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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 10 de novembro de 2024

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Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°83505
De: Evilázio Data: Quinta 30/8/2018 10:53:18
Cidade: BH

Notícia de hoje, aqui em BH: "Ontem o Diário Oficial do Município publicou uma nova legislação que vai tornar a pena para quem usa cerol e linha chilena bem mais rígida. A multa está prevista para ser aproximadamente 2 mil reais".

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Mensagem N°83502
De: Folha de São Paulo Data: Quarta 29/8/2018 09:28:06
Cidade: São Paulo

Agronegócio no norte de MG pena com 70% de rios secos - Carolina Linhares - "Hoje confesso que fico assim triste, como se eu visse um cemitério", diz Ademir Rocha, 43, desanimado com o mato que toma conta da estrutura de concreto da futura barragem de Berizal, cidade de 5.000 habitantes no norte de Minas Gerais, a 740 km de Belo Horizonte. Havia tempo que Diguim, como é conhecido, não visitava a obra abandonada onde trabalhou há 16 anos como motorista de caminhão. O cenário era diferente, com máquinas a todo vapor e esperança de água o ano todo. Hoje ele dirige o único caminhão-pipa do município, do qual dependem os moradores da zona rural --metade da população. Neste ano, Berizal e mais 101 cidades mineiras decretaram emergência por causa da seca. Há pelo menos seis anos o problema se agravou no norte do estado com sucessivos índices de chuva abaixo da média - 70% dos rios e córregos estão secos ou comprometidos, segundo a Emater-MG. Barragens, poços e nascentes esgotados deixam a agropecuária sem alternativa, mostram dados da estatal. Desde 2012, caiu 25% o número de cabeças de gado da região. A área de pasto degradada chega a 87,6%. Na última safra, a perda de grãos foi de 85,4% e a de leite, 62%. Na maior parte das cidades, os moradores da zona rural dependem do caminhão-pipa para consumo. A cada 15 dias, Diguim leva cerca de 14 mil litros de água tratada para famílias de Berizal. "Até emociona o carinho que a gente é recebido, como se estivesse presenteando. Vejo no olhar da pessoa aquela alegria: chegou a água", conta. A história de Diguim é a de muitos na região. Começou a trabalhar aos 8 anos e, adolescente, foi para São Paulo tentar a vida. Voltou com a notícia de que a barragem, obra do Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra a Seca) do governo federal, garantiria a vazão do rio Pardo e a agropecuária. A obra, no valor de R$ 347,5 milhões, foi iniciada há 20 anos. Parou por falta de licenciamento ambiental. Agora, o governo em crise não tem verba para retomar o empreendimento do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Os R$ 26,5 milhões já gastos em 35% da obra se perdem na estrutura enferrujada. O objetivo da barragem de quase 340 milhões de metros cúbicos é reter a água da cheia do rio Pardo e perenizar o curso d`água, ampliando a vazão durante a seca, beneficiando 150 mil pessoas e irrigando 10 mil hectares em cinco cidades. "Seria a redenção da região, espero que o governo que entre agora se sensibilize", diz o prefeito João Carlos (PTB)."Eu contava com essa barragem. Inclusive tenho planos. Eu criei um pouco de esperança de montar uma irrigação e criar umas vacas leiteiras. Você vê que a gente tem sonho e não pode realizar por conta da água", afirma Diguim. Sem oportunidades, os jovens da região viram estatística do êxodo rural. Os filhos de Clemente de Souza, 71, por exemplo, são padeiros em São Paulo. Sua casa, de barro e fogão a lenha, seria inundada pela barragem. Atrás do galinheiro, corria o rio Itaberaba, afluente do Pardo. É de um buraco no leito completamente seco que Souza tira água com ferrugem para oito bois. "O bicho bebe porque tem sede, mas a água não é boa", diz. Entre 2016 e 2017, a quantidade de água distribuída pela Defesa Civil de Minas Gerais caiu 66% enquanto o número de pessoas atendidas foi reduzido pela metade. No mesmo período, o volume distribuído pelo Exército em todo o país teve queda de 17,4%. Neste ano, segue a tendência de baixa, verificada ainda na quantidade de cidades atendidas por caminhões-pipa emergenciais da Copasa, estatal de abastecimento. Os recursos dos municípios também estão escassos para lidar com a seca. Em grave crise fiscal, o governo mineiro deve R$ 8,1 bilhões em repasses aos prefeitos. A Berizal, o estado deve R$ 1,6 milhão entre verbas de saúde e educação. A cidade gasta mais de R$ 50 mil ao ano com caminhão-pipa e não pode atender o pedido de estender o serviço ao gado. A alternativa é vendê-lo, mas faltam compradores mesmo com o preço baixo. "Diz que não pode dar água do pipa pra criação, mas não tem jeito. Eu dou água pra vaquinha, mas é pouquinha, não me xinga, não, prefeito", apela Adenildo de Oliveira, 53. Num retrato do sertão, chega de bicicleta assobiando "Asa Branca" com facão na cintura e foice na mão. "Tem hora que eu penso em ir embora e para o comércio, mas não tenho estudo." Beneficiária do Bolsa Família, sua mulher, Maria Ilza, 46, caminhou dois quilômetros para lavar roupa pesada no poço do cunhado naquele dia. Há 20 anos, com rios caudalosos e peixes de sobra, ninguém imaginava que a seca castigaria dessa forma, mas o desmatamento impede a infiltração da água da chuva, necessária para recarregar lençóis freáticos e nascentes, agravando ainda o assoreamento dos leitos. A 420 km de Berizal, também no norte de Minas, outra obra parada promete salvar o rio Jequitaí, afluente do São Francisco que míngua nesta época do ano. A barragem de Jequitaí é uma reivindicação da década de 1950 e, numa parceria entre a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba) e o governo de Minas Gerais, foi licitada em 2013 no âmbito do PAC ao custo de R$ 400 milhões. A construção consumiu R$ 19 milhões e foi paralisada em 2015, quando a empreiteira rescindiu o contrato com 25% da obra concluída. Regularização fundiária, reassentamento dos atingidos e compensações socioambientais já consumiram outros R$ 165 milhões e seguem em andamento à espera de nova licitação da obra, que depende de recursos federais. A represa de 800 milhões de metros cúbicos tem previsão de irrigar 35 mil hectares de terra, beneficiar 600 mil pessoas em 19 municípios, gerar energia, atrair turismo e ampliar em dez vezes a vazão do rio Jequitaí na seca. Com 85% das terras adquiridas e indenizadas, o município de Jequitaí aposta na retomada. Equipamentos e materiais da obra têm vigilância 24 horas por dia no canteiro abandonado. "A necessidade da barragem é pra ontem", diz o prefeito de Jequitaí, Joaquim Izidoro (PR), que só tem um caminhão-pipa e não consegue pagar os servidores municipais em dia. Montes Claros, a maior cidade do norte de Minas, a 100 km de Jequitaí, também seria abastecida pela nova barragem. O município está desde 2015 em rodízio de água e a barragem de Juramento, que o abastece atualmente, chegou a 13% em 2017 e hoje tem 31% da capacidade.

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Mensagem N°83501
De: O Tempo Data: Quarta 29/8/2018 09:01:13
Cidade: Belo Horizonte

Justiça suspende exigência de nível superior para concurso de soldado da PMMG - A Justiça suspendeu liminarmente a exigência de curso superior prevista para admissão ao Curso de Formação de Soldados da Polícia Militar de Minas para o ano de 2019. Tomada em 23 de agosto, a decisão é de juiz da 4ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte, e foi tomada numa Ação Civil Pública proposta pela Defensoria Pública da comarca de Ipatinga. A ação pedia a suspensão da exigência para o estado de Minas, ou, sucessivamente, para a 12ª Região de Polícia Militar (Ipatinga). Ao analisar a ação, a Vara da Fazenda Pública e Autarquias de Ipatinga declarou-se incompetente para julgar o pedido, uma vez que não possui a competência abrangente pretendida na ação civil. Diante de tais circunstâncias, registrou o juiz Mauro Pena Rocha, de Belo Horizonte, “o pleito liminar da Defensoria Pública merece ser atendido, uma vez que o requisito de possuir curso superior para ingresso na PMMG somente passará a ser exigível a partir de 2020, ou enquanto perdurar os efeitos do parágrafo único do artigo 6º-B da Lei 5.301/69.” A decisão, por ser uma liminar, pode ser revista.

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Mensagem N°83500
De: Engenheiro Data: Terça 28/8/2018 16:51:35
Cidade: Montes Claros/MG

Artigo do jornalista Pedro Lobato, da Revista Encontro, dos Diários Associados, deste mês, com o título "Fim do carro a gasolina", traz informações e comentários muito importantes sobre as vantagens do carro elétrico e sua aquisição, do qual extraí uma parte:
- "No mês passado, foi inaugurada, por um grupo de empresas privadas, a primeira eletrovia do Brasil, na rodovia Presidente Dutra, trecho de 430 km da BR-116, que liga o Rio a São Paulo. Trata-se da instalação de equipamentos de carga rápida para veículos elétricos.
- Operando em intervalos médios de 100 km entre cada eletroposto, os equipamentos - três em cada sentido - permitem o carregamento de 80% das baterias de todos os veículos elétricos comercializados no Brasil. Cada operação leva entre 20 e 30 minutos. Isso quer dizer que já se pode transitar entre as duas maiores cidades do país dirigindo um carro elétrico, com "abastecimento" garantido.
- A rapidez com que os carros híbridos passaram a ocupar o mercado brasileiro de táxis não deixa dúvida quanto ao sucesso que essa inovação terá no Brasil. Em Belo Horizonte, já vinham sendo percebidos (não pelo barulho) os táxis movidos por um sistema que combina um motor elétrico com outro a combustível líquido.
- A economia operacional, o silêncio dos motores e a baixa emissão de poluentes são os principais atrativos do carro elétrico. Como toda novidade, à medida que a sua produção alcançar ganhos de escala, o preço médio de cada unidade vai tornar sua aquisição mais acessível."
A alternativa do carro elétrico, para o trânsito urbano e em rodovias, bem como de trens, troleibus e metrôs, foi citada na mensagem 83353, de 30/5/2018, para que o Brasil não fique dependente em excesso do transporte rodoviário e suas gravíssimas deficiências e em eventuais greves de caminhoneiros.

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Mensagem N°83499
De: Manoel Hygino Data: Terça 28/8/2018 07:20:34
Cidade: Belo Horizonte

Esqueceu-se de Vargas

Manoel Hygino

Não esperava tão absoluto silêncio dos meios de comunicação do país. Mas aconteceu. Por mais que percorresse as páginas dos jornais ou garimpasse as emissoras de rádio e televisão, não encontrei referências à morte de Getúlio Vargas, embora transcorridos somente 64 anos de seu suicídio no velho Palácio do Catete, palco de episódios marcantes da história brasileira.
Escritor, jornalista, acadêmico, professor e diplomata, Josué Montello registrou suas impressões na manhã trágica de 24 de agosto de 1954, pouco antes das 9 da manhã, quando Oswaldo Orico lhe telefonou: “o Getúlio matou-se com um tiro no coração”.
Montello confirmou a informação pelo rádio e se sentiu atordoado. Comentou em seu livro “Diário da Manhã”: “de fato ele antecipara que só morto sairia do Catete. E com um tiro no coração, como Raul Pompeia, de quem era leitor e admirador”. Lembrei-me do presidente Balmaceda, no Chile, dando à vida o mesmo desfecho como ato político, objeto de todo um livro de Joaquim Nabuco. O autor do “Diário” registrou que, mais do que uma personalidade política, Vargas era uma figura histórica para toda uma geração. “Todo um largo período de vida brasileira o envolve, e é ele quem domina a cena ainda moço na Revolução de 1939, para continuar a dominá-la ainda agora, já velho, no derradeiro lance de sua biografia.
Velho? Vargas nasceu em São Borja, RS, em 18 de abril de 1883, filho do general Manuel do Nascimento Vargas e Cândida Dorneles, estudou as primeiras letras com professora particular, vindo aos 14 anos para Ouro Preto, onde já estudavam Viriato e Protásio, irmãos mais velhos.
Nos seus 15 anos de governo criou os ministérios da Aeronáutica, da Educação e do Trabalho, além de uma legislação trabalhista, fundou a CSN, a Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda, a FNM – Fábrica Nacional de Motores e a Petrobras.
O momento era realmente difícil, porque a crise política se instalara, surgindo para mais esquentar o ambiente o poder emergente de Samuel Wainer, diretor da “Última Hora”, e o atentado ao jornalista Carlos Lacerda, na rua Toneleros, onde e quando se executara um oficial da Aeronáutica, além de desmandos atribuídos à guarda pessoal do presidente, chefiada por Gregório Fortunato, trazida da fronteira para a agitada vida cotidiana do Rio.
Montello perguntou: “levou ao extremo as lutas contra adversários? Também é verdade. Sufocou a imprensa, canalizando-a para o culto da personalidade através do DIP? Perfeitamente”.
A morte de Vargas acirrou os ânimos, temeu-se uma revolução. O episódio gerou consternação. E a verdade é que Getúlio, endeusado por expressivos segmentos do operariado, era como o “pai dos pobres”, enquanto outros grupos o julgavam “mãe dos ricos”.
Deitado em seu ataúde, Vargas deixara um trágico legado; uma advertência candente, em carta: “mais uma vez as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se novamente e se desencadeiam contra mim. Não me acusam, infiltram; não me combatem, caluniam, e não me dão o direito de defesa”.
E o final: “eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade, e saio da vida para entrar na história”.

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Mensagem N°83498
De: Estado de Minas Data: Segunda 27/8/2018 13:35:26
Cidade: Belo Horizonte

Prefeitura de Montes Claros faz greve por atrasos de repasses do governo de Minas - Luiz Ribeiro - Prefeitura de Montes Claros no Norte de Minas, sexta maior cidade do estado, com 400 mil habitantes, fechou as portas nesta segunda-feira. Os serviços públicos foram interrompidos em protesto contra o atraso de repasses de recursos governo do Estado. “Este protesto é uma forma de despertar a sociedade, mostrar que o município não é o culpado pelo que está acontecendo. O culpado é o estado, que está descumprindo suas obrigações legais”, afirmou o prefeito de Montes Claros, Humberto Souto (PPS). Segundo ele, a falta de repasses tem comprometido seriamente os serviços essenciais de saúde e educação. O total em atraso do estado para o município de Montes Claros totaliza R$ 40 milhões e valores atrasados do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), desde janeiro de 2018, somam R$ 12 milhões. O chefe do executivo argumenta que, na área de saúde, embora o volume de verbas retidas seja maior, o município tem conseguido equacionar a situação, amenizando as consequências para a população. Mas o quadro é mais grave no setor de educação. Ele disse que o município lançou mão de recursos destinados à infraestrutura para atender a parte pedagógica e o pagamento de salários dos professores e garantir as aulas para os cerca de 35 mil alunos da rede municipal. “Mas, não temos mais recursos. Como vai ficar daqui em diante? Esta é a nossa preocupação”, afirmou o prefeito. Humberto Souto lembrou que o Fundeb é financiado com verbas da União (50%), estados (50%) e municípios (20%). “Devemos considerar que 20% dos municípios são recursos do IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) e do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e de Serviços). Ou seja, são verbas dos municípios, que estão sendo retidos de forma desonesta e irresponsável”, denunciou o prefeito de Montes Claros. Souto cobra uma ação judicial para que o Estado faça o repasse emmdia das verbas do Fundeb e da saúde para os municípios. “Os promotores públicos, que são tão atentos com (em relação a) os municípios, também deveriam processar o Estado”, disse o chefe do executivo. Ele disse ainda que a Prefeitura de Montes Claros decidiu pelo protesto após tentar o recebimento das verbas em atraso do Estado pela via judicial, mas sem obter êxito.

