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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Mural

Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°56850
De: Henrique Data: Domingo 4/4/2010 08:46:28
Cidade: SP

A foto principal do jornal Folha de S. Paulo, que circula neste domingo, a foto de primeira página, é de um morador de Caraíbas, zona rural de Itacarambi, Norte de Minas. O jornal mostra que, 3 anos depois do terremoto de dezembro de 2007, terremoto que matou uma menina (a primeira morte oficial no Brasil, por tremor de terra), os habitantes de Caraíbas estão voltando para suas antigas propriedades. Os rurícolas alegam que têm saudades da terra, que não se acostumaram a morar na cidade (Itacarambi) e que lá não conseguem se manter. A foto mostra um antigo ocupante da casa onde ocorreu a morte da menina, na janela, olhando o vazio, com a casa semi-destruída, destelhadas e nua. A plasticidade da fotografia, mais do que o assunto, justificou a sua publicação na primeria página deste que é considerado um dos dois maiores jornais do País.

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Mensagem N°56849
De: Márcia Data: Sábado 3/4/2010 22:19:51
Cidade: Montes Claros

(...) Os carros usinas de som estão, neste momento, uma vez mais afrontando a população e ridiculizando as autoridades. (...)

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Mensagem N°56840
De: fagundes Data: Sábado 3/4/2010 17:11:34
Cidade: Montes Claros-mg  País: Brasil

Montes Claros confirmou seu favoritismo diante do Vôlei Futuro e venceu por 3 a 0 (parciais de 27/25, 25/19 e 25/21). (...)

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Mensagem N°56839
De: Hernane Amaral Data: Sábado 3/4/2010 16:25:05
Cidade: Montes Claros/Minas Gerais

Falar em usina de sons, algo tem que ser feito aos alarmes antifurtos nas empresss e entidades pública, esses alarmes disparam, com sua sirene alta, e irritante por toda a noite, sem que a empresa responsável tome qualquer medida, sendo desligado somente pela manhã, e tirar o sono do trabalhador.

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Mensagem N°56833
De: Isabel Maria Rosa Furtado Cabral Gomes da Costa Data: Sábado 3/4/2010 12:57:54
Cidade: Viseu - Portugal  País: Portugal

"LONDRES JÁ NÃO É O QUE ERA"
Recentemente, desloquei-me a Londres com a minha família para uma breve estadia de três dias naquela cidade.
Adoro Londres, capital onde volto sempre que posso. Mas Londres já não é o que era. É cada vez mais um melting-pot de ideias, de culturas, de raças, de credos, que a desvirtuam completamente.
À medida que os anos vão passando, torna-se cada vez mais difícil encontrar um inglês em lugares de contacto directo com o público. Os taxistas, os condutores dos red-buses, os recepcionistas dos hoteis, os donos e os empregados dos restaurantes, os empregados dos museus, das lojas do comércio tradicional, das grandes superfícies ou dos grandes armazéns como o Harrods e o Selfridges, são paquistaneses, indianos, ganeses, tunisinos, espanhois, italianos, macedónios, brasileiros, chineses, japoneses, e já não se ouve falar aquele inglês puro, com pronúncia correcta, tipicamente britânica, só se ouve inglês com sotaque.
Se um marciano aterrasse de repente em Londres, teria dificuldade em identificar a cidade e o país em que se encontrava, tal é a diversidade de povos que pululam na capital.
Recordo-me que, na penúltima vez que estive em Londres, entrei na Victoria Station, que é um mar de gente, ou não fosse ela a major central London railway terminus, para tomar um comboio para Hemel Hempstead, Hertfordshire, pois o meu filho mais velho encontrava-se a passar uns dias em Lockers Park School. Dentro da estação, perguntei a um polícia com sotaque estrangeiro, que identifiquei como não oriundo do Reino Unido, onde podia comprar bilhetes para o comboio e ele informou-me. Mas, como não tivesse encontrado as bilheteiras, voltei junto dele, pedi-lhe desculpa e informei-o que não tinha encontrado o sítio, solicitando-lhe do mesmo passo, que me explicasse novamente onde me deveria dirigir. Ele, então, disse-me para prestar atenção à informação que me ia dar, para não ir lá perguntar-lhe outra vez. Foi nessa ocasião, que comecei a ter saudades dos verdadeiros Ingleses, que, mesmo com a sua fleuma britânica, acolhiam o turista com outra satisfação e amabilidade.
Saudades estas que se adensam de cada vez que volto a Londres.
Onde estarão os verdadeiros Ingleses? Voltem, por favor! Londres, sem vós, já não é o que era.

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Mensagem N°56832
De: Elza Data: Sábado 3/4/2010 12:08:29
Cidade: Moc

M. Claros perdeu uma grande loja de rede. Encerrou suas atividades, no Shopping, a loja da L & C, de material de construção e utensílios domésticos. Desde a semana um aviso na porta avisa do fim. O espaço ocupado, dos maiores do shopping, vai ser dividido para receber lojas menores. Foi o que soube, no local.

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Mensagem N°56827
De: Fabiana Belcci Data: Sábado 3/4/2010 08:44:18
Cidade: Montes Claros

se forem incomodados por causa do som alto gerado pelas boates, carros com as usinas de som, bares, etc., chame a policia, identifique, registre um boletim de ocorrência, não tenha medo de represálias, este abuso acontece não só pela inoperância da secretaria do 1/2 ambiente, mas parte da culpa é nossa por ficarmos de braços cruzados esperando uma ação por parte das autoridades. nós é que devemos iniciar o combate. não somos nós que estamos infringindo as leis. imaginem em um condomínio, se vinte pessoas registrar um bo, será que os barulhentos vão querer fazer algum tipo de represália com todos? os barulhentos se organizaram e se uniram, tanto que eles andam com suas usinas de som em comboio. vamos fazer o mesmo, os vizinhos devem se unir, e juntos chamar a pm e registrar um bo, caso contrario a barulheira vai continuar infernizando o sono e sossego dos justos. (...)

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Mensagem N°56826
De: Salles Data: Sábado 3/4/2010 08:31:25
Cidade: Moc

O dia prossegue nublado em M. Claros. A meteorologia deu meia volta e anuncia: há 90 por cento de chances de chover 20 milímetros, nesta Sábado da Aleluia, em Montes Calros. Tempo "chuvoso durante o dia e a noite". Pela previsão saída ainda há pouco, não chove amanhã e nos dias seguintes.

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Mensagem N°56825
De: César Data: Sábado 3/4/2010 08:02:47
Cidade: montes claros

Fui ontem assistir a primeira sessão do filme sobre Chico Xavier. Fiquei impressionado ao entrar na sala. Havia cerca de 50 pessoas no cinema, mais da metade de crianças de 4 a 12 anos. Temi que não compreendessem o filme e que, por consequência, não mantivessem a atenção necessária a quem - como eu - desejava observar atentamente a história cinematográfica do personagem de Pedro Leopoldo. Ao fim do filme, estava impressionado - não se ouviu um único pio, durante a sessão inteira!! Do lado de fora, havia fila para entrar.

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Mensagem N°56824
De: Helena Data: Sábado 3/4/2010 07:39:00
Cidade: M. Claros

Pela segunda noite consecutiva, foi difícil dormir perto do "triângulo da impunidade". Barulho insuportável - depois da meia-noite - nas duas madrugadas que guarnecem a Sexta-feira da Paixão. (...) Sem falar nos carros usinas de som que fazem daquela região o seu quartel-general de exibições noturnas. A secretaria do 1/2 ambiente continua omissa, o secretário (??) prossegue no cargo, gastando 4 milhões por ano, sem justificar o bom uso do dinheiro público, isto é, do dinheiro que pagamos em forma de impostos. (...) apelamos publicamente para as demais autoridades. Esperamos que este nosso apelo também seja acompanhado, em Belo Horizonte, pelas autoridades superiores - Comando geral da PM, Palácio da Liberdade, chefia do Ministério Público, chefia da Polícia Civil, etc. Deixamos nossa mensagem aqui para tesmunharmos o descumprimento sistemático das leis (...) Reconhecemos que as autoridades locais, que agem sob comandos, estão sendo tolhidas pelos políticos, de maneira geral - como já foi deixado transparecer. Mas, isto precisa cessar. (...)

