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Mensagem: Três estrelas Manoel Hygino dos Santos É alegria e orgulho para um burgo como o no qual nasci comemorar no mesmo ano fatos - vamos dizer, gloriosos - de sua existência. Bairrismo à parte, porque não é o caso, Montes Claros festejou e ainda festeja o centenário de Hermes de Paula, de Cândido Canela e João Chaves, este pelo centênio de sua centenária modinha ´Amo-te muito´. A cidade se honra em ser uma das poucas do interior brasileiro com dois dos seus escritores guindados à Academia Brasileira de Letras: Cyro dos Anjos e Darcy Ribeiro. Agora acrescenta a seus mais nobres registros os de 2010, que percorreram todo o ano lembrados, como o centenário do ´Amo-te muito´, do poeta João Chaves, modinha que é uma espécie de hino nacional no gênero, que embalou gerações de namorados. Não só, Wanderlino Arruda recontou como, no enterro de JK, a música brotou na assistência e calou progressivamente a catedral de Brasília, tomada de forte emoção. O corpo saiu de lá embalado pela composição, concebida quanto o poeta tinha 25 anos, em louvor de Julieta Guimarães, cujo amor pretendia. É um retrato do Brasil, lírico e amoroso, e da saudade. Em 6 de dezembro, lança-se um livro muito interessante: ´Hermes de Paula, Passado e Presente´, de Amelina Chaves. Para quem não conhece personagem-título, é bom esclarecer que se trata de médico nascido na cidade, que lá viveu e deu grande incentivo às atividades artísticas, culturais, cívicas, tendo contribuído enormemente para a sensibilização e conscientização dos valores de uma gente privilegiada. É de sua autoria a mais completa obra sobre a história da região. Finalmente, no dia 25 de novembro, houve homenagem a um dos mais autênticos talentos do norte do Estado em todas as áreas em que atuou: Cândido Canela, serventuário da Justiça, membro da Câmara Municipal, poeta, cidadão do bem, do correto e da justiça. O que produziu no campo das letras é de absoluta espontaneidade, autêntico, como foi em vida. Tivesse nascido em outra região do país, no Nordeste por exemplo, que melhor sabe aproveitar as qualidades dos que lá usam suas virtudes no campo do saber e das artes, seria cultuado nacionalmente. Mas o mineiro, mas introspectivo prefere o casulo, e nisso não há demérito. A esses três catrumanos o preito de respeito, de admiração e de gratidão, confiando em que as futuras gerações mais lhes reconheçam o alto virtuosismo. Eles foram reais representantes do povo que habita uma região muito relegada pelos poderes públicos, mas jamais fugiram a seus deveres e renunciaram a seus valores. Houveram por bem a Secretaria Municipal de Cultura, a Academia Montesclarense de Letras, a Associação Amigas da Cultura, o Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros, a Academia Feminina de Letras e, por extensão, a ACLECIA, render homenagem no finalzinho do ano cidadãos que nos dignificam o ano, como honraram a terra e sua gente enquanto vivos.
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