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Mensagem N°83497
De: Túlio Data: Segunda 27/8/2018 11:01:59
Cidade: BH

Triste sinal dos tempos. Uma estudante de zootecnia, de 18 anos, participava de exposição agropecuária, quando foi atingida, no pescoço, por cacos de vidros atirados durante uma briga. Quem atirou? Outra moça, de 20 anos, que lançou a garrafa na direção de antiga namorada do seu atual namorado. A moça de 18 anos morreu, de hemorragia, e a de 20 anos foi presa. Os fatos são deste fim de semana, repito, numa inocente exposição agropecuária, na pacata cidade Rio Pomba, na zona da mata de Minas. O enterro foi ontem, em Ubá, e lá compareceu a antiga alma de Minas, atormentada com os rumos do Brasil. O que estamos fazendo de nós? Sair de casa virou um alto risco.

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Mensagem N°83496
De: Afonso Cláudio Data: Domingo 26/8/2018 14:00:08
Cidade: Montes Claros/MG

"Mensagem N° 83494; De: Estado de Minas; Data: Sex 24/8/2018 14:57:34; Cidade: Belo Horizonte/MG - Motociclista morre ao ser atingido por carro de motorista com sinais de embriaguez - Batida ocorreu em um cruzamento no Bairro Melo e a moto foi arremessada a uma distância de 100 metros. Cinco pessoas foram detidas pela polícia" - Na minha mensagem 83483, de 19/8/2018, referente ao ranking de acidentes de trânsito em Minas Gerais, em 2017, vemos que Montes Claros está no 4o. lugar, entre 12 municípios com maior número de acidentes/100.000 habitantes. O brutal acidente de 24/8/2018, 6a. feira, 6h40m, no qual foi vítima fatal um jovem motociclista, Fabiano Pereira da Silva, de 26 anos, natural de Verdelândia, na esquina das ruas Tupis e Tupinambás, bairro Melo, Montes Claros, mostrou que, mesmo tendo a preferência de prosseguir pela Rua Tupis, seu veículo foi atingido violentamente por um Golf, de Pirapora, em alta velocidade, tendo como trágica consequência a perda da vida do jovem Fabiano. Desse acidente fica mais um alerta muito importante para os motociclistas, que também se aplica a ciclistas e condutores de outros veículos (carros, ônibus, caminhões, por exemplo): em todas as esquinas, reduzam a velocidade, tendo a preferência ou não. A visibilidade dos veículos em esquinas é muito prejudicada, tanto mais retos sejam os ângulos nos cruzamentos. Temos que sempre nos prevenir no trânsito, pois, infelizmente, há motoristas infratores, capazes de provocar acidentes tão graves ou até mais. E são os condutores dos veículos de menor porte que se transformam nas vítimas mais graves.

(*) Engenheiro

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Mensagem N°83495
De: Manoel Hygino Data: Sábado 25/8/2018 07:20:29
Cidade: Belo Horizonte

Flagrantes de uma guerra suja

Manoel Hygino

Sabia-se de antemão que a intervenção federal na segurança do Estado do Rio de Janeiro não seria de efeitos eficazes imediatos. Há demorados anos, aquela unidade da federação enfrenta crimes de toda natureza e os criminosos são infatigáveis. Eles agem protegidos por um arsenal de alto poder de fogo, de que não dispõem comumente as polícias estaduais.
No decorrer do tempo, os marginais se aprestaram para enfrentar os agentes da lei, com todos os recursos acionáveis e cuja eficácia a situação presente demonstra à suficiência. Vencê-los é obrigatoriamente missão coletiva, pois os bandidos cariocas se encontram mancomunados com outros grupos do país, mesmo do exterior, formando riquíssimas organizações disseminadas por todo o território nacional.
Os fatos dos dias recentes demonstram que estávamos certos em raciocínios e análises anteriormente expostos. Até o momento em que redigimos este texto, morreram três integrantes das Forças Armadas atuantes na presente guerra.
A campanha não se encerrará em dezembro, como inicialmente estimado. Tanto que o próprio Gabinete de Intervenção Federal informou que a ocupação dos complexos do Alemão, Penha e Maré, na zona Norte, continuará por tempo indeterminado. Desde que as operações começaram, 70 pessoas foram presas e oito mortas, várias dezenas de armas e munições apreendidas, além de veículos e expressiva quantidade de drogas, motor possivelmente maior da alta criminalidade em todo o país.
A refrega é incessante, repetem-se os tiroteios. Militares são obrigados a retirar barreiras, revistar pessoas e veículos. Numa das operações, empenharam-se mais de 4 mil homens das Forças Armadas, que tiveram de trabalhar com denodo. Um ônibus foi incendiado na Linha Amarela, no Complexo do Alemão. Outro coletivo, com 38 passageiros, ficou na linha de tiroteio em Niterói, mas ninguém foi atingido. Felizmente. Estes, contudo, são apenas casos de ações intermináveis.
Nossos problemas evidentemente não se circunscrevem apenas a zona Norte do Rio. No dia 20, um incêndio na madrugada parou a maior refinaria do Brasil, em Paulínia, no interior de São Paulo, representando a interrupção temporária no processamento de 434 mil barris de petróleo por dia, correspondente a 20% do refino no Brasil. Prejuízos e mais prejuízos.
Poucos prestaram a atenção. Mas, no dia 22, um terremoto de 7,3 graus atingiu a Venezuela, sendo sentido no Brasil, incluindo Manaus e Boa Vista. Em todo caso, não houve destruição.
Nesse ínterim, políticos se engalfinhavam e tentavam mudar decisões de seus partidos ou do próprio Judiciário. Lembrei-me de que, há dois anos, o general Rômulo Bini Pereira, ex-chefe do Estado Maior da Defesa, teve publicado no jornal Estado de S. Paulo artigo em que diz, peremptoriamente: “a nação brasileira encontra-se em um patamar crítico de sua história e não se antevê uma solução que possa trazer uma paz civilizada e democrática ao seu povo”.
Triste constatar que, de lá para cá, nada melhorou. O povo sofre os reveses e assiste, sem nada poder fazer, a não ser com o voto em outubro. Aliás, há dezenas de brasileiros, patriotas, que se candidatam a vencer o pior com sua competência e espírito público.

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Mensagem N°83494
De: Estado de Minas Data: Sexta 24/8/2018 14:57:34
Cidade: Belo Horizonte/MG

Motociclista morre ao ser atingido por carro de motorista com sinais de embriaguez - Batida ocorreu em um cruzamento no Bairro Melo e a moto foi arremessada a uma distância de 100 metros. Cinco pessoas foram detidas pela polícia - Luiz Ribeiro - Um motociclista morreu após ser atingido violentamente por um Golf no cruzamento das ruas Tupis e Tupinambás, no Bairro Melo, em Montes Claros, Norte de Minas Gerais. O acidente foi no início da manhã desta sexta-feira. Com o impacto da batida, a moto foi arremessada por uma distância de 100 metros. O motorista suspeito de provocar o acidente foi preso por apresentar sintomas de ter ingerido bebida alcoólica. Também foram detidas mais quatro pessoas que estavam no carro e uma mulher que tentou interferir na ocorrência.
O motociclista morto no acidente, identificado como Fabiano Pereira da Silva, de 26 anos, seguia pela Rua Tupis, no sentido Bairro Melo/Bairro Todos Santos, quando foi atingido no cruzamento com a Rua Tupinambás pelo motorista do Golf, que teria desobedecido a placa de parada obrigatória. Com a batida, o carro saiu desgovernado e bateu em um poste, ficando parcialmente destruído.

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Mensagem N°83493
De: Manoel Hygino Data: Sexta 24/8/2018 07:43:01
Cidade: Belo Horizonte

Gaza em Roraima

Manoel Hygino

A situação na Venezuela é como se esperava. A nação sul-americana, que antes causara inveja às coirmãs do hemisfério, desceu água abaixo, a despeito de seu poderio econômico, decorrente essencialmente da imensa riqueza de reservas petrolíferas.
O populismo ali instalado, amarrado às sucessivas ditaduras durante numerosas décadas, resultou no fracasso, que hoje incomoda todo o mundo novo descoberto por Colombo.
Os recentes incidentes na fronteira com o Brasil, especificamente em Bela Vista e Pacaraima, já faziam temer que a região se transformasse numa espécie de faixa de Gaza, na qual muitos milhares perderam a vida sem se chegar à paz.
Não mais se fala em democracia na Venezuela, o que, a esta altura, é quase secundário. O essencial é salvar vidas com o mínimo de alimentação, já que produtos indispensáveis faltam às mesas e até nos estabelecimentos comerciais. Ou escapar às vicissitudes pelas fronteiras.
A descrição de desagradáveis e condenáveis episódios pelos meios de comunicação do mundo permitiu antecipar a visão de caos. E quando milhares de venezuelanos escapavam da pátria, os bancos já estavam de portas fechadas, diante das dificuldades para transações entre pessoas e operações comerciais e industriais e das medidas postas em prática pelo governo.
Nas ruas, pessimismo generalizado, com os cidadãos não acreditando no restabelecimento de convivência entre a população e os detentores do poder. A economia periga e o edifício nacional, por cuja construção gerações deram de si no decorrer de centênios, balança. No maior centro produtor de petróleo das Américas, filas se formavam junto aos postos de gasolina, após anúncio de reajuste de preços.
O presidente da República, que decretara feriado por um dia, enfatizava que era o autor do novo “plano econômico”. Assim, elevaram-se os salários em 600% – isto mesmo: seiscentos por cento, desvalorizando a moeda, o bolívar, em 96%. Agora existe o Bolívar Soberano.
As providências tomadas resultarão no aumento da inflação em 1.000.000%. Isto mesmo: 1 milhão por cento, tirando-se cinco zeros das moedas e cédulas.
As dificuldades não se cingem às fronteiras. Levas de pessoas – homens, mulheres, anciões e crianças – atravessam todos os dias os limites nacionais, ingressando em território brasileiro e colombiano, fugindo às desditas bolivarianas. As primeiras altercações mais sérias foram registradas e se tem de operar com prudência, espírito de solidariedade, cristandade e consciência para evitar males maiores, evitando a xenofobia, sobretudo porque os brasileiros também sofrem dificuldades consequentes da longa crise.
O Brasil, compelido pelas circunstâncias, tem procurado agir. Contingentes minguados de tropas estão chegando a Pacaraima e Bela Vista, capital de Roraima.
O presidente da Venezuela está suficientemente “maduro”. Falta cair, para amenizar a situação do povo hermano. Se houvesse tempo, se lhe aconselharia com Michel Foucault: “não se apaixone pelo poder”.

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Mensagem N°83492
De: Luiz Ortiga Data: Quinta 23/8/2018 17:08:14
Cidade: Brasília/DF

li, com atenção, o propósito da Prefeitura Municipal em murar toda a área patrimonial da Praça de Esportes. A notícia de imediato é inusitada, mas ao raciocinar, ficamos convencidos que realmente se faz necessário. Vivemos um mundo de falta de respeito ao bem púbico. A praça é um patrimônio da cidade e que deve ser preservada. A [única sugestão que faço como arquiteto, é que o muro tem que ter altura conveniente contra invasores e bastante resistente, contra vândalos. Bonito o possível. Damos adeus aos fícua, um dos símbolos da minha juventude e de muitos. Não teremos mais as folhas de ficus para fazermos os assovios que eram uma tradição que se vai.

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Mensagem N°83491
De: Soares Data: Quinta 23/8/2018 12:52:21
Cidade: M. Claros

Especialmente para o memorialista Luiz Ortiga, que sempre nos brinda com lembranças da M. Claros primordial.
Faleceu em M. Claros, creio que há quase um mês, o excelente médico Joválcio Maurício, também campeão entre nós. Só soube agora.
Joválcio, entre outras coisas, foi campeão brasileiro de natação, treinado na Praça de Esportes, um celeiro de campeões, nos anos 30,40, 50 e 60, e que hoje segue sem a sua efetiva importância, memorável Praça que em algum momento haverá de renascer.
Joválcio era irmão mais novo do também médico e historiador João Vale Maurício, de saudosa memória.
Discreto, bom, amigo, Joválcio sempre será lembrado como um dos montes-clarenses históricos. As homenagens mais duradouras são silenciosas, que é o ambiente escolhido por Deus para falar aos homens, em especial aos escolhidos. A sua memória ficará com todos os que testemunhamos o seu grande valor pessoal.

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Mensagem N°83490
De: Prefeitura Data: Quinta 23/8/2018 11:08:58
Cidade: Montes Claros

Prefeitura suspende atividades nesta segunda-feira - Através do Decreto Municipal nº 3.735, de 22 de agosto, o prefeito de Montes Claros, Humberto Souto, decretou ponto facultativo e consequente suspensão do expediente das repartições públicas, incluindo a Rede de Ensino, na próxima segunda-feira, dia 27 de agosto. A iniciativa visa sensibilizar a sociedade montes-clarense e as autoridades públicas do Executivo, Legislativo e Judiciário sobre a grave situação provocada pelo Governo do Estado. A iniciativa leva em consideração que o Estado de Minas Gerais vem descumprindo sistematicamente as suas obrigações constitucionais junto aos municípios, o que impacta e compromete diretamente o pagamento das despesas a cargo do ente municipal, notadamente nas áreas da saúde, educação e do próprio funcionalismo público. Ainda de acordo com o decreto, a ausência dos citados repasses e a criminosa apropriação de recursos do Município de Montes Claros por parte do Estado de Minas Gerais têm gerado uma insustentável situação administrativa, especialmente para a manutenção do funcionamento das escolas municipais. É interessante destacar que o decreto não se aplica aos serviços essenciais prestados pelo Município, como os setores responsáveis pela limpeza pública, as diretorias de Licitações e de Tecnologia da Informação, Procuradoria, Saúde, Guarda Municipal e Vigilância Patrimonial. O calendário escolar, por sua vez, será readequado para que não haja prejuízo pedagógico para os alunos da Rede Municipal.

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Mensagem N°83489
De: Luiz Ortiga Data: Quarta 22/8/2018 11:04:17
Cidade: Brasília/DF

Notícias dos catopês - Sempre nos emocionam . Uma das expressões mais legítimas de Montes Claros. Nossas vidas dão um salto ao passado e vão matar saudades. No meu tempo de criança, aí em Montes Claros, não fugia do que todo menino desejava: participar do cortejo e devidamente paramentado de uma das três expressões: catopês, caboclinhos e marujos. Mas o que mais sonhávamos era ser o calafate dos marujos. O garoto que leva o estandarte. Ser o rei, inimaginável, caboclinhos nos davam medo. Tinham flechas e nos ameaçavam. Os mais populares eram os catopês com suas vestimentas brancas e simples e mais as fitas, muitas, coloridas, a descer do seu casquete branco. Eu, criança, lá na rua Padre Teixeira, lembro-me, fizerem uma apresentação na residência do Sr.Olímpio de Abreu e d.Lica, naquele casarão bonito com sua sala idem. Todo ano, um menino era escolhido para ser o rei dos festejos. Os pais gastavam um bom dinheiro para ter esse prazer, pois os gastos com a comilança para o povão não era brincadeira. Agora, só em agosto do ano que vem e se Deus quiser, estarei em Montes Claros. Matar saudades.