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Mensagem N°56823
De: Roberto Santiago Data: Sábado 3/4/2010 07:30:09
Cidade: Montes Claros

Noite de inferno na sexta-feira da paixão na Av. Corinto Crisóstomo Freire, Bairro Morada do parque, ao lado do zoológico. Um bando de rapazes e moças resolveram instalar uma boate a céu aberto em um bar clandestino ao lado do condomínio residencial Jardim de Versailles. Foi uma noite barulhenta com som no nível máximo. Os moradores da vizinhaça não tiveram sossego, muito menos os animais do zoológico. Já li muitas reclamações de moradores de diversas regiões de Montes Claros sobre barulho. A prefeitura Municipal está sendo omissa e inoperante para resolver o problema. Acho que está passando da hora do Ministério Público Estadual entrar em ação.

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Mensagem N°56822
De: Bernardo Data: Sexta 2/4/2010 22:17:13
Cidade: Montes Claros - MG

Bem, depois de publicado neste Mural por várias vezes, a última das quais em 21 de março último, e sempre a pedidos, creio que é chegada a hora – também a pedidos – de revelar hoje, Sexta-feira da Paixão, a mão que escreveu o texto belíssimo (abaixo) sobre a Cena do Calvário da tradição espiritualista. A redação é atribuída a Humberto de Campos, num dos seus muitos livros escritos pela mão de Francisco Cândido Xavier, “autor” de mais de 470 livros, embora não reconheça sequer um como seu. “São dos espíritos”, ele repetia sempre, escrevendo sobre tudo. A família de Humberto de Campos moveu um processo contra Chico Xavier, que o Poder Judiciário prudentemente se esquivou de julgar. Ao fim da vida do médium, em forma de abraço público e de declarações também públicas de pelo menos um dos filhos de Humberto de Campos, a família aceitou a autoria dos escritos que vieram após a morte do escritor. Antes, já no termo da vida, a mãe de Humberto Campos, veneranda viúva, recebeu uma carta do filho escritor, morto há anos, escrita também pelas mãos de Francisco Cândido, comovidamente descrito na abertura do texto póstumo. (Chico se apresentava como "carteiro", pois sua missão, dizia, era esta - a de entregar as correspondências). Os dois documentos são impressionantes (o segundo logo abaixo) e os críticos literários mais rigorosos do Brasil, chamados a opinar, disseram, em resumo: não podiam atestar que o escrito fosse de Humberto de Campos, da Academia Brasileira de Letras, pois que não o viram escrever, não testemunharam o ato da redação questionada. Mas, não se furtavam a declarar que o autor escrevia rigorosamente como Humberto de Campos, como reconheceu o severo Agripino Grieco, em mais de uma oportunidade. Hoje, quando se comemora os 100 anos de Chico Xavier, ainda que não se tome parte na discussão interminável, de tudo irrelevante, é sábio e prudente ler os dois textos, apenas como síntese do mistério, muito mais extenso e muito mais profundo, insondável até. Atribuir o texto a este ou aquele nome é menor do que examinar o sumo do que vai dito, respeitosamente, uma vez que - admitem todos, até os céticos - não existe efeito sem causa. Vejamos:

O Anjo Solitário

Enquanto o Mestre agonizava na cruz, rasgou-se o céu em Jerusalém e entidades angélicas, em grupos extensos, desceram sobre o Calvário doloroso.
Na poeira escura do chão, a maldade e a ignorância expeliam trevas demasiadamente compactas para que alguém pudesse divisar as manifestações sublimes.
Fios de claridade indefinível passaram a ligar o madeiro ao firmamento, embora a tempestade se anunciasse a distância.
O Cristo, de alma sedenta e opressa, contemplava a celeste paisagem, aureolado pela glória que lhe bafejava a fronte de herói, e os emissários do Paraíso chegavam, em bandos, a entoarem cânticos de amor e reconhecimento que os tímpanos humanos jamais poderiam perceber.
Os Anjos da Ternura rodearam-lhe o peito ferido, como a lhe insuflarem energias novas.
Os portadores da Consolação ungiram-lhe os pés sangrentos com suave bálsamo.
Os Embaixadores da Harmonia, sobraçando instrumentos delicados, formaram coroa viva, ao redor de sua atribulada cabeça, desferindo comovedoras melodias a se espalharem por bênçãos de perdão sobre a turba amotinada.
Os Emissários da Beleza teceram guirlandas de rosas e lírios sutis, adornando a cruz ingrata.
Os Distribuidores da Justiça, depois de lhe oscularem as mãos quase hirtas, iniciaram a catalogação dos culpados para chamá-los a esclarecimento e reajuste em tempo devido.
Os Doadores de Carinho, em assembleia encantadora, postaram-se à frente dele e acariciavam-lhe os cabelos empastados de sangue.
Os Enviados da Luz acenderam focos brilhantes nas chagas doloridas, fazendo-lhe olvidar o sofrimento.
Trabalhavam os mensageiros do Céu, em torno do Sublime Condutor dos Homens, aliviando-o e exaltando-o, como a lhe prepararem o banquete da ressurreição, quando um anjo aureolado de intraduzível esplendor apareceu, solitário, descendo do império magnificente da Altura.
Não trazia seguidores e, em se abeirando do Senhor, beijou-lhe os pés, entre respeitoso e enternecido. Não se deteve na ociosa contemplação da tarefa que, naturalmente, cabia aos companheiros, mas procurou os olhos de Jesus, dentro de uma ansiedade que não se observara em nenhum dos outros.
Dir-se-ia que o novo representante do Pai Compassivo desejava conhecer a vontade do Mestre, antes de tudo. E, em êxtase, elevou-se do solo em que pousara, aos braços do madeiro afrontoso. Enlaçou o busto do Inesquecível Supliciado, com inexcedível carinho, e colou, por um instante, o ouvido atento em seus lábios que balbuciavam de leve.
Jesus pronunciou algo que os demais não escutaram distintamente.
O mensageiro solitário desprendeu-se, então, do lenho duro, revelando olhos serenos e úmidos e, de imediato, desceu do monte ensolarado para as sombras que começavam a invadir Jerusalém, procurando Judas, a fim de socorrê-lo e ampará-lo.
Se os homens lhe não viram a expressão de grandeza e misericórdia, os querubins em serviço também lhe não notaram a ausência. Mas, suspenso no martírio, Jesus contemplava-o, confiante, acompanhando-lhe a excelsa missão, em silêncio.

Esse, era o anjo divino da Caridade.

