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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 24 de novembro de 2024

Mural

Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°34611
De: Manoel Gonçalves Santos Data: Terça 29/4/2008 11:11:09
Cidade: Montes CLaros / Minas Gerais  País: Brasil

Gostaria de saber de alguém da pastoral carcerária ou comissão de direitos humanos, se existe algum programa semelhante à estes que prestam serviços e assistência a pessoas vitima de crimes cometido por bandidos que estão por de traz das grades? Se tiver me falem pois conheço muita gente que necessita desse tipo de apoio como: psicólogos, visitas, atenção, refeições diárias e balanceadas com acompanhamento de nutricionistas, e uma pensão porque familiares de presos recebem para eles ficarem atraz das grades pagando pelos seus crimes. Grato. Fiquem com Deus.

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Mensagem N°34610
De: Augusto Vieira Data: Terça 29/4/2008 10:54:34
Cidade: Belo Horizonte

MURAL

Este Mural,
Vanguarda cultural,
Puro deleite,
Café da manhã,
É fenomenal.
Notícias fresquinhas,
Memórias de Luiz,
Histórias de Monzeca,
Crônica de Rubem Braga
(Via Wander, tão bom quanto),
De Manoel Hygino,
Oswaldo Antunes,
Flávio Pinto,
Paulo Braga
(graças a Deus curado),
Saulo,
Wanderlino Arruda,
Maria Jacy,
Petrônio Braz,
Raphael Reys,
Waldyr Senna,
Jorge Silveira,
Haroldo Lívio,
José Prates,
Ucho Ribeiro,
Ruth Tupynambá
E Carmen Netto.
Justos protestos,
Sábias críticas
E ótimas idéias
Em eletrônicas mensagens.
Este Mural
Me alimenta a alma
E o coração.
Dá vida a mim
E a minha aldeia.
Quem escreverá a letra
E comporá a música
Do samba-enredo
Da Mangueira
No próximo carnaval?
Aguardo-as aqui,
Porque a Verde-Rosa,
Terá por tema
Darcy Ribeiro,
Moquenho da gema,
Que, onde estiver,
Será muralista.

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Mensagem N°34605
De: Bernardo Vight Data: Terça 29/4/2008 09:37:50
Cidade: BH

Chegamos a este ponto: os presos, grande parte deles, que assaltam e matam, vão muito bem; nós, que pagamos tudo, vamos mal. (...)Presos levados de BH para M. Claros, que adquire o status de cidade penitenciária. Que coisa!!

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Mensagem N°34603
De: Do Carmo Data: Terça 29/4/2008 09:33:15
Cidade: Montes Claros  País: BRASIL

Está na hora de criarmos a "Pastoral das pessoas de bem", pois são as únicas hoje no mundo que não dispõe de instituições para protegê-las.

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Mensagem N°34602
De: Antonio Data: Terça 29/4/2008 09:26:26
Cidade: Montes Claros

Com relação a mensagem 34596. É preciso ter cautela, o fato de serem criminosos não exclui o direito de serem tratados como humanos, apesar de a maioria não merecer esta denominação. Mas nós temos regras, leis, chamadas Direitos humanos e são a obra prima da legislação mundial, e acima de tudo, devem ser respeitados para que evitemos cituações bem piores do que estas. Como "cidadão" temos que ter ciência disso.

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Mensagem N°34588
De: Malena Data: Terça 29/4/2008 00:57:46
Cidade: Minas Gerais

Wander, você me emociona!

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Mensagem N°34587
De: Marly Data: Terça 29/4/2008 00:57:20
Cidade: S. Paulo

Muita coisa que a TV só mostra dias depois, leio primeiro aqui - no montesclaros.com. AGora mesmo, acabo de ver na TV Globo, noticiário da meia-noite, matéria sobre o maior porta-aviões do mundo, matéria que li aqui, ainda no sábado. Vocês são rápidos no gatilho.Vão longe. Parabéns.

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Mensagem N°34586
De: Carmen Netto Data: Terça 29/4/2008 00:55:47
Cidade: Bhte

A Casa

Montes Claros para mim é a dimensão da memória. Quando vou lá, sou assaltada por inúmeras lembranças. Às vezes, nem preciso ir. O aroma inconfundível de um manacá florido se insinua no ar e a imagem da nossa casa na Presidente Vargas, 68, esquina com Afonso Pena retorna intacta. Volto à minha cidade em busca de tempos perdidos. Já é tarde. A rua Presidente Vargas está deserta na noite quente. O calor pesado me cansa. Sento na escadinha do Clube Montes Claros, onde funcionou a barbearia de Claudionor um baiano arretado e elegante que a cidade acolheu. Olho as casas próximas. Ali está o bar de Idevano, onde Filomeno Bida – sempre de bem com a vida – tocava sua flautinha mágica e fazia espetinhos de carne, que impregnavam todo o quarteirão com aquele cheiro delicioso que enchia a boca de água. Desço mais um pouco e procuro pela sapataria de Tião Boi, onde a meninada da época discutia futebol de manhã até à tardinha. Lá estão Fernando Gontijo com seus lindos olhos azuis, Flávio Pinto, meu irmão Paulinho, Zé César Vasconcelos, Taque Maia, Augustão “bala doce” e tantos outros. O Bar de Horácio, onde se vendia frutas e verduras da Fazenda das Quebradas e a sapataria de Lourival onde ele fabricava lindas sandálias.
Chego à minha casa. Passo a mão sobre paredes ásperas, mas sinto uma emoção de veludo e penso que minha mãe pode estar lá dentro. Dou a volta pelas ruas Afonso Pena e Padre Augusto, não encontro “vivalma”. Mamãe usava essa expressão. Entro em casa carregando minha mochila de saudades. Toco paredes conhecidas, reconheço meus espaços, sinto aconchego. Revejo os meus. Como estou à mercê do atemporal da janela do meu quarto, vejo a formação de densas nuvens. Começa a chover, e o ar revigorante da chuva me embriaga de vida. Vou para o quintal receber os primeiros pingos. Ela cai mansa, prazerosa como uma bênção do céu. A fragrância das flores do pé de manacá, da laranjeira inunda o ar, e o cheiro de terra molhada me inebria. O pessegueiro rosa, em flor, balançava a beleza de sua floração ao sabor da brisa. Despeço-me deles e retorno ao alpendre, onde se reuniam os amigos, a família, a vizinhança. Um pequeno jardim de folhagens enfeitava a simplicidade daquele local. Quando meu pai ainda era vivo, nas manhãs de domingo acontecia o campeonato de xadrez. O silêncio era tanto, que se ouvia o vôo de um mosquito. Papai, Dr. Carlaile Teixeira, Nei David, Sabu, Geraldo Brandão ficavam horas a movimentar as peças no tabuleiro, concentrados, distantes do mundo.
A cadeira de balanço, a cadeira onde mamãe bordava e fazia crochê, a velha máquina “Singer” onde costurava nossas roupas com o maior capricho; a rede, a claridade da lua cheia, o som das vozes fraternas completavam o mapa daquela parte da casa.
Em Minas, a existência decorre em torno de uma mesa. Lá está a mesa oval coberta com uma toalha engomada por “Sá Elisa”, nossa lavadeira de uma vida. Sobre ela, bolos, biscoitos, café, leite, queijo, pão fresquinho esperando as amigas para o café da tarde. Elas vinham para o centro da cidade fazer compras e sabiam que encontrariam um cafezinho passado na hora, no coador de pano. Amizades sinceras, conversas amenas, boas risadas. Eram tardes que todos mereciam ter. Às vezes, minha mãe tinha um quê de solidão no olhar, apesar de rodeada de amigas.
Entro novamente no meu quarto. Duas camas cobertas com cobre-leitos em “Shintz”, estampado floral em tons rosáceos. Separando-as um criado-mudo. A penteadeira, o guarda-roupa, onde na parte interna colava os retratos dos artistas de cinema que eu mais gostava. Lá era também nossa sala de visitas. Recebíamos nossas amigas, trocávamos segredos: sabe quem está namorando Fulano? Fulana está flertando com beltrano. Ah! Você não acredita! Sicrana tão nova, menstruou semana passada.
- “Ce” ta doida!
- Ela está toda prosa porque já está usando soutien.
Quantas vozes, quantos ruídos. O rádio RCA Victor ligado na Rádio Nacional ou na saudosa ZY D-7. Quantas emoções se confundem nesse emaranhado de lembranças em que a trama do tempo me envolveu.
Minha casa, em cada canto uma história. Era o pequeno universo fechado, aconchegante, onde vivi muitos anos e que encerrou em suas paredes, recordações suaves, felizes, sofridas, tristes. Termino minha enternecida viagem de reencontro. É preciso tocar a vida para frente porque ela nunca volta para trás. O grande desafio é viver bem o aqui-agora.
Abro as janelas, deixo o sol entrar, agradeço a vida. A casa já não existe, mas será sempre minha e eu lhe pertenço. Como disse o poeta: “As coisas findas, muito mais que lindas, estas ficarão”.