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Mensagem N°83488
De: Prefeitura Data: Terça 21/8/2018 16:59:46
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Praça de Esportes vai ganhar muro em seu entorno - A Prefeitura de Montes Claros realizou, na manhã desta segunda-feira, 20, a sessão de abertura do processo licitatório da construção de muro no entorno da Praça de Esportes. O objetivo da licitação é garantir a preservação do espaço de lazer, impedindo a entrada de vândalos, além de proteger a população, já que a falta de um cercamento eficiente pode acabar até em afogamento de invasores que venham a usar a piscina sem supervisão. O processo tem valor total estimado em quase R$ 300 mil, e três empresas se inscreveram para participar do certame. Os documentos apresentados pelas empresas serão agora analisados por uma equipe da Prefeitura, e nos próximos dias serão divulgados os nomes dos concorrentes considerados aptos a participar do processo.

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Mensagem N°83487
De: Manoel Hygino Data: Terça 21/8/2018 08:10:33
Cidade: Belo Horizonte

Começou a campanha

Manoel Hygino

Em plena campanha. Centenas de candidatos se apresentam ao eleitor em busca de voto. É espantoso, talvez, o número de brasileiros que se dispõem a servir à pátria em meio aos milhares de complexos problemas que a desafiam. Escolher os melhores, eis o que se vai fazer daqui a pouco.
O assunto me fez lembrar Galeno Alvarenga, da mesma terra de nascença de Carlos Drummond de Andrade: Itabira. Formado em medicina e filosofia pela UFMG, carrega consigo altos títulos, entre os quais de doutor em filosofia, professor, tendo participado da fundação do curso de psicologia da Faculdade de Psicologia da UFMG e da implantação dos seus institutos de Ciências Biológicas e Ciências Humanas.
Pois bem. Ele nos comenta, em livro, a hora difícil de definir os melhores para dirigir os destinos da comunidade, qualquer que seja o nível. Explica: “os que já foram enganados outras vezes, por diversos governantes, esperam mais fatos e menos boatos para se decidirem. Este grupo sabe que as suas experiências são altamente diferentes das vividas por seus superiores”. Por quê?
“Os sons que eles pronunciam são os mesmos que todos nós pronunciamos, mas palavras iguais: ‘guerra’, ‘inimigo’, ‘ditador’, terrorista”, ‘incapaz de governar o povo’, ‘liberdade’, ‘democracia’ etc, expressam experiências muito diferentes, referem-se a mundos totalmente diversos”.
E, efetivamente, o são: Sadam Hussein era “Deus” para a maioria do povo iraquiano, e se viu no que deu essa fé. Bush, o norte-americano, era apoiado pela maioria do Congresso e por grande parte do povo. E quanto à maior nação do hemisfério Sul das Américas?
Nós, brasileiros, já elegemos Jânio. A nossa Câmara dos Deputados aprovou, sem votos contra, o governo de Costa e Silva, Médici e outros. “Stalin foi herói na Rússia e Hitler na Alemanha. Com o passar dos anos, com mais informações e menor número de versões, a história poderá ser transformada em novas verdades”. E, afinal, pergunto eu, o que é a verdade? Ela é uma só? Dito isso, retornou ao raciocínio de mestre Alvarenga: “infelizmente, os heróis ou trapaceiros voltaram, discursando como sempre, conduzindo para a guerra, ou para diversos caminhos e estranhos aos nossos, um rebanho de jovens inocentes”.
É preciso pensar muitas vezes, conhecer bem os candidatos, porque, aqui como lá, há guerra, por outros meios e maneiras, com outros propósitos, com outros soldados, voluntários ou não. “Vidas e vidas continuam sendo eliminadas, sem ao menos perguntar aos crentes seus valores e objetivos. Impõem-nos, em troca de nada, explicando palavras vazias, seus objetivos sórdidos. De tempos em tempos, uma multidão de ovelhas puras e mansas caminham, antes da hora, para o outro mundo, conduzida por pastores incapazes de loucos”.
Tem-se que meditar. Os mais espertos aprendem a apresentar ao povo a máscara de saudável honestidade e honradez, em discursos em que expressam e prometem ao cidadão tudo aquilo que deseja ouvir e alcançar. Depois descobrem, no decorrer dos dias, que nada daquilo lhe será oferecido. Basta verificar no dia a dia da vida de nossas cidades, de nossos estados ou do país. Não é difícil identificar os que prometem e não cumprem, inclusive os que sabem que estão prometendo para não cumprir.

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Mensagem N°83486
De: José Ponciano Neto Data: Segunda 20/8/2018 16:56:18
Cidade: Montes Claros - MG

Mais uma vez foi um show dos navegantes já em terra!

– “Não vejo terras de Espanha, nem praias de Portugal”
“Alvíssaras, capitão; meu capitão general!” - Já vejo terras de Montes Claros!
Enxergo um grande povo nos esperando. Valeu à pena!
Foi um “La Grande Armée” formado por Marujos, Catopês, Caboclinhos e para completar: a Banda Militar.
As festas de Agosto este ano foram novamente um show. A cada ano observamos que mais pessoas estão robustecendo o exército de foliões. São foliões que juntaram aos remanescentes para não deixar acabar o que é de mais belo das tradições nortemineira. São advogados, jornalistas, médicos e artistas que valorizam ainda mais esta festa e tradição turística que tanto nos encantam.
O cortejo deste ano foi recheado de protesto e homenagens. Sentimos saudades do Miguel sapateiro - Joaquim Poló – João Farias e outros atores que já se foram.
João Farias, este ano bem representado pelos filhos e netos que carregavam um grande banner a sua homenagem.
Em frente ao Café Galo, todos na arte de paparazzo registravam, e emocionavam com os foliões.
Tinha um que carregava o estandarte do Divino, foi tão brilhante, que só faltava dar um salto “twist carpado”; alguns espectadores se emocionaram com a sua performance.
Teve montesclarenses que vieram da Europa; América do Norte e até amigos que moram no Egito. Todos unânime: “viemos para assistir e matar a saudade dos catopés”.
- Para o ano voltarão prá cumprir uma nova missão, abençoando a chegada da chuva.

(*) José Ponciano Neto é cronista e articulista - membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros.

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Mensagem N°83485
De: Prefeitura Data: Segunda 20/8/2018 11:02:50
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Zoológico de Montes Claros será transformado em Centro de Triagem de Animais Silvestres - O diretor geral do Instituto Estadual de Florestas (IEF) de Minas Gerais, Henri Dubois Collet, vistoriou a estrutura do Zoológico de Montes Claros para iniciar as adaptações de construção do Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS). Segundo ele, a estrutura é excelente e será mais simples fazer as adaptações necessárias para o funcionamento do CETAS, construindo bloco cirúrgico e consultórios, do que edificar um Centro de Triagem em outro espaço. A Prefeitura aprovou a proposta do IEF de usar o espaço do Jardim Zoológico de Montes Claros, que será cedido pelo Município, para abrigar animais silvestres capturados, resgatados ou entregues, vindos de locais inapropriados, como áreas urbanas ou o cativeiro. No Centro de Triagem os animais passarão por recuperação, no caso de estarem machucados, e por triagem, para serem catalogados e identificados antes de serem devolvidos à natureza. A ação é importante para a preservação de diversos animais em iminência de extinção, e trará mais espaço para os estudos e cuidados destes animais. Para o secretário municipal de Meio Ambiente, Paulo Ribeiro, esta parceria entre a Prefeitura e o IEF é o melhor caminho para os dois lados. “É bom para todo mundo. Para o Município, que terá uma economia significativa, já que a Prefeitura tem um gasto de manutenção com o Zoológico, mesmo ele estando fechado para visitação pública, de quase R$ 300 mil por mês, e para o Estado, que encontrará um espaço praticamente pronto para fazer seu Centro de Triagem de Animais Silvestres”, comemorou Ribeiro, informando que um termo de comodato entre o município e o estado, com a cessão do espaço do zoológico por 30 anos, deverá ser assinado nos próximos dias. CETAS - Possui a finalidade de receber, identificar, marcar, triar, avaliar, recuperar, reabilitar e destinar animais silvestres, além de realizar e subsidiar pesquisas científicas com animais recebidos ou capturados. Após serem apreendidos pelos órgãos ambientais, animais silvestres transportados ilegalmente ou mantidos em cativeiro são encaminhados para o centro de triagem, onde permanecem por 40 dias, período em que recebem tratamento e passam por uma espécie de readaptação para que sejam libertados novamente na natureza. Durante a “quarentena”, eles devem ficar isolados, recebendo apenas os cuidados de biólogos, veterinários e outros profissionais. As visitas ao local serão monitoradas e restritas a estudantes de escolas do ensino fundamental e médio.

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Mensagem N°83484
De: Prefeitura Data: Segunda 20/8/2018 10:32:51
Cidade: M. Claros

Para proteger população, Prefeitura impõe regras para a circulação de animais nos parques e praças - Para dar mais segurança à população e manter os parques e praças limpos, a Prefeitura de Montes Claros decidiu aplicar a lei municipal n°3216, que obriga o uso de focinheira em cães de grande porte e de raças consideradas “perigosas”, como é o caso dos pitbull e rottweiller, nos parques e praças da cidade. Além disso, os donos serão obrigados a recolher a sujeira deixada pelos animais. Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Paulo Ribeiro, a medida foi adotada depois de várias reclamações de moradores. “Lamentavelmente, a população vem sendo obrigada a disputar os espaços com os cães de grande porte e sem nenhuma proteção, principalmente nas pistas de caminhadas”, disse Ribeiro. De acordo com ele, o dono também será obrigado a recolher a sujeira do animal. “Infelizmente, várias pessoas passeiam com os cachorros e não fazem a limpeza dos dejetos. Portanto, quem quiser passear com seu cão, não tem nenhum problema, pelo contrário, porém é preciso usar focinheira no animal para evitar transtornos com a população, além de recolher suas fezes, para deixar nossos espaços verdes mais limpos e seguros”, destacou.

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Mensagem N°83483
De: Afonso Cláudio Data: Domingo 19/8/2018 20:16:42
Cidade: Montes Claros/MG

Ranking de acidentes de trânsito em Minas Gerais, em 2017. Em 13/8/2018 foi publicado pelo G1/Grande Minas um ranking de 12 municípios de Minas Gerais, relativo ao número de acidentes de trânsito em 2017. Considerando apenas esses números, a classificação seria a seguinte, conforme a fonte citada na matéria, ou seja, o MPMG:
Classificação Município Nr. acidentes
1o. Belo Horizonte 10.704
2o. Uberlândia 4.624
3o. Montes Claros 2.394
4o. Juiz de Fora 2.262
5o. Contagem 2.214
6o. Ipatinga 1.753
7o. Uberaba 1.608
8o. Gov. Valadares 1.509
9o. Patos de Minas 1.342
10o. Divinópolis 1.112
11o. Betim 947
12o. Sete Lagoas 857
No entanto, considerando a população de cada município e calculando o número de acidentes por grupo de 100.000 habitantes, o que implica numa base única de cálculo, como usualmente se faz para outros índices referentes a populações muito diferentes, a classificação passa a ser a seguinte:
Classificação Município Acidentes/100.000 hab.
1o. Patos de Minas 894,6
2o. Uberlândia 684,0
3o. Ipatinga 671,6
4o. Montes Claros 595,5
5o. Gov. Valadares 538,9
6o. Uberaba 490,2
7o. Divinópolis 473,2
8o. Belo Horizonte 424,7
9o. Juiz de Fora 401,7
10o. Sete Lagoas 361,1
11o. Contagem 336,5
12o. Betim 221,7
Como se vê, há alterações muito importantes, do primeiro para o segundo quadro, como, por exemplo: Belo Horizonte passou do 1o. para o 8o. lugar. Patos de Minas passou do 9o. para o 1o. lugar. Juiz de Fora passou do 4o. para o 9o. lugar. Contagem passou do 5o. para o 11o. lugar. Já para Montes Claros a mudança foi menos acentuada, passando do 3o. para o 4o. lugar.

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Mensagem N°83482
De: Petrônio Braz Data: Sexta 17/8/2018 16:56:32
Cidade: Montes Claros/MG

Os olhos tristes de Ulisses

As ideias são o fio condutor do pensamento e das ações do ser humano. São como o fio de Ariadne no Labirinto: elas governam o mundo. Elas nascem simples e mesquinhas como um pequeno riacho ou uma insignificante enxurrada nos dias de chuva, mas vão crescendo, incorporam-se a outros cursos d’água, criam volume e terminam por formar o oceano.
Lipa Xavier é um homem de ideologia formada, consciente. As ideais em sua mente são, em sua essência, um caudaloso rio que irriga as férteis manifestações dos sistemas dogmaticamente organizados por Karl Marx, Engels e Proudhon. É sociólogo, como não podia deixar de ser, graduado pela UNIMONTES. Foi Secretário-adjunto de Cultura do Município de Montes Claros.
O Brejo das Almas é berço de literatos. Eu diria que a nata cultural de Montes Claros teve origem no Brejo. Lipa Xavier é mais um brejeiro-montes-clarense, que nos brindou com um livro que me surpreendeu positivamente.
Conhecia, e sempre admirei, o político Lipa Xavier, mas desconhecia o literato, que muitas vezes se manifestava nos seus pronunciamentos públicos, nas entrevistas. Mas, Lipa Xavier havia já vencido concursos literários no contexto universitário.
A escritora, educadora e consultora editorial Maria Luiza Silveira Teles, autora do Prefácio da editio princeps da obra de Lipa Xavier, atesta que ele como estreante “tem a tarimba de um antigo profissional das letras”. Considera ela “o conto o gênero mais difícil da literatura. É preciso ser mestre de muita inspiração e habilidade para lidar com ele. No entanto, o autor, sertanejo de ‘savoir-faire’, nos encanta com histórias curtas que falam das coisas e da gente do sertão”.
Quem é sertanejo sabe que o Sertão, como bem definiu Guimarães Rosa, é do tamanho do mundo; o sertão não tem fronteiras. Quem escreve sobre o Sertão, redige para o mundo.
Integram o livro, com estilo próprio, contos que individualmente já qualificam o autor. “O sublime princípio da loucura (ou o pispiar da lucidez)”, “Servano”, “Rosa das almas”, “Os olhos tristes de Ulisses” (que dá nome à obra), “Serenas chuvas nos Gerais”, “Anos, saudades e alumbramentos” e “Um sopro que me ventou aos ouvidos”.
Lipa Xavier abre o seu livro revelando-se, em comparação com Valodia Teitelboin, do país de Neruda, ser bígamo. Mas, depois de ler, verifico que ele é polígamo. Ele efetivamente ama a política, amante traiçoeira; revelou amar a literatura, companheira de espírito irrequieto; ama a si mesmo, amor indispensável à autoafirmação; ama a natureza, amor universal; ama a vida.

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Mensagem N°83481
De: José Ponciano Neto Data: Sexta 17/8/2018 10:40:55
Cidade: Montes Claros-MG

Manoel Hygino. Agradeço-te por ter sido mais uma vez citado no artigo “ Vaticinando o futuro” . Obrigado Mestre! Vou seguir caminhando em direção do bem comum. Muito obrigado!