***


CARTA A MINHA MÃE

Hoje, mamãe, eu não te escrevo daquele gabinete cheio de livros sábios, onde o teu filho, pobre e enfermo, via passar os espectros dos enigmas humanos, junto da lâmpada que, aos poucos, lhe devorava os olhos, no silêncio da noite.
A mão que me serve de porta-caneta é a mão cansada de um homem paupérrimo, que trabalhou o dia inteiro buscando o pão amargo e cotidiano dos que lutam e sofrem. A minha secretária é uma tripeça tosca à guisa de mesa e as paredes que me rodeiam são nuas e tristes, como aquelas da nossa casa desconfortável em Pedra do Sal. O telhado sem forro deixa passar a ventania lamentosa da noite e desse remanso humilde, onde a pobreza se esconde exausta e desalentada, eu te escrevo sem insônias e sem fadigas, para contar-te que ainda estou vivendo para amar e querer a mais nobre das mães.
Quereria voltar ao mundo que deixei, para ser novamente teu filho, desejando fazer-me um menino, aprendendo a rezar com o teu espírito santificado nos sofrimentos.
A saudade do teu afeto leva-me constantemente a essa Parnaíba das nossas recordações, cujas ruas arenosas, saturadas do vento salitroso do mar, sensibilizam a minha personalidade e, dentro do crepúsculo estrelado da tua velhice cheia de crença e de esperança, vou contigo, em espírito, nos retrospectos prodigiosos da imaginação, aos nossos tempos distantes. Vejo-te com os teus vestidos modestos, em nossa casa de Miritiba, suportando com serenidade e devotamento os caprichos alegres de meu pai. Depois, faço a recapitulação dos teus dias de viuvez dolorosa, junto da máquina de costura e do teu "terço" de orações, sacrificando a mocidade e a saúde pelos filhos, chorando com eles` a orfandade que o destino lhes reservara, e, junto da figura gorda e risonha da Midoca, ajoelho-me aos teus pés e repito:
- "Meu Senhor Jesus-Cristo, se eu não tiver de ter uma boa sorte, levai-me deste mundo, dando-me uma boa morte."
Muitas vezes o destino te fez crer que partirias antes daqueles que havias nutrido com o beijo das tuas carícias, demandando os mundos ermos e frios da Morte. Mas, partimos e tu ficaste. Ficaste no cadinho doloroso da saudade, prolongando a esperança numa vida melhor no seio imenso da Eternidade. E o culto dos filhos é o consolo suave do teu coração. Acariciando os teus netos, guardas com o mesmo desvelo o meu cajueiro, que aí ficou como um símbolo plantado no coração da terra parnaibana, e, carinhosamente, colhes das suas castanhas e das suas folhas fartas e verdes, para que as almas boas conservem uma lembrança do teu filho, arrebatado no turbilhão da Dor e da Morte.
Ao Mirocles, mamãe, que providenciou quanto ao destino desse irmão que aí deixei, enfeitado de flores e passarinhos, estuante de seiva, na carne moça da terra, pedi velasse pelos teus dias de insulamento e velhice, substituindo-me junto do teu coração. Todos os nossos te estendem as suas mãos bondosas e amigas e é assombrada que, hoje, ouves a minha voz, através das mensagens que tenho escrito para quantos me possam compreender. Sensibilizam-me as tuas lágrimas, quando passas os olhos cansados sobre as minhas páginas póstumas e procuro dissipar as dúvidas que torturam o teu coração, combalido nas lutas. Assalta-te o desejo de me encontrares, tocando-me com a generosa ternura de tuas mãos, lamentando as tuas vacilações e os teus escrúpulos, temendo aceitar as verdades (...), em detrimento da fé (..), que te vem sustentando nas provações. Mas, não é preciso, mãe, que me procures nas organizações (...) e, para creres na sobrevivência do teu filho, não é preciso que abandones os princípios da tua fé. Já não há mais tempo para que teu espírito excursione em experiências no caminho vasto das filosofias religiosas.
Numa de suas páginas, dizia Coelho Neto que as religiões são como as linguagens. Cada doutrina envia a Deus, a seu modo, o voto de súplica ou de adoração. Muitas mentalidades entregam-se aí no mundo, aos trabalhos elucidativos da polêmica ou da discussão. Chega, porém, um dia em que o homem acha melhor repousar na fé a que se habituou, nas suas meditações e nas suas lutas. Esse dia, mamãe, é o que estás vivendo, refugiada no conforto triste das lágrimas e das recordações. Ascendendo às culminâncias do teu Calvário de saudade e de angústia, fixas os olhos na celeste expressão do Crucificado e Jesus, que é a providência misericordiosa de todos os desamparados e de todos os tristes, te fala ao coração dos vinhos suaves e doces de Caná, que se metamorfosearam no vinagre amargoso dos martírios, e das palmas verdes de Jerusalém, que se transformaram na pesada coroa de espinhos. A cruz, então, se te afigura mais leve e caminhas. Amigos devotados e carinhosos te enviam de longe o terno consolo dos seus afetos e, prosseguindo no teu culto de amor aos filhos distantes, esperas que o Senhor, com as suas mãos prestigiosas, venha decifrar para os teus olhos os grandes mistérios da Vida.
Esperar e sofrer têm sido os dois grandes motivos, em torno dos quais rodopiaram os teus quase setenta e cinco anos de provações, de viuvez e de orfandade.
E eu, minha mãe, não estou mais aí para afagar-te as mãos trêmulas e os cabelos brancos que as dores santificaram. Não posso prover-te de pão e nem guardar-te da fúria da tempestade, mas, abraçando o teu Espírito, sou a força que adquires na oração, como se absorvesses um vinho misterioso e divino.
Inquirido, certa vez, pelo grande Luiz Gama sobre as necessidades da sua alforria, um jovem escravo lhe observou:
- "Não, meu` senhor!... a liberdade que me oferece me doeria mais que o ferrete da escravidão, porque minha mãe, cansada e decrépita, ficaria sozinha nos misteres do cativeiro."
Se Deus me perguntasse, mamãe, sobre os imperativos da minha emancipação espiritual, eu teria preferido ficar, não obstante a claridade apagada e triste dos meus olhos e a hipertrofia que me transformava num monstro, para levar-te o meu carinho e a minha afeição, até que pudéssemos partir juntos, desse mundo onde tudo sonhamos para nada alcançar.
Mas, se a Morte parte os grilhões frágeis do corpo, é impotente para dissolver as algemas inquebrantáveis do espírito.
Deixa que o teu coração prossiga, oficiando no altar da saudade e da oração; cântaro divino e santificado, Deus colocará dentro dele o mel abençoado da esperança e da crença, e, um dia, no portal ignorado do mundo das Sombras, eu virei, de mãos entrelaçadas com a Midoca, retrocedendo no tempo, para nos transformarmos em tuas crianças bem-amadas. Seremos agasalhados, então, nos teus braços cariciosos, como dois passarinhos minúsculos, ansiosos da doçura quente e suave das asas maternas, e guardaremos as nossas lágrimas nos cofres de Deus, onde elas se cristalizam como as moedas fulgurantes e eternas do erário de todos os infelizes e desafortunados do mundo.
Tuas mãos segurarão ainda o "terço" das preces inesquecidas e nos ensinarás, de joelhos, a implorar, de mãos postas, as bênçãos prestigiosas do Céu. E, enquanto os teus lábios sussurrarem de mansinho - "Salve Rainha ... mãe de misericórdia ... " começaremos juntos a viagem ditosa do Infinito, sob o dossel luminoso das nuvens claras, tênues e alegres, do Amor.
Humberto de Campos

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Mensagem N°56820
De: arnaldo antoniode jesus Data: Sexta 2/4/2010 17:09:16
Cidade: Taiobeiras /MG

Para ajudar ao Alberto Senna em enviar os convites para a "festa de arromba" do "Mais Lido",venho pedir ao mestre Waldir Senna e Oswaldo Antumes permisão, pois fasso parte desta familia,tive o prazer de conviver e aprender nesta conceituada escola que foi O Jornal de Montes Claros, durante 14 anos da minha adolencência e juventude, fiz parte da equipe dos anos 80. Gostaria acrescentar nesta lista do meu irmã Alberto os nomes daqueles que continuaram a fazer nos anos 80 "O Mais Lido" até a última edição, como do rei Falcão (falecido), linotipista vindo de Imperatriz (MA), "que dizia ter ganhado na loteria por duas vezes e gastado tudo em passagem de Avião", Avilmar Gomçalves "Negretinho",grande profisional da maquina de fazer titulos, João Babão,responsável pela impressão na "moderna" impressora, Luis Jaburu, seu auxiliar, João o homem dos "Clichês", Geiza a simpatica recepcionista, sem deixar de mencionar os mones Luis Ribeiro, Pedrão, Girleno Alencar, Edson e dos colegas jornaleiros " O mudo", Cirilo "treme treme", Rosquinha e Joâo Batista de Xavier, hoje advogado.Lembrando que o amigo Zé Branco faleceu. Obrigado Alberto Sena por fazer me voltar aos anos de muita felicidade e a predizagem da minha vida justamente no dia do meu aniversário. Abraços.

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Mensagem N°56813
De: Ana Data: Sexta 2/4/2010 11:00:48
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Mais um vez o céu de Montes Claros mais simplificado no bairro Alto São João é iluminado de balas ontem por volta das 22:00 aconteceu mais um tiroteio dessa vez foi o pior de todos relatos de uma pessoa conta que sunidos de bala passou bem perto dele isso aqui tá uma vergonha até quando as nossas noites vão ser embaladas por barulhos de tiros...

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Mensagem N°56811
De: Alberto Sena Data: Sexta 2/4/2010 08:32:45
Cidade: BH

Identificado o autor do bilhete

Alberto Sena

Deslindado o mistério do autor do bilhete anônimo deixado no alpendre da casa do sargento Leite, na sede do Tiro de Guerra, o TG 87, lá pelas bandas da Vila Ipê, em Montes Claros.

