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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Montes Claros se despede de Carlos Alberto Prates, seu mais destacado nome no cinema e autor de Carbaret Mineiro e Noites do Sertão. Morreu no Rio, aos 82 anos

Domingo 28/05/23 - 18h30

O cineasta montes-clarense Carlos Alberto Prates Correia morreu aos 82 anos, na noite de sábado, 27 de maio de 2023, no Rio de Janeiro.

Ele foi um dos principais nomes do cinema mineiro nas últimas décadas.

Alguns de seus filmes mais conhecidos incluem "Cabaré mineiro" (1980) e "Noites do sertão" (1984), estrelado por Débora Bloch e Tony Ramos.

A causa da morte não foi divulgada.

Carlos Alberto Prates Correia nasceu em Montes Claros, no Norte de Minas, e mudou-se para Belo Horizonte quando jovem.

Iniciou sua carreira como crítico de cinema no extinto jornal Diário de Minas.

Em 1965, ele trabalhou como assistente de direção de Joaquim Pedro de Andrade no filme "O padre e a moça", estrelado por Paulo José, que também estava estreando no cinema na época.

Na década de 1960, Correia fundou o Centro Mineiro de Cinema Experimental (Cemice) em Belo Horizonte.

Com esse grupo, ele produziu o filme "O milagre de Lourdes" (1965), que retrata a história de um padre corrupto que se esconde em um bordel para fugir dos fiéis enfurecidos.

Em 1966, Correia se mudou para o Rio de Janeiro, onde dirigiu o episódio "Guilherme" do filme "Os marginais" (1966), em parceria novamente com Paulo José.

Em 1969, ele trabalhou como assistente de direção de Joaquim Pedro de Andrade e Paulo José no clássico filme "Macunaíma".

Seu primeiro filme como diretor foi "Crioulo doido" (1970), um drama ambientado em Sabará que acompanha a história de um alfaiate de origem humilde que busca ascender socialmente.

Correia também atuou como produtor em filmes como "Os inconfidentes" (1972) e "Guerra conjugal" (1974), ambos de Joaquim Pedro de Andrade, e "Vai trabalhar, vagabundo" (1973), de Hugo Carvana.

Ele colaborou com o diretor Cacá Diegues nos filmes "Quando o carnaval chegar" (1972) e "Joana Francesa" (1975).

Em sua filmografia, destacam-se os filmes "Cabaret Mineiro" e "Noites do sertão".

O primeiro, estrelado por Nelson Dantas, retrata a jornada de um sertanejo pelo interior do norte de Minas Gerais, onde encontra mulheres marcantes e elementos típicos da região. O filme recebeu vários prêmios no Festival de Gramado de 1981.

No mesmo ano, Correia adaptou a novela "Buriti", de Guimarães Rosa, para o cinema com o título de "Noites do sertão", estrelado por Débora Bloch e Tony Ramos.

Em 2007, Correia lançou seu último trabalho, o documentário "Castelar e Nelson Dantas no País dos Generais".

Ele deixa a companheira Margarida e o filho João.

O corpo do diretor será cremado em uma cerimônia restrita à família, no Rio de Janeiro.

Carlos Alberto era irmão de Afonso Prates Correia, advogado, sub-procurador geral da República, direitor da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e procurador da Prefeitura de M. Claros no primeiro mandato do prefeito Toninho Rebello. Foi seu braço direito nos assuntos jurídicos.

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