Carmen Netto Victória

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Mensagem N°34566
De: Paulo Data: Segunda 28/4/2008 17:46:59
Cidade: M. Claros

Há notícias de que os estudantes expulsos da prefeitura pela PM estão se organizando para protestar em massa durante o Carnamontes. Esta invenção nada momesca, do último prefeito, pode transformar-se numa cilada para os planos de reeleição do atual. O prefeito Athos teve a oportunidade de sepultar o carnaval temporão no primeiro ano de sua administração, mas foi, digamos, persuadido - e talvez tapeado - por sua assessoria. Agora, pode ser vítima de uma invenção que parte a cidade quase ao meio: há milhares de jovens que são a favor, há milhares de jovens e não jovens que são contra, cada vez mais. O barulho extemporâneo de um carnaval que não é carnaval começou no fundo de um hospital, a Santa Casa, foi enxotado para a praça do Jatobás, de onde saiu debaixo de protestos para o Parque de Exposições. Amaldiçoado lá também pelos moradores vizinhos, volta este ano para o largo dos Jatobás, onde provavelmente encontrará sua sepultura, remetendo ao prefeito uma altíssima conta política. (...)Eleição, como se sabe, ganha quem comete menos erros.

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Mensagem N°34555
De: Paulo Roberto Paraiso Data: Segunda 28/4/2008 15:05:44
Cidade: Maringá/PR

Acabei de ler a mensagem do Dr. Petrônio sobre a destruição do patrimônio histórico da cidade de São Francisco. Eu nasci e me criei no municípo dessa cidade.A destruição do Coreto e Praça central da cidade foi um dos maiores crimes que já vi alguém cometer. Foi como se a cidade ficasse sem identidade. O pior que tudo foi feito por vaidade e mágua política.

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Mensagem N°34550
De: Joelson Data: Segunda 28/4/2008 13:56:26
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Ontem presenciei um fato que deixa qualquer cidadão "pasmo" com a falta de humanidade das pessoas. Depois do jogo de Cruzeiro e Atlético, torcedores se reuniram na Avenida Sanitária de frente o Quero Pizza e o Mapa de Minas, fechando assim a avenida por conta própria, na euforia os torcedores impediam que os carros circulassem na avenida ficando muitas vezes na frente. Os caminhões que passavam na avenida tinham que reduzir a velocidade ou mesmo pararem, aproveitando assim os torcedores para se agarrarem atrás dos caminhões enquanto esses se movimentavam. Num dado momento passou um caminhão marca Volkswagem, o que eles chamam de ¾ , cor branca, o qual os torcedores se agarraram na traseira com o caminhão em movimento, até sair da multidão, momento em que quando saiu da multidão o motorista acelerou e uma das pessoas que estavam agarradas na traseira, caiu e a roda traseira do lado direito passou em cima do rapaz, o motorista nem sentiu e seguiu seu caminho deixando a vítima em meio a multidão no chão. As pessoas que ali estavam nem se importaram com o que tinha acontecido, e a “munvulca” continuou enquanto o rapaz atirado ao chão gemia, prontifiquei-me e liguei para o SAMU que gastou nada mais, nada menos que uns 15 minutos para chegar ao local. A ambulância não conseguiu chegar até a vítima, uma vez que o trânsito estava parado naquela avenida e não havia como passar, isso por que as pessoas impediam a movimentação dos veículos que estavam a frente. Os socorristas então tiveram que descer do veículo ambulância e andarem até a vítima que se encontrava estirada no chão. Em meio a tudo isso as pessoas que estavam ali mal se importavam com tudo que estava ocorrendo e os sons dos veículos cada vez mais alto, não sendo possível o atendimento do SAMU naquele local. Foi quando um policial determinou que todos os carros desligassem o som para que o atendimento de primeiros socorros fosse feito, momento em que finalmente chegou a Polícia Militar para controlar o trânsito e os socorristas conseguiram colocar o rapaz na maca e assim levá-lo até a ambulância que estava do outro lado da avenida na contra mão de direção para que então levassem ao hospital. Portanto foi louvável o Trabalho do SAMU e do policial que fez os donos dos veículos desligarem o som, para que assim o SAMU pudesse socorrer a vítima. O que deixou-me indignado foi o descaso e a falta de humanidade daquelas pessoas que estavam naquele local, pois eles nem se importaram com o rapaz que havia sido atropelado, se importando apenas em dançarem, beberem e se divertirem, sendo pouco os que deram a devida atenção para socorrer a vítima.

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Mensagem N°34540
De: Marinho Data: Segunda 28/4/2008 10:22:31
Cidade: Montes Claros

Chama-se Alexandre Pereira de Souza e tem 23 anos o rapaz atropelado por um caminhão ontem por volta das 18 horas, na avenida Sanitária, durante as comemorações da vitória do Cruzeiro. O Samu, sempre lacônico (menos quando promove indiretamente políticos e candidaturas) diz que só pode fornecer o nome e a idade. O rapaz, depois de socorrido, foi levado para a Santa Casa. Lá, constatou-se que tinha costelas quebradas. Hoje, ele passa bem e continua internado. Pode ter alta em dois dias.

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Mensagem N°34531
De: Daniele Data: Segunda 28/4/2008 08:51:49
Cidade: Montes Claros

Alguém sabe o estado do torcedor que, ontem, na Avenida, subiu no caminhão, caiu e foi atropelado por ele após a queda? O SAMU o atendeu, mas ninguém sabe o que foi dito do seu estado;

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Mensagem N°34526
De: Web Outros Data: Segunda 28/4/2008 07:49:50
Cidade: Belo Horizonte

O filho do tropeiro

Manoel Hygino (jornal "Hoje em Dia")

Sobre o escritor já comentei aqui. Também o cidadão, que - com 91 anos - não se julga realizado, entregando-se a metódico trabalho, todos os dias. É um homem simples do interior mineiro e se sente feliz em sê-lo.
O pai deixou a profissão de tropeiro em 1914, para estabelecer-se num povoado chamando Várzea da Palma, que contava, pelo menos, com um grande benefício: a comunicação, que ali chegara mediante construção da histórica Estrada de Ferro Central do Brasil. Tempos heróicos aqueles, quando se instalavam os dormentes e sobre eles se assentavam os trilhos que preconizavam o progresso. Era também uma grande esperança que deixava de ser um sonho.
Gerações aguardaram que o carvão das locomotivas substituísse a ração das bestas de carga, que vinham ou iam dos centros do poder: fosse Ouro Preto, depois Belo Horizonte, e Rio de Janeiro ou São Paulo. Muares se esfalfavam como os tropeiros para suprir o que faltava de um lado ou de outro do itinerário.
O tropeiro foi um personagem importante no processo de desenvolvimento mineiro. Ele conduzia alimentos às capitais e às cidades mineradoras, carentes de produtos para a população. Faltava comida na terra prodigiosamente rica em ouro. Para ajudar D. Pedro I, após a Independência, Dona Joaquina do Pompéu enviou grandes cargas de gêneros e carne desde o centro de Minas à capital federal.
O personagem de que falo está publicando seu terceiro livro, desta vez em jornal eletrônico: o montesclaros.com. O autor é Luiz de Paula Ferreira, compositor, poeta e empresário da indústria têxtil, com ramificações em outros países.
O título do novo livro é "Por cima dos telhados, por baixo dos arvoredos”. Uma edição artesanal, de dez volumes, dedicada aos filhos e descendentes. Na apresentação, abre-se com sinceridade, o autor, que deixou o lar aos 18 anos para tentar conquistar seu lugar na vida. "Com muitas bênçãos...e pouco (nenhum) dinheiro”.
Humildes tempos, mas bonançosos naquele princípio de existência em Várzea da Palma. O escritor conta que a casa era limpa e o piso da cozinha, de chão batido. O telhado, de telhas caipiras, e não havia forro; os caibros de madeira roliça com ripas de tabocas.
O fogão se nutria de lenha e a água se buscava na cisterna; a luz, a querosene ou azeite de mamona. O café, adquirido em grãos, se torrava em casa, moído em pilão de madeira. Só existia para música um idoso gramofone, que - ligado - explicava um tanto fanhoso: "Casa Édson, Rio de Janeiro”.
Pois bem. Para chegar ao que é, Luiz de Paula percorreu estradas, conheceu pessoas e situações, vivenciou costumes, escutou e contou histórias. Não pensava escrever livros e já os tem publicado três.
O autor se sente habilitado a testemunha e protagonista da história: "Considerando o que ouvi de meus antepassados e minha experiência pessoal, soma-se tempo que vem de meados do século XIX até o início do terceiro milênio. Quase 150 anos!”
Modestamente: "Proponho-me a transmitir uma visão singela do que pude registrar do mundo nesse período. Com boas intenções, estou fazendo o de que sou capaz. Estarei mostrando o que tenho para mostrar. Estarei jogando a minha carta. Pode não ser um ás de ouros. Mas é a que tenho”.
Esse cidadão, que alguns identificam mais como sócio do vice-presidente José Alencar, da Coteminas, revela-se novamente, em prosa e verso, o poeta que é. Até porque a sua própria indústria é apenas um sonho que se consumou.