Quem leu o texto intitulado: “Veneno da Madrugada”, publicado aqui neste “montesclaros.com” sabe do que estou falando. É que o atirador Ornelas – Chico Ornelas – depois de ler a crônica, se é que posso chamá-la assim, telefonou-me dando nome ao boi, quer dizer, ao atirador.
Imaginem todos como é que as coisas acontecem. 42 anos depois, o autor do bilhete se revelou em um encontro de atiradores realizado em Montes Claros, no final do ano passado. Fui convidado para o encontro, mas, infelizmente, não pude comparecer.
Dia 29 de março deste ano, à tarde, eis que fui surpreendido pelo telefonema de Ornelas: “li a sua crônica e sei quem escreveu o bilhete”. Ele foi logo dizendo. E disse ainda mais: “participei do encontro e o caso do bilhete, por coincidência, foi um dos assuntos lembrados”.
Ornelas, muito gentilmente, mandou-me todas as fotos tiradas na ocasião e pude ver que a nossa tropa se transformou, 42 anos depois, numa tropa de barrigudos, com algumas poucas exceções. Reconheci todas as caras, mas não me lembrei do nome de todos.
Lembrei-me do nome do atirador Câmara (Roberto), hoje médico; o atirador Nélio, o próprio Ornelas; atirador Narciso (José Regino), irmão de Paulo Narciso; e do “cabo” Souto (ponho aspas em cabo porque tudo não passava de um arranjo dos sargentos; ele era atirador como nós; não tinha feito curso de cabo coisa nenhuma).
Sobre o “cabo” Souto tenho uma historinha particular para contar.
Num belo dia de sol, o sargento Marcos incumbiu o “cabo” de comandar o nosso pelotão. Ele ordenou que marchássemos levantando os pés nas alturas. Eu achei aquilo desnecessário e desobedeci ao comando dele. Ao que Souto veio correndo na minha direção, com toda autoridade de “cabo” e ordenou:
__ Sena, marcha direito!
Não dei ouvidos. Continuei marchando como achava mais sensato, pois não via necessidade nenhuma de levantar as pernas tão alto assim. Meu número de guerra era 10.
Claro que o “cabo” ficou irritado com a minha rebeldia. Como estava no comando do pelotão, acho que ele tinha até razão, mas eu, já no final do exercício, com 58 pontos perdidos (com 60 pontos o atirador era excluído e mandado para a capital), com o saco cheio daquela coisa toda, teimei em continuar marchando diferente dos outros.
Ao que o “cabo” Souto gritou:
__ Sena, marcha direito!
Continuei do mesmo jeito. Ele ficou possesso e gritou lá de trás:
__ Se você não marchar direito vou chutar suas pernas!
Eu disse:
__ Venha chutar.
É claro que ele não foi e me ameaçou:
__ Vou dar uma parte de você ao sargento.
Na sede do TG, ele cumpriu a ameaça e o sargento me chamou num canto para dizer que eu seria excluído porque já havia perdido 58 pontos. E completou:
__ Você só não será excluído se o “cabo” Souto retirar a parte; converse com ele.
Eu já estava para explodir de revolta daquilo tudo. Vivíamos em pleno auge do movimento Beatles e uma coisa que muito me incomodava era ter de cortar os cabelos tipo “príncipe Danilo”. Meus cabelos eram grandes, antes, e ao cortá-los a auto-estima foi lá embaixo.
Ademais, tinha de acordar todo dia às 4h da madrugada, sendo que muitas vezes chegava em casa às 2h, vindo de alguma festa, coisa que naquela época acontecia com a maior freqüência, para me apresentar no TG às 5h em ponto. Ficava o dia inteiro igual zumbi, pingando de sono.
Resultado: não conversei com o “cabo” e deixei o caso rolar. Sei que o atirador Câmara e outros amigos conversaram com o “cabo”, e ao final da instrução, o sargento reuniu o pelotão e perguntou:
__ “Cabo” Souto, como é que fica; vai retirar a parte contra Sena?
Ao que ele respondeu:
__ Sargento, eu bem que podia não retirar, porque ele foi orgulhoso e não veio conversar comigo. Mas em todo caso, vou retirar.
Foi um alívio. Imaginem, depois de tanto sufoco ter de ir para Belo Horizonte e perder mais um ano na vida?
Mas, enfim, retomando o início do texto, pois acabei me divagando, foi deslindado o mistério do bilhete, como eu escreveria, naquela época, no “Mais Lido”, pois já era repórter cobrindo o setor de polícia. O autor foi o atirador 121, Atayde.
E o que estava escrito no bilhete? Perguntei ao Ornelas. E ele me respondeu:
__ Isto o Atayde não quis informar. Disse que nem no pau-de-arara revelaria.

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Mensagem N°56810
De: Ruth Tupinambá Data: Sexta 2/4/2010 08:02:19
Cidade: Montes Claros - MG

Vox populi, vox dei”

Ruth Tupinambá Graça


Abrindo o jornal deparei-me com uma noticia alvissareira que causou-me grande alegria.
O Prefeito Tadeu Leite interrompera o desmatamento da Serra do Sapucaia.
A “ferida” enorme provocada pelos tratores em seus pés, causou uma grande revolta em todos os montes-clarenses e o pior é que este ato absurdo não era ilegal.
A Prefeitura autorizara vendendo 3 lotes à Associação dos Arautos do Evangelho no loteamento do Ibituruna, aprovado em 2/3/2004. Em 2008 a Administração passada declarou a referida Associação como entidade de utilidade pública, o que facilitou o desmatamento que, aos poucos, ia acabar com a beleza dos montes que rodeiam nossa cidade. Em 2009, com posse da certidão emitida pelo Prefeito de Moc, os Arautos começaram o trabalho com tratores.
Mas é certo o ditado: “Vox Populi, Vox Dei”.
(A voz do povo é a voz de Deus)
Surpreendido positivamente, o Prefeito - sensibilizado com o clamor do povo - num ato de magnitude acabou de vez com a “tragédia”, propondo aos “Arautos” uma troca de terreno (o que foi logo aceito), acabando assim o pesadelo que angustiava todos nós.
Mas, acreditem. Enquanto os tratores, impiedosamente, jogavam por terra aquelas árvores centenárias - afugentando os pássaros, atirando longe seus ninhos e seus filhotes... Eu sofria.
Da janela do meu quarto (sétimo andar) eu via aquela cratera e me revoltava. Não me conformava vendo desaparecer toda a beleza daquele morro.
As lembranças logo se afloravam em minha mente ao ver aquela serra tão maldosamente arrasada. Na certa, outros lotes seriam vendidos e os desmatamentos acabariam descaracterizando a nossa cidade, acabando com os montes que lhe deram o nome.
Eu não queria que isto acontecesse. Conservava na mente toda a beleza daquele lugar, quando ali mesmo - onde hoje são os bairros nobres - outrora foi a “Fazenda do Melo”, propriedade do Dr. Santos, aquele grande homem, médico, que foi prefeito da nossa cidade e por ela muito trabalhou.
Ele era muito dinâmico, inteligente, muito evoluído e naquele tempo (anos 20) construiu lá uma grande piscina. Era a única em toda a redondeza da cidade e uma grande novidade que os jovens montes-clarenses aproveitavam. Toda a extensão - onde hoje estão localizados os bairros Melo, São Luiz e Ibituruna - pertencia à sua fazenda. Muitos anos antes pertencera ao meu avô Domingos Garcia Tupinambá que, vindo da Bahia, aqui se estabeleceu com uma fazenda e grandes negócios. Com sua morte, a mesma foi passando para outros proprietários, até chegar ao Dr. Santos.
Quando menina, na época do meu avô (era muito criança), tenho poucas lembranças daquele lugar mas na minha juventude eu me lembro de tudo.Com saudade.
Frequentei muito aquele pé de serra.
Naquela época a nossa cidade era muito pequena, pouca distração, de sorte que a nossa maior alegria era o passeio na piscina do Dr. Santos.
Saia todas as manhãs com as companheiras: Yeda e Yolanda Maurício, Ydoleta Maciel, Mary e Zuleika Bessone, Alaide Amorim, Natália Peixoto, Luíza Guerra, Yris Sarmento, Helena de Paula, Lia Prates e as minhas irmãs Fely e Maria que, embora mais velhas, sempre nos acompanhavam.
Íamos a pé pela Av. cel. Prates até a Santa Casa e, por incrível que pareça, aí terminava a cidade. Daí pra frente seguíamos dentro do mato por uma estrada estreita e poeirenta. Mas íamos felizes pois na juventude não se conhece tristeza e estávamos naquela fase de ilusões, sonhos e esperanças.
Apostávamos que naquelas idas à piscina os exercícios e a natação nos dariam belas formas, fazendo desaparecer a barriguinha e alguma gordurinha indiscreta que tanto nos preocupavam.
Mas não há bem que sempre dure.
A piscina não era como as de hoje, tratada e com muito luxo. A água entrava e saia naturalmente (vinha de algum riacho ou córrego) e era aproveitada para molhar o pomar e a horta.
O Dr. Santos, médico estudioso, descobriu que a piscina era um foco de Xistosomose.
Com grande tristeza interrompemos nosso passeio matutino: a nossa “Academia” estava condenada.
Até hoje eu me lembro, com saudade, daqueles serras e da fazenda tão bonita que desapareceu transformada hoje nos luxuosos Bairros: Melo, São Luiz e Ibituruna. Que Deus tome conta das nossas serras, conservando-as para o embelezamento da nossa cidade.

