:45:59
Cidade: Viseu - Portugal /Po

Nome: Isabel Maria Rosa Furtado Cabral Gomes da Costa
E-mail: [email protected]
Telefone: (23) 2451836
Cidade/UF: Viseu - Portugal /Po
Mensagem: La Pietà Há uns anos, numa sexta-feira santa, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, a minha atenção foi convocada para "La Pietà", que me fascinou como um céu cheio de cometas. Não pude deixar de me deter perante a incomensurável riqueza daquela obra de arte legada à Humanidade por Michelangelo Buonarroti que, pelo seu peculiar talento e brilhantismo, ombreia os deuses. Na verdade, a autêntica singularidade dessa obra reside na mestria com que aquele de Caprese, aos 23 anos de idade, soube esculpir no mármore, o estado de alma de "sereno desespero" de uma mãe que ampara no seu regaço, o filho cujo espírito partiu já deste mundo. Uma mãe com a alma amortalhada, desfeita em mil farrapos gélidos, segurando seu filho morto - Jesus de Nazaré, o Filho de Deus-Pai Todo Poderoso. Uma mulher, também ela, supliciada e crucificada, despedaçada por uma agonia dilacerante, à deriva num mar de pranto. Não é assim que se sente a mãe cujo filho foi assassinado? De que outra forma se pode descrever a mulher que é fulminada por uma dor do tamanho do mundo? E no entanto, contemplando a Virgem tão serena, resignada na sua dor, somos invadidos por uma inusitada sensação de paz, que se desprende da forma como esta Mulher aceita o drama que sobre ela se abateu. Ao apreciar, deslumbrada, este magnífico grupo escultórico de mármore, lembrei-me de tantas mães que perderam os seus filhos, os quais ressuscitaram para sempre na alma delas. E acendi uma vela por todas essas mães, pedindo a Deus que lhes dê sempre capacidade de resignação e de aceitação da sua incomensurável dor, já que esta, nada nem ninguém conseguirá jamais apagar do seu coração. O meu momento de recolhimento e oração foi interrompido por um vozinha miudinha que, atrás de mim, no colo de sua mãe, clamava, em bom Francês de Paris, que queria ir comprar os ovos de chocolate que lhe tinham sido prometidos. Olhei para trás e sorri para o menino sardento. Quando ele, com o seu ar reguila, me devolveu o sorriso, interroguei-me se ele conheceria o verdadeiro significado dos ovos da Páscoa. Saberia ele que o domingo de Páscoa é a ressurreição de Cristo, simbolizada pelo ovo, que representa o nascimento, o retorno da vida? Este é o verdadeiro sentido da mais importante festa da Cristandade, e é o único que eu gostaria de ver preservado no coração de todos e de cada um de nós. Voltei a olhar para trás, desta feita através da bruma do tempo, e vislumbrei, lá muito ao longe, uma menina de cinco anos de idade, sentada no colo de sua mãe que, beijando e afagando a face da menina, lhe explicava o significado dos ovos da Páscoa. A menina sorria docemente, com os dentes cheios de chocolate, e deliciava-se com tudo o que sua mãe lhe ensinava. Bem hajas, querida Mãe, por, no salão com lareira da minha infância, na hora do chá e dos "scones" quentes com manteiga, teres sempre partilhado comigo os teus conhecimentos.

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Mensagem N°45326
De: Bicalho Data: Sábado 11/4/2009 12:11:20
Cidade: Montes Claros

Leio, entre surpreso e feliz, que os cientistas afinal identificaram onde fica o fim da terra: a exatos 118 quilômetros de altitude. Traduzindo: segundo a Universidade canadense de Calgary, os confins da Terra, que delimitam o espaço da Terra, ficam a 118 kms.A partir daí, já é o espaço sideral.Os ventos terrestres estão contidos nesses 118 kms, onde os fluxos são violentos e as particulas espaciais podem atingir velocidade de mil quilômetros. Os cientistas garantem que "é extremamente difícil coletar informações nessa área, porque o local é mujito alto para o iuso de balões e muito baixo para o de satélites".
Por fim: sideral significa "relativo aos astros, ou próprio deles". Portanto, nos "Campos do Senhor".

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Mensagem N°45325
De: Diniz Data: Sábado 11/4/2009 11:50:13
Cidade: Brasília DF

Sou de Brasília DF e acabo de conhecer o novo shoping de M. Claros. Gostei. Contudo, o barulho na praça de alimentação está insuportável. Principalmente, o barulho provocado por brinquedos eletrônicos e pelos exaustores. É uma pena que afugentem os clientes, desta forma. (...)

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Mensagem N°45322
De: Antônio Ernesto Data: Sábado 11/4/2009 08:09:58
Cidade: M. Claros

O uso de "descargas abertas" em veículos, especialmente em motos, numa cidade sem lei, está agravando o problema do barulho em Montes Claros. Multiplicam-se por toda parte as motos, automóveis e até caminhões sem silenciadores na descarga - e sem que as autoridades tomem providências. Desde que a PM foi afastada da fiscalização do trânsito (com a criação da transmultas), a coisa está se deteriorando, e transbordando para todos os lados. É preciso que venha logo uma solução, pois a população de Montes Claros está no limite do insuportável. (...)

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Mensagem N°45316
De: Lara Data: Sexta 10/4/2009 19:03:58
Cidade: Montes Claros

Mando a foto para vocês publicarem. Este montesclaros.com, através de uma mensagem no mural, foi o primeiro a advertir para a gravidade que representa a construção de um edifício de 25 andares na avenida Mestra Fininha, perto da Escola NOrmal. A verdadeira "obra" ficou paralizada uns tempos, e foi retomada. Apesar dos inúmeros avisos, de que a cidade não precisa, nem comporta um prédio desse absurdo tamanho, pelos inconvenientes todos que causa, a "obra" recomeçou, avança. E antes mesmo que saia do chão, já causa graves problemas, embaraços, transtornos, riscos de desabamento de rua. O caso é que o imenso buracão para fincar os alicerces do espigão agora, com pouca chuva, o tal buraco ameaça levar de roldão uma rua de Montes Claros. Daí, estar esta rua (veja as fotos) interrompida ao trânsito e ao tráfego, com prejuízo geral. É um completo absurdo permitir um absurdo deste. O impacto desta obra - desnecessária, vamos repetir - atingirá toda a redondeza; mas, para quem teve a idéia, significa apenas $$$ - dinheiro!!! A cidade, os vizinhos, todos nós, que se lasquem, desde antes mesmo de começarem a subir as paredes. Ainda é tempo de reverter este absurdo. O Ministério Público, a prefeitura, o Crea, etc, todos devem agir em defesa da população (...) Lembram-se de que a última administração municipal cedeu, adaptou uma avenida inteira para servir melhor a um supermercado? O caso agora é de um prédio descabido, abusivo, intrometido, que já interrompe uma rua, e ameaça devorá-la, antes mesmo de seu alicerce sair do chão.. (...) Publiquem as fotos, eu peço, pois estamos indefesos.

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Mensagem N°45315
De: José Prates Data: Sexta 10/4/2009 17:22:16
Cidade: Rio de Janeiro - RJ