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Mensagem N°83480
De: Manoel Hygino Data: Sábado 18/8/2018 07:24:03
Cidade: Belo Horizonte

A vez de Cícero Ferreira

Manoel Hygino

Belo Horizonte, capital, surgiu em meio a muitas dúvidas e resistência das pessoas que continuavam achando que se deveria manter a sede do governo mineiro em Ouro Preto. A situação da saúde, naqueles primórdios, na área da futura metrópole, era extremamente precária. Alfredo Camarate, a favor da transferência, publicou no “Minas Gerais” em 5 de abril de 1894: “o tipo geral deste povo é doentio. Magros, amarelos, pouco desempenados na maioria, havendo uma grande proporção de defeituosos, aleijados e raquíticos”.
Em 1890, os habitantes da povoação eram 600 almas, como se dizia então. Doentes não faltavam, médicos não havia. No lugarejo e demais localidades, usavam-se os práticos, os entendidos, e, em última hipótese, farmacêuticos – e olhe lá.
Não era pouco. Iniciada a construção da nova capital, o engenheiro-chefe anotou: “a aglomeração de semelhante população, que não prima pelo amor à higiene, o acúmulo de detritos orgânicos e resíduos de toda a ordem, o solo largamente revolvido” constituíam ameaças à saúde.
Eis convidado para trabalhar na Comissão Construtora um jovem nascido em Bom Sucesso, que se formara brilhantemente pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1885, ex-colega do cientista Miguel Couto. Quando houve uma reestruturação nos serviços da Comissão, Cícero Ferreira foi admitido como médico, o primeiro da nova cidade, já que os existentes residiam em Sabará, a cuja Santa Casa serviam.
Esse médico foi baluarte naquele momento histórico, abrindo caminho aos que vieram depois e que tanto fizeram pela saúde e vida da população e pela construção da estrutura médico-assistencial, indispensável ao desenvolvimento metropolitano.
Cícero Ferreira foi responsável por debelar uma epidemia de varíola nas velhas cafuas, no princípio do século XX, de construção de um lazareto, lá pelos lados do Calafate, participando decisivamente da fundação da Santa Casa e da Escola de Medicina da Universidade de Minas Gerais.
Inaugurada a nova capital dos mineiros, em 12 de dezembro de 1897, a Comissão Construtora se manifestou: “em boa hora tinha sido entregue ao senhor dr. Cícero Ferreira o cuidado de velar pela saúde pública, e é inquestionável a eficácia dos ativos e zelosos esforços por ele empregados”.
Prematuramente falecido, foi homenageado com seu busto nos jardins da Faculdade de Medicina, na avenida Alfredo Balena, ex-Mantiqueira. Nele, está inscrito: “foi bom, foi sábio, foi justo, foi realizador; não morrerá de todo”.
Para o historiador da medicina na capital, Pedro Sales, Cícero Ferreira era uma dessas personalidades raras, reunindo em si várias qualidades. Mostrou-se homem de pensamento e de ação, idealizador e realizador sempre estudioso. Em idade madura aprendeu o alemão, visando descobrir outros campos da medicina, atendendo também pacientes que vinham de longe para consultá-lo.
Tanto é verdade que será homenageado em 20 de agosto, às 19h, com o lançamento do livro, em três volumes, de autoria do escritor Mário Lara, com o título “Cícero Ferreira – Um apóstolo da medicina”.

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Mensagem N°83479
De: Isaías Data: Sexta 17/8/2018 16:42:03
Cidade: M. Claros

"Sex 17/08/18 - 8h - Choveu agora, na manhã do Reinado de São Benedito, em M. Claros. Tempo segue “fechado”, e previsão é de 5mm, “a qualquer hora”


De fato. Nos últimos 23 anos, hoje foi o segundo dia em que choveu durante as Festas de Agosto.

Os catopês, marujos e caboclinhos que sustentam a festa, como fazem nos últimos quase 200 anos, cantando e dançando desviaram-se de poças de água em alguns pontos do asfalto, na manhã serena e esplendidamente temperada.

São Benedito, do céu, protegeu. Nossa Senhora do Rosário, ontem festejada, amparou. E o Divino Espírito Santo, cuja data amanhã comemoraremos, exultou.

É um mistério o que os catopês, marujos e caboclinhos conseguem operar nas ruas.

Vi pessoas carrancudas, inicialmente irritadas com o bloqueio do trânsito, transformarem o cenho num sorriso iluminado. E irem às lágrimas.

A festa revigora-se. Mudou o calendário local. Por décadas, os montes-cearenses ausentes vinham para a Exposição Agropecuária, no começo de julho. Agora, não mais.

A festa que puxa os ausentes/presentes, e os faz chorar abertamente pelas ruas, é a Festa de Agosto, provavelmente mais velha do que o próprio município, que em 2032 completará 200 anos de cidade autônoma.

O ritmo forte dos catopês, no seu trajeto insubstituível até a Igreja do Rosário, desperta nas almas uma emoção intergeracional, capaz de comover pessoas de todas as idades.

Nascida como festa religiosa escrava, transformou-se em rotunda manifestação cultural, forte, fecunda.

M. Claros imemorial ali se apresenta, se explica, canta, chora e exulta.

E ministra exemplos, predica o bem.

Tento explicar. Quem esticou os olhos viu. São pedreiros, ajudantes de pedreiros, mecânicos, muitos carroceiros, pintores, por vezes desocupados, gente simples. E os adventícios, seduzidos pelo que não acha explicação, pois explicado está.

Fazem o que fazem porque viram os pais fazerem. Viram os avós fazerem. E, também, os bisavós, os avoengos todos.

E, agora, ensinam aos filhos e netos.

De alguma forma, a festa chora e celebra a impermanência, a volatilidade, para render-se a ela, conformar-se. E, assim, conservar, reter, o dançante que vai.

Alguns dos últimos mestres históricos despediram-se recentemente.

Primeiro, Senhor Catopê, carpinteiro.

Depois, o genial pedreiro Joaquim Poló, dos caboclinhos.

Em seguida, o humílimo Expedito, mestre do Terno de S. Benedito.

Neste janeiro, deixou-nos mestre João Faria, irmão de Tonão, irmandade que é cara, e é a cara dos catopês nos últimos 60 anos, ao lado de Zanza, o mais longevo dançante.

Pois bem. Quem esticou os olhos viu, ontem e hoje. E talvez amanhã, no meio do silêncio e do mistério. Um rapaz de 18 anos, sem qualquer aviso externo, incorporou-se no lugar do avô, ocupou seu lugar.

Hoje, no Reinado de S. Benedito, a transmigração foi mais visível.

O Segundo Terno de Nossa Senhora do Rosário veio com um estandarte, e nele a foto de João Farias, gigante de mãos imensas, sorriso largo, um dos carroceiros mais conhecidos de M. Claros.

No trajeto até o Rosário, várias vezes, sem avisos, sem presságios, o grupo rodopiou em torno de si, acentuou o ritmo, elevou a cantoria, e inclinou-se.

Inclinou-se diante da evocação do mestre carroceiro morto, todos voltando-se para o estandarte. Coisa de filme.

Na porta da Igrejinha do Rosário, quando o cortejo chegou a termo, o grupo repetiu o cerimonial. Espontâneo.

Um fez, os outros seguiram. Tornaram a rodar em torno do estandarte. Aceleraram os tambores. Mais alto, mais forte.

E cantaram, cantaram, como se o mestre ali voltasse. Como ali esteve, no agosto passado.

Tonão, o irmão mais velho do que os 74 anos de João, e que ontem não apareceu, decerto viu tudo, abrigado no banco da igreja, onde a idade o fez refugiar-se, e onde se protegeu da emoção.

Lá fora, no rufar incomum dos tambores, era o irmão que se incorporava no neto, 50 anos mais novo. Ungido como sucessor na tarefa de conduzir os louvores aos santos da devoção.

A isto se chama tradição. Autêntica. Legítima. Ainda que tenham nenhuma consciência disso.

Assim, seguem os Catopês, Marujos e Caboclinhos.

Afinal, reconhecidos, e aplaudidos pela população, como o cerne de nossa ancestralidade.

Se perguntarem porque fazem isto, repetidamente dirão que não sabem explicar. Mas, sabem fazer.

Se deixarem, farão sempre mais, por gosto, por obrigação, por dever e instinto, por centenas de anos mais, à frente.

Mas, é preciso lembrar: há mais de 50 anos, foi Dr. Hermes de Paula quem os tomou pela mão, e como um pai impediu que caíssem, e minguassem pelo caminho.

E isto, talvez isto, quem sabe isto, explique as lágrimas do caminho. Cada ano, mais.

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Mensagem N°83478
De: Estado de Minas Data: Sexta 17/8/2018 10:48:05
Cidade: Belo Horizonte/MG

Festas de Agosto reúnem reúnem milhares de pessoas em Montes Claros - Luiz Ribeiro - Com quase 200 anos de existência, festas de agosto vão até domingo e estão recheadas de cultura, religião e história; participação das mulheres também se amplia.
Alegria, devoção, beleza e animação. Esses elementos, nascidos na fé e na cultura popular, invadiram as ruas e praças do Centro de Montes Claros, na Região Norte de Minas, nesta semana, com a realização das centenárias festas de agosto. As celebrações constituem uma das mais antigas manifestações folclóricas do povo mineiro e vão até domingo, com encontros religiosos e programação artística – Festival Folclórico e Encontro de Tambores –, atraindo milhares de pessoas.
As festas de agosto têm como protagonistas os grupos de catopês, marujos e caboclinhos, que representam a formação do povo brasileiro (portugueses, negros e índios). Eles são moradores simples da cidade, que, nesse período, comandam o acontecimento e impressionam os visitantes por conta dos seus ritmos, roupas e fitas coloridas, além de muita devoção aos santos padroeiros (Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e Divino Espírito Santo).
A devoção vem de quase dois séculos. Em 2018, a manifestação popular completa 179 anos, segundo a Secretaria Municipal de Cultura de Montes Claros, responsável pela organização do evento, viabilizado por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.
Nesta quinta-feira, centenas de pessoas foram às ruas da cidade norte-mineira para acompanhar o Reinado de Nossa Senhora do Rosário (domínio das cores azul e branco). Mantendo a tradição, o desfile saiu da Praça Doutor João Alves, em frente ao Automóvel Clube, e seguiu em direção à Igrejinha do Rosário (Praça Portugal/Avenida Coronel Prates).
Na manhã desta sexta-feira, acontecerá o Reinado de São Benedito (cor rosa). Na manhã de sábado, novamente centenas de moradores e visitantes vão às ruas para assistir ao desfile do Império do Divino Espírito Santo (cor vermelha). O evento será finalizado na tarde domingo, quando haverá desfile dos três cortejos – Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e Divino Espírito Santo.
O secretário municipal de Cultura de Montes Claros, João Rodrigues, afirma que houve um crescimento da parte artística e cultural das festas de agosto, valorizando tradições populares, como os grupos de tambores. As apresentações da noite acontecem na Praça da Matriz, local original das primeiras festas religiosas da cidade, há mais de 170 anos.“Temos que levar em conta que o essencial das Festas de Agostos é a participação dos seus protagonistas, os catopês, marujos e caboclinhos”, enfatizou João Rodrigues.
Os seis grupos de dançantes somam em torno de 360 pessoas – 60 em cada um. Em janeiro passado, morreu, aos 74 anos, o mestre João Farias, que comandava o segundo Terno de Catopê de Nossa Senhora do Rosário. Mantendo a tradição, mestre João Farias foi substituído pelo neto, Yuri Farias, de 18 anos. Na sexta-feira, acontece o Reinado de São Benedito

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Mensagem N°83477
De: Manoel Hygino Data: Quinta 16/8/2018 07:22:29
Cidade: Belo Horizonte

Vaticinando o futuro

Manoel Hygino

Enfim, uma ingente e urgente missão a cumprir, pois a fiscalização da sociedade é hoje muito mais forte do que antes. Os meios de comunicação social ajudam os cidadãos a formar opinião e a opor-se ao que lhes parece prejudicial ao país.
É hora de se despertar para a realidade e o interesse maior, que é o da nação.
Nova estação do ano começa no mês que vem. O inverno tem o adjetivo vário usual na Folhinha Mariana. Já se teme o que virá neste segundo semestre, pois o primeiro não foi benévolo para extensas regiões do país.
Há culpados: não aprendemos a reger nossos próprios destinos e o resultado se repete periodicamente, com temporadas de escassas chuvas e suas consequências funestas, assim como de tempestade com inesperados e destruidores efeitos. Pecam os gestores da administração pública, mas também setores do empresariado, enfim todos os segmentos da sociedade de um modo geral.
O homem do sertão, antes de tudo um forte, na acepção de Euclides da Cunha, sofre ainda hoje os males dos quais já poderia ter-se libertado, fosse outra a condução do problema das secas. Este não deveria ser encarado apenas por escritores e técnicos de governo. Trata-se de desafio que vem de longe e se alongará, no curso da história futura, se não se levar em conta, com consciência e objetividade, o desenrolar dos fatos.
No caso mineiro, tem especial preponderância o rio São Francisco, cantado em prosa e verso, mas praticamente só lembrado em conferências e épocas eleitorais, como a atual. A propósito, em junho, em Januária, cumpriu-se a campanha “Eu viro carranca para defender o Velho Chico”, afirmativa muito apropriada ao tema.
José Ponciano Neto, que labora na área do meio ambiente há 42 anos, membro da Câmara Consultiva Regional do Alto São Francisco, do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros, esclarece que o objetivo foi conscientizar a população sobre a preservação, chamar a atenção para os graves problemas enfrentados pelo rio e sua bacia, e para a sua muito propalada, necessária e urgente revitalização.
O próprio técnico é peremptório: “transformar os órgãos fiscalizadores em fábricas de multas não é revitalizar uma bacia hidrográfica, não é defender o meio ambiente”.
Reestruturar estes como? Aperfeiçoar a metodologia operacional com novas técnicas, aumentar o número de fiscais, armas, veículos e a organizar-se física e administrativamente, criar projetos e programas de educação ambiental com instrutores dos órgãos oficiais. Por fim: melhorar toda a logística.
A reestruturação dos órgãos é essencial para os governos federal e estadual se tornarem proativos e não ficarem apagando fogo com multas. Depois de esses órgãos fiscalizadores estruturados, ver-se-á que somente as rubricas serão suficientes para manter os rios revitalizados.
Enfim, uma ingente e urgente missão a cumprir, pois a fiscalização da sociedade é hoje muito mais forte do que antes. Os meios de comunicação social ajudam os cidadãos a formar opinião e a opor-se ao que lhes parece prejudicial ao país. É hora de se despertar para a realidade e o interesse maior, que é o da nação. Sem falar nas populações ribeirinhas, crescentemente ameaçadas.