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Mensagem N°34524
De: Eduardo Coutirnho Data: Segunda 28/4/2008 07:00:18
Cidade: Montes Claros-MG  País: Brasil

Sobre a mensagem 34.507. Não precisamos ir em Maringa para ver que Moc é deficitária em arborização. Basta irmos em Cuvelo-MG à 250 km de Moc.

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Mensagem N°34522
De: Petrônio Braz Data: Segunda 28/4/2008 03:56:50
Cidade: Montes Claros/MG

Sombra de Inspiração

Quando escrevo gosto de ter, como fundo, em surdina, uma música romântica, com sentimentos e poesia na letra, especialmente do quarteto insubstituível: Orlando Silva, Francisco Alves, Sílvio Caldas e Carlos Galhardo, ou, ainda, Dolores Duran, Altemar Dutra, Edu Lobo, Dorival e Nana Caymmi, Maysa e tantos outros.
Letras extraordinárias da lavra de um Jorge Faraj, David Nasser, Mário Lago, Mauro Rossi, Cristóvão de Alencar, Torres Homem, Chico Buarque de Holanda, Carlos Imperial, Herivelton Martins, Fernando Lobo, João de Barro e outros.
Hoje, ouvindo a “Praça” uma composição de Carlos Imperial, interpretada por Ronnie Von, fui levado, pelas lembranças do passado, a sentar-me, em pensamento, no mesmo banco da antiga Praça Governador Valadares, em São Francisco, de onde olhava o coreto neoclássico e observava as lindas moças, virgens e puras (pleonasmo ou redundância necessária), fazendo o “footing” nos princípios de noite.
Não se fixa a individualidade sem a presença de fatores materiais, que a identifiquem. Não se recorda o passado e não se vive as lembranças sem que os elementos que os compõem existam como ponto de referência, isto porque “as lembranças se apóiam nas pedras da cidade”.
A velha e clássica Praça foi demolida por um administrador desvinculado da história e das tradições locais, edificando no local outra sem qualquer atrativo.
Desliguei a “Praça” e resolvi relembrar o passado com “A Deusa da Minha Rua”, letra de Jorge Faraj e música de Newton Teixeira, uma das mais belas canções românticas da música popular brasileira.
Nós crescemos, a cidade cresceu, outras praças poderiam ter sido edificadas, mas a Praça lá deveria ainda estar presente, a mesma Praça, que nos fixasse culturalmente à terra natal.
Ainda em São Francisco, nada era mais lindo do que o cais natural, de pedra calcária, que por muitos e muitos anos protegeu o centro da cidade das inundações do rio São Francisco. A beleza natural foi destruída, por alto custo, para no mesmo local ser construído um simples muro de concreto, sem qualquer atrativo e finalidade.
Desliguei “A Praça” e passei a ouvir “Caminhemos”, de Herivelto Martins, interpretação de Nelson Gonçalves, na busca de uma ida indefinida para lugar nenhum, já que o passado, uma vez destruído, não mais retorna. Passei, depois, para “Copacabana”, de João de Barro e Alberto Ribeiro, interpretada por Dick Farney, desviando o sentido para que a mente retornasse ao objeto primeiro do trabalho literário em execução, passei, em seguida, para “Chuvas de Verão”, de Fernando Lobo, versão gravada por Caetano Veloso.
A saudade, nascida da lembrança da velha Praça, levou-me a sintonizar “Adeus”, lindo samba-canção de Sílvio Neto, na interpretação magistral de Francisco Alves. Antes de afastar-me do computador fui até Dorival Caymmi, na interpretação de “Marina”. Coisas da idade.
A música é um lenitivo, a mais perfeita de todas as artes humanas.

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Mensagem N°34521
De: Érico Data: Domingo 27/4/2008 23:58:41
Cidade: M. Claros

O hospital São Lucas, atual Fundação Dilson Godinho, teve a recepção do ambulatório assaltada a mão armada por dois meliantes encapuzados que renderam o recepcionista e o segurança e ameaçou os pacientes mandando-os deitar ao chão. A quantia roubada correspondia aos atendimentos do final de semana. ocorreu por volta das 22:00h.

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Mensagem N°34520
De: José Maria Data: Domingo 27/4/2008 21:47:12
Cidade: M. Claros

Acabaram de assaltar o posto de gasolina na entrada do bairro Ibituruna. Os ladrões, numa moto YBR vermelha, vieram pela contramão, já tampando a placa. Meteram o revólver no frentista, exigiram o dinheiro e fugiram, com desenvoltura e sem pressa.

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Mensagem N°34514
De: Fábio Data: Domingo 27/4/2008 13:57:12
Cidade: Moc

A meteorologia acertou: chove agora nas partes sul e leste do município de M. Claros.

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Mensagem N°34509
De: Sílvio José Data: Domingo 27/4/2008 08:51:21
Cidade: Montes Claros

Diz o dicionário que sirene é "instrumento que produz sons mais ou menos estridentes, usado para dar alarma, para pedir a passagem de veículo, como, p. ex., carro policial, ambulância, etc.". Em Montes Claros, de uns tempos para cá, o uso abusivo de sirene muito antes de sugerir segurança para a população vem servindo para intranquilizá-la ainda mais. É o sinal de que alguma coisa não vai bem na vida da cidade. Há carros de polícia abusando do uso, por fanfarronice ou quem sabe para demonstrar uma onipresença que a população sabe falsa. É preciso examinar o assunto, pois eficiência é uma coisa e farolagem bem outra.

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Mensagem N°34508
De: Luiz de Paula Data: Domingo 27/4/2008 08:35:17
Cidade: M. Claros

(Do livro "Por Cima dos Telhados, Por Baixo dos Arvoredos" - Parte 7)

LEMBRANÇAS DISTANTES

Em casa fui um menino muito malino. Minha mãe reclamava:
- Êta menino especula! Em tudo esse menino quer dar combate!
Mas fora de casa eu era tímido.
No que diz respeito a lembranças da infância, fui muito precoce. Quando meus tios Basílio e Joaquina mudaram-se de Várzea, de volta a Montes Claros, eu tinha um ano e meio, incompletos. Mas guardo lembrança de minha tia, ainda em Várzea. Eu estava na “sala de dentro”, como então se referia à copa, e a minha tia veio com um pano na mão, passou o pano no tampo da mesa de jantar e voltou à cozinha. Eu tinha pouco mais de um ano e meio, como já disse. Só voltei a vê-la oito anos mais tarde, aos 9 anos de idade, e a reconheci imediatamente. Achei-a apenas um pouco mais magra e com a pele do rosto menos lisa e com manchas escuras que antes não havia.
Em todas as minhas lembranças e saudades há quase sempre um fundo musical, uma trilha sonora, como hoje se diz. E algumas vezes um aroma especial. Eu posso dizer que cada tempo em minha vida tem sua ressonância musical e seu cheiro.
Guardo uma outra lembrança, essa de quando teria entre um ano e meio e dois anos de idade. Meus tios Basílio e Joaquina já não moravam mais em Várzea. Meu pai estava fazendo uma roça de milho e feijão na Fazenda do Espinho, também conhecida como Fazenda do Piranha. Minha mãe teve de ir para lá a fim de cozinhar para os trabalhadores durante o plantio. Calculo a minha idade na ocasião porque eu era o filho mais novo e minha mãe me levou com ela. Considerando que Joaquim, o filho seguinte, nasceu com uma diferença de dois anos e meio em relação a mim, e minha mãe não se encontrava em véspera de parto. Eu teria, na ocasião dessa viagem, em torno de dois anos de idade.
Viajávamos em uma carroça puxada a burros e coberta com um couro de boi, para proteção contra o sol e a chuva. Levávamos mantimentos e vasilhame de cozinha. E querosene e sal. Ia conosco a Regina, esposa do José Bruno, empregado de meu pai, para ajudar na cozinha. O teto de couro era irregular e baixo e nós íamos sentados no piso da carroça.
Gostei demais da viagem. Foi a primeira que fiz em minha vida. Na Fazenda ficamos durante 16 dias, conforme mais tarde vim a saber.
Só me lembro de duas ocasiões. Na ida, o carroceiro, de nome Marçal, cantava, a plena força, uma cantiga que começava assim:

Ôi, beira-mar,
adeus dona.
Ôi, beira-mar,
adeus dona.