ESTARÁ O DOLAR COM DIAS CONTADOS?
José Prates
A reunião do G 20, realizada em Londres, no dia 2 deste, serviu antes de tudo, para mostrar ao mundo que já existe uma afinação benéfica no pensamento e nos interesses dos países mais ricos do mundo. Pelo que vimos, esse grupo tomou as rédeas do controle econômico mundial, oferecendo soluções adequadas e de interesse de todos, coordenando no encontro, uma agenda mínima e consensual, como foi o caso do reforço financeiro para o FMI que teve a aceitação unanime, sem contestação. Essa medida é necessária porque países pobres afetados pela crise vão necessitar com urgência de socorro. Nessa reunião, nos é mostrado uma mudança no controle da economia mundial que era privilegio do G7, grupo fechado que se intitulava dono do mundo, passou para o G20 que representa setenta e cinco por cento da economia mundial, havendo entre os membros uma identidade de interesses que possibilita consenso nas medidas propostas. Nesse clima de bom entendimento entre os membros, o conjunto de medidas apresentado pela cúpula, alcançou o objetivo de conciliar divergências e proceder com tranqüilidade o encaminhamento de propostas essenciais para o enfretamento da crise que nasceu nos EE.UU. e caiu sobre o mundo afetando mais os países de economia fragil.
Os economistas brasileiros Antonio Correa de Lacerda e Marcelo Moura que acompanharam o encontro como observadores, celebraram o papel desenvolvido pelo Brasil na articulação do consenso que se verificou nesse encontro. Ressaltam como está na imprensa mundial, que o Brasil nunca tinha tido antes uma posição tão relevante no cenário econômico mundial. Isto, obviamente, graças à habilidade política e o carisma do Presidente Lula que mostrou o Brasil como líder, destacando sua importância na economia global como grande exportador. Aliás, sobre a atuação e a importância do Brasil, a imprensa mundial lhe deu destaque, falando sobre a atuação do Presidente Lula que, apesar de ligeiras gafes, saiu-se extraordinariamente bem nos debates, mostrando conhecimento da matéria que se debatia, com apresentação de soluções adequadas a cada uma. O que vimos foi o Brasil integrado na cúpula do grupo, com Estados Unidos, Inglaterra, França e Alemanha, o que, até então era inédito. O New York Times em sua edição do dia 3, falando sobre a popularidade do nosso Presidente, diz que se a crise continuar pode atrapalhar seu desejo de transmitir o governo em 2010 para sua candidata, mas, lembra o vídeo exibido pela BBC de Londres em que o Presidente Obama, apontando para Lula diz: “Esse é o homem. O político mais popular da Terra“ Já a TV americana ABC, diz que Lula não é o galã do G-20, mas, que a sua fala mostra forte apelo político, influenciando os membros do grupo. O que presenciamos e nos enche de orgulho, é o Brasil saindo a passos largos do terceiromundismo para ingressar com toda gloria no primeiro mundo dos negocios.
O Presidente Lula não se limitou à reunião do grupo para propor medidas de interesse do Brasil e dos países que com ele mantém comércio ativo. Foi o caso do seu encontro reservado com Hu Jintao Presidente da China, quando propôs que as trocas comerciais entre os dois países passem a ser feitas na moeda local. Significa que a China recebe em Yuan o que nos vende e nós receberemos em Real o que lhe vendemos. Esse sistema já é mantido entre Brasil e Argentina e a tendência é abranger toda área do MERCOSUL. É uma proposta audaciosa que mostra a independência econômica do Brasil, coisa que há bem pouco tempo, era impossível em virtude do nosso endividamento, principalmente com o FMI, a quem, hoje, nos propomos socorrer. Significa, também, o que é altamente positivo para os interesses do Brasil econômico, a libertação da influência do dólar no seu comércio. É a independência financeira que coloca o país em condições privilegiadas de negociações e comercio. A moeda americana ausenta-se do comércio entre os dois países, trazendo fortalecimento para as moedas nacionais. O que está acontecendo agora nos faz lembrar que a Libra Esterlina até 1913 desempenhou o mesmo papel que o dólar americano desempenha hoje na economia mundial. Ao final da primeira grande guerra em 1918, a Libra já perdia sua grande influencia no mundo econômico e o dólar ascendia à essa posição conquistando a liderança na economia mundial, tornando-se a moeda universal. Depois de muitos anos nessa posição, hoje, globalmente, o dólar perde valor como reflexo de problemas estruturais da economia americana, com sucessivos déficits em conta corrente e perdendo espaço no comércio mundial. Diante disso, procurando proteger a economia de seu país, vêm propostas como a do Presidente Lula e a delegação russa à cimeira do G20 em Londres, dirigida pelo Presidente russo, num passo mais avançado, leva um extenso pacote de medidas para edificar "uma nova arquitectura financeira mundial”, que inclui a proposta de criação de uma “moeda supranacional única”. A “criação de uma moeda de reserva supranacional, cuja emissão será feita por institutos financeiros internacionais. Consideramos necessário analisar o papel do FMI (Fundo Monetário Internacional) nesse processo, bem como determinar a possibilidade e necessidade de tomada de medidas que permitam a essa moeda tornar-se uma moeda `de super-reserva` por toda a comunidade mundial”, lê-se num documento aprovado pelo governo russo para a cimeira de Londres a 02 de Abril. Segundo o Kremlin, a base da futura moeda supranacional única poderá ser os Special Drawing Rights (SDR) do FMI. Como é possível notar na preocupação dos países, com a fragilidade atual do dólar, nascida dos problemas financeiros que afetaram a economia americana, existe em todos eles o interesse, mesmo como medida cautelar, de criar ou eleger uma moeda já existente, para substituir o dólar. E a historia do após primeira guerra mundial, substituindo a libra esterlina pelo dólar americano, pode estar se repetindo agora.

(José Prates é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros de 1945 a 1958 quando foi removido para o Rio de Janeiro onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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Mensagem N°45313
De: Jose Goncalves Data: Sexta 10/4/2009 15:21:00
Cidade: Belo Horizonte

Sobre a polêmica a respeito da indústria de biodiesel, tenho a dizer que sou favorável à mesma. Sei que não é obra de Lula, a quem gostaria de ver fazendo greve de fome junto a Evo Morales e, de preferência, que vá e fique na Bolívia. Trata-se de grande investimento imaginado por cabeças pensantes de nossa "Aldeia" como diz Augustão. Para quem não sabe, o início da extração do óleo de mamona em Moc começou em 1969/70, através da VALSA-Industrias Reunidas Vale do São Francisco, fundada pelos Imãos Pereira. O Gerente era Josué Antunes.Lá também trabalhavam Ricardo Santos, Renê (meu irmão), Nem Faquir, Leônidas Leão, Juvenal, Agamenon Monteiro, Miltinho Almeida e outros, onde foi assinada a minha primeira carteira profissional de trabalho. Exportávamos óleo de mamona para toda a Europa. Então, caso não sirva para o biodiesel, o óleo de mamona (ricinus oleicus) que compramos e usamos como óleo de rícino, será de grande serventia para o crescimento das exportações de nossa Cidade. E que venham muitos empregos.

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Mensagem N°45312
De: Vilaça Data: Sexta 10/4/2009 13:43:56
Cidade: BH

Conversei hoje, aqui em BH, com um dos mais experientes fazendeiros em atividade na região de MOntes Claros, com quase 80 anos de vida. Ele começou a trabalhar menino - no bom e lembrado tempo em que trabalhar cedo não fazia, não faz, mal algum. O trabalho contínuo, sem medo, sem preguiça, o tornou muito bem sucedido. (...) Hoje, este fazendeiro me revelou que, desde a sua meninice, há sete décadas, nunca viu tempo de águas tão equilibrado com este ainda em curso. Explicou que as chuvas foram bem distribuídas, e que o campo agradeceu a ajuda que desceu do Céu. Estas "águas" últimas, da Semana Santa, já no mês de abril, que segundo ele caem em toda a região, coroam o tempo auspicioso, e vão diminuir a quadra do estio, da seca, já na iminência de começar, quando normalmente o período da seca já teria se instalando nas campinas. Resumindo o que me disse: as "águas" foram iguais às melhores que viu ainda na infância longínqua, e o setor rural tem tudo para se recuperar, mesmo que lentamente. Ainda que reduzido, está de volta o abate no frigorífico de Janaúba; o preço do boi melhorou um pouco, mas os juros dos bancos - estes sim, são o verdadeiro flagelo. Sem falar no endividamente generalizado da classe, que precisa de uma solução - pois vem desde os mal-lembrados tempos do governo de Fernando Henrique. "Nao adianta tirar da terra, do amanho da terra, quem a conhece, substituindo quem sabe, e trabalha, por quem não sabe e não trabalha, os parasitas" - ensinou. Fiquei a meditar. Deus sempre nos socorre sempre, mas o auxílio que precisa vir dos homens, especialmente daqueles encarapitados no poder, este nunca vem...

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Mensagem N°45310
De: Flavio Guterres Data: Sexta 10/4/2009 12:15:49
Cidade: Montes Claros

Sobre o assunto biodiesel, e não entrando no mérito do custo e nem do motivo eleitoal, posso contribuir no aspecto ambiental da usina de bioediel, informando que a tecnologia adotada para a extração do óleo pela Petrobrás, utilizando o metanol é muito mais perigoso e impõe riscos elevados, pela exposição à comunidade, à inflmabilidade, ao contrário do que se fosse utilizado o etanol.Portanto, ambientalmente analisando, o modelo de produção adotado não foi o ideal.

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Mensagem N°45308
De: Adriano Souto - Hoje em Dia Data: Sexta 10/4/2009 09:54:52
Cidade: BH

Em defesa do biodiesel de mamona

Adriano Souto (*)- Jornal "Hoje em Dia"