(N. da Redação: Ruth Tupinambá Graça, de 94 anos, é atualmente a mais importante memorialista de M. Claros. Nasceu aqui, viveu aqui, e conta as histórias da cidade com uma leveza que a distingue de todos, ao mesmo tempo em que é reconhecida pelo rigor e pela qualidade da sua memória. Mantém-se extraordinariamente ativa, viajando por toda parte, cuidando de filhos, netos e bisnetos, sem descuidar dos escritos que invariavelmente contemplam a sua cidade de criança, um burgo de não mais que 3 mil habitantes, no início do século passado. É merecidamente reverenciada por muitos como a Cora Coralina de Montes Claros, pelo alto, limpo e espontâneo lirismo de suas narrativas).

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Mensagem N°56809
De: Samuel Data: Sexta 2/4/2010 08:00:12
Cidade: Moc

É quase sempre assim. Vista à distância, no espaço de uma semana e até menos, a meteorologia sempre encontra alguma chuva no horizonte de Montes Claros. Contudo, chegando o dia, a chuva mixa. Ontem, havia previsão de 12 milímetros para esta Sexta-feira da Paixao. Choveu ontem à tardinha e neblinou durante a noite. Mas a previsão de 12 milímetros mixou para 2 milímetros!! E apenas para 5 milímetros, amanhã. Restaram sol e nuvens - já agora o templo nublado começa a dissipar-se. Os ventos hoje chegarão a 14 milímetros. E árido o sertão.

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Mensagem N°56808
De: Helena Data: Sexta 2/4/2010 07:27:13
Cidade: Montes Claros

Esta noite foi especialmente barulhenta no "triângulo da impunidade". Uma banda começou a tocar já na madrugada da Sexta-Feira da Paixão e prosseguiu até depois do amanhecer. Foi a noite toda, praticamente sem intervalos. Não tivemos sossego. Ouvi o barulho a quarteirões de distância. (...)

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Mensagem N°56801
De: José Prates Data: Quinta 1/4/2010 21:53:39
Cidade: RIO DE JANEIRO RJ

TIRO DE GUERRA

JOSE PRATES

Lendo agora o Montesclarosnoticias, parei na mensagem de Flávio Pinto falando sobre o Tiro de Guerra, porque tem a ver comigo, não como “atirador”, mas, como instrutor auxiliar, no inicio dos anos cinqüenta, primeiro com o Sargento Alaor, depois com o Sargento Menezes e por fim, com o Sargento Benicio. Muitos atiradores daquela época podem não existir mais. São cinqüenta anos passados que, com toda certeza, não fizeram os que ainda existem esquecer os momentos alegres e ás vezes pitorescos na sala de aulas ou nos exercícios de campo que eram feitos ali mesmo, na Praça da Estação, ainda sem pavimentação. Da turma, o único de quem ainda me lembro bem é João Leopoldo.
Os Tiros-de-guerra daquele tempo, como os que ainda existem hoje, têm uma história longa e bonita. É uma experiência brasileira que nasceu, segundo registros, em 7 de setembro de 1902, quando Antônio Carlos Lopes fundou, na cidade de Rio Grande-RS, uma sociedade de tiro ao alvo com finalidades militares e, depois de 1916, foram impulsionados pela pregação patriótica de Olavo Bilac - Patrono do Serviço Militar, originando, então, uma espécie de escola de formação de reservistas de segunda categoria. Isso permitiu evitar o êxodo rural para atender à obrigatoriedade do serviço militar nas capitais, onde estavam as unidades militares do Exército Nacional.
O Tiro de Guerra , enquanto existiu nas cidades interioranas, desempenhou um papel de grande importância na vida do jovem que prestou o Serviço Militar, participando, efetivamente, do esforço de promover a Segurança do País. Durante a prestação do Serviço Militar, matriculado no TG, o jovem passava por um amplo trabalho educativo, calcado em ensinamentos de moral e civismo, mesclado ao espírito de corpo, de sã camaradagem, autoconfiança, disciplina, segurança em suas próprias ações, responsabilidade, sentimento patriótico, etc, além de não impedir o exercício de suas atividades civis que não sofriam solução de continuidade. As instruções militares eram desenvolvidas de forma que permitiam a continuidade dos compromissos profissionais, estudantis e ainda mantinham o jovem no convívio da família. Portanto, suas responsabilidades aumentavam, o que lhe desenvolvia o aprimoramento do caráter e fortalecia a personalidade do cidadão útil e íntegro, pois a segurança da Pátria democrática e a segurança da família se entrosavam e se completavam. As instruções militares propriamente ditas ministradas em campo aberto eram elementares, quase exclusivamente ordem unida, por falta de espaço e condições para outras manobras mais avançadas, tipicamente militares.
A formação do Sargento Instrutor de Tiro de Guerra desde aquele tempo e até hoje, pois, em alguns lugares eles, ainda, existem com a mesma finalidade, passa por cursos de relações humanas e alguns outros que lhe capacite à educação militar e cívica do atirador, porque o Tiro de Guerra não foi e não é, apenas, uma escola estritamente militar, mas, sobretudo uma escola de civismo e cidadania. O TG 87, nosso Tiro de Guerra, teve, por isso, um papel fundamental na formação dos nossos jovens de então, como Nivaldo Maciel, João Leopoldo e muitos como Flavio Pinto que honraram e honram a sociedade montesclarense. Eu sei que o prédio que foi a sede do TG, na Praça da Estação, inicio da Rua Melo Viana, não existe mais, como, também, não existe o velho fuzil ordinário tipo 1908, nem o velho cinto de guarnição usado em serviço e que dava ares de autoridade ao soldado postado como “sentinela” na porta da sede.
Lendo a mensagem de Flavio, eu gritei em pensamento: Tiro de guerra, Sentido! Em continência ao terreno, apresentar armas! Em homenagem aos instrutores e atiradores que já se foram!

(José Prates, 81 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores).

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Mensagem N°56799
De: Fagundes Data: Quinta 1/4/2010 20:37:56
Cidade: Moc/MG

Terminou neste momento o jogo de vôlei. O time Bonsucesso/Montes claros ganhou de 3X0 contra o Náutico.

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Mensagem N°56797
De: Milton Data: Quinta 1/4/2010 16:30:55
Cidade: Moc

Choveu ainda há pouco em M. Claros. Chuva de correr água. O tempo segue "fechado", à espera de mais chuvas. Chuva "civilizada", até aqui.

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Mensagem N°56796
De: Nelson Data: Quinta 1/4/2010 16:22:01
Cidade: Montes Claros

Existem muitos meios de combater a criminilidade e quem bem sabe disso é a polícia,mas não existe um entrosamento entre a PM e Prefeitura neste assunto:Os assaltos ocorridos de motos principalmente em mulheres, nos bairros, Sagrada Família,Cândida Câmara,funcionários acontece porque existe uma saida secreta de pedestres e motos do bairro sagrada família para avenida Cula Mangabeira,dalí já vai em direção ao Major Prates,Canelas, Joaquim Costa e por aí a fora. Eu pergunto a PM, por que não solicita da prefeitura uma obra naquele local para impedir a fuga dos ladrões pilotando motocicletas que fogem por aquele local???