A melodia me acompanhou a vida inteira. Uma grata lembrança. Muitos anos depois – 80 anos ou mais – esbarrei com a letra e a música, por inteiro. Pretendo incluí-la num pupurri folclórico que espero gravar um dia.
A outra lembrança dessa viagem e permanência na Fazenda é o cheiro de terras e raízes cortadas de novo. Esse cheiro eu reencontro, de vez em quando, e ele me reconduz a essa primeira viagem. Em uma carroça com toldo de couro de boi, aos 2 anos de idade, com minha mãe e Regina de Zé Bruno, mais mantimentos e cobertores. E o carroceiro Marçal, do lado de fora, a tocar os burros e a cantar saudosamente:
Ôi, beira-mar,
adeus dona...

SABIDÃO

Eu devia ter uns 2 anos, por ai assim. Minervina, a moça que me olhava (aqui no sentido de “tomar conta”, já que não existia entre nós a designação de “babá”) me ensinou a caçoar dos outros, falando assim:
- Pera ai, siô. Ocê tá parecendo capiau da unha torta, que fala pra mode que nem havera.
A Minervina me outorgava o papel de Sabidão...
Mais tarde, eu já teria uns três anos, ganhei um chapéu de couro e o colocava na cabeça e cantava:
Chapéu de couro
sem barbela,
morena é minha
e eu sou dela.

O LEILÃO

Sempre gostei de pagar pontualmente minhas dívidas. Esse costume vem de longe. A esse respeito guardo uma lembrança, já meio apagada, de um episódio acontecido quando ainda não havia igreja no povoado onde nasci.
A missa, quando o padre vinha de Pirapora, nas desobrigas, realizava-se, a princípio, na casa de meu pai, e depois passou a ser celebrada na casa da escola, onde também aconteciam as rezas, a coroação de Nossa Senhora e os leilões do mês de Maria.
Era uma noite de leilões. Grande era o ajuntamento de pessoas em frente à casa da escola, em torno da mesa com as oferendas, tudo bem alumiado pôr dois lampiões belgas.
O Manoel Chico, cabo reformado da polícia e carapina de ofício, era o leiloeiro.
Havia prendas em profusão. Cestas de biscoitos, pratos de bolos, pencas de frutas e muita coisa mais. Mas tudo já era anunciado pelo leiloeiro com lance acima de 500 réis, que era toda a minha fortuna.
Minervina, minha ama, quando por fim saiu uma prenda de menor valor, com lance de 200 réis, me animou:
- Grita 300 réis, você tem o dinheiro.
Na ocasião eu tinha 3 anos, e participava daquela festa escanchado na anca da Minervina.
O Mané Chico dava o seu recado.
- Quanto me dão por este lindo leilão que deram de presente à Nossa Senhora da Conceição. Afronta eu faço, que mais não acho, se mais achara eu mais tomara.
E prosseguia, andando pra lá e pra cá, com os olhos atentos sobre o pessoal em volta da mesa.
- Quanto me dão por este lindo maço de fósforos de vela, que deram de presente à Nossa Senhora da Conceição. Duzentos réis. Quem dá mais? Chegue-se a mim que receberei o seu lance. Quem dá mais?
Aí eu entrei no jogo:
- Trezentos réis - eu falei, mas o Mané Chico não ouviu.
- Grite mais alto - a Minervina me incentivou - E eu gritei:
- Trezentos réis.
O Mané Chico se virou para o meu lado e se abriu num largo sorriso.
- Olha, gente. É o Luiz de seu Tico! - E repetiu meu lance, com seu vozeirão de cantador de leilões:
- Trezentos réis! Trezentos réis me dão!
E concluiu em seguida, a rir:
- Dou-lhe uma, duas e três. Luiz de seu Tico arrematou.
E veio em minha direção, para entregar-me a prenda, com todo mundo olhando para mim e rindo, a achar graça na minha participação no leilão.
Eu é que não estava a achar graça. O desfecho rápido do leilão, após o meu lance insuflado pela Minervina, com toda aquela gente a olhar para mim, me apavorou. E eu pus a boca no mundo. A chorar alto, pra valer. E misturado com o choro eu bradava:
- O dinheiro não tá aqui. O dinheiro tá é lá em casa...
Foi um custo para eu entender que o Mané Chico estava me dizendo que a moça que acompanhava os leilões estava escrevendo meu nome no caderno dela e que eu poderia levar a prenda e pagar no outro dia.
Afogueado e soluçando, concordei em receber a prenda. Esporei a Minervina com os calcanhares e voltamos para nossa casa. A diaba da Minervina veio rindo por todo o caminho e ao chegar em casa ria tanto que só a muito custo pôde contar o acontecido.
No outro dia eu vendi o maço de fósforos a seu Cassiano Gordo, vendeiro vizinho de nossa casa, por 400 réis. E à noite voltei com a Minervina ao local dos leilões, cheio de brio, e paguei à moça da tesouraria os 300 réis devidos.

(continuará, nos próximos dias, até a publicação de todo o livro, que acaba de ser lançado em edição artesanal de apenas 10 volumes. As partes já publicadas podem ser lidas na seção Colunistas - Luiz de Paula)

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Mensagem N°34507
De: José Carlos Data: Domingo 27/4/2008 06:25:10
Cidade: Montes Claros

Os pedestres são os que mais sofrem com o sol escaldante que predomina em M. Claros. A cidade precisa de muitas árvores pois elas absorvem parte do calor e aumentam a umidade do ar. Eu não entendo porque os profissionais locais responsáveis pela arborização de locais públicos e privados insistem em substituir o verde pelo concreto. Visitem Maringá no norte paranaense, cidade modelo em arborização.

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Mensagem N°34503
De: Jks Data: Sábado 26/4/2008 17:53:08
Cidade: Monte azul/MG

2 acidentes fecham a semana com tragédia em Monte Azul Infelizmente, esta penúltima semana de Abril foi bastante trágica. 2 acidentes ocorreram e infelizmente 1 morte confirmada. Na estrada do município de Monte Azul, Canabrava, um caminhão cheio de passageiros aparentemente perdeu o freio. Sem saber o que fazer o motorista tenta encostar o veículo na estrada, mas o caminhão embalou muito e infelizmente houve o inesperado. O caminhão sobreu vários capotes e os 33 passageiros foram arremessados para o ar. Felizmente não houve nenhuma morte, as consequências do acidente foram: 33 feridos 4 com ferimentos graves, sendo transferidos para Montes Claros Já o outro acidente não terminou tão bem. 2 rapazes em uma Biz 125cc estavam vindo de Mamonas - MG, sem saber, em uma curva um caminhão estava quebrado e encostado na pista. Não tiveram chance, bateram no fundo do caminhão em alta velocidade. O motoqueiro morreu na hora, já o passageiro está internado em estado grave. Nesta Sexta, 25/04 o caminhoneiro e familiares do rapaz prestaram depoimento na delegacia de Monte Azul. Relato do caminhoneiro surpreende a todos O caminhoneiro que estava dirigindo o caminhão vindo de Canabrava, diz que quando houve o primeiro capote, sua esposa e sua filha foram arremessadas para fora do veículo. Ele desesperado, conseguiu segurar a sua filha no ar pela perna conseguindo evitar o inesperado.