Não tenho procuração para defender o Governo federal, mas é uma completa sandice afirmar que a construção, pela Petrobras, da usina de biodiesel em Montes Claros seria eleitoral, como se viu publicado na Imprensa. A usina, que leva o nome de Darcy Ribeiro, um dos filhos mais ilustres desta cidade do Norte de Minas, imortal da Academia Brasileira de Letras, ao lado de Ciro dos Anjos, é apenas a terceira construída pela Petrobras - as outras duas estão em Candeias, na Bahia, município da Grande Salvador, perto do polo petroquímico de Camaçari; e em Quixadá, no sertão central do Ceará, a aproximadamente 160 quilômetros de Fortaleza. As três usinas, conforme publicou o HOJE EM DIA, vão produzir 170 milhões de litros de biodiesel por ano. Portanto, ao se fazer pouco caso da usina de Montes Claros estaria se criticando também as da Bahia e do Ceará.
Além disso, afirmar que “Montes Claros é uma localização logística claramente desastrosa” é subestimar o leitor. Montes Claros é o segundo entroncamento rodoviário do país, perdendo apenas para Feira de Santana, na Bahia. De lá se vai a qualquer lugar do Brasil. E é um atalho para quem vem do Nordeste em direção ao Triângulo Mineiro, Oeste de São Paulo, Goiás, Brasília e Mato Grosso.
Concordo que a decisão de produzir biodiesel foi política, mas não eleitoreira, como alguns querem sustentar. Como também foi política, no Governo militar, a decisão de produzir álcool combustível, hoje chamado de etanol. O biodiesel deve custar caro para a Petrobras, mas o mesmo aconteceu com o álcool décadas atrás. Lembro até da experiência de se produzir álcool de mandioca, realizada aqui do lado, em Curvelo. Porém, já no final da década de 1980, 95% dos carros fabricados no Brasil tinham motores a álcool.
Depois, a própria Petrobras se recusou a continuar arcando com o subsídio ao álcool e o programa quase acabou. Até que voltou com força total após o início da fabricação de veículos com motores flex. Estes que hoje criticam o biodiesel de mamona são os mesmos que aplicam montanhas de dinheiro para produzir álcool, embora o combustível não esteja, com a crise, vivendo sua melhor fase. As usinas gastam pelo menos 65 centavos para produzir um litro de álcool, mas só conseguem comercializá-lo a menos de 50 centavos. As que podem dão prioridade para o açúcar, que está com preço melhor. E nem por isso ninguém chama os usineiros de malucos.
Hoje, o biodiesel precisa de ser subsidiado, como o álcool necessitou no Governo militar. Porém, se lá trás o país não começasse a desenvolver aquela tecnologia, hoje não seria uma autoridade na matéria, reconhecido mundialmente.
A ideia de produzir biodiesel, seja da mamona, do pinhão manso, do coquinho de babaçu ou até do pequi, representa muito para Montes Claros, Candeias e Quixadá, três municípios do Polígono das Secas. Por quê? Porque vai dar emprego para o homem do campo. Aposto com quem quiser que o subsídio para criar emprego no Norte de Minas custa muito menos do que para manter o retirante da seca na grande favela do Jardim Terezópolis, vizinha da Fiat, em Betim.
Mamona, realmente, cresce em qualquer lote de Montes Claros. É uma praga como a seca, o desemprego e a falta de perspectiva de vida. Só mesmo o flagelado da seca sabe o valor que uma usina como esta, da Petrobras. Se a Petrobras não está fazendo o dever de casa, isso é apenas um detalhe.
Com o tempo, tendo preço, o sertanejo vai produzir o que a Petrobras quiser. Se for para comprar prensas para extrair o óleo, ele vai fazer como com o leite, hoje resfriado em milhares de tanques comunitários. O mesmo pode valer para o óleo de mamona ou outro fruto que seja praga em todo o Polígono das Secas. A frase de Lula - “vamos fazer biodiesel da mamona e resgatar a pobreza do semiárido” - tem tudo para dar certo, apesar dos que por ventura tenham investimentos energéticos na região e que estejam interessados em detonar a maior conquista do norte-mineiro nos últimos anos.

(*) Adriano Souto é editor-adjunto de Política

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Mensagem N°45307
De: Solange Data: Sexta 10/4/2009 09:52:57
Cidade: M. Claros

Acredito que com o apoio da imprensa Montes Claros cidade considera capital Norte Mineira poderá operar com aeronaves para o nordeste,São Paulo etc. E realmente lastimável saber que nossa cidade ainda continua tão pequena neste aspecto.Vocês jornalista tem o poder de solicitar esse crescimento para nossa cidade.Façam essa cobrança ao orgão competente. Nós precisamos com urgência desse crescimento.

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Mensagem N°45304
De: Web Outros Data: Sexta 10/4/2009 08:25:39
Cidade: BH

Esses mineiros por aí

Manoel Hygino- Jornal "Hoje em Dia"

No dia 27, Yvonne Silveira comentava, com propriedade, sobre Ataliba Machado, que fundou, dirigiu e manteve a “Montes Claros em Foco”, com carinho, desprendimento e sacrifício. De Yvone e Olintho, marido e mulher, encontrou apoio, até que a publicação deixasse de circular, em 1967, com o falecimento de Ataliba. Desaparecido o “pater familias”, Maria, a esposa, não permitiu que o ideal de formar todos os filhos fenecesse, embora dura a missão. Esgotava-se fisicamente, mas não o ânimo. Assistiu à diplomação dos seis filhos. De Mary, tive belas notícias; Fernando tornou-se médico; Luiz Carlos, jornalista; Mirtes, surda-muda, formou-se em Belas Artes.
Um exemplo de superioridade que Yvonne focalizou em crônicas, ressaltando a superação do problema da cor, que a tantos faz desistir. Terminada a leitura do seu texto no monteclaros.com, Yvonne teve de pôr luto por Olyntho, figura também emblemática norte-mineira. Yvonne Silveira, de 96 anos, presidente da Academia Montesclarense de Letras, teve gentileza de vir à minha posse na Academia Mineira de Letras. Durante décadas, foi professora de português na antiga escola Normal Oficial. Escritora, tem vários livros publicados e pertence a sodalícios, em que tem presença marcante. Nascida em Francisco Sá, é um dos nomes nas letras da região.
Às 6 horas, quando o sol ainda não brilhava com intensidade, Olyntho cerrou os olhos, aos 99 anos. De Francisco Sá, foi de lá vice-prefeito. Membro da Academia de que a esposa era presidente, juntos escreveram como “Velho Brejo das Almas”, sendo autor de livros como “Cantos e Desencantos”. Cavalheiro, lhano no trato, conciliador, seu corpo foi velado na Santa Casa, sob a inspiração de Irmã Beata. Olyntho e outros bravos sertanejos mineiros fizeram aquilo que eu disse deve ser feito em termos mais amplos: construir a história de uma região, tão esquecida dos poderes públicos, mas permanentemente produzindo por Minas e pelo Brasil.
Olyntho fez jornalismo, colaborando para as folhas da região, como sói acontecer com Dona Yvonne; como aconteceu com o saudoso Ataliba Machado, de quem guardo também as mais amáveis lembranças. Lutava-se por uma imprensa sadia, independente, um tanto visionária talvez, o que não é defeito.
Olyntho e Yvonne não envelheceram. Permaneceram em nossa memória, constituíram um legado esplêndido, de que não se esquecerá. Quando Mário Casassanta, da Academia Mineira de Letras, viu na terra do norte a sua “opulência florestal, com o seu solo fecundo, seus rebanhos e laticínios, com a sua linda serra, com homens de ideal, teve a impressão perfeita e encantadora de como é rica de aspectos, de como é cheia de imprevistos a civilização de Minas Gerais”. Que esses Silveiras ajudaram a dirigir.

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Mensagem N°45302
De: Marcus Antônio Lopes Data: Sexta 10/4/2009 06:53:56
Cidade: Montes Claros

Complementando a mensagem nº 45292, vale ressaltar que o Sr. Medioli está investindo milhões de R$ também no cultivo de pinhão manso principalmente no projeto jaíba para abastecer suas carretas cegonheiras da SADA, e o pinhão manso, não será aproveitado, num primeiro momento, na usina de Montes Claros, de acordo com um dos chefões da Petrobras, o Sr. Onézimo.

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Mensagem N°45292
De: Paulo Data: Quinta 9/4/2009 16:34:38
Cidade: Belo Horizonte  País: Brasil

Sobre a mensagem 45145. Não é certamente o Sr Medioli a pessoa mais indicada para avaliar o projeto Biodiesel de MOntes Claros. Primeiro, o Sr Medioli é político do PSDB, portanto, de oposição ao governo federal. Segundo, o Sr Medioli tem interesse direto no projeto, uma vez que é produtor de álcool etílico na região. Ora, é consenso emtre os pesquisadores que o metanol é mais indicado para a transesterificação dos óleos vegetais, a partir do qual obtém-se o biodiesel. Para se usar etalo, só de alta pureza, isento de água, que provoca a formação de emulsões. É claro que para um projeto deste porte, uma empresa séria como a Petrobrás não iria levar em consideração apenas projetos pessoais de políticos do PT, como sugere o missivista. É uma tese simplista do Sr Medioli, com inequívoca conotação política, para não dizer que no fundo ele gostaria mesmo é que fosse usado o etanol das suas usinas. De mais a mais, se a usina vai usar óleo de mamona, para que trazer soja de Mato Grosso? O SR Medioli deveria ser mais comedido em suas assertivas.

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Mensagem N°45289
De: Hensley Data: Quinta 9/4/2009 13:47:42
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Desde o final de ontem os clientes da operadora VIVO (ex-Telemig) estão enfrentando dificuldades para realizar e/ou receber ligações. O problema, iniciado na tarde de ontem, quarta-feira, se extendeu até próximo de 0h em todo o estado de MG. Ainda hoje, quinta-feira, muitos clientes estão enfrentando dificuldades na comunicação pela operadora.

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Mensagem N°45288
De: Valdevi Data: Quinta 9/4/2009 12:31:41
Cidade: Montes Claros

O secretário de Saúde, José Geraldo Drumond, acaba de dizer em entrevista que M. Claros não tem - até agora - nenhum caso notificado de dengue. (...)