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Mensagem N°83476
De: Manoel Hygino Data: Quarta 15/8/2018 13:08:52
Cidade: Belo Horizonte

Sobre a hora política

Manoel Hygino

Chega-se quase à primavera com os mesmos sentimentos e pensamentos. Não melhoramos, vivemos em uma espécie de desalento, que constitui forma de manifestação da falta de esperança, esquecida no meio dos caminhos brasileiros. Confesso que é muito triste.
Em artigo para o jornal da ANE, Clóvis Rossi perguntava, em julho: “agora que ninguém está olhando, confesse: você também não está se sentindo perdido, esperando alguém?”. Há mais: “o brasileiro perdeu a guerra para si mesmo (...). Ele foi incapaz de organizar e fazer funcionar bem o seu aparelho de Estado e a sua economia”, escreveu Flávio R. Kothe, professor da Universidade de Brasília e presidente da Academia de Letras do Brasil.
Passa ao lado de Antônio Calado, que observou: “quando chega a hora dessas coisas mudarem, as coisas não mudam. Não conseguimos formular metas e estratégias”.
Vera Lúcia de Oliveira, psicóloga e escritora, residente em Brasília, observa a situação, ao comentar o romance “Entre Facas”, de João Almino, cujo mundo “vai da lamparina à internet, das ruas sem saneamento básico ao Facebook; do Brasil das carroças nas ruas aos aviões cortando o país de Norte a Sul; do país que entrou para a modernidade sem vencer o atraso, da modernidade vertical, imposta de cima para baixo, em que o avanço dos meios de comunicação não eliminou o analfabetismo, a miséria espalhada como erva daninha por todas as cidades, grandes e pequenas. Um Brasil desordenado, violento, produto da desigualdade que só faz aumentar. Um desastre, como diz o narrador. Um país mudo, que só fala por mensagem de WhatsApp”.
Os mais de duzentos milhões de habitantes deste país não se sentem tão satisfeitos como antigamente, com o que ocorre conosco agora e aqui. Basta conferir os meios de comunicação social as expressões de indignação e protestos em todos os quadrantes do país.
A questão de direitos ficou para trás. Tanto é verdade que pesquisa de agosto fluente mostrou que seis em cada dez brasileiros acham que “os direitos humanos apenas beneficiam pessoas que não os merecem, como criminosos e terroristas”. É o que consta de resultado do Instituto Ipsos, noticiado pela BBC de Londres, o mais alto percentual em 28 países auscultados.
Conceituado professor de direito anotou: “o Judiciário não julga. Por mais esforçados que sejam os juízes, encontram pela frente um procedimento arcaico, cheio de instâncias e recursos inúteis, enchendo estantes e computadores de matérias inúteis e consumindo milhares de reais. E a solução? Não há nem é previsível. Todos os planos sociais acabam no nada ou em desordem”.
Para não perder a oportunidade, lembro um sacerdote católico com 20 anos de ministério, graduado em filosofia e teologia. O padre Djacy Brasileiro observa que, nestas eleições, a gente viu poucos cristãos tentando fazer trabalho de conscientização, tentando libertar o povão da alienação política.
“Uma fé alienante, reacionária, só contribui com as estruturas sócio-político-econômicas, iníquas, desumanas, antiéticas, geradoras de tantas injustiças, exclusões e morte. Para os que fazem da religião cristã instrumento de alienação, valem estas palavras proféticas de Jesus, o libertador. “Nem tudo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus” (Mateus 7:21-23).

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Mensagem N°83475
De: Saraiva Data: Terça 14/8/2018 12:00:53
Cidade: Montes Claros-MG

O que está acontecendo com a água da Copasa? está chegando nas torneiras com aspecto de suja(turbidez anormal).

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Mensagem N°83474
De: Flávio Pinto Data: Terça 14/8/2018 15:15:42
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Rey e mais um caso de Zeca do Correio

Flavio Pinto

Mais uma vez – com prazer - registramos essa estória clássica que o amigo e escritor Reynaldo Veloso Souto contou no seu aclamado livro. mSobre um outro causo especial de Zeca do Correio, nosso saudoso amigo e querido personagem, filósofo, boêmio e carteiro nas horas vagas...
São fatos beirando os limites do imaginário, acontecidos no bar de Zim Bolão (lembrança) e guardados para sempre na memória de quem participou. Antes da publicação do seu ” Histórias do Rey “ já a repetira diversas vezes (a pedidos) e se divertiu juntamente com os ouvintes – ou mais - durante anos. As novas gerações também poderão buscar naquela Montes Claros antiga a confirmação de fatos inenarráveis para poderem –por instantes – tentardeixar de lado o atual/imprescindível aparelho celular e papear um pouquinho. Só um tempo longe das conversas sérias e das mil e uma informações da internet não faz mal a ninguém, nem aos mais velhos
almejando outras justas prosopopeias. É saudável, podes crer! Pelo menos acreditamos que seja...
“Num elogiado filme, Buck Jones, dos mais famosos do cinema mudo e falado, ídolo principal do faroeste, cultuado num lugar situado a 8.000 quilômetros de distância como se fosse um herói nacional , montado no imponente Silver, que depois inspirou o mesmo nome a outro
cavalo branco do seriado Zorro e Tonto ( “Lone Ranger” ) desce na porta do bar, com a roupa impecável , sem uma mancha de poeira.
Na mesa dos fundos, no canto , toda a sorte de renegados; índios ferozes armados e vestindo maltrapilhos uniformes militares; bigodudos facínoras mexicanos ostentando no peito bandoleiras cruzadas - repletas de balas calibre 45 – jogavam disputado jogo de cartas, ao mesmo tempo em que o nosso herói se acercava do balcão. Pôquer fechado, o que aumentava mais a expectativa.
Um mal-encarado barman- camisa de manga comprida, listada, liga demeia feminina no braço esquerdo - se apressa, com uma garrafa de uísque sem rótulo e lhe oferece a garrafa curraleira mais vagabunda da casa – ostensivamente - numa atitude implicante e hostil. Na outra
mão, um pequeno copo para doses. A polida resposta do mocinho veio na hora.
-Obrigado, gostaria de um copo de leite, por favor!
Buck Jones foi incisivo, nas palavras dirigidas ao afoito empregado. Este, como era de se esperar, prontamente retaliou (demonstrando óbvio desrespeito), num significativo olhar de desdém à mesa dos facínoras, dando-lhes força para aumentar os apupos. Não se precisou de mais nada
para, em seguida, Zeca se levantar, olhar para a tela todo circunspecto e calmamente sentenciar, em alto e bom som - com rara sutileza - fazendo os espectadores se emocionarem e caírem rapidamente na gargalhada.
- Cês mesmo caça!
Daí um minuto, após ingerir vagarosamente o copo de leite servido como indisfarçável mau humor do irado barman, Buck Jones sacou os dois revólveres presos à cintura pelo lindo cinturão de couro - trabalhado e costurado com fios de prata do México - despejando toda a fúria das inesgotáveis balas naqueles mal-encarados fora-da-lei. Um a um, a turma do mal foi caindo na presteza de seus tiros, em cena acompanhada de muita fumaça (gelo seco) e borrifos de café preto simulando sangue nas paredes, cena enriquecida freneticamente pelos apupos entusiasmados da plateia, à essa altura sem se conter nos bancos de madeira.
A bombástica e drástica passagem foi acentuada pela última intervenção de Zeca do Correio naquela noite, minutos após. Novamente levantou-se, após a fumaça da pólvora se esvair , solenemente meneando a cabeça como se reprovasse aquela infrutífera mortandade dos bandidos ,
desligados otários que pareciam não ter ouvido sua primeira intervenção de alerta , Zeca apenas arrematou :
-Num falei!
Neste grande final, então, a plateia veio abaixo.
Em diferente época, chamou a atenção de nada menos que a estrela Elizabeth Taylor, num filme colorido feito em pleno inverno de Chicago onde ela adentra abruptamente – embriagada e com raiva - a casa da possível rival, à procura do marido. No filme aconteceu que ela chega
à porta, segura a fechadura e se lembra que esquecera o casaco de peles no carro. Penitenciando-se, com a mão direita dá um leve tapa na testa à guisa de lembrança. Foi a deixa. Antes um segundo, Zeca novamente levantou-se e preveniu-a.
-Beth, esqueceu o casaco. Está frio demais aí.
Quando ela acabou de usar a mão no gesto, agora sincronizado com o aviso, voltou ao carro e pegou o casaco, atendendo Zeca com presteza , como se ele estivesse ali bem pertinho dela. Lógico que essa malandragem também acontecia em outras cidades, sempre vinda de um gozador local, que via, antes de todos, repetidas vezes, o mesmo filme, o que não tira o mérito de termos uma estória própria e a contarmos do nosso jeito. Cada um faz sua parte, como quer e sabe. É o
direito legal ou ilegal de qualquer um. Abusem da imaginação e sejam
felizes, amém.
No gênero que se tornou um dos assuntos preferidos daquele lugar, juntinho à porta do cinema, boêmios célebres e entendidos de arte davam seu recado e cada um inflamava-se mais do que o outro, dependendo da taxa etílica do dia e a excelência dos atores e diretores abordados. Tudo valia, ali. No normal dia a dia, prestes a ficar anormal como sempre. Discursos em cima de caixotes de maçã, agente funerário misturando política com assombrações, picaretas, políticos novos em ascensão, ou velhos e brilhantes mestres da oratória em aposentadorias não aceitas; carimbados chefes de mandiocais de pouca ou muita projeção (estes só em tempo de eleições).
Figuras carismáticas que a gente, desde priscas eras, adolescente ou ainda menino de calça curta - podem escolher - ficava melhor calado, espiando, apreciando e aprendendo...
Dava-se um diferente palpite - vindo de quem viesse - e era mais um assunto polêmico merecedor de longos embates. De um jeito especial, pregava-se ali uma livre democracia.
Hoje, nessa entrada de mais uma bendita festa de Catopês, quem sabe achar qualquer caminho seguro, ao se permitir focar numa simples beleza que ora se inicia, em plena bruma de incertezas? Registre-se a aqui a sequência em vídeo sobre a cidade e o povo de (in memoriam) Maria das Dores Guimarães, que a cada dia acrescenta novas e incríveis fotos antigas ( deve-se realçar a linda e recente postagem sobre Zim Bolão, nosso saudoso técnico de basquete, posteriormente dono de bar e restaurante); acrescido do conhecimento de Virgínia Abreu de Paula (poesia pura) experta no assunto ; do grande músico de raiz Tino Gomes apresentando outros enfoques da origem africana; nas belíssimas fotos do Jornalista Paulo Narciso que nos lembra antigos e marcantes personagens, participantes; do Banzé e sua criadora, Zezé Collares, pelas danças folclóricas ora perpetuadas pelo neto Gustavo, em excelente e inovador trabalho ; ao Dr. Hermes de Paula, autor de uma obra-prima, referencial livro histórico; da visão progressista e clara do meu amigo e pintor João Rodrigues, atual Secretário da Cultura.
E a ajuda anônima de uma multidão de catrumanos de fé.
A festa continua...Graças a Deus!
Parabéns

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Mensagem N°83473
De: José Luiz Data: Segunda 13/8/2018 21:04:00
Cidade: Montes Claros/MG  País: Brasil

(...) Apesar de reclamação antiga, o mau cheiro continua a incomodar os moradores do Edgar Pereira, Renascença e Alice Maia. Antes era de vez em quando, agora é diariamente esse mau cheiro horrível e com certeza prejudicial à saúde. Há informações ser esse problema da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto). Até quando teremos que conviver com esse incômodo?

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Mensagem N°83472
De: José Ponciano Neto Data: Terça 14/8/2018 00:36:30
Cidade: Montes Claros - MG

Faleceu hoje 13/08/2018 às 22:00hs, a senhora Elisângela Mesquita, esposa do Herivelto Luiz - Vice prefeito de Glaucilândia-MG. Esposa batalhadora; companheira e mãe; carregava na sua simples essência, a luz da vida familiar. Foi vitima de um sintoma oncológico; lutou muito através do tratamento quimioterápico. Porém, este sintoma; DEUS achou por bem seccioná-lo entre o sofrimento e a vida. A família enlutada, o respeito e os pêsames apropriados. “Tenham fé e força”!!

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Mensagem N°83471
De: Manoel Hygino Data: Segunda 13/8/2018 11:29:45
Cidade: Belo Horizonte/MG

Ler e aprender

Manoel Hygino

Embora o assunto predominante hoje no Brasil seja a eleição de outubro, com todos os reparos que os cidadãos fazem aos candidatos à presidência da República, há outros temas, alguns de importância, a serem focalizados.
É o caso, assim, da inauguração de uma biblioteca num país que pouco lê. Trata-se da Biblioteca Maria das Mercês Paixão Guedes, implantada na maior cidade de norte de Minas pela Academia Feminina de Letras de Montes Claros, presidida por Felicidade Patrocínio, recentemente empossada.
Consoante a Castro Alves, que orientava dar-se livros à mancheias, obrigando o povo a pensar, está-se ampliando a atividade do sodalício em área fundamental à formação do cidadão. Uma das quatro cidades mais populosas do Estado, grande centro econômico, Montes Claros cultiva as Letras, a atividade cultural, literária e artística, que constitui verdadeiro patrimônio. Lembraria, à guisa de registro, que MOC foi, em determinada época, o único município do país com dois representantes na Academia Brasileira de Letras: Cyro do Anjos e Darcy Ribeiro.
Anteriormente, a presidente já adotara medidas no âmbito do mesmo programa, em seu Ateliê. Criara o projeto Escambo de Livros, com reuniões anuais para oferecer à comunidade publicações e palestras no gênero. Depois, instalou-se o projeto Livro Livre, com a disponibilização de livros para a população, todos os dias, numa estante em passeio junto ao estabelecimento. Estava inscrito: “Livro Livre. Leve livros para ler. Deixe livros para outros lerem”.
Foram dois anos do experimento. Todos os dias, param ali carrões, carrinhos, carroças, motos, dos quais desce gente de vária formação, estudantes especialmente, em busca do volume que lhe interesse. Graças a isso muito especialmente, descobriu-se que era muito mais expressiva do que suposto a produção no município e região.
O que se inseriu na Biblioteca já soma mais de mil volumes, à disposição de cerca de quatrocentos mil habitantes da cidade. Deste modo, procura-se contribuir para estreitar os laços entre a heterogênea comunidade montes-clarense, a que se incorporaram brasileiros de várias regiões, com ênfase do Nordeste do país. Graças a isso, confia-se na aproximação de irmãos de múltiplas origens e na difusão de nossa cultura e literatura, pilares importantes da história de Minas Gerais.
A inauguração oficial, neste dia 14, constitui um fato digno de nota, por demonstrar que os bens do espírito, da história e da cultura não se restringem às capitais, como sói acontecer muito comumente. Vale, ademais, para confirmar que os brasileiros de talento e vocação podem ser bons escritores, bastando ter oportunidade. Bibliotecas podem e devem servir à inteligência e à criatividade.
Em hora de notória inquietação com o futuro nacional, em plena agitada movimentação eleitoral, é bom preparar as futuras gerações para escolher seus representantes em altos escalões da República. Pode parecer simples jogo de palavras, mas não é: leitor e eleitor rimam bem. É na lucidez do cidadão que nos arrimaremos para um futuro mais feliz. Iniciativas com esse propósito são bem-vindas e devem ser incentivadas.

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Mensagem N°83470
De: Calculista Data: Sexta 10/8/2018 23:15:22
Cidade: Moc/MG

O terremoto de 19/5/2012, em Montes Claros, de 4,2 oR, foi 251 vezes mais forte do que a explosão de hoje em gasômetro da Usiminas, em Ipatinga, de 1,8 oR. Mas a impressão é que a população daquela cidade do Vale do Aço assustou bem mais hoje, do que nós de Moc em 19/5/2012, talvez devido ter sido uma explosão de gases, na superfície da cidade, e não tremor subterrâneo, como foi aqui, ainda que com o epicentro bem próximo da zona urbana.