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Mensagem N°34501
De: Maria Jacy Ribeiro Data: Sábado 26/4/2008 15:05:30
Cidade: Montes Claros

Outro dia, lendo sobre o esfacelamento do mundo comunista, me lembrei de um caso acontecido há anos, em minha terra natal.
Pedra Azul é uma cidade linda, mas mais linda era quando se chamava Fortaleza.
Naquela época, tudo girava em torno do “Grande Bazar 36”, maior orgulho da nossa cidade. Praticamente todas as compras eram realizadas lá, onde podíamos encontrar “de um tudo” - falávamos assim mesmo e, estufando o peito. Todos os negócios e fuxicos começavam e terminavam ali.
Os homens tomavam cafezinho, pinguinha, batiam papo, pitavam seus cigarrinhos de palha, tossiam seus “Liberty Ovais”, fofocavam, vendiam e compravam boiadas e fazendas, confortavelmente sentados nas cadeiras de vime dispostas em frente à Casa Bancária – isto mesmo, o “Grande Bazar 36” era, também, Casa Bancária.
As mulheres, muito arrumadas, andavam pra lá e pra cá, gastando o dinheiro dos consortes.
Quando surgiu a ameaça do comunismo foi um Deus-nos-acuda, um diz-que-diz danado: Co-mu-nis-mo! Todo mundo queria saber que bicho era esse, perguntava, temia, rezava, inventava, bravatiava...
Ah! Esqueci de contar que perto do “Grande Bazar 36”, num largo enorme, moravam Seu João, casado com Dona Margarida, e Seu Pedro, casado com Dona Isabel - nomes fictícios, é claro! Eram amicíssimos, só saiam juntos, viajavam juntos no velho Ford bigode, eram “unha e carne”. Gente boa, fazendeirões, “figuras impolutas”, no dizer de minha avó.
A pacata Fortaleza estava em polvorosa. Afinal, que diacho era isso? Co-mu-nis-mo... É bom? É ruim? Virá a cavalo ou no carro do Faustino?
Num belo dia, Seu João, marido de Dona Margarida, chegou da fazenda, desamontou, foi logo marcar presença no Bazar e saber das novidades.
Conversa vai, conversa vem, surge o assunto polêmico. Nosso amigo, que se julgava muito ilustrado, resolveu explicar em poucas palavras aos ignaros fortalezenses o que era o tal do Co-mu-nis-mo. Pigarreou, deu uma gorda cusparada pro lado e sabiamente arrematou:
- Meus amigos, Comunismo chegou no “Grande Bazar 36”, o negócio é muito simples: Eu fico com a comadre Isabel e o compadre Pedro fica com a comadre Margarida... É apenas isso!
Falou e disse, mas na cidade inteirina já corria o buxixo que “não era de hoooje...” que o comunismo já chegara em casa dele e de seu compadre.
Na nossa família, quando queremos explicar alguma coisa, começamos: “ É muito simples: Comunismo chegou no Bazar...”

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Mensagem N°34495
De: Web Outros Data: Sábado 26/4/2008 12:09:11
Cidade: Belo Horizonte/MG

Personagens do baú que guarda seis décadas de lembranças
Cyro Siqueira (jornal Estado de Minas)
Ao remexer no baú das memórias Acumuladas em seis décadas de Estado de Minas, não poderia deixar de me lembrar de Hermenegildo Chaves, um dos ícones do jornalismo mineiro.
Monzeca, como era conhecido, era admirado por todos aqueles que, como eu, estavam se iniciando na profissão, não só pela competência do seu texto como por sua figura humana. Era daqueles seres raros com que a vida nos surpreende, dono de uma espécie de fidalguia inata. Sempre respeitado, sempre amado, Monzeca– ninguém o chamava de Hermenegildo, embora alguns garantissem que detestava o apelido – teve uma trajetória ímpar na profissão. Cedo, o foca que eu era foi se encantando com a paixão que o ligava à palavra escrita. Como comecei escrevendo matérias e crônicas assinadas, acho que ele também começou aprestar atenção naquilo que eu ia fazendo. Daí nasceu uma amizade tímida, contida, entre o aprendiz de jornalista, menino ainda, e aquele homem modesto de natureza, sem maiores expansões, mas sempre debruçado sobre as laudas, que ia preenchendo a lápis, com a letra metódica, caprichosa que o acompanhou por toda a vida, pois jamais se curvou ao jugo da máquina de escrever. Com a perspectiva que somente a passagem do tempo dá, descobri que, mesmo sendo autodidata, Monzeca trazia consigo a musicalidade da frase bem-construída. Por certo terá saído com ela de Montes Claros, sua terra, cidade arraigadamente musical. O lirismo, aliás, estava no sangue do jornalista. Seu irmão, o advogado João Chaves, foi quem compôs uma das músicas favoritas dos seresteiros, Amo-te muito (“Amo-te muito, como as flores amam/O frio orvalho que o infinito chora./Amo-tecomo o sabiá da praia/Ama a sangüínea e deslumbrante aurora./ Oh! Não te esqueças que te amo assim./Oh! Não te esqueças nunca mais de mim…”).E o próprio Monzeca, assim como a irmã de ambos, Joaquina,também “cometia” lá as suas letras,em parcerias dos Chaves que ficaram célebres em Montes Claros.
A musicalidade de Monzeca era do tipo com que sonham os que se aventuram pelos atalhos
da escrita. Acredito que mais que a informação, mais do que a notícia, o que para ele tornava o jornal um produto encantatório era a lenta construção do texto bem-trabalhado.Na vigilância constante da qualidade de sua escrita, foi por certo um autor à altura da importância que este jornal ia adquirindo na imprensa mineira, naqueles tempos heróicos, tendo evidentemente a
seu lado Geraldo Teixeira da Costa,o Gegê, e Pedro Aguinaldo Fulgêncio.

(...)

Findo esse longo parêntese,volto a Monzeca. Certo dia, veio me mostrar uma notícia publicada no jornal sobre o “separamento” de um casal. “Esse casal devia brigar muito para provocar tão terrível ‘separamento’”, foi sua observação. Semanas depois, enquanto tomávamos café, ele assinalou o trecho de um artigo publicado pelo EM, “A maternidade é u mato solene na vida feminina”. Monzeca deve ter percebido que eu não estava entendendo nada. Então, perguntou: “Vida feminina em lugar de vida da mulher, isso é coisa que você escreveria?”.E acrescentou outra pergunta: “E esse solene? Não acha que existiria um adjetivo melhor, que o autor da matéria deveria procurar até encontrar?”. Foi a partir de 1965 que a saúde de Monzeca começou a acelerar seus sinais de alerta. Por causa deles, às vezes fazia seus editoriais em casa, mandando-os para o jornal. Mas, como ele próprio dizia, seus achaques foram piorando até o dia em que começou a se sentir mal na redação, queixando-se de “uma tempestade nos ouvidos”. Com aquele jeito peculiar, referiu-se às suas artérias: “Acho que estão muito escangalhadas”. Não saiu mais de casa. De lá, ele mandou o que seria seu último editorial, cujos originais estão entre os já tantas vezes mencionados guardados meus. No texto,Monzeca trata dos “desastrosos efeitos da inflação”, isso em 1966. Tomo a seguir a liberdade de reproduzir um trecho do editorial, eterno em forma e conteúdo: “Os maníacos do inflacionismo fizeram no Brasil o que fazem em toda parte: nivelaram na pobreza os que vivem de vencimentos e salários. E, acima dessa grande maioria, instituíram a casa privilegiada dos aproveitadores, que se iam tornando cada vez mais ricos, na mesma medida em que os outros iam ficando cada vez mais pobres.” Outra memória de Monzeca que guardo com carinho é de quando me disse uma frase que se tornou, de certa maneira,a sua profissão de fé. Com a paciência de um professor atento, certa vez me deu um recorte sobre um livro a respeito de Eça de Queiroz, com o fac-símile da correção que o próprio autor português havia feito nas provas tipográficas de Os Maias.Diante do meu olhar espantado, Monzeca observou: “Você pode dizer que Eça é o Eça, e eu sou apenas um pobre homem das margens do Rio Verde.” Com a sutileza que também com punha a personalidade desse homem das barrancas do Rio Verde Grande, que corta Montes Claros, acrescentou: “E está certo. Mas não deixa de ser comovente o cuidado com que certos pobres estão sempre remendando os seus trapos, para andar menos esfarrapados”. Essa foi uma lição da qual o menino jamais se esquece, enquanto continua remendando seus trapos pela vida aforam tentando andar menos esfarrapado.

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Mensagem N°34490
De: Vilma Data: Sábado 26/4/2008 10:22:56
Cidade: Montes Claros

Do ponto de vista nosso, moradores, é decepcionante a praça que está sendo feita diante da igreja Rosa Mística. Tem cimento no lugar de verde. Qual foi o desenhista que a projetou? (...)