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Mensagem N°45286
De: Waldyr Senna Data: Quinta 09/04/2009 12:14:00
Cidade: Montes Claros/MG

Apertar os cintos

Waldyr Senna Batista

A visita do presidente Lula a Montes Claros, na última segunda-feira, foi importante na medida em que, além de oficializar a inauguração da usina de biodiesel da Petrobras, que já estava funcionando desde janeiro, tirou da geladeira empreendimentos que aguardavam apenas assinatura para começar a deslanchar.
Casos da reconstrução da BR-135, que tinha até licitação realizada, e do anel rodoviário-norte, que era impedido por contencioso referente ao terreno do antigo Colégio Agrícola (atualmente campus avançado da UFMG). Esses foram os três principais tópicos da agenda oficial do presidente, cuja presença, como se previa, ofuscou a reunião do conselho deliberativo da Sudene, realizada na mesma data, e que não tinha na pauta nenhuma proposta específica para a região norte-mineira.
As especulações feitas sobre medidas que seriam anunciadas pelo presidente foram entendidas como arroubos de setores bem intencionados. Alguma coisa teria de ficar para outra ocasião, como a pretendida Universidade Federal de Norte de Minas, dada como favas contadas. Assim como procedimentos no mínimo extravagantes, a exemplo do suposto “lançamento” da candidatura do governador Aécio Neves à presidência da República, que já foi lançada há muito tempo, está nas ruas e não cabia em ocasião de caráter administrativo muito mais amplo.
No campo político, havia ainda a suposta manifestação de protesto dos prefeitos da região, que iriam “exigir” a reposição da receita perdida do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) em razão da crise mundial. Sobre o assunto, ficou o recado claro e direto do presidente, recomendando aos governadores, ministros e prefeitos “apertar os cintos” e torcer para que a economia dos países desenvolvidos se recupere a curto prazo, a fim de que as exportações brasileiras se recomponham e, assim, a economia volte a girar.
A declaração foi recebida pelos prefeitos como manifestação de descaso do presidente da República, estando eles decididos agora a aderir ao movimento nacional de fechamento das prefeituras no próximo dia 15. Mas o presidente não descartou a intenção de ajudar os municípios nesta fase difícil, informando haver solicitado estudos sobre como fazer isso. Reconheceu que as desonerações fiscais determinadas pelo governo contribuem para a redução da receita com base na qual se calculam os repasses aos municípios. Entretanto, há entraves legais e burocráticos que dificultam qualquer ajuda. Não se trata de simples ato de vontade.
A quase totalidade dos municípios tem o FPM como sua única fonte de receita, em razão do que a queda verificada nos últimos meses literalmente inviabiliza até os serviços essenciais. A arrecadação federal, nos dois primeiros meses deste ano, foi a menor desde 1996, com quebra de 9,11% em relação ao mesmo período do ano passado, e a tendência é de declínio nos próximos meses.
Durante o protesto programado pela Associação Mineira de Municípios (AMM) será encaminhada ao governo proposta de instituição de uma espécie de “piso” nos repasses para os municípios, a fim de garantir-lhes funcionamento em momentos de crise como a atual. No entanto, como qualquer mudança depende de lei, a medida demandará tempo demasiado, que a maioria dos municípios não pode esperar.
Assim, não há alternativa senão “apertar os cintos”, como recomendou o presidente da República. Os municípios, no Brasil inteiro, são perdulários, apesar dos rígidos controles impostos pela legislação existente, especialmente a LRF (lei de responsabilidade fiscal). Raro é aquele que não ultrapassa os limites previstos para os gastos com as folhas de pagamento, “inchadas” pelo nepotismo e pelo afilhadismo. É a isso que certamente se referia o presidente Lula, que sabe das coisas, pois no âmbito federal dá-se o mesmo.

(Waldyr Senna é o mais antigo e categorizado analista de política em Montes Claros. Durante décadas, assinou a "Coluna do Secretário", n "O Jornal de M. Claros", publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política e da história política contemporânea do Brasil).

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Mensagem N°45283
De: Raphael Reys Data: Quinta 9/4/2009 11:46:02
Cidade: Montes Claros/MG

DUAS DE MAÇARICO, UMA DE CATOPÊ

No bar Esquema Quente, em uma noite de calor a galera tomava uma geladinha e jogava conversa fora. Conforme hábito, falavam mal do nosso país grande e tolo e dos seus habitantes tupiniquins. No rol dos recordes negativos citados, o analfabetismo era o tema “cabeceira”, como diria o saudoso Daço Cabeludo.
Maçarico Santiago, nobre representante dos trabalhadores e promotor de tômbolas e rifas em folha de papel almaço e já quase no fim da prosa em uma rodinha entrou na conversa e deu a sua: Prá vocês verem! Nos Estados Unidos qualquer pobre e analfabeto fala inglês! Aí a roda se desfez e cada qual foi cuidar do seu cada qual!
Doutra feita, ele encontrava-se de férias no Rio de Janeiro. Foi convidado pelo seu anfitrião o empresário Paulo Cesar para um elegante coquetel em um atelier de arte onde transcorria uma mostra de pintura abstrata.
O “gran monde” das artes guanabarinas estava presente ao evento e a mediada que o marchand apresentava as telas expostas, Maçarico dava a sua opinião pessoal sobre cada uma. A certa altura Paulo Cesar o cutucou e falou entre dentes: Manéra o pé Marçal! Aqui só tem cobra criada em arte! Você está dando mancada!
Marçal retrucou na bucha: eu só estou dizendo é que tem que ter tom sobre tom!
Já Carlúcio Athayde era contumaz freqüentador do Bar Sibéria que ficava na confluência das ruas Doutor Veloso com Rua Presidente Vargas ao lado do Clube Montes Claros. Curtia o dia tomando uma geladinha, "beiçando" uma boa cachaça Santa Rosa com tira-gosto de parede com picumã...
No encanto molengo do bar e vez por outras dava um longo cochilo escorado na parede! Como quem mora no beco só aspira ao beco o mundo passava devagar e os habitués chegavam quando Deus era servido!
Acordava, pedia outra gelada, ia ao banheiro esvaziar a bexiga e voltava à mesa, a cerveja e a pescar piaba novamente. Como era prata da casa repetia essa rotina a mais de uma década. Certa tarde quente do mês de agosto deu uma “pescada de piaba grande” ocasião em que um bando de catopés entrou no bar e se assentaram nas mesas à sua frente sem que ele percebesse.
Tomavam umas doses de Cinzano e de cachaça com Carlúcio ainda dormindo as suas costas. Como na porta do WC do bar não havia a tradicional porta de madeira e sim uma cortina de fitas plásticas multicoloridas, Vicente acordou e estando ainda tonto e com a bexiga ardendo se dirigiu instintivamente ao banheiro.
Deparando-se com aquelas pendentes fitas multicoloridas dos chapéus dos catopés e supondo já ter atingido o WC afastou algumas fitas e verteu mijo na mesa dos foliões à sua frente.
Vazou catopé com os tamborins molhados para todos os lados e a meninada que comprava picolé de água com groselha ao verem aquele berro d’água tupiniquim em atividade gramaram o beco!

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Mensagem N°45282
De: Dário Cotrim Data: Quinta 9/4/2009 11:44:32
Cidade: Montes Claros/MG

CYRO E DARCY: FILHOS ILUSTRES

Dário Teixeira Cotrim

“Montes Claros é a cidade da arte e da cultura”, disso nós não temos dúvidas. Entretanto, até hoje perdura entre os nossos críticos a discussão sobre qual o melhor dos escritores montes-clarenses: Darcy Ribeiro ou Cyro dos Anjos. Certamente que será difícil de responder, até porque os seus estilos são completamente diferentes, não obstante eles terem produzidos livros da mais alta qualidade o que mereceram galgar postos de destaques em todas as associações literárias por onde passaram. Enquanto Darcy pesquisava a origem do povo brasileiro, vivendo entre os índios e deliciando de seus costumes e cultuando de suas tradições, Cyro escrevia romance e reminiscências, uma escrita amena e de leitura agradável. Os dois são filhos ilustres de Montes Claros, souberam representar a arte e a cultura de nossa terra em terras estranhas. O que é mais importante!
Também os dois foram membros da Academia Brasileira de Letras. Cyro dos Anjos foi o quarto ocupante da Cadeira nº. 24. Eleito no dia 1º de abril de 1969, na sucessão do poeta Manoel Bandeira, ele foi recebido pelo amigo acadêmico Aurélio Buarque de Holanda no dia 21 de outubro de 1969. Tempos depois, em oito de outubro de 1992 o professor Darcy Ribeiro foi eleito para a Cadeira nº. 11, que tem como patrono o poeta Fagundes Varela. Darcy foi recebido com honras acadêmicas por Cândido Mendes no dia 15 de abril de 1993. Para a cidade de Montes Claros esses fatos representam hoje o ápice da literatura montes-clarense a nível nacional. Ambos eram tipos de optimistas incuráveis, porque acreditavam na educação pública com justiça social.
Cyro Versiani dos Anjos fez jornalismo, foi professor, cronista, romancista, ensaísta e memorialista. Nasceu aqui (Montes Claros/MG) no dia 5 de outubro de 1906. Era o 13º dos quatorze filhos do casal Antônio dos Anjos e dona Carlota Versiani dos Anjos. Cyro iniciou os seus estudos na cidade em que nasceu e depois foi residir na bela Belo Horizonte onde estudou humanidades. Também na capital mineira ele fez o curso de Direito, tendo se formado em 1932, pela Universidade de Minas Gerais.
Darcy Ribeiro era filho de Reginaldo Ribeiro dos Santos e de dona Josefina Augusta da Silveira. Ele também nasceu em Montes Claros onde fez os estudos fundamental e secundário no Grupo Escolar Gonçalves Chaves e no Ginásio Episcopal de Montes Claros. Notabilizou-se fundamentalmente por trabalhos desenvolvidos nas áreas de educação, sociologia e antropologia tendo sido, ao lado do amigo a quem o admirava muito, o doutor Anísio Teixeira, um dos responsáveis pela criação da Universidade de Brasília, elaborada no início dos anos 60, ficando também na história desta instituição ao ser o seu primeiro reitor. Também foi o idealizador da Universidade Estadual do Norte Fluminense.
A bibliografia de Cyro e Darcy é imensa e bastante interessante. Citaremos algumas de suas obras apenas para relembrar o caríssimo leitor da importância desses nomes para a literatura montes-clarense e mineira. Cyro dos Anjos – Romances: O amanuense Belmiro (1937), Abdias (1945) e Montanha (1956). Ensaio: A Criação Literária (1954). Memórias: Explorações no Tempo (1963) e A Menina do Sobrado (1979). Poesia - Poemas Coronários (1964). Darcy Ribeiro – Romances: Maíra (1976), O mulo (1981), Utopia selvagem (1982) e Migo (1988).
A nossa Academia Montesclarense de Letras tem a honra e a felicidade de constar em seus registros os nomes de Cyro dos Anjos e Darcy Ribeiro como sócios da entidade. Também o nosso Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros incluiu na lista dos patronos os nomes de Cyro dos Anjos e Darcy Ribeiro.

