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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 18 de maio de 2024
 

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Mensagem: Manoel Hygino dos Santos - Jornal Hoje em Dia Uma chama acesa Não confundamos as coisas. Catibrum é o Teatro de Bonecos, que apresentou em Belo Horizonte o espetáculo ´Dom João e a Invenção do Brasil´, fundamentado no livro ´D. João Carioca´, do cartunista João Spacca e da antropóloga Lília Moritz Schwarcz, contando o episódio da transferência da corte portuguesa, em 1808, para o Brasil. Aliás, a data sugeriu o título do livro, muito bom, por sinal, de Laurentino Gomes, retratando o mesmo fato. E Catibum, sem o `r` na última sílaba, é nome dos Cadernos de Cultura, editado pela Prefeitura de Montes Claros, através da Secretaria de Cultura. Seus editores são Georgino Junior, Luiz Carlos Novaes, Roberto Marques e Ildeu Braúna, com projeto gráfico, diagramação e arte do penúltimo relacionado e Wandaick Santos. Colaboradores de alto nível: Haroldo Lívio, Benedito Said, Felicidade Tupinambá, Yvonne Silveira, Lipa Xavier, professor Osmar Pereira Oliva, Augusto José Vieira Filho, Reginauro Silva, Anelito de Oliveira, Eduardo Lima, Silvana Mameluque, Aurélio Fabiano Lopes, Waldyr Senna Batista, Dário Teixeira Cotrim e Sérgio Mourão. No âmago da pauta, uma entrevista de Cândido Canela, o maior poeta sertanejo de Minas, um Catulo da Paixão Cearense (o Catulo era pernambucano e morreu no Rio de Janeiro), que passou a vida em sua terra natal, por não saber sobreviver em outro lugar. Nas declarações ao escritor Haroldo Lívio, Cândido lembra quando foi designado pelo juiz de Direito, Dr. Bessone, defensor dativo de um criminoso de Bela Vista, hoje Mirabela. O jovem defensor tinha 20 anos e aceitou a causa. O rapazelho leu obras de Direito, examinou o processo e subiu à tribuna, o juiz torcendo por ele. Naquela época, usavam-se bolas, brancas e pretas, para decidir se o réu era inocente ou culpado. Cândido conta: E os jurados ´tacaram´ 30 anos no homem. Aí, foi o caso de eu ficar com a fama ruim de advogado criminal. Foram 30 anos! Então disseram que o homem, o assassino, me chamou e falou: ´Agora, o senhor tem de partir a pena comigo; eu fico com 15 e o senhor com 15! Eu nunca esqueci isso!´ É bom explicar. Antes de se tornar a revista de hoje, o Catibum foi um movimento artístico-literário de jovens dos anos 70, que gerou letras e músicas; ou ´anárquico-lírico´, que pretendia contestar, como escreve Eduardo Lima. Luiz Carlos Novaes registra que o Brasil anterior ´atravessava anos dourados, anos rebeldes e anos de chumbo´. ´Conhecíamos, do Oiapoque ao Chuí, e alegria e a tristeza, o arbítrio, a censura, a tortura, lutando contra a ditadura e exigindo ares de liberdade.´ Os tempos são outros: ´As pedras que atiramos naquela época continuam a agitar, em círculos cada vez mais ampliados e distantes, as mentes e os corações de muitos dos jovens artistas´. O pretérito não estagnou ou morreu lá atrás, resgata-se, com louvor e qualidade, nos textos de agora, retrato de um burgo e de um povo sempre em busca de novas realizações e de afirmação.

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