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Mensagem N°83469
De: Manoel Hygino Data: Sexta 10/8/2018 06:38:31
Cidade: Belo Horizonte

Na hora do aperto

Manoel Hygino

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovaram proposta que inclui no orçamento da União para o próximo exercício reajuste de 16,38% nos próprios salários, causando descontentamento na sociedade brasileira, considerando a situação crítica pela qual passa. A hora é de crise e a medida se revelou inoportuna, embora justa, se levada em consideração a argumentação do ministro Ricardo Lewandosvski, autor do projeto que prevê o aumento encaminhado ao Legislativo em 2015, quando presidia o STF.
Ele próprio sustenta ser “necessário observar que os aposentados e pensionistas (da Justiça) estão em situação de penúria. Eles perdem até 40% das remunerações quando saem da ativa. Não dá nem para pagar plano se saúde”. Significa que esses funcionários se situariam praticamente no nível de demais brasileiros, de todas as carreiras, no serviço público ou fora dele.
Diversamente, depôs o professor José Matias Pereira, especialista em administração pública e doutor em ciências políticas, pela Universidade de Brasília. Para ele, as contas públicas estão desarrumadas. A decisão do STF, que altera o valor do teto salarial, terá efeito cascata em outras categorias. “A folha salarial dos servidores públicos é o segundo maior gasto federal, atrás apenas da dívida pública. Não é hora de conceder aumentos”.
este país continental e amplo em problemas, tem-se de manter a máquina administrativa, complexa e caríssima. A Câmara dos Deputados, por exemplo, está estudando o corte dos benefícios tidos como penduricalhos “na remuneração dos serviços públicos federais”.
Cada segmento tem de formular suas propostas para reduzir gastos e despesas, antes que o caos se instale. Embora o ministro Marco Aurélio Melo pondere que os subsídios da Justiça são achatados paulatinamente, há milhões de empregados – e desempregados – em pior situação. Daí, a inconformidade com que foi recebida a decisão da mais alta corte de Justiça do país, na última quarta-feira.
Os quatro ministros que votaram contra evidentemente têm razões sobejas para assim se posicionarem. São eles: Cármen Lúcia, presidente da Casa, Celso Mello, o decano, Rosa Weber, relatora do processo de descriminalização do aborto, e Edson Fachin, relator dos processos da ‘Lava Jato’. O Brasil já os conhece de perto por suas manifestações e posições.
Um dos que estiveram a favor foi o ministro Dias Toffoli, que presidirá o Supremo Tribunal Federal e o Conselho Nacional de Justiça a partir de 13 de setembro. Luiz Fux será vice-presidente da corte. O que se quer é que se cumpra o que Cármen Lúcia vaticina: julgar e julgar bem. É só o que a nação deseja.
Não se quer, certamente, que os ministros sejam prejudicados, até porque, no alto cargo que ocupam, merecem confiança – ou devem merecer –, respeito e reverência de toda a nação. O que se pretende, sobretudo neste instante de extremos obstáculos, é oferecer oportunidade de conciliar lisura absoluta e dignidade.
Aliás, ao Supremo, por Supremo ser, compete resgatar a confiança do povo, porque há ministros que se tornaram objeto de críticas e suspeição, algum inserido até no triste anedotário popular.
A Corte não merece.


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Mensagem N°83468
De: Prefeitura Data: Quinta 9/8/2018 18:16:31
Cidade: M. Claros

O prefeito de Montes Claros, Humberto Souto, assinou, na manhã desta quinta-feira, 9 de agosto, o detalhamento do projeto da nova sede administrativa da Prefeitura. O documento, também assinado pelo procurador geral do Município, Otávio Rocha, e pelos vice-diretores do Grupo Coteminas, Pedro Garcia Bastos e João Lima, além do diretor da empresa, João Gustavo de Paula, define que o Município de Montes Claros irá receber o prédio da antiga sede da Coteminas na cidade, totalmente reformado e mobiliado, para abrigar a sede da Prefeitura e as secretarias municipais. Em troca, o Grupo Coteminas receberá alguns terrenos pertencentes ao Município e que hoje se encontram ociosos, sem utilidade para a cidade, correndo inclusive o risco de invasão. O projeto segue agora para a Câmara Municipal de Montes Claros, onde será votado. Após a aprovação, será selado o acordo que vai colocar fim a uma pendência entre a Prefeitura e a empresa, já que a gestão anterior havia feito um contrato de compra parcelada da antiga sede da Coteminas. Como nenhuma das parcelas da compra foi paga, a cidade estava devendo à empresa mais de R$ 60 milhões. Através do acordo, essa dívida deixa de existir e a Prefeitura ganha um espaço moderno e adequado para o funcionamento das secretarias municipais, o que irá gerar uma grande economia para a cidade, já que hoje estas secretarias ocupam imóveis alugados.A previsão é que a nova sede administrativa seja entregue para a cidade no próximo aniversário de Montes Claros.

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Mensagem N°83467
De: Manoel Hygino Data: Quinta 9/8/2018 07:22:54
Cidade: Belo Horizonte

Boa evocação para esta hora

Manoel Hygino

Antigamente, se produzia no Noroeste de Minas uma aguardente denominada Paracatulina, que identificava o local em que era destilada. Concorria, em igualdade de condições, com as congêneres de Januária, então as mais conceituadas da terra alterosa.
Paracatu é cidade de muitos outros bons produtos, inclusive gente proba, digna e competente. Entre os mais recentes, no campo do direito se destacou Joaquim Barbosa, ministro do Supremo e seu presidente, sem cuja atuação não teria acontecido o famoso processo do Mensalão. Mas outros ilustres mineiros, lá nasceram.
É exemplo um médico que cursou medicina em Paris. Lá, ele se casou com uma francesa. Como consequência, o seu filho, Paulino José Soares de Souza, foi estudar na França. Tempo decorrido escreveu “Ensaio sobre o direito administrativo”, que experimentou uma “revolução de ideias”, uma espécie de Paulo Neves de Carvalho, o também mineiro, do século XX, que planejou e geriu a grande reforma administrativa do Estado no tempo em que Magalhães Pinto exerceu a chefia do Executivo.
No princípio da atividade política no Brasil, Paulino José Soares de Souza, depois Visconde do Uruguai, ocupou relevantes cargos, tendo o historiador José Murilo de Carvalho observado, aliás, que ele era “introvertido, avesso a conflitos, um estudioso por natureza”. Dele disse Cotegipe que “era capaz de valsar sobre uma mesa repleta de cristais, sem tocar numa peça”.
É bom lembrar, nesta hora de definições políticas, o que então disse o ilustre brasileiro de Paracatu. “O que tive ocasião de observar e estudar (na viagem à Europa) produziu uma grande revolução nas minhas ideias e modo de encarar as coisas”. A afirmação está no preâmbulo do ‘Ensaio’. Quando em Paris, Uruguai fez questão que o filho também passasse uma temporada na Europa, pois as viagens ‘dão uma grande sacudidela ao espírito, alargam a sua esfera, e habilitam para depois melhor ver estudar as coisas’.
O desembargador Rogério Medeiros Garcia de Lima, vice-presidente do TRE-MG, revela que “Uruguai afirma (...) que o que mais o impressionou na França e na Inglaterra não foram os monumentos, a riqueza, o poder material. Foi o bom funcionamento da administração. Nesses dois países, tudo se movia com ordem e regularidade, a população tinha confiança na justiça civil, criminal e administrativa. Na França, especula, o bom funcionamento da administração talvez fosse responsável pelo fato de a população suportar as restrições à liberdade política. O parágrafo imediatamente anterior à referência à revolução diz: “convenci-me ainda de que, se a liberdade política é essencial para a felicidade de uma nação, boas instituições administrativas apropriadas às suas circunstâncias e convenientemente desenvolvidas não o são menos. Aquela sem estas não pode produzir bons resultados”.
Mestre José Murilo de Carvalho, referido pelo desembargador Rogério Medeiros, assinalou bem a propósito: “muitos dos males apontados por Uruguai relativos à política nacional, como a distância entre governo e povo, a burocracia absolutista e infeliz, a mania de esperar tudo do Estado, o sufocamento dos municípios, a inadequada distribuição de responsabilidade entre municípios, províncias e governo central, o empreguismo, o empenho, o clientelismo, o patronato, o predomínio dos interesses pessoais e de facções, a falta de espírito público, a falta de garantia dos direitos individuais, continuam na ordem do dia, posto que atenuados”.

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Mensagem N°83466
De: Afonso Cláudio de Souza Guimarães Data: Quarta 8/8/2018 09:46:05
Cidade: Montes Claros/MG

"8/8/1952 - Falece, em Belo Horizonte, a Irmã Beatriz. A Irmã Beata, como ficou carinhosamente tratada e conhecida em Montes Claros nasceu em Batten, Holanda, a 29 de janeiro de 1880, ingressando, em 1903, na Irmandade. Vindo para o Brasil, desembarcou no Rio de Janeiro em 1911, tendo chegado a Montes Claros a 1° de fevereiro de 1912, indo diretamente para a Santa Casa de Caridade, que dirigiu por cerca de 40 anos, com infinita dedicação, como enfermeira atenta e carinhosa.
Foi uma das auxiliares no restabelecimento do Colégio Imaculada Conceição, o que se realizou a 7 de março de 1927."

"7/8/1916 – Nasce em Bocaiúva, Minas, o cônego Quirino Queiroga, filho de Antônio Honório de Queiroga e dona Alexina Caldeira de Queiroga. Fez o curso primário em sua cidade natal, no Grupo Escolar Cel. Fulgêncio, o secundário, no Seminário Menor Metropolitano de Pirapora, no Estado de São Paulo, ordenando-se em Jaú, no referido Estado, a 19 de dezembro de 1942. Pertence à Ordem dos Premonstratenses e tem exercido as seguintes funções: Professor de Filosofia no Escolasticado de Jaú e nos Colégios de Jaú e Imaculada Conceição, de Montes Claros; Assistente Diocesano da Ação Católica e Vigário Cooperador da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição e São José, de Montes Claros."

Hoje, 08/08//2018, 69 anos do meu batismo. 7/8/1916 - nascimento do Padre (Cônego) Quirino; 14/6/1949 - nasci pelas mãos da Irmã Beata; 8/8/1949 - Padre Quirino me batizou; 8/8/1952 - faleceu a Irmã Beata; 8/8/1980 - faleceu o Padre Quirino.
8/8 - dia de São Domingos, contemporâneo de São Francisco de Assis e, como ele, fundador de uma grande Ordem Religiosa, a dos Dominicanos. A coincidência das datas é impressionante.

Padre Quirino, Irmã Beata, São Domingos, São Francisco de Assis, meus pais (Pedro Prates Guimarães e Araci de Souza Guimarães) e padrinhos (Ruy Prates e Mariana Rodrigues Lopes) nos abençoam do Céu. Muito obrigado, Senhor.

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Mensagem N°83465
De: Polícia Federal Data: Terça 7/8/2018 17:53:19
Cidade: Montes Claros/MG  País: Brasil

A Polícia Federal em Montes Claros deflagrou hoje, 7/8, a operação “Home Office”, que desarticulou uma organização criminosa que praticava crimes contra a ordem econômica e financeira e crimes fiscais. Foram cumpridos 14 mandados judiciaisem Montes Claros e Campo Grande/MS, sendo
um de prisão preventiva, dois de prisão temporária, cinco de busca e apreensãe seis de sequestros de bens; todos emitidos pela 11ª Vara Federal da SeçãoJudiciária de Minas Gerais.
As investigações tiveram início há cerca de 10 meses e constataram a atuaçã dos envolvidos em operações financeiras conhecidas por “DOLAR-CABO”, que viabiliza, clandestinamente, internalização de recursos provenientes do exteriorna economia nacional burlando os sistemas de controle financeiros do Brasil. Trabalhos de inteligência policial identificaram em Montes Claros um dos integrantes da organização que, a partir de sua própria casa, via internet, organizava as operações de câmbio movimentando recursos oriundos de diversos países. Ele também arregimentava pessoas, principalmente seus familiares e amigos, para emprestarem suas contas bancárias para realizaçãodas transações. Com o desenvolvimento das investigações, a PF identificou que o grupo atuava em Montes Claros/MG e no Estado de Mato Grosso do Sul, região de fronteira com a Bolívia. As análises revelaram transações financeiras não declaradas, que
totalizam 52 milhões de Reais no período de 2012 a 2017. Os envolvidos responderão pelos crimes de formação de quadrilha (artigo 288, do Código Penal), operação não autorizada de instituição financeira (artigo 16 da Lei 7.492/86), crimes de lavagem de dinheiro (artigo 1º, caput, da Lei 9.613/98).

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Mensagem N°83464
De: Manoel Hygino Data: Quarta 8/8/2018 07:01:12
Cidade: Belo Horizonte

A imagem de Guevara

Manoel Hygino

Informou-me o jornal, no dia 27 último, da estreia, à noite pelo Canal Curta, no Brasil, do documentário “Che Guevara, Além do Mito”. Segundo o texto, o filme desvenda como Che, além de sua militância, preocupou-se em construir uma autoimagem de impacto para se sacralizar na história. A barba, a boina, o charuto e, claro, o olhar triunfante.
O historiador britânico Richard Gott, que se encontrou mais de uma vez com o guerrilheiro, adverte, em livros, que Che já exercia sua atuação carismática na vida real muito antes de tornar-se um ícone na morte e de uma imagem hipnótica de arte pop, num pôster da era de Andy Warhel.
Comentou: “como Helena de Troia, exercia um fascínio pelo qual as pessoas morreriam. Em Havana, naquela tarde quente de outono, encontraram-se num banco, num canto do jardim da embaixada, e todos se uniram à sua volta. Apresentações foram feitas e a conversa fluía”.
O jovem repórter de então não se lembra do que se discutiu. Era apenas um jornalista neófito, de pouco conhecimento, ainda menos de espanhol, atraído como mariposa para Cuba daqueles anos – como centenas de outros rebeldes aventureiros da Europa e das América – pela chama incandescente da Revolução.
Atravessava-se um momento difícil para os que, comandados por Fidel, havia chegado do México. Ainda o livre-pensar revolucionário era permitido em Cuba. “A arte abstrata floresce de maneira que faria Kruschev tremer e o filme ‘La Dolce Vita’ é exibido pelas salas cheias de Havana. O futuro da Revolução parecia largamente indefinido, páginas brancas a serem escritas”.
Trinta anos depois, o repórter, já experimentado, assistiu ao desembarque do corpo de Guevara, em 1967, quando já tivera fim à associação romântica de pessoas com o movimento de Fidel. Gott escreveu: “como muitos outros, guardei a memória do meu entusiasmo inicial pela Revolução, bem como uma afeição duradoura pelo povo cubano e sua luta desigual e um interesse contínuo pela longa história da ilha”.
Ché conquistou admiradores e enfrentou adversários em mais de um continente, e Mário Vargas Lhosa adverte para a criança asmática que nasceu de família modesta e teve de deslocar-se para aqui e ali para vencer as mazelas da enfermidade. Lhosa demonstrou até certo entusiasmo por sua personalidade em determinadas circunstâncias, sem perdoar determinados erros.
Para conhecerem o “milagre cubano”, Sartre e Simone de Beauvoir foram à ilha e passaram alguns dias. O famoso fotógrafo Alberto Korda tirou, então, muitas poses de Fidel e de intelectuais, mas o que se perenizou foi a de Che, tirada de baixo para cima, ele olhando ao longe com uma incrível aparência de dor e determinação. Formou-se o mais famoso retrato de Guevara, reproduzido por todo o século 20.