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Mensagem N°56795
De: Waldyr Senna Data: Quinta 01/04/2010 15:30
Cidade: Montes Claros

As estatísticas e os fatos

Waldyr Senna Batista

É sabido que a repressão ao crime nas capitais, como Rio de Janeiro e São Paulo, tem como consequência o agravamento da segurança pública em cidades do interior do País, para onde os marginais se deslocam. Essa é uma das explicações para o que acontece em Montes Claros, que foi posta na rota do tráfico de drogas, com o que a situação chegou a níveis insuportáveis.
Isso deve ter surpreendido as autoridades policiais, que, em janeiro deste ano, comemoraram a redução de 30% nos casos de homicídios em comparação com 2008. O delegado Aluízio Mesquita, na ocasião, manifestou otimismo quanto aos efeitos da ação policial, revelando a expectativa de que “a situação tende a melhorar no ano de 2010”. Tomou por base números de 2008, quando, só em dezembro, foram registrados 13 homicídios, enquanto que, no último trimestre de 2009, foram apenas 12 (média de 4, portanto).
Seu colega Giovani Siervi conseguiu conter o otimismo diante de estatísticas tão favoráveis, lembrando que o trabalho precisava continuar, “pois existem muitos casos acontecendo em algumas regiões e carecem de atenção especial para que o crime de homicídio fique sob controle”.
Acertou em cheio, porque as execuções sumárias foram retomadas ainda em janeiro e só têm aumentado, estando na marca de 29 no trimestre que terminou ontem, média mensal de quase dez. Analisados, esses números indicam que, até dezembro, poderão acontecer cerca de 120 homicídios na cidade. Pelos critérios internacionais, que tomam por base grupos de 100 mil habitantes, Montes Claros, com 360 mil, não poderia ultrapassar 90. São Paulo, com mais de 10 milhões de habitantes, fechou o trimestre com 25 casos por 100 mil.
A matança continua acontecendo na cidade e a polícia a atribui ao tráfico e consumo de drogas, o que parece óbvio. Mas não chega à autoria dos crimes, geralmente praticados contra jovens por pessoas que utilizam motos. O passageiro da garupa dispara a arma e os dois desaparecem, sem serem identificados devido ao capacete.
Mas o problema não se resume apenas a crimes dessa natureza. Inúmeras outras modalidades acontecem na cidade, conforme se vê na edição de 29 de março do “Jornal de Notícias”, que trouxe sete manchetes que não deixam dúvidas quanto à gravidade da situação: 1) “Septuagenária em apuros – Dupla invade apê e rouba R$6 mil”; 2) “Após assalto, ladrões fazem disparo e fogem num Golf”; 3) “Arsenal com 12 armas são apreendidas (sic) por policiais”; 4) “Assaltantes fazem feira de cartões no Vilage do Lago”; 5) “Picape D20 furtada na praça Itapetinga”; 6) “Ladrões tomam moto de assalto no São Geraldo”; 7) “Mototaxista perde seu ganha-pão no Morada da Serra”.
Não se trata de caso esporádico, diariamente é o que se vê no noticiário da imprensa local, que não publica mais porque não dispõe de espaço. Alguns casos, da maior gravidade, já vêm sendo relegados a plano secundário, como o seqüestro do despachante Chiquinho, ocorrido há quatro meses, e, no início do mês passado, a descoberta de trama que previa a eliminação de um juiz da Comarca local.
Esses dois últimos episódios fazem com que Montes Claros suba na escala da criminalidade, chegando ao estágio em que se torna cada vez mais parecida com o Rio de Janeiro, sem as belezas naturais da capital fluminense. Para quem ainda tinha dúvidas, fica a certeza de que, nesse campo, a marginalidade aprimora seus métodos e age com extremo profissionalismo, pois nada tem a perder, enquanto a polícia, apesar de todo o empenho de seus integrantes e do moderno aparato de que dispõe, não consegue se impor. As estatísticas perdem para a realidade dos fatos.

(Waldyr Senna é o mais antigo e categorizado analista de política em Montes Claros. Durante décadas, assinou a "Coluna do Secretário", n "O Jornal de M. Claros", publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política e da história política contemporânea do Brasil)

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Mensagem N°56794
De: Leo Pereira Data: Quinta 1/4/2010 13:55:06
Cidade: Montes Claros

Notícia que poderia ser verdade no dia 1º de Abril!:"Patrulha do silêncio notifica veículos com usinas de som e bares que desrespeitam o descanso dos cidadãos. Foram executadas durante esta madrugada, várias notificações em veículos equipados com "usinas de som", que rondam a cidade perturbando o descanso dos cidadãos de bem, e também alguns bares que não respeitaram o horário limite para perturbação!"
Pena que hoje é dia da Mentira...

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Mensagem N°56793
De: Raphael Reys Data: Quinta 1/4/2010 13:53:54
Cidade: Moc - Mg  País: Br

MONTESCLAREADAS III

O saudoso José Carlos Priquitim afiançava que o músico e “show man” Tico Lopes era um dos poucos montes-clarenses que conhecia as cidades similares do mundo: Paris e Patís, Londres e Lontras, Japon e Japonvar.
Os companheiros, Tico e Didú Tourinho com o quengo cheio de cachaça Viriatinha, antes de embarcar na última excursão a cidade luz combinaram que chegando ao destino iriam esvaziar as bexigas na estrutura metálica da Torre Eiffel. Dois berros dàgua tupiniquins!
Já o saudoso Ernesto, escudeiro de Zim Bolão encontrou no Quarteirão do Povo um grande prego caibral e o guardou na caixa registradora do bar. Chega Florisvaldo Kroger (Piloto), encarregado de serviços da Fábrica de Cimento e informa que fora capturada uma lagartixa gigante que vivia nos filtros Portland da companhia.
De tanto tempo estava lá que adquirira de tamanho de um jacaré.
Ernesto apanhou o prego caibral, deu ao Florisvaldo avisando: Leva o troféu que o primeiro lugar é seu!
Já o notável nervosinho Onofre Baixim, ou Onofre Bocaiúva atravessava distraidamente a avenida Coronel Prates, próximo a Santa Casa. Por um triz quase foi atropelado por uma bicicleta. Em cima da via de fato o ciclista descarregou a verborréia nervosa: sai da frente seu capiau. Decidido, Onofre deu um pulo e sugigou o paspalhão pelo pescoço, o esganando.
Evandro Alcântara, o popular Canzil Atleticano, vestido à caráter com as cores do clube, adentrou na Igreja Matriz quando o Padre Dudu iniciava o sermão na missa dominical. Foi ao altar e fazendo um sinal de OK! Falou: Tcham...
O reverendo mudou a retórica do sermão exortando a excomunhão dos ébrios e, clamando ao poderes celestiais a os enviar, na pós-morte, aos umbrais do Inferno de Dante. Terminado o esculacho doutrinário, Canzil virou-se para a patética assistência e sintetizou: dancei...
João Samba, em seu gabinete dentário, ministrou anestesia em uma paciente. Enquanto aguardava completar o competente bloqueio sensório, e para aliviar o estresse apanhou uma vassoura e saiu dançando um pas-de-deux pelo corredor ao som do rádio do vizinho que tocava Besame Mucho...
A paciente viu a cena e gramou o beco na carreira!

Nós somos assim, mas somos chiques!

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Mensagem N°56792
De: Alves Data: Quinta 1/4/2010 13:10:18
Cidade: M. Claros

Pode até não ter Semana Santa como antigamente. Mas, uma coisa não mudou: o Tempo, o tempo - com maiúscula e minúscula. Os ares são sempre os mesmos; solenes, diversos, de profundidade incomum, para lembrar em 3 dias a Paixão de Cristo. É só olhar ao redor, e sentir. Mudam os homens. A Natureza é única - sempre a mesma, imutável, silenciosa, imperturbável, sem humores, antiquíssima, "de mãos caídas", como a Noite, não contaminada pelos transeuntes mui temporários. E humanamente volúveis. Cosmo e Caos.

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Mensagem N°56791
De: Editais Data: Quinta 1/4/2010 12:55:01
Cidade:

A Prefeitura de Montes Claros – MG prorrogou as inscrições do concurso para 963 vagas na área da Educação para nível médio e superior. As inscrições podem ser feitas pelo site www.cotec.unimontes.br até às 18h de 12 de abril.Serão disponibilizados computadores na Unimontes/Cotec (prédio 4, Campus Universitário Professor Darcy Ribeiro), das 8h às 18h. A taxa para nível superior é R$ 70,00 e para médio, R$ 40,00. As provas serão aplicadas em 16 de maio, em locais que serão informados a partir do dia 10 do mesmo mês. A documentação para prova de títulos deverá ser enviada pelo serviço de Sedex dos Correios ou com A.R durante o período de inscrição.