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Mensagem N°45281
De: Web Outros Data: Quinta 9/4/2009 11:37:03
Cidade: Belo Horizonte/MG

A disputa que não chegou a acontecer

Carlos Lindenberg - Jornal "Hoje em Dia"

Quem esteve em Montes Claros na última segunda-feira certamente não viu, com os olhos de quem acompanha política há muitos anos, a tão comentada disputa entre o governador Aécio Neves e a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, competição essa em torno de quê, ninguém sabe. Ora, o que se sabe é que a disputa do governador Aécio Neves é com o governador de São Paulo, José Serra - e Serra não esteve em Montes Claros, ao que consta. De forma que a propalada disputa está menos na realidade dos fatos do que na sempre fértil imaginação das pessoas, daí porque há muita gente que vê fantasma ao meio-dia.
Da mesma forma, quem também esteve em Montes Claros e conhece a cidade, com os olhos de quem lá viveu por muitos anos, certamente se surpreendeu com a magnitude do evento. Há muitos anos não se via coisa igual na antiga capital mineira da Sudene e nem sempre se vê em outras cidades. A um só tempo, estavam em Montes Claros o presidente da República, o vice-presidente, o governador e o seu vice, nada menos de 12 outros governadores e 11 ministros, além de boa parte da bancada de deputados federais e estaduais, e presidentes de empresas e instituições públicas. É evidente que acontecimento de tal vulto não deixa de quebrar a rotina da cidade e de trazer algum tipo de transtorno à sua população.
Mas como o presidente e os demais visitantes não estavam lá para tomar um “golo” num dos diversos bares da cidade nem para comer uma carne de sol de “dois pelos”, é de ver que Montes Claros pode ao final contabilizar ganhos que raramente são escriturados em outros municípios de igual porte. Não basta citar a inauguração da fábrica de biodiesel Darcy Ribeiro, de resto já em funcionamento, nem a ordem de serviço para a reconstrução da BR-135. Montes Claros, nos últimos dias, está nos principais jornais e telejornais do país, como palco de decisões importantes e até mesmo de um embate que está mais para a Batalha de Itararé do que para a realidade política dos dias que correm. Ou alguém imagina que é todo santo dia que alguma cidade, à exceção de Brasília, está no foco do noticiário e pode hospedar, mesmo que por um só dia, tanta gente com tamanho poder de decisão?
De sorte que Montes Claros voltou a brilhar nessa última segunda-feira. O evento patrocinado pela Prefeitura da cidade, pelo Governo estadual e pelo Governo federal fez Montes Claros viver um momento de grande intensidade, coisa que não acontecia, de fato, há muito tempo. E como em outros momentos, os visitantes puderam ser contemplados com a dança e a musicalidade do grupo Banzé e com a voz genuinamente sertaneja do eterno vaqueiro Nivaldo Maciel no seu inconfundível toque do aboio.
O fato de a ministra Dilma e o governador Aécio estarem juntos, a um só tempo, num evento de tamanhas proporções pode estimular especulações, mas não sustenta formulações do tipo quem ganhou ou quem perdeu. Ninguém ganhou ou perdeu nada. Até porque ninguém estava ali para ganhar ou perder qualquer coisa. No máximo, a cidade ganhou projeção e alguns benefícios, mas em troca perdeu, por algumas horas, a sua madorna de uma segunda-feira de outono com temperatura de verão. Nada mais, nada menos.
A ministra Dilma Rousseff e o governador Aécio Neves, para não falar no ministro Patrus Ananias e no vice-governador Antônio Anastasia, ambos presentes e bastante desenvoltos, não perderam nem ganharam nada além do que normalmente ganha quem anfitriona espetáculo de tamanha grandeza ou quem dele participa com destaque, caso de Aécio e Dilma. É verdade, como soe acontecer, que havia claques de ambos os lados, tanto para vaiar como para aplaudir. Assim como Dilma e Aécio cumpriram o seu papel, cada um à sua maneira. Aécio mais desenvolto, mais à vontade, digamos, o que lhe é característico. Dilma esforçando-se para manter sua imagem colada à do presidente Lula. Ambos, no entanto, tiveram dois momentos abaixo do que deles se pode esperar, considerando-os postulantes ao cargo maior da nação. Aécio lendo discurso, num palco político. Dilma também lendo anotações, mas com visível falta de emoção, carente de comunicabilidade. É de se esperar mais dos dois, mesmo que não se queira ver no encontro de ambos, em Montes Claros, uma disputa por espaço e muito menos por votos. A disputa de Aécio, por enquanto, é com José Serra em busca de espaço no PSDB. Já a da ministra Dilma Rousseff, novamente mineirizada, é com ela mesma, na sua ainda falta de jeito para se dirigir à população, coisa, no entanto, que se corrige com alguns treinos. A destacar, o empenho dela para fazer o dever de casa.

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Mensagem N°45266
De: Jornal Estado de Minas Data: Quinta 9/4/2009 08:26:29
Cidade: Belo Horizonte

Acidente prejudica exportação de grãos - Luiz Ribeiro - Montes Claros –Dezenas de caminhões carregados de soja estão parados em Pirapora, no Norte de Minas Gerais, desde o último fim de semana, impedidos de descarregar no terminal de movimentação de cargas da mineradora Vale na cidade, que ainda está em fase de testes. O problema foi provocado pelo descarrilhamento de oito vagões da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), subsidiária da Vale, no ramal ferroviário entre Pirapora e Corinto, ocorrido na madrugada de sábado. Segundo a Federação Interestadual de Transportadores Rodoviários Autônomos (Fenacam), estão parados em Pirapora mais de 100 caminhoneiros, que carregaram seus veículos de grãos nas regiões do Alto Paranaíba e Nordeste de Minas e de Goiás, e estão amargando enormes prejuízos. O terminal de movimentação de cargas de Pirapora foi implantado para o escoamento da produção de soja e outros cereais produzidos no Noroeste mineiro e de Goiás pela ferrovia, indo até o porto de Vitória – no chamado corretor de exportações entre Minas e Espírito Santo. As mercadorias são levadas em caminhões e carretas até Pirapora. Dali, por intermédio do terminal, saem em direção ao litoral capixaba ferrovia. O terminal contou com apoio do governo estadual, num amplo projeto que incluiu a revitalização das antigas oficinas da Rede Ferroviária Federal (RFFSA) em Corinto, desativadas com o fim da empresa e hoje nas mãos da FCA. Embora a inauguração do empreendimento esteja marcada para 16 de abril, desde 20 de março o terminal está em testes. Com o descarrilhamento dos vagões no ramal Pirapora-Corinto (160 quilômetros de extensão), foi interrompida a circulação de trens no percurso. Em consequência, os silos do terminal de Pirapora ficaram cheios, formando uma grande de filas de caminhões, que aguardam a solução do problema para o descarregamento. A modernização do corredor de exportações era uma das principais reivindicações dos produtores rurais no Noroeste e Alto Paranaíba, regiões produtoras de soja e milho. Ontem à tarde, a Ferrovia Centro-Atlântica informou que técnicos da empresa foram até o local do acidente e não houve feridos. Comunicou ainda que o trecho já foi liberado e na manhã de hoje deverão ser reiniciados os serviços do terminal de cargas. Mas os prejuízos não foram revelados. Por sua vez, o presidente da Fenacam, Carlos Roberto De La Rosa, que viajou até Pirapora para ver a situação de perto, disse que não recebeu nenhum comunicado oficial sobre a solução do problema. Ele disse que a entidade pretende acionar a Vale para que a empresa venha ressarcir os caminhoneiros dos prejuízos que tiveram nos dias em que ficaram parados.