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Mensagem N°83463
De: Manoel Hygino Data: Terça 7/8/2018 07:27:49
Cidade: Belo Horizonte

Os problemas do Rio

Manoel Hygino

Causa dó aos brasileiros conhecer a situação a que chegou o Rio de Janeiro, cujo ex-governador, preso, já cumula mais de 100 anos de pena a ser cumprida. Como pode? Os fatos mais próximos em termos de tempo, ajudam a esclarecer a situação, mas não contribuem para solução. A Cidade Maravilhosa, de mesmo nome, foi capital brasileira até a transferência da sede do governo para Brasília, à época de JK, presidente.
O Rio de Janeiro, cidade e estado se confundem, vivem drama permanente, em face dos problemas financeiros, urbanos e sociais, mais recentemente com ênfase a segurança pública. Mas quando se fala neles, lembra-se de Pereira Passos, prefeito da cidade durante o governo do presidente Rodrigues Alves (1902-06), realizador da remodelação urbanística conhecida como “bota abaixo”, mandado demolir pardieiros e abrindo novas avenidas, a mais importante a Beira-Mar; ao longo da faixa litorânea, que possibilitou o acesso a Copacabana. Diz a lenda que ele superou o atraso colonial, transformando “a cidade bárbara” em metrópole digna da civilização ocidental. O Rio dizia-se, “civilizou-se”; julgamento que não teria maioria hoje, se fizesse um plebiscito junto à população.
Imagine-se que, naquela época, foi proibido cuspir no interior dos bondes e nas repartições (onde deveria existir escarradeira), ordenhar vacas nas ruas, vender loterias nos quiosques, mendigar e atirar polvilho durante o Carnaval. Prometeu-se instalar mictórios públicos em vias estratégicas. As novas seriam largas, para substituir as imundas e estreitas, onde se acumulavam lixo e doenças e, em terrenos vagos, se implantaram praças arborizadas.
Operários, quase 2 mil foram contratados especialmente para essa tarefa. A esperança era de que o Brasil vê hoje que uma metrópole efetivamente surgiria. No entanto, o que o Brasil vê pela televisão é uma sucessão de barracos pelos morros, com estreitas passagens entre eles, um labirinto, barracos que podem servir de esconderijos para bandidos, alguns de alta periculosidade, vivendo ao lado de gente honesta.
O governador Pezão (pé grande ou de grande peso?), explica que o Rio de Janeiro tem os mesmos índices de criminalidade que os demais estados. E daí? A mobilização federal para a área de segurança, pelo menos tem prendido mais gente do que antes. Mandar para onde?
Como se disse, no tempo do prefeito Pereira Passos pensava-se que o Rio de Janeiro se civilizara. Os dias eufóricos, contudo, ficaram para trás. Lá, no passado, repercutia a libertação dos escravos em 13 de maio de 1888. Na Câmara dos Deputados, projeto do ministro Ferreira Vianna, repercutia intensamente. Havia consenso de que a abolição trouxera consigo o fantasma da desordem. “Um grupo de autoridades exigia medidas para garantir a defesa da propriedade e da segurança dos cidadãos, ameaçados pelas ‘hordas’, de libertos que supostamente vagavam pelas estradas a furtar e rapinar”.
Transcorridos mais de cem anos, o quadro presente não é de confiança da sociedade. Um parlamentar, Rodrigues Peixoto, fez discurso, então: “Em todos os tempos, o trabalho foi considerado o primeiro elemento de uma sociedade bem organizada. Cada membro da comunidade deve dedicar uma parte de seu tempo e do seu esforço no interesse geral, cuja inobservância apresente gravidade, o que autoriza de certo modo a intervenção do Estado”.

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Mensagem N°83462
De: Afonso Data: Segunda 6/8/2018 17:52:44
Cidade: Moc/MG

Como é muito necessário rezarmos pela paz mundial. Há exatos 73 anos, a cidade japonesa de Hiroshima foi atingida por bomba atômica. "A bomba atômica de urânio (Little Boy) foi lançada sobre Hiroshima em 6 de agosto de 1945, seguido por uma explosão de uma bomba nuclear de plutônio (Fat Man) sobre a cidade de Nagasaki em 9 de agosto. Dentro dos primeiros 2-4 meses após os ataques atômicos, os efeitos agudos das explosões mataram entre 90 mil e 166 mil pessoas em Hiroshima e 60 mil e 80 mil seres humanos em Nagasaki; cerca de metade das mortes em cada cidade ocorreu no primeiro dia. Durante os meses seguintes, vários morreram por causa do efeito de queimaduras, envenenamento radioativo e outras lesões, que foram agravadas pelos efeitos da radiação. Em ambas as cidades, a maioria dos mortos eram civis, embora Hiroshima tivesse muitos militares." E dizem que as bombas atômicas atuais são centenas de vezes mais potentes do que as de Hiroshima e Nagasaki. No dia da Transfiguração do Senhor, peçamos a Ele que toque nos corações dos homens para que sempre haja paz na Terra.

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Mensagem N°83461
De: Petrônio Braz Data: Sexta 3/8/2018 11:28:50
Cidade: Montes Claros/MG

O erotismo em Amelina Chaves

Petrônio Braz

Dos livros “Priapo de Ébano”, “Rancho da Lua” e “Retrato do Prazer”, principalmente, se extrai a natureza erótica da literatura de Amelina Chaves.
Itamaury Teles nos traz à lembrança o livro “Dois Mil Anos de Segredos de Alcova: de Nero a Hitler”, de Claude Pasteur. Esclarecendo ele que “consciente de que os acontecimentos mais íntimos, passados sob os lençóis, sempre atiçaram o interesse alheio, a Autora resolveu escancarar as cortinas da História e revelar alguns segredos gerados em alcovas famosas, nos últimos dois milênios”.
A sensualidade em Amelina Chaves desponta à flor da pele, daí porque não poderia ela, em complemento à sua vasta obra literária, deixar de externar o que de mais bonito se esconde na intimidade de seu próprio ser.
A literatura erótica embora anterior a D. H. Lawrence, com seu livro “O Pavão Branco”, publicado em 1911 na Inglaterra, nos tem mostrado o realismo das relações entre o sexo e o amor, como uma força da natureza. Quem na juventude não leu “O Amante de Lady Chatterley”, do mesmo autor, ou “Amor Natural”, de Carlos Drummond de Andrade?
“Madame Bovary”, romance de Gustave Flaubert, uma das maiores obras da literatura francesa, “o romance dos romances”, ultrapassou os tempos e chegou até nós, mas quando publicado em 1857 levou o autor a julgamento na França, mas resultou, depois, em um grande filme (1949). Embora absolvido, não foi aprovado pelos críticos puritanos da época.
Para ser levado a ler as páginas dos livros de Amelina Chaves, basta apenas começar: “Vez por outra pergunto a mim mesma, ao tempo, ao destino e a Deus, como pode uma pessoa amar tanto a outro – um desconhecido que aparece em nosso caminho sem aviso prévio!? Um amor desesperado que tritura e desafia os limites impostos pela sociedade, que nada entende de sentimento humano!? Principalmente quando chega num repente e toma todo o nosso espaço e vai nos esmagando, ferindo a pele e rasgando a alma até sangrar o coração”.
Amelina demorou tempo para lançar “Priapo de Ébano” e não é de se admirar, pois o grande Flaubert afirmou que, “quando escrevia, passava horas a procurar uma palavra”.
Observa Maria Belo, em “Literatura e Sexualidade” que “a realidade do inconsciente é a realidade sexual”. Para melhor entender e admirar o erotismo nas obras de Amelina Chaves, necessário será ir à fonte maior, isto é, ler Sigmund Freud em “Três ensaios sobre a teoria da sexualidade”, editado em 1905, e que se encontra disponível nas boas livrarias.
Gosto de ler os livros de Amelina Chaves. Escritora por vocação, em sonhos ela repudiou o Céu para retornar à Terra: “O Senhor me perdoará, tenho certeza. Lutei uma vida inteira para chegar aqui, no céu, porque pensei num céu diferente, onde ao menos eu pudesse ler, escrever, ouvir músicas, cozinhar, ser feliz! Que Deus me perdoe, mas quero voltar para a minha vidinha, que seja. Mas quero voltar. Por favor, leva-me de volta. Senhor de todas as coisas.

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Mensagem N°83460
De: Manoel Hygino Data: Sábado 4/8/2018 07:16:05
Cidade: Belo Horizonte

O Brasil na Segunda Guerra

Manoel Hygino

Brasileiros que assistiram à série de reportagens na TV Bandeirantes sobre ações de grupos nazistas em Santa Catarina se impressionaram com a audácia dos seguidores de Hitler no estado sulino durante a II Grande Guerra. Mesmo os mais atentos ao projeto expansionista pareciam pensar que a presença germânica se restringisse à Argentina a Paraguai. Longe disso, contudo.
Hitler pretendia dominar todo o mundo e não podia abrir mão da América Latina. Documentos revelados mais recentemente demonstram, à suficiência, que Berlim se preparava para um ilimitado controle desde que Adolf assumira o poder, ganhando força e presença. Para isso, assumira a nacionalidade alemã, conforme se avalia seguramente em matérias como a assinada por Robert Lopes, em 2012, no volume “Diplomatas e Espiões”, da Discovery Publishers. Os fatos relatados, de autoria do pesquisador, associado ao Laboratório de Estudos de Etnicidade, Racismo e Discriminação da USP, contam a que ponto chegaram os nazistas na influência do nazifascismo sobre dezenas de personalidades, dirigentes e funcionários governamentais brasileiros e sul-americanos naquele período.
O professor não narra como representantes de países atrasados, em sua maioria dirigida por governos autoritários e intrinsecamente corruptos, enxergaram o regime hitlerista. Seria um modelo de crescimento capaz de trabalhar a estagnação socioeconômica, no hemisfério sul-americano, acumulada por suas práticas durante várias gerações.
O Brasil era importantíssimo. Tanto que, em meio de uma sexta-feira, 1º de setembro de 1939, dia da invasão da Polônia pelos alemães, Hitler encontrou-se, em Berlim, com o ex-ministro do Exterior do Brasil, Freitas-Valle, para uma análise da situação, por incumbência de Vargas.
Um outro diplomata, Jayme de Barros, depois da audiência entre Freitas-Valle e o homem mais importante do mundo àquela altura, ouviu dele um comentário franco: “o ditador nazista recebeu – com extrema polidez – e agradeceu-lhe ter vindo suportar com os alemães o duro combate. Disse ainda Cyro que, estranhamente, nunca vira em sua vida em olhar azul mais doce do que o de Hitler”.
Getúlio tinha um filho na Alemanha. Lutero estudava e namorava uma germânica, que se transferiria ao Brasil para morar. O casamento civil foi no Palácio Guanabara, o religioso no reservado convento de Santa Tereza.
A guerra continuava. Um pacato pai de família alemão, residente no Brasil desde 1920, que trabalhava na Siemens, entusiasmava-se com os planos do nazismo. Em 1939, em férias na pátria, deixou-se cooptar para o serviço clandestino na maior nação sul-americana. Recebeu treinamento básico, para preparar mensagens secretas e manipular equipamentos de longo alcance – e um codinome: “Ifreto”.
Hitler atacava em todas as frentes, mas os Estados Unidos estavam atentos. Havia mais de 1,5 milhão de alemães e descendentes na América do Sul, principalmente no Brasil e Argentina. Washington decidiu agir. Entendia que a parte subdesenvolvida do continente estava à mercê de nazista. O Brasil relutou em definir-se por motivos que se tornaram conhecidos.

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Mensagem N°83459
De: Fernando Data: Sexta 3/8/2018 11:23:58
Cidade: Curvelo

Mais um triste sinal dos tempos: assaltantes tomaram caminhão que transportava encomendas dos Correios. Antes de fugir, ainda trancaram os funcionários no baú, onde permaneceram até que a polícia - alertada - chegou. Os ladrões, armados, chegaram e partiram num automóvel.
A ação foi perto de Curvelo, na BR 135, e não se sabe para onde ia o caminhão pilhado. Pode ser M. Claros, que está 200 quilômetros à frente. Sob ameaça de armas, e depois de tiros, os funcionários foram obrigados a pegar uma estrada secundária, onde o caminhão foi saqueado e despojado de sua carga. Fonte dos Correios confirmou que parte da carga foi levada.

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Mensagem N°83458
De: Pedro Jairo Data: Sexta 3/8/2018 11:09:17
Cidade: Montes Claros/MG

"Certificado de Licenciamento de carros com placa final de 6 a 0 começa a ser cobrado em Minas"

Com relação ao envio do documento 2018 do veículo pelo correio, vale lembrar que o proprietário do veículo munido de cópia de identidade, pode comparecer ao posto do UAI no shopping e solicitar a emissão do documento.se não houver multa ou outra pendência, o comprovante de licenciamento sai na hora.

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Mensagem N°83457
De: Manoel Hygino Data: Sexta 3/8/2018 09:39:00
Cidade: Belo Horizonte

Sétima arte em Mariana

Manoel Hygino

Primeiro cinema em Mariana! Surpreendi-me com a notícia em jornal belo-horizontino, porque a velha Ribeirão do Carmo, foi a primeira vila, cidade, e capital de Minas Gerais, sem falar no primeiro bispado e arcebispado, títulos que fazem orgulho aos que lá nasceram e viveram. De todos os mineiros, enfim. Honra e glória de todos nós!
Perguntei-me: primeiro cinema? Tive muitos amigos do Ribeirão do Carmo, alguns hoje não mais ao nosso lado. Mas as recordações são as melhores. Diante do noticiário, que naturalmente me atraiu o interesse, consultei o jornalista, escritor, confrade na Academia Mineira de Letras, Danilo Gomes, que prontamente me esclareceu, em 30 de julho último:
“Amigo e mestre Manoel Hygino, muito saudar! Informo ao ilustre colunista que não se trata do ‘primeiro cinema’ a ser inaugurado em Mariana. Na década de 1940, já tínhamos o Cine Theatro Central, na Praça Gomes Freire, dito Jardim de Cima, com coreto e tudo, cenário de “footing” e namoro. Ali, eu, Emanuel Muzzi, irmãos e amigos, naquela década seguinte, vimos muito filme romântico, muito faroeste com John Wayne (que você viu em Miami, “há milênios”!), Tom Mix, Hopalong Cassidy, Randolph Scott, Roy Rogers, Charles Starrett, Audie Murphy, filmes com H. Bogart, James Mason, Cantinflas, o Gordo e o Magro, Oscarito, Grande Otelo, Três Patetas, belas atrizes como Joan Collins e Monica Vitti, Doris Day, tantas outras. Mais Tarzan. Maris seriados como “A Ilha Misteriosa”, do tempo da guerra. Até a sensualíssima (!!!) Brigitte Bardot, perdição dos adolescentes fogosos... Silvana Mangano dançando rumba era uma luxúria, amigo...”
Mas, o excelente escritor marianense, radicado em Brasília, há décadas, não se deu por satisfeito e acrescentou, recordando ainda seu tempo de jornalista no Palácio do Catete, quando presidente da República o gaúcho de São Borja, Getúlio Vargas. Por sinal, no dia 24, mais um aniversário do triste fim do aliado de Minas na Revolução de 1930: aquele modesto cinema era o nosso “Cinema Paradiso”, sem tirar nem pôr. Quando vi esse filme italiano (duas vezes), vi-me no nosso cinema, em Mariana: me emociono pra burro, até hoje, choro feito bezerro desmamado.
Toda quinta-feira havia um seriado, que nos deixava de cabelo em pé. Tínhamos que esperar uma semana para ver o que aconteceria com mocinhos e vilões. A fita arrebentava, a luz se acendia, vaias e pateadas. Tudo em preto-e-branco. Color boy tecnicolor, só muito depois. Depois o cinema fechou, por muitos anos. O SESC o reformou, ficou um brinco, mas sem a magia antiga, o charme do passado. Agora temos novo cinema da Vila do Carmo? Nossa Velha Guarda gostaria de saber que história “cinematográfica” é essa, Hygino amigo. Abraço vilacarmense do velho cinéfilo Danilo Gomes.”
Cabe, assim, lançar luzes sobre a dúvida suscitada. O que se inaugurou, recentemente, foi uma série de exibições cinematográficas em praça pública, com cadeiras para o respeitável auditório, na sede e distritos. Algo como aconteceu em Belo Horizonte, nos anos 1950, com o Cine Grátis, de Paulo Quintino dos Santos, ou o Cinema Educativo, que Zolton Gluek criou para visita a bairros e vilas, quando foi chefe do Serviço de Turismo e Recreação, na gestão municipal de Giannetti.