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Mensagem N°56789
De: Rodrigo Data: Quinta 1/4/2010 11:39:20
Cidade: Montes Claros/MG

(...) Penso que o cidadão montesclarense tem que agir mais, lutar mais, ir aos órgãos públicos a fim de oficializar as reclamações contra todos esses problemas que enfrentamos: barulho, roubos, assaltos, buracos etc. Não deixem de registrar os boletins de ocorrência em caso de crimes, pois isso ajuda a mostrar a realidade que muitas vezes é mascarada pelos órgãos de segurança. Se quebrarem seus veículos, ou se ocorrer de se machucarem, nas vias públicas em razão de buracos, calçadas esburacadas, por mais que demore, recolham provas, tirem fotos, registrem uma ocorrência e acionem o Judiciário, processem o município, o Estado, corram atrás de seus direitos, não só para serem ressarcidos mas também para que as autoridades tenham medo do que agente pode fazer.Procurem o Ministério Público, façam reclamações, denunciem. Talvez uma só voz não seja ouvida, mas a partir do momento que forem várias, aí sim teremos uma resposta. (....)

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Mensagem N°56787
De: Arquiteto LPU Data: Quinta 1/4/2010 10:47:06
Cidade: Brasília DF

31/03/10 - 8h05 - "Desce ao chão, enquanto uma nova fotografia, de saudade, sobe para as paredes. O bangalô foi destalhado e por estes dias só existira na lembrança geral"

Montes Claros está atrasada (pelo menos 30 anos) em relação a uma inteligente solução para preservar construções típicas de um tempo. Em Belo Horizonte (e outras muitas cidades) por lei as construtoras são obrigadas a preservar a fachada das construções históricas. O prédio, valorizado pela conservação, é construído logo atrás do que foi preservado, do que escapou da guilhotina, como mais este. É solução muito inteligente.
Outra coisa: soube que a prefeitura, com apoio da câmara de vereadores, liberou a construção de espigões praticamente em todos os pontos de Montes Claros. É, no mínimo, um ato impensado, quase irresponsável. Com suas ruas estreiras, a cidade não vai aguentar. Além do mais, áreas residenciais, minimamente protegidas, vão virar um pandemônio. O esforço (ainda que pouco) de muitos, de gerações, não pode ser implodido assim. É preciso que a população tome conhecimento do assunto, para reve-lo. Caso contrário, deve reagir com todos os meios de que dispõe. Não aceitem passivamente.

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Mensagem N°56781
De: Wanderlino Arruda Data: Quinta 1/4/2010 07:10:45
Cidade: Montes Claros/MG

QUE VENHAM TEMPOS DE ESPERANÇAS

Wanderlino Arruda

Houve um dia na história do mundo que deveria ter sido gravado em fita de ouro, conservados todos os sons, todas as cores, os movimentos todos. Não somente uma filmagem pessoal de uma câmara só, um ângulo isolado, mas um belo trabalho de equipe, com lentes naturais e de efeitos vários. Os sons, estes deveriam ser tomados de todas as distâncias, de todos os lados, do alto e do chão, até um microfone semi-enterrado como se faz em jogos de campeonatos. Deve ter sido uma manhã e tarde da maior importância na vida do maior gênio da arte de todos os tempos, uma coroação de esforços e de momentos de amor do italiano Leonardo da Vinci. Era a hora final dos retoque do quadro Mona Lisa, aquele minuto marcante de a obra de arte receber a moldura e ser exposto à crítica de todos os tempos e de todas as gentes. La Gioconda havia posado para ele por cerca de vinte anos, encantada com toda a equipe de moedores de tintas, de tocadores de alaúde e de cítaras, assobiadores, cantores, fazedores de graças, encantada, sobretudo, com a admiração do mestre e a luz bem distribuída do grande pátio e cenário. O que parecia eterno chegava ao fim! Assim é a vida. Por mais longo que seja o dia, haverá sempre um crepúsculo. A mais escura das noites, a mais tempestuosa ou a mais alegre e festiva será sempre substituída por uma aurora. As existências se sucedem num vai-e-vem eterno, monótonas para quem não saber ser, mas interessantíssimas para quem tenha olhos de ver novidades. Não há bem ou mal que nunca se extinga, porque tudo é passageiro. Definitivo, só o gesto de amor, o bem, a luz que ilumina a alma das criaturas. O mal? O mal também tem prazo de consideração, porque não há trevas que não sejam batidas pela claridade. Um gesto de crença verdadeira muda a história de muitas existências. Enquanto houver fé e esperança, enquanto houver amor, haverá felicidade. O desespero é o pior ângulo de qualquer atitude, do indivíduo ou da sociedade. Por que não esperar o amanhã? Estamos, hoje, num desses momentos de real importância em nossas vidas, um bem encaminhado início de século e de milênio que - ricos de angústias -, têm marcado profundamente o nosso modo de ser. Uma hora tão decisiva, tão propícia aos nossos conhecimentos, que ninguém - ninguém mesmo - fica realmente isolado dos acontecimentos. Se já não era, agora pessoa nenhuma será uma ilha. Vivemos o momento da informação realizada por todos os meios. É preciso muita garra para vivermos a nossa própria vontade, a nossa independência. Vivemos de uma só vez todas as vidas, da família, do trabalho, da profissão, da crença, dos grupos de aptidões, mas, em nenhum momento prevalece o direito realmente individual, aquela vontade saída do próprio coração. Tudo é grupo, dependente. Querendo ou não, um mundo de irmãos, de companheiros, de camaradas, sob o mesmo teto do mundo. Alegres, tristes, sofridos, angustiados, mas unidos. O egoísmo tornou-se uma ilusão, um engodo; somos, na verdade um enorme grupo de aldeia global, sacos de sorrisos e de sofrimento, ouvintes e assistentes compulsórios de verdades e de ilusões. Que venham tempos de esperanças. Se problemáticos, que sejam com dificuldades estimulando o raciocínio em busca de novas soluções. Que venham as possibilidades de perdão, de reajustamentos, de solidariedade. Que seja aberta uma fresta para a lembrança das promessas geradas no início da era cristã, na pobrezinha manjedoura do Belém! Havendo amor, haverá muita luz na saída do túnel. E que haja!

Institutos Históricos e Geográficos de Minas Gerais e de Montes Claros

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Mensagem N°56780
De: Augusto Vieira Data: Quinta 1/4/2010 03:15:45
Cidade: Belo Horizonte

“JORNAL DE MONSCLARO DE HOOOJJ!!!”

Tomava uns chopes no ex-Bar Brasil com Paulinho Pedra Azul e Beto Guedes. De repente Beto nos surpreende, quase cantando, com as seguintes palavras: “Jornal de Monsclaro de hooojj!!!” Claro que logo entendi o que ele estava relembrando. Era do musical grito, indelével em nossas memórias, dos meninos que saíam a vender o “Jornal de Montes Claros”, tão logo a edição ficava pronta. Grito de crianças felizes porque ganhariam uns trocados para comprar refrigerantes, pipocas, balas-doces, quebra-queixos e picolés, ou para ajudar suas famílias. No anúncio omitiam a letras “t” e “e” e o último “esse” do substantivo composto Montes Claros, bem como a pronúncia da vogal “e” na segunda sílaba da palavra hoje, de modo que o brado juvenil ficava realmente como Beto o cantara: “Jornal de Monsclaro de hooojj!!!”
Logo depois Beto nos revelaria que, menino, pedira a Godô uns trocados, que lhe foram negados com a maior educação. Resoluto, fora à sede do “Jornal de Montes Claros”, pegara dez exemplares para vender e saíra gritando pelas ruas da cidade: “Jornal de Monsclaro de hooojj!!!” Foi tão legal o modo pelo qual ele reviveu essa sua faceta de ex-vendendor do “Mais Lido”, que, marmanjos, ficamos a cantar naquela mesa do calçadão do bar, qual meninos, para a perplexidade dos demais presentes, dos transeuntes e dos amigos que se acercavam de nós: “Jornal de Monsclaro de hooojj!!!” Paulinho Pedra Azul vaticinou que aquilo daria refrão para uma bela música. Concordei, no ato. Belo refrão, sim, meu caro Paulinho, que, até hoje, decorridos mais de vinte anos do fechamento do jornal, ainda ressona nos ouvidos da gente norte-mineira, nos quais ecoou por mais de trinta e oito anos. O “Mais Lido” não morreu. Continua vivo, principalmente nas pessoas de seu grande artífice, o mestre Oswaldo Antunes, e de seus escribas e demais servidores, espalhados por estes brasis, cultivando um jornalismo de alto nível, saboroso e ético, bebido em fonte tão límpida.