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Mensagem N°45264
De: Jornal Hoje em Dia Data: Quinta 9/4/2009 07:38:36
Cidade: Belo Horizonte

Parque aumentará custo de empresas - Girleno Alencar - Montes Claros - A implantação do Parque Estadual da Lapa Grande, em Montes Claros, vai aumentar os custos fiscais para empresas da cidade. Os empreendimentos localizados num raio de dez quilômetros da unidade de conservação ambiental passarão a ter nova classificação, o que deverá representar aumento de 600 para 4 mil Unidades Fiscais de Minas Gerais (UFEMG), cujo valor unitário é de R$ 2,03. O assunto foi discutido, na última terça-feira, pela Associação Comercial e Industrial de Montes Claros (ACI). O agrônomo Luiz César Versiane deu esclarecimentos sobre as consequências da proximidade com o parque. O parque foi criado em 2005, ocupando 7 mil hectares, mas somente no final do ano passado, o Estado começou a indenizar as famílias cujas terras foram desapropriadas. A área tem grutas e acervo espeleológico. Versiane afirma que, com a implantação do parque estadual, é criada automaticamente a zona de amortecimento, e os empreendimentos de seu entorno têm a classificação elevada e precisam de licenciamento ambiental. “Todo empreendimento de Montes Claros passa por mudanças. Por isso, a discussão”. Os empreendimentos de pequeno, médio e grande portes precisam cumprir normas ambientais para ter o licenciamento. “As grandes empresas são obrigadas a cumprir a lei ambiental, mas as pequenas e médias nunca eram cobradas. Só quando denunciadas passam por autuação. Com a criação do parque, precisam se adaptar às leis ambientais. Somente o plano de manejo do parque poderia reduzir a área de classificação. Queremos que o Comitê do Parque da Lapa Gande e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente analisem o pleito”, alega o agrônomo. A diretora-técnica da Superintendência de Meio Ambiente do Norte de Minas, Cláudia Beatriz, e a analista jurídica, Letícia Vilasboas, disseram que a licença depende da análise do estudo ambiental. “Se houver dúvida ou erro, o órgão pede informações complementares ou indefere o pedido. Esse trâmite onera o empreendedor”. A ACI solicitará à Secretaria de Estado de Meio Ambiente a redução das taxas para adequação e licenciamento ambiental para os empreendimentos que estão na área de amortecimento do parque e na zona urbana de Montes Claros.

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Mensagem N°45262
De: Web Outros Data: Quinta 9/4/2009 08:30
Cidade: BH

A água dos caminhões
Manoel Hygino - Jornal "Hoje em Dia"

Dou-me à cachimônia de ler notícias sobre a pobreza e os pobres deste país, contrariando o que ocorre corriqueiramente, porque existem os que têm aversão por esse segmento sofrido da população. Antes de entrar no assunto propriamente dito, examino a palavra “cachimônia”, popular, de origem ignorada, usada outrora pelo meu pai. Há anos não a ouço de outra boca. É pachorra, ou algo assim.
Temos de nos convencer e admitir que há gente pobre neste país. Numerosos.
Tenho mais contato com eles do que com os privilegiados, os ricos, a elite, até porque aqueles são numerosos demais. Não se deve atrelar às belezas coloridas das novelas de televisão ou das praias de mar azul, palmeiras ao vento, areias limpas, ocupadas pelo que há de mais belo no espécime humano, em dias de sol resplandescente.
Para chegarmos às esfuziantes belezas da orla marítima, temos de viajar. Para encontrarmos os pobres, os carentes, os indigentes, os despidos de esperança e rotos de roupas, basta andar cem metros.
Nem isso. É suficiente sair de casa. Eles estão nas praças, nas ruas, nos passeios públicos, nos bancos dos logradouros, na sarjeta, nas filas para tudo e que nada, via de regra, resolvem.
Pessimismo ao extremo? Li a seguinte mensagem, do município de Pedra Azul: “Peço ajuda para que entrem em contato com o coronel do Exército para nos enviar água, pois a situação aqui é muito feia, só temos uma água salobra, não temos emprego, mas graças a Deus temos um terreninho para passar o resto da velhice.
Agora os caminhões-pipa pararam de nos trazer água, e dizem que o coronel mandou parar; pelo amor de Deus, que leve esta notícia ao coronel, pois aqui é muito longe, onde só encontramos uma água salobra, salgada; nessa nossa região, a chuva é muito difícil, pelo amor de Deus, façam alguma coisa”.
Procurei esclarecer-me.
O 555º Batalhão do Exército suspendeu a Operação-Pipa de fornecimento de água potável ao Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha, com abastecimento comprometido pela estiagem.
O programa atendia 32 municípios e a suspensão decorreu de determinação do Ministério da Defesa, uma vez esgotados os recursos repassados pelo Ministério de Integração Nacional.
Tão logo fortalecidos os recursos, o serviço, de tão elevado sentido social, assistencial e humano, voltará, havendo 500 pipeiros cadastrados.
Desde outubro de 2007, o Exército fazia essa distribuição às comunidades.
O programa é emergencial. São analisados os decretos de situação de emergência em Águas Formosas, Berilo, Buritizeiro, Carbonita. Crisólita, Malacacheta, Miravânia, Nova Porteirinha, Novorizonte, Olhos D’Água, Padre Carvalho, Poté, Riachinho, São João da Lagoa, São João da Ponte e outros. Não se tem direito de deixar estas populações à míngua de algo essencial à vida.
Ademais, é sabido e consabido que o governo gasta dinheiro “como água”, que me perdoem o trocadilho.
Nas duas casas do Congresso, por exemplo, há uma torneira ligada a uma tubulação de grande diâmetro, despejando recursos elevados no vaso do desperdício, como no caso das Diretorias do Senado.
Ainda bem que, para resolver o problema, pensa-se criar uma nova Diretoria para cuidar das remanescentes. Este país é sério?
Esses pequeninos cidadãos brasileiros, que não se envolvem em invasões de prédios públicos e propriedades privadas, que não causam prejuízo ao patrimônio de quem quer que seja, precisariam ser lembrados na hora de definição de programas de governo.
Deve existir algum meio de ajudá-los na ampliação de sua produção, de orientá-los quanto à sua lavoura.
Ficar sem água, nem imaginar!

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Mensagem N°45255
De: Arthur Data: Quarta 8/4/2009 22:11:57
Cidade: BH

07/04/09 - 11h48 - Jornal "O Tempo", de BH: "Sabia-se desde o começo que a mamona era um engodo eleitoral, que a usina era uma catedral no deserto. Montes Claros é uma localização logística claramente desastrosa. Compra-se óleo de soja em Mato Grosso e álcool metílico no exterior para produzir biodiesel em Montes Claros, que vai ser adicionado ao diesel produzido na refinaria de Betim. Dá-se a volta ao mundo"
Não tenho conhecimentos técnicos para entrar nesta polêmica. Contudo, quero dizer aqui que o autor do artigo, muito bem escrito, é o próprio dono do jornal O Tempo, de BH - o empresário e ex-deputado federal Vitório Medioli. Ele é também proprietário da usina de álcool do Jaíba, já em funcionamento, e anunciou na semana retrasada uma grande e milionário investimento em nova usina, desta vez no município de Bocaiúva, além de vultoso investimento em Sete Lagoas. A par de escrever muito bem, é especialista no assunto biodiesel. Contestar os seus argumentos não parece tarefa para não-especialistas, o que ele é, no assunto.

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Mensagem N°45248
De: Norberto F. Prates Data: Quarta 8/4/2009 18:06:15
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Essa notícia deveria servir de exemplo para nossa cidade.Vejam o que está sendo feito na cidade de Pato Branco-PR, a respeito de barulho.
"Tolerância zero a perturbação 07/04/2009 -Adenir Brocco Pato Branco – Após um trabalho de orientação, a Polícia Militar declarou tolerância zero às pessoas que causam a perturbação do sossego, seja por som alto, gritaria ou algazarra. No último final de semana foram apreendidos três conjuntos de som de veículos por perturbação de sossego. Os casos ocorreram nas imediações de dois postos de combustíveis localizados na avenida Tupy, em Pato Branco. Os condutores dos automóveis foram encaminhados a sede do 3º BPM (Batalhão da Polícia Militar) para a lavratura de termo circunstanciado.
O IAP (Instituto Ambiental do Paraná) também faz ações conjuntas com a PM no combate à poluição sonora. Conforme o chefe do Escritório Regional do órgão, Normélio Bonatto, o trabalho é desenvolvido há três anos, com a apreensão de 68 conjuntos de sons, sendo oito no início de 2009. Além da apreensão dos conjuntos de sons, os proprietários dos veículos são multados em cerca de R$ 3.000,00 e ainda respondem por crime ambiental.
O tenente Rogério Pitz, comandante da 1ª Companhia do 3º BPM, explicou que a poluição sonora é crime ambiental. Dessa forma, é utilizado o decibelímetro para aferir o som emitido, sendo permitido até 60 decibéis à noite. Já com relação à perturbação de sossego, não é necessária a aferição, com a PM se baseando no artigo 42 da Lei de Contravenções Penais. Ele informou que ao ser abordado por estar com som alto, o proprietário ou condutor do veículo tem a opção de retirar o equipamento de som e entregar a PM. Se isso não acontecer, o carro também é apreendido. O acusado é encaminhado ao 3º BPM para a lavratura de um termo circunstanciado. Depois é realizada uma audiência no Fórum e o proprietário terá que comprovar a procedência do equipamento de som para recuperá-lo. Nesse caso, o juiz da comarca pode estipular pena de multa, pagamento cestas básicas ou que o infrator preste serviços comunitários."
Se fôr aplicado em nossa cidade, em pouco tempo não haverá lugar para se guardar tanto carro e equipamentos. (...)