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Mensagem N°83456
De: Petrônio Braz Data: Quarta 1/8/2018 18:38:36
Cidade: Montes Claros/MG

Delírio lírico

Petrônio Braz

Vencedor do Concurso de Contos Cyro dos Anjos, promovido pela Academia Montesclarense de Letras, autor de muitos e bons livros, Napoleão Valadares, urucuiano da Barra da Vaca, hoje próspera cidade de Arinos, cenário de um conto de Guimarães Rosa, mandou-me seu último livro: Delírio Lírico, editado por Edições Galo Branco, do Rio de Janeiro, dedicado à memória de Juscelino Kubitschek, o criador de Brasília, onde ele reside.
Do escritor nasceu o poeta; do romancista adveio o pensador-historiador. Em ordem definida pelo passar ininterrupto dos anos, o poeta Napoleão Valadares, membro efetivo da Academia de Letras, Ciências e Artes do São Francisco e de outros sodalícios, em versos decassílabos brancos, em uma série de trinta e quatro cantos, nos reconta a história da humanidade, abrangendo os últimos 33 séculos, iniciando pela Guerra de Troia.
Ele nos leva a Sócrates, Platão, Aristóteles e chega por último a Juscelino (em Brasília). Uma forma deliciosa de se rever ou mesmo conhecer a história universal. No erudito livro, dois talentos em uma só pessoa: o poeta e o historiador.
João Carlos Taveira, nosso confrade da Associação Nacional de Escritores, em artigo publicado no jornal da ANE, edição de dezembro de 2008, comenta: “Napoleão Valadares, na sua construção poética, optou pela narrativa épica em que, com mestria e bom humor, funde a linguagem nobre, clássica, à linguagem popular, atual, em uma tirada muito interessante e jamais vista em nenhum poeta brasileiro de qualquer escola. Mas o que salta aos olhos e aos sentidos é a correção gramatical, o domínio da língua, a clareza de expressão, a concisão. Além, é claro, do senso de humor nas “pilhérias” e “invenções” que o Autor derrama pelo texto afora. Sirva-se de exemplo o Canto XXVI, em que o narrador, em diálogo com Camões, ouve do mestre de Os Lusíadas a seguinte confissão: “Amor é fogo”, em uma clara alusão ao célebre soneto “Amor é fogo que arde sem se ver”, do bardo português”.
Os versos decassílabos são heroicos ou sáficos, cabendo lembrar que todos os versos de Os Lusíadas são decassílabos heroicos. Napoleão Valadares, todavia, preferiu utilizar-se dos decassílabos brancos, sem estrofes, mais em moda nesses tempos de pós-modernismo, presentes o ritmo e a métrica.
Ler Delírio Lírico é uma forma recreativa de reestudar a história. Descrevendo poeticamente um delírio de febre ele conclui, no Canto I: E foi nesse delírio que saltei / do Vale para o Mar Egeu. Desci / à praia, caminhei e fui a Troia, / no extremo noroeste da Anatólia. / Trinta e três séculos já passados, / e eu, tonto, ali na capital de Príamo, / via o cerco dos gregos, via Ulisses / com mil astúcias, via Agamenon / raptando a escrava do guerreiro Aquiles, / como se não bastasse a justa cólera / de Menelau, que fez se unirem todos / os príncipes da Grécia belicosa.
Bem mais adiante, ele percorre as margens do rio Tigre: Vi-me no Tigre, num lugar bem antes / da sua confluência com o Eufrates, / e fui descendo. Inesperadamente, / topei de testa com o grande rei / Alexandre, de Pela, aquele moço / da Macedônia, filho de Felipe, / que tinha sido aluno de Aristóteles, / interessando-se pela política, / filosofia, medicina e tudo / o que viesse do mestre de Estagira.
No último canto a construção de Brasília: “E foi assim que no Planalto vi-me / entre os que começavam a construir / Brasília. Juscelino, grande líder, / cinquenta anos em cinco - se dizia. / A construção da capital moderna a se concluir em menos de mil dias... / Ah! mas candangos mil co’a mão na massa, / já contagiados pela animação, / nas grimpas do entusiasmo e da euforia, / atravessavam dia e atravessavam / noite nessa labuta. Pareciam / um formigueiro. Levantaram prédios / no meio do cerrado. A Catedral / e os palácios se erguiam. Na alvorada, / uma cidade-louça se fazia.
Não precisa mais, é ler o livro.
O livro, com dedicatória, já se integrou à minha modesta biblioteca, onde somente os livros já lidos se aninham.

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Mensagem N°83455
De: Manoel Hygino Data: Quinta 2/8/2018 07:22:55
Cidade: Belo Horizonte

Lugar ao sol para os negros

Manoel Hygino

Fala-se muito, muito se reclama, com ou sem razões, mas até agora nada ouvi sobre os 130 anos da Libertação dos Escravos, em 13 de maio de 1888. Uma exceção: no domingo, no Rio de Janeiro, houve uma passeata de protesto contra a violência que atinge as mulheres de cor no país.
Segundo uma das organizadoras da marcha, “o Estado Brasileiro tem um projeto de execução do povo preto. Essa execução não se dá só com armas de fogo. Ela se dá quando você não tem saúde, quando você não tem casa, não tem educação, não tem qualidade de vida”. A violência, contudo, sendo como referido, não é só contra as negras, mas contra o “gênero” feminino de um modo geral, a não ser as madames, as eleitas, ou nomeadas para cargos públicos importantes, nas três esferas do poder. O mesmo acontece com os homens.
O Brasil se orgulha dos que formam a população negra, em que se incluem Machado de Assis, um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, Cruz e Souza, grande poeta de Santa Catariana, o jurista Pedro Lessa, do Serro-MG, o maior jogador brasileiro de futebol, que foi Pelé, o Édson Arantes do Nascimento (sem esquecer o famoso Leônidas), o ministro Joaquim Barbosa, lá de Paracatu, Noroeste do Estado, peça fundamental no processo do Mensalão, até com nome sugerido para a Presidência da República. E mais outros, que poderiam galgar posições de relevo, se tivessem vontade e oportunidade para subir as escadas da fama.
E não tivemos, Grande Otelo, arista de cinema, teatro e televisão? E o cantor e compositor Milton Nascimento, do Sul mineiro? Quem esqueceu Pixinguinha? Cá em Minas, não se permitirá o esquecimento – embora poucos saibam quem seja, de Francisco Paulo de Almeida, nascido em Lagoa Dourada, perto de São João del Rei, lugar que se tornou paróquia, em 1832, e pertenceu administrativamente a Tiradentes, para se tornar município e vila somente em 1911.
Esse Francisco Paulo de Almeida era negro em um país de escravos, e se tornou o barão de Guaraciaba, por decisão da própria Princesa Isabel. Filho de modesto comerciante, família pouco conhecida, até o nome da mãe é alvo de dúvida, por ser escrava talvez. Seria Palolina, e seu próprio destino se perdeu em ínvios caminhos, ignorando-se a quem pertencia. Os próprios descendentes não têm precisa ideia de sua vida, possivelmente com nome de Galdina Alberta do Espírito Santo, conforme opina Mônica de Souza Destro, trineta do barão e residente em Juiz de Fora.
Mesmo assim, iniciando trabalho como ourives e abotoaduras vendidas na região aurífera de Minas, tocava violino em enterros, valendo-se moedas e dos tocos de velas que sobravam do funeral, antes de tornar-se tropeiro entre Minas e a Corte. Num segundo casamento, de que resultaram 16 filhos, tornou-se sócio do sogro, após cuja morte assumiu os negócios e fortuna. Ajudou na fundação de dois bancos, comprou fazendas no interior de Minas e no vale do Paraíba, chegou a ter mil escravos, pois essa era a mão de obra disponível”.
Muito mais a registrar.

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Mensagem N°83454
De: José Ponciano Neto Data: Quarta 1/8/2018 15:40:24
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

dados da barragem da copasa em juramento – julho/ 2018
cota: 631,46 - (31/07/2018)
volume acumulado: 14.288.741 m3 (representa 31,65% do volume total) – no mesmo período em 31/07/2017 – 23,62%.
total de chuva no mês de julho /18 = 00,0 mm: (região de juramento) –
- o nível está 8,80 metros abaixo da cota de transbordo 640,25 –
do dia 30/06/18 a 31/07/18, reduziu 0,39 mts no n.a.
menor nível/índice em 2018: 29/01/2018: cota 629,10 / 20,65 %
vazões dos mananciais: em 31/07/2018 rio canoas 0,00 l/seg; - rio juramento 60,00 litros por segundo - o rio saracura com vazão 108,00 litros por segundo (vazão sazonada à pluviosidade local) –
chuvas 2018 em milímetros: janeiro 82,40 >fevereiro 282,20 > março 73,3 > abril 36,40 > maio 12,00 > junho 00,0 > julho 00,0 >>total do calendário civil 2018: 486,30 milímetros
total calendário agrícola de julho 2018 a junho 2019 = 00,0 milímetros. –
barragem juramento: vazão média aduzida de 01 a 31/07: 233,04 litros por segundo. - devido à estiagem prolongada, a copasa incorporou vários poços profundos na oferta de água no sistema de distribuição.
volume e vazões: com relação ao mesmo período do ano passado: - barragem de juramento: informações acima.
os mananciais do parque da lapa grande (pai joão); rebentão dos ferros - pacuí-porcos e poços profundos que têm suas águas aduzidas para estação de tratamento de água - eta do morrinho, estão atualmente com suas vazões reduzidas devido a estiagem dos últimos meses. atualmente a eta/morrinho está operando com 282,0 litros p/ segundo.
poços profundos com tratamento direto na rede de distribuição: q 90,0 l/ seg.
vazão total distribuída para o abastecimento de montes claros: σ 605,0 litros por segundo; sendo: verde grande= 233,00 – morrinho= 282,00 – poços 90,00
nota: os rodízios continuarão por tempo indeterminado até as recomendações contrarias da agência reguladora de serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário – arsae. - a medida visa garantir a distribuição equalizada; podendo ser alterado conforme o regime pluviométrico doravante e o inicio de operação do sistema pacui. porém, o uso racional dos recursos hídricos engloba a educação ambiental e organização comunitária.
obras do pacuí: a nova captação no rio pacui – as obras do rio pacui que irá integrar ao sistema de água de montes claros estão com 82 % das edificações concluídas (captação – eta – elevatórias) falta alguns arremates nas obras civil; a adutora (tubos de água) já conta com 100% rematada - 56,0 quilômetros. podendo iniciar o bombeamento em poucos dias.
fatos e acontecimentos mês julho:
há 134 anos 13/07/1884 — pela medição do engenheiro catão gomes jardim, o canal d’água público teria medido 17 quilômetros e 930 metros de percurso, (pela a curva de nível) desde o açude do vieira até a caixa d’água. esta foi instalada acima do largo da caridade (hoje praça dr. carlos), a 230 metros do novo edifício da escola normal (onde se acha atualmente o prédio da copasa). da caixa d’água ao chafariz no largo da matriz (hoje praça dr. chaves), o percurso teria pouco mais de 485 metros, com 33 metros de nível inferior ao do açude.
dia do escritor – 25 de julho foi definido como dia nacional do escritor por decreto governamental, em 1960, após o sucesso do i festival do escritor brasileiro, organizado naquele ano pela união brasileira de escritores, por iniciativa de seu presidente, joão peregrino júnior, e de seu vice-presidente, jorge amado.
há 83 anos em 27/07,1935 - chegou a montes claros o engenheiro silviano azevedo, encarregado de iniciar e dirigir os serviços de canalização de água da velha barragem do rio pacui (coordenadas: 23k 614387 w / 8138561 s) e respectivo abastecimento à cidade.
há 56 anos 28/07/1962 — pela lei n.º 567, fica o prefeito municipal de montes claros, dr. simeão ribeiro pires autorizado a organizar uma empresa de economia mista para exploração do serviço de água e esgotos desta cidade, para substituir a companhia de águas e esgotos do nordeste (caene) (subsidiária do dnocs) que funcionava à rua odilon macaúbas c/ rua dr. veloso. a nova empresa foi criada pela referida lei com a participação da prefeitura local e do setor privado, além do auxílio da sudene, assim foi criada a caemc (companhia de águas e esgotos de montes claros).
a caemc recebeu toda infraestrutura pronta – redes de água e esgoto – captações na barragem do pacuí (1935) e barragem dos porcos (1956) - rebentão dos ferros (1962) e a estação de tratamento de água no alto do morrinho (1935).
há 172 anos - 29 de julho de 1846 - nascia a isabel cristina leopoldina augusta micaela gabriela rafaela gonzaga de bragança bourbon e orléans, princesa imperial e regente do império do brasil, terceira imperatriz do brasil (de jure), era filha do imperador pedro ii do brasil e da imperatriz teresa cristina. foi cognominada “a redentora” por ter abolido a escravidão no brasil.
“o tempo que a gente gasta sonhando é o mesmo que a gente gasta fazendo.”
há 51 anos 30/07/1967 sucedia o passamento do ir.’. josé esteves rodrigues – filho de américo esteves rodrigues e maria j. f. maia esteves. fez o curso primário em sete lagoas mg, o secundário, no ginásio mineiro, em belo horizonte mg. cursou a escola mineira de agronomia e veterinária, onde se formou agrimensor. bacharelou-se pela faculdade de direito da universidade federal do estado do rio de janeiro, em niteroi, rj, a 08.12.1938. foi vereador à câmara municipal de montes claros, secretário da viação e obras públicas do estado de minas gerais, suplente de senador da república, diretor do banco de crédito real de minas gerais e deputado federal, por minas gerais. foi membro da comissão que escolheu o planalto central para sediar a nova capital da república. sua participação foi decisiva para introduzir a região norte-mineira na área de abrangência da sudene (superintendência de desenvolvimento do nordeste). foi professor de ensino comercial e secundário, fazendeiro, agrimensor e advogado. foi fundador e primeiro venerável mestre da loja maçônica deus e liberdade no. 62, montes claros mg, no período de 1932 a 1934. nasc.: 17.10.1903 em sete lagoas mg.
reflexão:
"a maçonaria é um fato da natureza, e sendo um fato da natureza, seus fenômenos, ensinamentos e práticas têm que se repetir - em e dentro do corpo humano, templo vivo de deus".
31/07/2018

(*) josé ponciano neto: tec. meio ambiente e recursos hídricos – supervisor da estação climatológica da barragem de juramento – membro do instituto histórico e geográfico de montes claros.

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