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Mensagem N°34488
De: Gislane Data: Sábado 26/4/2008 09:36:58
Cidade: moc

Estudo odontologia na unimontes tem mais de dois meses , que não tenho aulas de uma dicipilina..A segunda melhor universidade do pais , poderia colocar professor substituto, porque não?

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Mensagem N°34455
De: Waldyr Senna Data: Sexta 25/4/2008 14:14:06
Cidade: Montes Claros

Legislativo em crise

Waldyr Senna Batista

1) “O Congresso deixou de votar, de legislar, de cumprir sua função. É uma agonia lenta que está chegando a um ponto culminante”.
2) O Legislativo “... não é mais uma voz da sociedade, não é mais uma caixa de ressonância da opinião pública. Está meio sem função”.
3) “O Congresso está na UTI, e ninguém do mundo político percebe que esse desapreço pelo Poder legislativo é uma coisa que está minando as suas bases de sustentação e que a qualquer hora poderá haver um momento de maior tensão, de crise entre os poderes”.
4) “Hoje, o Congresso só quer atuar na fiscalização de outros poderes, através das CPIs, mas esquece que precisa antes fazer uma faxina dentro de casa”.
5) “A política hoje é o seguinte: quem já entrou sem dinheiro tenta sobreviver. Mas quem é liso, não tem mais vez. Só vão entrar os endinheirados ou quem está atrás de mais dinheiro”.
6) “Muita gente está lá apenas para aprovar umas emendazinhas e conseguir uns cargos para se reeleger. (...) Os políticos se contentam com isso e, sem saber, fazem um mal danado ao Legislativo. A Casa pode desmoronar do jeito que vai”.
Os trechos acima foram extraídos de entrevista concedida à revista “Veja” pelo presidente do Senado federal e do Congresso nacional, o senador, pelo Rio Grande do Norte, Garibaldi Alves. Ele fala tendo como foco o Senado e a Câmara dos deputados, mas sua análise se ajusta a qualquer município, na proporção que cada um ocupa no contexto geral.
A Câmara municipal de Montes Claros, por exemplo, vem se amesquinhando há várias legislaturas, não mais sendo cenário para o debate de assuntos de relevância. Tem perdido a importância, na medida em que seus integrantes, em grande maioria, não fazem por onde justificar a distinção que lhes conferiu o eleitorado. Sua atividade legiferante é quase inexistente, circunscrevendo-se quase a projetos de iniciativa do Executivo. De iniciativa própria, os vereadores limitam-se quase exclusivamente aos títulos honoríficos que, pelo excesso, perderam o significado. No entanto, está em curso, entre eles, disputa nada edificante para apontar quem apresenta maior número de projetos dessa natureza ( o recordista do ano passado teve absurdas 84 propostas).
Ao aventurar-se em outras modalidades, seus autores demonstram não se dedicar aos aspectos éticos e constitucionais de suas proposições, já tendo sido aprovadas leis que versam sobre radiodifusão e trânsito, que são de competência exclusiva da União. A recente instituição de mais um feriado, o da consciência negra, em outubro, veio na contramão do bom senso, que recomenda a extinção e não a criação de feriados, que representam sangria na economia do município e do país. O projeto do meio passe para estudante no transporte coletivo deixa as gavetas de quatro em quatro anos, por coincidência sempre em ano eleitoral. No de agora, a discussão do assunto tem provocado tumultos, com envolvimento policial, o que serve para amplificar o debate, mas sem qualquer referência ao efeito negativo da medida pretendida, que é a elevação do preço da tarifa; quem paga, que é a maioria, vai ter de pagar ainda mais.
Impedidos de apresentar projetos de lei que aumentem despesas, resta aos vereadores faixa mínima de ação, que deveria ser rompida com criatividade, atributo de poucos. A saída, então, é o apelo ao clientelismo, usando o rádio e a televisão, que oneram demasiadamente os cofres públicos e servem apenas para recados eleitorais de qualidade sofrível. Ultimamente têm gerado troca de acusações de apropriação indébita da paternidade de serviços como encascalhamento de ruas e recuperação de estradas rurais.
Quando fala em crise no legislativo, o senador Garibaldi Alves mira camadas muito acima desse vale-tudo paroquial. E nisso ele ganhou o respaldo do ministro Gilmar Mendes, que vem de assumir a presidência do STF ( Supremo tribunal federal ). Ele falou em “quadro de caos no legislativo”, referindo-se ao excessivo número de medidas provisórias editadas pelo presidente da República, que contribuem para “entulhar” de processos o Judiciário. Segundo ele, há no Brasil um “emaranhado de leis, a ponto de ninguém saber o que está em vigência”.
Opinião da principal figura da mais alta corte do País. Ele não disse, mas sabe muito melhor do que ninguém, que nos municípios a situação é muito pior.

(Waldyr Senna é o mais antigo e categorizado analista de política em Montes Claros. Durante décadas, assinou a "Coluna do Secretário", n "O Jornal de M. Claros", publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política e da história política contemporânea do Brasil).

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Mensagem N°34445
De: Marcelo Brito Data: Sexta 25/4/2008 12:29:56
Cidade: Montes Claros MG

Eu participei da organização da manifestação e conheço todos os detidos e posso afirmar que não havia entre eles nenhum bandido. A estratégia da prefeitura para justificar o injustificável em muito lembra a da Ditadura Militar tentar marginalizar os movimentos sociais. Lembrem se que o ônus da prova cabe ao acusador e eu conversei com o pessoal ontem e eles diserram que iriam processar a PM , pois se eles foram pegos com armas por que não foi aberto um processo, se os estudantes agrediram os policiais com pedradas e pauladas cadê as imagens? Nâo é possivel que nenhum policial tinha um celular com câmara. Porque nos temos imagens inclusive da Polícia agredindo uma sexagenária, ( a mesma polícia que tem de zelar pelo cumprimento do estatudo do idoso) e vamos acionar a comissão de direitos humanos da ALMG. E quando em campanha o Athos prometeu o meio passe para os estudantes e a atitude deles foi correta , quem dera nós servidores públicos tivessémos a mesma atitude para cobrar a valorização dos que realmente constroem essa cidade.

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Mensagem N°34444
De: Marilene Data: Sexta 25/4/2008 12:26:47
Cidade: Moc

Mais uma vez é deprimente testemunhar o nível da redação praticado por estudantes que se apresentam como universitários. Senhores professores, o que está acontecendo? Como é possível que alunos com este padrão de escrita cheguem à universidade? Merecem freqüentar o primário.(...)

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Mensagem N°34431
De: Zita Data: Sexta 25/4/2008 10:47:50
Cidade: M. Claros

Já há corrida para estocar arroz.É o passado que nos visita?

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Mensagem N°34396
De: Raphael Reys Data: Sexta 25/4/2008 07:13:33
Cidade: MOC - MG  País: BR

MESTRES GARÇONS, E GRAVATAS BORBOLETA.

O garçom está presente na história de qualquer comunidade. Tradicionalmente, é aquele que atende e serve em eventos, comemorações, boates, bares, restaurantes, clubes e similares.
De avental limpo ou quase limpo, com logotipo ou grife na lapela, de terno preto, branco, de smoking com gravata borboleta e de cadarço. Quase sempre bebe muito, contagiado pela verve da noite ou pela mística romântica do ambiente já que trabalha no local onde as pessoas se divertem.
Faz escola entre os habitués, gente que sabe da noite e das coisas, malandros ou não do pedaço. Como cobra criada em Butantã, eles se tornam, e quase sempre, cobras criada! Nos Montes Claros de antanho, alguns garçons fizeram história.
Muitos com olhos inchados, outros vermelhos, alguns esbugalhados de ressaca, de fogo mesmo, como conseqüência do sono perdido por completo e de noites mal dormidas pegando no trampo.
Lacerda, que veio do Rio de Janeiro, inovou e lançou os filés A Parmegiana e À Cubana. Montou o Restaurante Intermezzo, que foi vendido para Olimpinho. Macedo e Madame, um casal que criou e popularizou o Baião de Dois no seu restaurante A Palhoça, na Vila Ipê.
Outro que fez história foi o Mestre Cuca com a sua canja com torradas. O restaurante Redondo tinha o garçom Sílvio, O restaurante Mangueirinha o Zé Brejeiro, havia também o Chininha e o Pedro, assim como o Mário que atendia no Clube Montes Claros.
No Hotel São Luiz, servia o Bené, o Fernando, Abel, no restaurante do Automóvel Clube, e Robertão e Jair, no Bar Montanhês. Vivaldo Tip Top, era garçom de luxo, servia no Palácio do Planalto em Brasília-DF. Lidava com JK, Oscar Niemayer e outros famosos.
Careca e seu irmão Vivaldo, assim como Viana, irmão de Analha, atuavam na noite. Tony Buck Jones, Alfeusão e Paraíba, na boate Papilon, Pedro Boca Rica, Mário Capivara, Pedro Folha Santa e Zezinho, irmão de Maçarico.
Geraldo Monte Azul, na sinuca do Augustão, Salvador Bocão e o seu irmão Ninim, Abel, Tone Leite, Zé Barriquinha, Enéas, Domingos, Geraldo e Chapinha que atendiam a festas e eventos particulares.
E o restauranteur Valério, O rei dos jantares de confraternização, todos inventados por ele para dar movimento à sua casa, do Restaurante Valério, que só servia a celebridades e ricos nas mesas de sua casa com as mesas forradas em tecido branco, engomado.
Outros mestres garçons que a memória nos trai a lembrança, e todos os outros que por exigüidade de espaço, não foram citados, assim como os modernos garçons, profissionais ou amadores, que atendem gentilmente e servem na labuta diuturna dos nossos Montes Claros, o nosso respeito, a nossa homenagem, com as nossas desculpas.