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Mensagem N°45245
De: Prefeitura de M. Claros Data: Quarta 8/4/2009 17:30:51
Cidade: Montes Claros

O prefeito Luiz Tadeu Leite publicou hoje um decreto que reajusta a tarifa do transporte coletivo municipal. O novo valor começa a valer a partir da próxima segunda-feira, dia 13. A passagem vai subir de R$ 1,55 para R$1,90. O último reajuste foi em 18 defevereiro do ano passado. A dministração protelou o aumento por mais de sesseta dias para diminuir o impacto social. O valor é estabelecido por meio de uma planilha de custos, elaborada pela equipe da Transmontes, e visa manter o equilíbrio financeiro das empresas concessionárias. A novidade é que antes, não se abria ao público o conteúdo das planilhas, e no sentido de dar mais transparência ao processo administrativo, qualquer interessado terá acesso as planilhas por meio da Transmontes.

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Mensagem N°45242
De: Ruth Tupinambá Data: Quarta 8/4/2009 12:56:09
Cidade: Montes Claros/MG

O inesquecível Niquinho de açúcar

Ruth Tupinambá Graça

Não se pode deixar que a fumaça dos tempos venha cobrir, em nossa imaginação e nossa lembrança, acontecimentos, e principalmente, pessoas que durante quase um século de existência forma figuras importantes no cenário da nossa cidade.
Não será preciso fazer uma biografia do Niquinho de Açúcar, pois muita gente o conheceu e ainda se lembra dos seus feitos em prol de nossa comunidade.
Quero apenas, obedecendo os impulsos de um coração saudosista, contar como ele marcou minha infância.
Quando o conheci, já ele era casado e pai de sete filhos. Possuía uma alma de artista e, sobretudo, de poeta, aqueles que vêm ao mundo com olhos da poesia, do sonho, usando o coração mais do que a cabeça.
Niquinho de Açúcar, tal era o seu apelido, não tanto porque fosse muito claro e corado e possuísse os traços de um europeu fino, mas talvez, justamente, por ter mesmo um coração açucarado.
Natural de Conceição do Serro, hoje Conceição do Mato Dentro, Antônio Ferreira de Oliveira veio para Montes Claros em 1912.
Por que teria escolhido Montes Claros para dedicar-lhe os melhores anos de sua vida?
Por que se afastara dos grandes centros civilizados, vindo lutar com os montes-clarenses pelo progresso deste nosso sertão? Cilada do destino quis que Montes Claros ganhasse mais este filho, que aqui viveu, lutou e morreu como um montes-clarense de coração.
Tantas dificuldades enfrentou para chegar até aqui, neste sertão longínquo, sem estradas, longe da civilização!
O lombo do burro, numa viagem exaustiva, era o único transporte. Mas, para sua alma sensível, tudo era festa e motivo para dar expansão ao seu coração de poeta. E quando, no trote duro e compassado do animal, pelas estradas que serpenteavam as imensas matas, ouvindo apenas o canto triste do zabelé e das pombas verdadeiras; e quando, ao nascer do sol, as saracuras o saudavam com seu canto de duas notas, seu Niquinho não sentia o desconforto nem o cansaço, mas apenas seus ouvidos se deleitavam com a música da natureza.
Havia, também, o perfume gostoso das flores silvestres, naquelas tardes quentes, nas entranhas das florestas virgens, quando uma brisa soprava mansamente arrepiando-lhe a pele, trazendo-lhe o perfume e a lembrança de uma mulher bonita...
E quando, à noitinha, já arranchado à beira de um riacho ouvindo o cantar das águas cristalinas, ondulantes em pequenas cachoeiras e o luar derramava seu clarão prateando em todo aquele imenso sertão, os olhos do poeta brilhavam, seu coração pulsava mais forte, sentindo toda aquela beleza!
De olhos semi-cerrados, sua alma povoava de sonhos e os belos versos afloravam em sua imaginação. E como se sentia feliz!
Ainda moço, em plena juventude quando se tem o coração cheio e esperanças, ele sonhava com esta Montes Claros.
Esperava encontrar aqui o futuro. Realizar-se profissionalmente, amar, constituir família, ter filhos e netos. Tudo isto o impelia para Montes Claros, tendo a intuição de que alguém aqui o esperava – uma sertaneja. Sua chegada foi um grande acontecimento na bucólica cidade.
A princípio morou em casa dos amigos (família Sarmento). Formado pela Escola de Farmácia de Ouro Preto, exerceu a profissão em sua terra natal até 1912, quando se transferiu para Montes Claros.
Inteligente, culto grande orador, era constantemente solicitado (o que fazia com prazer). O jovem poeta era o assunto, como porta-voz da coletividade.
Aqui chegando, estabelecido e boa pinta, estava com a corda todos e as jovens casadoiras se alvoroçavam, havendo muita disputa. Seus versos encantavam-nas e eram uma forte arma para conquistas. O jovem poeta era o assunto das fofoqueiras nos serões das austeras famílias.
Em breve, o cupido acertou-lhe em cheio o coração. Casou-se com Cândida, filha do seu Francisco Peres, uma das principais famílias.
Nos intervalos, entre as pílulas, poções e receitas, seu Niquinho encontrava sempre uma folguinha para poetar.
Agradavam-lhe mais as rimas do que as drogas e, muitas vezes, enquanto a farmácia regurgitada de fregueses aflitos, necessitando de elixires, purgantes, cápsulas de quinino para debelar a febre, palustre da região e, muitas vezes, para apressar partos, ele tranquilamente fechava-se no laboratório (e, longe do mundo, da maldade, doenças e tristezas) se deixava levar pelos impulsos de sua alma passando para o papel os mais belos sonetos.
Sua farmácia chamava-se Farmácia Americana, justamente onde é hoje a Drogaminas, no cruzamento das ruas Camilo Prates com Presidente Vargas, onde ele sempre estava com um sorriso franco, pronto a servir a quem o procurasse. Era extremamente social.
Grande jornalista dirigiu o Montes Claros a partir de 1916, semanário onde publicava não só suas produções poéticas como artigos de fundo, editoriais e comentário.
Em qualquer movimento da comunidade, ele estava pronto e à frente, liderando.
Exerceu o cargo de vereador da Câmara Municipal, da qual foi várias vezes secretário. A filantropia era a característica marcante da sua personalidade. Sua farmácia não visava lucros, as cifras não lhe interessavam muito e o fiado enchia seus livros de contabilidade. Os pobres iam buscar o remédio em sua farmácia e nuca comprá-lo. Isto nunca o molestou, razão por que não acumulou fortuna.
A Fortuna maior e que o tempo não consome, morava dentro dele – era o seu interior.
Basta dizer que, em 1918, quando a espanhola grassava aqui e na sua região norte-mineira, a ele nos deu uma lição de amor ao próximo, socorrendo a população vítima da epidemia, pondo-se à disposição dos pobres, bem como sua farmácia assistindo os enfermos incansavelmente, sem remuneração. Nessa ocasião, foi homenageado com uma medalha de ouro, pela população.
Muitas vezes presenciei seus gestos, sua maneira de ser, tanto na farmácia como em casa de seu Chico Peres, seu sogro e vizinho, e onde eu brincava sempre com as colegas Zélia e Zelândia, local onde se reuniam seus netos.
Encontrava-o lá e me admirava de sua educação e atenção comigo, seu bom humor, perguntando sempre por meus pais e meus estudos. Trazia balas escondidas na manga do paletó, e fingindo mágicas, as tirava do nosso nariz, nossos ouvidos, nos deixando eufóricas e encabuladas. Criança gosta de ser notada, ser amada. Ele amava criança.
Lembro-me, era tão carinhoso com os filhos, ficando de prosa, horas e horas com eles e comigo, como se fôssemos da mesma idade, numa camaradagem pouco comum naquela época, em que criança deveria ser tratada à distância, para não perder o respeito dos mais velhos.
Adulava muito a Yvonne. Devia ser a filha predileta. Ela era dengosa, bonita, com sua pele muito clara, longos cabelos pretos e lisos. Vivia encarapita em seu colo. Era uma menina muito chic, com seus vestidos, de cassa, vaporosos, enfeitados de fitas e rendas. Na escola, fazia-nos inveja seu uniforme bem cuidado, sapatos de verniz pretos, sempre brilhando, e as meias rendadas. Que inveja! Ninguém tinha iguais.
Por diversas vezes vi seu Niquinho beijando-lhe as faces rosadas, num embevecimento total, alisando-lhe os cabelos enquanto ela, muito falante (como até hoje), recitava os versos que ele lhe ensinava.
Os dois, pai e filha, deveriam ter já naquela época, muita afinidade. E até hoje muito me encanta a maneira como a Yvonne (Silveira) cultiva a memória do pai, a saudade e as recordações que o tempo jamais conseguirá apagar do seu coração.

(N. da Redação: Ruth Tupinambá Graça, de 94 anos, é atualmente a mais importante memorialista de M. Claros. Nasceu aqui, viveu aqui, e conta as histórias da cidade com uma leveza que a distingue de todos, ao mesmo tempo em que é reconhecida pelo rigor e pela qualidade da sua memória. Mantém-se extraordinariamente ativa, viajando por toda parte, cuidando de filhos, netos e bisnetos, sem descuidar dos escritos que invariavelmente contemplam a sua cidade de criança, um burgo de não mais que 3 mil habitantes, no início do século passado. É merecidamente reverenciada por muitos como a Cora Coralina de Montes Claros, pelo alto, limpo e espontâneo lirismo de suas narrativas).

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Mensagem N°45241
De: Web - Chorografia Data: Quarta 8/4/2009 12:54:19
Cidade: Montes Claros

Transcrição da Revista do Archivo Público Mineiro, editada em ouro Preto, então capital de Minas, em 1897. O conteúdo, doze anos antes, em 1885, saiu no primeiro jornal de Montes Claros, “Correio do Norte”, fundado e editado pelo autor – o depois desembargador Antônio Augusto Veloso, pai da imprensa de Montes Claros. É o mais antigo documento sobre a história de Montes Claros - Parte 8 - (As partes anteriores estão arquivadas na seção Colunistas - Web - Chorografia)

Chorografia Mineira - Oitava Parte

(Continuará, nos próximos dias, até a publicação de toda a "Chorografia")

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Mensagem N°45230
De: Jornal O Tempo Data: Quarta 8/4/2009 09:07:11
Cidade: Belo Horizonte

Frigorífico Independência retoma abates em Janaúba - Após 41 dias, o frigorífico Independência retomou ontem os abates na unidade de Janaúba, no Norte de Minas. Segundo a empresa, as operações foram reiniciadas com o abate inicial de 400 cabeças por dia, um terço da capacidade diária instalada. O quadro de pessoal também foi redimensionado de 840 empregos diretos para 300.
Em recuperação judicial (antiga concordata), o frigorífico determinou a suspensão dos abates em dez das 14 unidades, após o Carnaval.
"O que aconteceu aqui foi um milagre", comemorou o prefeito de Janaúba, José Benedito Nunes Neto. Segundo ele, a unidade foi a primeira a ter suas atividades retomadas. O Independência afirmou, em nota, que "poderá ampliar o volume de produção no futuro se as condições permitirem".

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Mensagem N°45225
De: Web Outros Data: Quarta 8/4/2009 08:43:53
Cidade: Belo Horizonte

A viagem final

Manoel Hygino - Jornal "Hoje em Dia"

Dias atrás, comentava as incômodas, mas amáveis e inesquecíveis, viagens ferroviárias, dando ênfase a uma estrada que mais de perto conheci: a do percurso da Central do Brasil, entre Belo Horizonte e Montes Claros. Tão amigas as viagens que, numa delas, na época candente da Revolução de 1930, levou o emérito e simples Hermenegildo Chaves, Monzeca a mudar o programa de seu deslocamento da capital à cidade norte-mineira.
O montesclaros.com ouviu Mauro Santayana, residente em Brasília, sobre o fato. Santayana, que chegou festejado e atuante aos oitenta anos, disse que “o episódio lhe foi confirmado por Monzeca – a quem chamava de Chaves.
Monzeca mencionou que, numa estação de parada para Montes Claros (tem dúvida, se em Sete Lagoas ou Corinto) o trem foi embora e ele ficou, pois havia saído ligeiramente para uma mesa de sinuca. Sem ter mesmo o que fazer, arrumou uma namorada... na gare... pois não havia como prosseguir e fazer a reportagem sobre o desdobramento dos episódios ocorridos em Montes Claros, após o tiroteio de 6 de fevereiro de 1930, com mortos e feridos. O assuntos foi manchete principal no Rio de Janeiro durante meses, por quase um ano.
Santayana, durante a ditadura militar brasileira andou, pela Europa e conheceu vítimas de governos fortes e ditaduras em outros países. Foi o redator dos discursos de Tancredo Neves, governador e presidente eleito, sendo também assessor de Itamar Franco na Presidência.
Monzeca foi figura doce, amena, folclórica e antológica da imprensa mineira.
Eu o via, na rua Goiás, esperando o momento de tomar o cafezinho na Gruta.
Não tive privilégio de maior convivência com ele, jornalista reverenciado pelos colegas de ofício. Destes, tive informações preciosas, inclusive transmitidas por Antônio Tibúrcio Henriques, que foi secretário do Estado por muitos anos. Quanto a mim, cumprimentos e curtas conversas, porque me parecia profanação aproximar-me do ícone.
Para Roberto Elísio, Hermenegildo Chaves teve o texto mais completo e lírico da história da imprensa mineira, conforme testemunho de mestre Ayres da Matta Machado.
Para se conhecer aquela época e seus personagens, recomendaria a leitura de “Sob a sombra da noite”, o excelente livro de memória de nosso companheiro, aqui, aos domingos.
Para os caricaturistas, não seria difícil retratar Monzeca: “Um maço de cigarros Beverly, um copo de café, um violão. Era boêmio estranhamento avesso a bebidas alcoólicas. Um boêmio não praticante, se diria melhor.
Cercado de admiradoras, o jornalista jamais se deixou enredar no aranhol do amor, para ele algo muito sério, que exigia respeito qualquer que fosse o nível do relacionamento. Contam episódios fantásticos de sua vida pessoal, profissional, sentimental; “uma figura humana admirável, na simplicidade do comportamento, no brilho quase escondido de um estupenda inteligência”, como comentou Roberto.
Residia no Prado, numa casa estilo bangalô, quintal bucólico, na rua Coronel Pedro Jorge. Grandes jabuticabeiras ali se destacavam e ele afiançava que eram centenárias. Ali ficavam apenas os moradores: Monzeca e uma antiga empregada, morena escura, ou mulata, gorda, completamente identificada e devotada ao jornalista em envelhecimento.
Em determinada manhã, sofreu um infarto. Internado no Prontocor, mandou chamar ao hospital um juiz de paz e a empregada.
Casaram-se, na solenidade da travessia de uma para outra vida, como mandam as leis dos homens e de Deus, papel passado.
Nunca se viu Monzeca irado, revoltado.
Foi o maior autor de necrológios da imprensa mineira.
Não sei quem escreveu o seu, evidentemente não superável aos que redigira sobre os grandes e os pequenos que marcaram sua existência.

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Mensagem N°45203
De: Wanderlino Arruda Data: Terça 7/4/2009 14:58:37
Cidade: Montes Claros/MG

AS DUAS BRASÍLIAS

Wanderlino Arruda

A idéia de fazer cidades irmãs as duas Brasílias, a de lá do Planalto Central e a de cá deste sofrido setentrião de Minas, só podia ter saído da cabeça de Luiz de Paula, o nosso escritor, industrial, compositor e fazendeiro, que, todos os dias, em manhãs e tardes, reserva um bom naco de tempo para filosofar e empreender revoadas poéticas. Realmente foi do Luiz a invenção, as providências, o trato diplomático da união de Brasilinha e de Brasília-DF, a pobre e a rica do seu coração, uma porque terra do seu pai, outra porque ajudou a fazer, politicando e pagando impostos. Foi assim que a terra de Haroldo Lívio tornou-se irmã da capital de JK, com todos os direitos de papel passado, documento com assinaturas do então governador José Aparecido e do prefeito Francisco Simões, testemunhado por Oscar Niemeyer e pelo próprio Luiz de Paula. Tudo começou com o discutido e aprovado em uma reunião da UNESCO, em Paris no dia 7 de dezembro de 1987, quando Brasília foi consagrada como patrimônio Cultural da Humanidade, primeiro bem contemporâneo considerado monumento das novas gerações. A notícia, que circulou o mundo, acabou aterrissando na inteligência do Luiz e, tome lá poesia, veio a idéia da proposta ao governador Aparecido, num telefonema de muita ansiedade: - Chegou a hora de fazer justiça, meu caro Aparecido, é preciso que a grande Brasília dê as mãos a nossa Brasilinha, e cumpra as promessas de Juscelino e entrelace todos os corações e sejam as duas cidades um bom exemplo de fraternidade! - Só se for agora, Luiz. Você tem toda razão, venha cá com urgência. Hospede-se comigo, vamos muito conversar! E Luiz foi, sentou-se com Aparecido, tomaram uísque, recordaram velhos casos de Minas, falaram de cachaça, de licor de pequi, de doces caseiros, de umbu, dos nossos saudosos políticos honestos e, como não podia deixar de ser, do chamego do governador para com as coisas do Norte-mineiro, entre elas Brasília de Minas. Foi um bom encontro de amizade e sabedoria, com largos sorrisos, final definidor de data de ida de Luiz e do prefeito Chico Simões a Brasília foi chamada para assinatura de um protocolo histórico. Tudo muito mineiro e poético! Cinco são os itens de sustentação documental, considerando: a) a consagração de Brasília pelo UNESCO, como Patrimônio Cultural da Humanidade, em 7 de dezembro de 1987; b) a vocação pioneira da Capital, sonhada desde a Inconfidência, e conquistada pela vontade inabalável, e a visão histórica do presidente Juscelino Kubitscheck; c) o uso do nome Brasília para a capital da República; d) o gesto bonito da comunidade norte-mineira, que compartilhou o seu nome com Capital Federal, passando logo a chamar-se Brasília de Minas; e) afinal, as duas são cidades irmãs não apenas no nome, mas também nos compromissos de civilização e modernidade. Por isso, resolvem incentivar e aprofundar a cooperação entre ambas nas áreas sócio-econômica e cultural, reivindicando a imediata pavimentação asfáltica do trecho da estrada entre as cidades São Francisco e Unaí. Para fechar o entendimento com chave de ouro, o Prefeito de Brasília de Minas, no dia 21 de abril, à frente de delegação de cidade-irmã, inaugurou placa comemorativa, em local indicado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, perpetuando as circunstâncias e a história da bonita união. Um lindo final feliz!
Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais

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