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Mensagem N°34391
De: Ciríaco Mendes Data: Quinta 24/4/2008 23:21:55
Cidade: MONTES CLAROS  País: BRASIL

Gostaria que os estudantes de Montes Claros, principalmente os que foram escurraçados na porta da Prefeitura se unissem à população da cidade na luta contra a realização do Carnamontes em região residencial conforme pretendido. É um bom momento para a classe estudantil receber o apoio da população que, indignada, vê a realização de um evento que é, na verdade, uma afronta ao sossego e à paciencia das pessoas.

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Mensagem N°34384
De: Fagundes Data: Quinta 24/4/2008 22:19:47
Cidade: BH

Foi por água abaixo a aliança do PT e PSDB em BH, já antecipando o jogo eleitoral de 2010, na sucessão de governador. O diretório nacional petista vetou o acordo, e até de maneira indelicada com Aécio Neves. E agora que a pajelança deu no que deu, soma de avestruz com tico-tico? O acordo de cúpula era, na verdade, uma cilada antecipada contra o eleitor, que tem o direito de escolher. (...)

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Mensagem N°34376
De: José Maria Data: Quinta 24/4/2008 21:00:56
Cidade: M. Claros

A falta de correspondência com a realidade está comprometendo a propaganda da prefeitura.

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Mensagem N°34373
De: Usuária Data: Quinta 24/4/2008 20:28:57
Cidade: Montes Claros - MG

O ônibus circular tinha tudo pra ser perfeito, mas durante a noite não está atendendo a população, motivo no qual só ter apenas um que sai do ponto final as 22:40, saimos do serviço as 22:00 horas e temos que ficar esperando no ponto até as 22:40 correndo riscos ainda, pois nossa cidade infelizmente está muito violenta.

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Mensagem N°34367
De: Virgílio Data: Quinta 24/4/2008 19:50:52
Cidade: BH

Se querem um resumo do que aconteceu hoje em M. Claros vou dizer: apenas um lance da luta eleitoral pela prefeitura. Política agora é assim. Na base da baderna, do insulto e da pancadaria. Tristes tempos. Este filme nós já vimos, e o fim dele é péssimo. Os protagonistas, que não sofreram com os dias difíceis da repressão, não sabem quanto custou este simulacro de democracia que eles agora ajudam a sepultar. Vamos todos pagar por isto. Agora é apenas questão de tempo.

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Mensagem N°34365
De: Fernanda Data: Quinta 24/4/2008 19:45:56
Cidade: Montes Claros

Estou muito indignada pelo cenário truculento e desumano dos policiais e da tropa de choque hoje pela manhã na prefeitura de Montes Claros.Foi um desrepeito a nós estudantes que fizemos uma manifestação pacífica e fomos recebidos com bombas de gás,Spray de pimenta,balas de borracha e até cahorros.O prefeito Atos agiu de forma descarada, ninguém ali estava pedindo esmola,estávamos apenas lutando pelo nosso direito, que foi interpretado como um desacato às autoridades ali presentes!Que cidade é essa em que vivemos?Onde a bandidagem toma conta da cidade e policiais agridem estudantes.

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Mensagem N°34361
De: Marluce Data: Quinta 24/4/2008 19:13:01
Cidade: Montes Claros/MG  País: Brasil

Sou mãe de uma adolescente que participava da manifestação hoje pela manhã em frente a Prefeitura. Descobri por amigos que minha filha de 15 anos estaria em meio ao tumulto. Infelismente, ela insiste em negar que alguém a convidou para o fato. Mas amanhã estarei entrando com denúncia no Conselho Tutelar e no Ministério Público para que investiguem o fato. Ela correu risco de se machucar e se quer tem idade para compreender a complexidade do ocorrido. Quem incitou estes adolescentes à violência devem ser punidos. Ela me relatou que muitos tinham facas e pedras dentro das mochilas. Estou realmente muito triste com essa situação. Espero que outros pais estejam mais próximos de seus filhos.

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Mensagem N°34331
De: Eduardo Data: Quinta 24/4/2008 13:09:52
Cidade: Montes Claros

O norte de minas já tem mais cidades de com boa resolução de imagem no Google Earth, programa da gigante Google que apresenta todo o planeta em 3D a partir de imagens de satélite. Uma ótima ferramenta para as administrações públicas e profissionais de áreas diversas, inclusive estudantes e acadêmicos das áreas de geo-ciências,. Além da visualização pode-se elaborar um banco de dados sobre diversos assuntos pontuando sobre as imagens de satélite com precisão. Medição de distâncias e áreas, inclusão de fotografias e mapas e muito mais. Enfim, um programa dentro do nosso tempo e completamente integrado às novas tecnologias da internet, do sistema GPS e do sensoriamento remoto.
No setor turístico as possibilidades são muitas. Além de roteiros e cálculo de distâncias, pode-se ainda visualizar fotos dos atrativos com comentários e dicas, inseridos através do site www.panoramio.com, também da Google. Empresas, órgãos e serviços também são mostrados, devendo-se ter apenas cuidado com a localização exata, que ainda apresenta erros no programa.
As primeiras cidades da região a serem vistas sem borrões foram Montes Claros, Mirabela, Claro dos Poções e Capitão Enéas, em 2006. Agora são ao todo 26 cidades, conforme a listagem a seguir: Montes Claros, Januária, Janaúba, Mirabela, Capitão Enéas, Pirapora, Buritizeiro, Grão Mogol, Cristália, Claro dos Poções, São João da Lagoa, São João do Pacui, Campo Azul, Ibiracatu, Icaraí de Minas, Luislândia, São Francisco, Urucuia, Nova Porteirinha, Catuti, São João do Paraíso, Engenheiro Navarro, Matias Cardoso, Francisco Sá, Monte Azul (parcial), Botumirim (parcial) e Augusto de Lima (parcial – Vila de Santa Bárbara). Contatos para troca de informações: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=15626111

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Mensagem N°34324
De: Renato Mota Data: Quinta 24/4/2008 10:56:53
Cidade: Montes Claros /MG

O movimento do Santo Daime começou no interior da floresta amazônica com o mestre Irineu, foi ele que recebeu de uma doutrina de cunho cristão, apartir da bebida Ayahuasca(vinho das almas) por nós denominada Santo Daime.O mestre Irineu ao ingerir a bebida, a mesma bebida que Moisés tinha utilizado nos tempos antigos, recebeu a aparição de Nossa Senhora da Conceição, e também visão de vários anjos e a partir dai começou afirmar os principios de Amor, Caridade e Fraternidade humana uma atitude que todos nós devemos praticar e levar adiante para um mundo melhor.

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Mensagem N°34323
De: Miriam Data: Quinta 24/4/2008 10:53:12
Cidade: M. Claros

A manifestação pelo meio-passe virou um badernaço no prédio da prefeitura. (...)É massa de manobra de políticos em véspera de eleição.

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Mensagem N°34320
De: Alexandre Lima Data: Quinta 24/4/2008 09:25:51
Cidade: Montes Claros

Os problemas das obras da estação de esgoto não se resumem a simples intervenções no trânsito. Quem mora aqui no Edgar Pereira percebe a falta de zero da empresa responsável em tapar corretamente os buracos abertos. A rua ao lado da CDL já cedeu 2 vezes, sendo recuperada por último na semana passada. Com a chuva de ontem os moradores tiverem que sinalizar os passeios com galhos de árvores, pois obras que foram feitas neles também cederam.

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Mensagem N°34318
De: vanusia martins arrais Data: Quinta 24/4/2008 08:56:38
Cidade: Rio das Ostras, Rio de Janeiro

Nome: vanusia martins arrais
E-mail: [email protected]
Telefone: (22) 27600168
Cidade/UF: Rio das Ostras/rj
Mensagem: por favor ajude-me a encontrar as pessoas que receberam os orgãos doados pela familia do marcos antonio alves ribeiro.Eu sou irmã dele e preciso de ajuda, quero fazer isso pela minha mãe.Ajude-me nessa busca.

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Mensagem N°34317
De: Luiz de Paula Data: Quinta 24/4/2008 08:45:40
Cidade: M. Claros

(Do livro "Por Cima dos Telhados, Por Baixo dos Arvoredos" - Parte 6)

ARREDORES DE VÁRZEA

Várzea era um bom lugar para menino nascer e brincar. Não faltava onde se divertir. Nada havia de grandioso. Isso é verdade. Nada de mar, de grandes montanhas, de “canyons” e coisas desse gênero. Mas a gente tinha muito onde ir e brincar.
Havia o Córrego do Lameirão, na saída para Pirapora, a um quilômetro da rua. Para a pesca de pequenos dourados, matrinxãs e piaus, nas correntezas. Nos poços profundos moravam as traíras.
Na outra margem do Lameirão começava o Anda-Sol, um maciço florestal muito fechado, que nascia no barranco do córrego e prosseguia cobrindo toda a extensão entre a via férrea e o Rio das Velhas. Quando se entrava nessa mata não se via mais o sol. E quando se chegava ao fim o sol havia andado muito no céu. Dai o nome que os nativos lhe deram.
No Anda-Sol havia muita caça. Até onça. Mas nós caçávamos bichos de penas: jaós, jacús e lá um ou outro pequeno bicho de pêlo.
Com o passar do tempo a população transpôs o Córrego do Lameirão e o Anda-Sol tornou-se mais tarde populoso bairro da cidade.
No lado oposto, na entrada dos campos gerais, havia a Serra da Palma (Serrinha), onde meu pai matou uma bruta de uma anta. Tão grande que foi preciso uma carroça para trazê-la ao povoado.
Era lá que às vésperas do Natal eu e meus irmãos íamos, com uma carrocinha de mão, apanhar enfeites para o presépio que nossa mãe fazia todos os anos.
Essa serra hoje encontra-se desmatada e no assentado, ao alto, foram abertos poços tubulares e construída caixa d’água para serventia da cidade. E erigida uma bela réplica, de menor porte, do Cristo Redentor do Corcovado.
Vis-a-vis, transpondo-se a linha férrea no sentido do nascente, chega-se à Palma Velha, onde sobressaem uma vereda e um pântano cercado por pindaíbas e buritizeiros, moradia de jacarés e sucuris. Em torno da vereda e do pântano estendia-se, até alcançar a mata ciliar do Rio das Velhas, um varzedo pródigo na produção das cheirosas pinhas de janeiro. Ai localizava-se o antigo Porto da Palma.
Mas havia, principalmente, o Rio das Velhas, a um quilômetro da rua. Para as pescarias maiores, de barranco e em canoas e para o banho nos lajedos e na Praia das Maravilhas.
Ricos de frutos nativos eram os campos gerais. No correr do ano produziam pinhas, araticum-panãs, ananases, cajuzinhos do campo, pequi, murici, cagaita, mangaba, mama-de-cadela, grão de galo, bacupari, jenipapo, côcos macauba, ouricuri e buriti, entre outros. Havia muita caça de penas e de pêlo: emas, seriemas, codornas, perdizes, inhambús. No início das águas íamos à procura de ninhos de papagaios, periquitos e maritacas, para apanhar os filhotes e criá-los em casa.

CONVERSAS NA FAMÍLIA

Nas noites sem luar, o que havia de melhor era ouvir a velha mestra das histórias cantadas, “sia” Clara, contando e cantando a vida de reis, rainhas, princesas e príncipes. As histórias de “sia” Clara eram o cinema e a televisão de hoje. Quando ela vinha contar histórias em nossa casa, armava-se, com ajuda geral, todo um aparato para a grata finalidade.
Nossos pais também nos contavam muitas coisas.
Nossa mãe nos falava de sua gente de Montes Claros, da cidade, dos costumes, de sua vida. E nosso pai, embora menos comunicativo, também nos falava, de vez em quando, de passagens de sua vida em Contendas, sua terra natal e de suas andanças de tropeiro.
No geral havia em mim – hoje reconheço isso – uma certeza, não esperança, mas certeza, natural e espontânea, sem qualquer pensamento em contrário, de que eu cresceria e viria a ser um homem próspero e feliz.
Nesse tempo, meus pais e toda a família me achavam um menino muito esperto e desembaraçado. Representantes comerciais, que visitavam a serviço a venda de meu pai, gostavam de conversar comigo e alguns deles chegavam a pedir a meus pais que lhes permitisse levar-me com eles para conhecer suas famílias e suas cidades. Talvez por acharem que aquele povoado não fosse um bom lugar para criar filhos.

(continuará, nos próximos dias, até a publicação de todo o livro, que acaba de ser lançado em edição artesanal de apenas 10 volumes. As partes já publicadas podem ser lidas na seção Colunistas - Luiz de Paula)

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Mensagem N°34313
De: Renata Pereira da Silva Data: Quinta 24/4/2008 07:46:03
Cidade: Contagem/MG

E-mail: [email protected]
Telefone: (31) 33538960
Gostaria de saber o telefone e endereço da cadeia de montes claros, pois meu amigo foi transferido para lá e não temos nem um meio de saber como ele está, por favor me ajude! Renata

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Mensagem N°34311
De: Valmor Santos Data: Quinta 24/4/2008 07:37:33
Cidade: Montes Claros-MG

O último tremor de terra que aconteceu em Moc foi em 1989.

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Mensagem N°34310
De: Neuza Data: Quinta 24/4/2008 07:12:54
Cidade: Montes Claros

Belíssima chuva desta noite, agradável surpresa ser acordada pelo barulho da chuva tocando forte minha janela, como num ato para acordar-me e apreciá-la, foi o que fiz, levantei-me e fiquei boa parte da madrugada a olhar aquele lindo espetáculo, que nesse momento, nos brinda novamente. êta chão de meu Deus, êta vida linda... êta Deus misericordiooso!!!

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Mensagem N°34289
De: Fernanda Data: Quarta 23/4/2008 12:21:01
Cidade: São Paulo

Titulo da notícia: S. Paulo, Rio, Paraná e Santa Catarina passam o dia, hoje, comentando o tremor de terra de ontem à noite, de 5,2 graus
Nome: Fernanda
Cidade: São Paulo/MG
Comentário: Estava em casa na hora do tremor.. Senti o sofá se mechendo e os porta retratos sobre a estante tremeram e um chegou a cair.... achei q era asombração.. em seguida uma amiga ligou... ela tb havia sentindo... terremto em são paulo??? impossível pensei... mas a reposta ja estava na net. sim, a terra tremeu em são paulo... sei não... os últimos acontecimentos no mundo estao meio apocalípticos... MEDO

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Mensagem N°34284
De: Magalhães Data: Quarta 23/4/2008 10:20:08
Cidade: M. Claros

23/04/08 - 7h - S. Paulo, Rio, Paraná e Santa Catarina passam o dia, hoje, comentando o tremor de terra de ontem à noite, de 5,2 graus

Agora que S. Paulo tremeu com um terremoto de 5,2 graus é bom relembrar que M. Claros teve um tremor de 4,5 graus há cerca de doze anos. O epicentro foi na saída para Pirapora, perto daquela ponte em curva. O tremor foi sentido e registrado pelos sismógrafos de Brasília. A pedido da Rádio Montes Claros 98 FM, os cientistas enviaram um laudo, bastante divulgado pela rádio, na época. Este documento foi doado às professoras Zezé Colares e Ivonne Silveira que o fizeram constar no livro que escreveram sobre M. Claros. Lá, numa das páginas finais, está o fac simile sobre o terremoto sentido em M. Claros, o único de que se tem notícia em tempos recentes. Senhores pais, senhores professores: estimulem os seus alunos a fazer esta pesquisa.A lenda de que o Brasil está livre de terremotos vai sendo demolida. Que todos se informem ao máximo sobre este fenômeno.

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