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Mensagem N°56775
De: Maria Data: Quarta 31/3/2010 22:54:44
Cidade: montes claros

A impunidade em Moc está desesperadora!!!!!!! Acabei de ser assaltada na porta de casa. Estava com meus filhos e dois homens chegaramm em uma moto e levaram minha bolsa. Aqui no bairro funionarios está impossivel de sair de casa. Semana passada assaltaram um bar!! Cadê a PM?

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Mensagem N°56769
De: Flavio Pinto Data: Quarta 31/3/2010 19:21:23
Cidade: Belo Horizonte-MG

UMA PATRULHA MOTORIZADA
(Para Gonçalves (MSG 56743)
Como participante ativo dessa turma de atiradores citada por você (menino de calças curta nessa época você não poderia saber mesmo) sinto-me na obrigação, compelido mesmo, a entrar, ¨”de com força”, no seu caso. Não o conheço pessoalmente, mas pressinto em você uma alma boa por trás da mensagem. Espero que não se importe com esta intromissão.
Além de Lindemberg e Zé (Carlos) Alves tinha mais gente nessa patrulha dos atiradores, naqueles idos de março/abril de 1964, mais para primeiro de abril do que 31 março. Deixa pra lá...
O pequeno e grande Bill, cracaço do Ateneu por muitos anos, Odorico Mesquita, Ricardo Laughton, Aldoizio Costa e eu. Turma das antigas, boa pra valer. Somos amigos até hoje – um pouco afastado de alguns, é verdade – mas sempre com as melhores lembranças de todos.
E mais um, o Sargento Villar – baixinho invocado – gente fina demais. Jogava basquete com a gente na Praça, e bem. Só não enterrava por óbvios motivos. (Aí também não, né, gente).
Não tenho muita certeza se o sargento ia conosco em todas as incursões ou se usava outra viatura ( aí só Berguin pra lembrar), cedida pelo batalhão de polícia.
Com Lindemberg no comando (tinha sido promovido a cabo: bem esperto, vivia no pé de Lazinho, solicitando, com êxito, botar o nome do Chefe dos Sargentos - o inesquecível Sargento Conca - e senhora, na coluna social do JMC, onde era repórter geral. Rrs) , fizemos parte de uma incrível patrulha motorizada. Tipo Exército Brancaleone, quem é meio cinéfilo sabe.
Talvez a única viatura na história antiga do glorioso TG 87. Se houve mais alguma motorizada em outras épocas, desconheço. Pelo menos ninguém me contou, até hoje.
Aboletados numa possante camionete (uma linda e esverdeada DODGE, modelo 1951),Ricardo Laughton sempre dirigindo, por direito e herança. Até que ficávamos com uma ponta de inveja, mas o carro era do pai dele, Seu Lindolfo, como reclamar?
E, a gloriosa patrulha rodava a cidade de ponta a ponta, pronta para a ação. Que nunca aconteceu...
Era com se fosse um similar da americana e pomposa SWAT , mas humilde, e põe humildade aí, armados apenas com uma velha baioneta na cintura, entusiasmada e cheia de testosterona e juvenil irresponsabilidade, com muita vontade de aparecer qualquer tipo de confusão, baderna, crimes hediondos ou até mesmo um pequeno levante popular (ou contra a favor), para podermos testar nossa grandiosa força e poderio (sic)...
Infeliz, ou melhor, felizmente nunca aconteceu nada. Deus protege os inocentes e os tontos.
Daí que gastamos nesta empreitada litros e mais litros de gasolina, rodando inutilmente pela então pacata cidade. A maior parte na zona boêmia. Esse pedido do peculiar trajeto teve aprovação unânime, diga-se.
Ricardo Laughton(chofer) Lindemberg e eu na boleia. Eu já era ajudante de cabo, Berguinho me nomeou. Depois vim a saber que não existia este posto no exército.
Odorico, Aldoizio, Bill e Zé, lá atrás na carroceria, coberta com lona e com dois bancos pra carregar peão. Reclamavam paca, não sei de quê!
Mas era uma festa quando entrávamos nos cabarés. O povo e as raparigas presentes riam mais da gente do que ficavam com medo. Todo mundo era conhecido de todos. Não tinham o menor respeito, aqueles félas...
Uma vez, numa dessas incursões, no Cabaré de Anália, Dim Canga (irmão de Murilo e Julinho Boca de Fogo, meus vizinhos) cumprimentou-me efusivamente de cima do palco, no microfone, em meio uma bela canção (salvo engano, “Alguém Me Disse”, famosa na voz do falecido Altemar Dutra). Fiquei todo cheio e honrado.
Nós, enlevados pela bela interpretação de Dim, com sua maviosa voz rouca, nem percebemos que o Sargento Villar tinha adentrado ao salão .Ele viera, a chamado oficial , prender “Crioulo”, elegante malandro das antigas ( só vestia terno de linho Ésse120) irmão de Anália, campeão de sinuca da cidade e mestre de capoeira nas horas vagas, que tinha dado um tiro ( e errado a pontaria) numa rapariga, em outra zona. Mas ela deu queixa assim mesmo e armou-se a confusão.
Eu conhecia bem Crioulo. Desde os meus tempos de adolescência brava/rebelde e o admirava pela sua destreza com o taco. Tempo de matar aula e passar o dia e a noite, clandestino, num velho salão de sinuca que esqueci o nome.
Sei que tinha um certo Seu Augusto, que tomava conta das mesas e um reservado de Pif-Paf nos fundos Ele era meio (ou melhor, totalmente) ranzinza e neurastênico, mas gostávamos (minha turma) dele. Sempre fez vista grossa para a nossa presença de menor de idade.
No Cabaré de Anália fui o primeiro chamado - por este conhecimento do bas-fond - pra localizá-lo no recinto.E o fiz, cumprindo ordens, embora até meio sem graça, confesso. Crioulo, como sempre, estava bem à vontade, dançando puladinho com uma linda baiana (que eu conhecia), rodopiando como um príncipe, bem no meio do salão. Ele parou, olhou-me nos olhos e perguntou onde estava quem queria prendê-lo.
Quando viu o sargento, que parecia ainda mais baixinho ao longe, na porta do Cabaré, dirigiu-se a passos largos para lá, já com um ar maroto, de deboche, no rosto:
- É só esse ai? E mais quantos? -
Bem na frente do sargento.
Só pensei, viche Maria!
Por alguns segundos fez-se um silêncio geral. Zé Tôco segurou como pôde as baquetas e Lausinho parou de fazer aquela careta de sempre quando tocava (ele fechava um olho durante todo o tempo, talvez viajando na música) e encostou o violão na parede.
Dim Canga foi lá pra dentro tomar uma, de leve.
O Sargento Villar só fez meter a mão no coldre preto e tirar uma 45, automática, de cabo de marfim, de uso somente das forças armadas. A maior e mais bonita máuser que já vi.
Colocou - a (o gatilho destravado, seguro apenas pelo polegar) na boca de Crioulo que ficou engasgado e totalmente pálido, repentinamente.
Pensei de novo: vai atirar! Só não tapei as orelhas porque não pegaria bem em público. Ridículo demais para um guarda armado, membro de SWAT. Meio escalafobética, mas SWAT.
E o Sargento levou-o, com a 45 enfiada na boca, branco como cera e com os olhos meio esbugalhados, até a viatura, estacionada na rua, do lado da Praça de Esportes.
Um pouco depois, lá, acalmados um pouco os ânimos , a gente conversou com o Sargento, dando uma força pro Crioulo (até hoje não sei seu nome), falando de suas qualidades e habilidades no pano verde, Anália fez valer a sua posição de dona do Cabaré mais famoso da cidade e o sentimento acabou falando mais alto.Resolveu-se tudo. E com bastante finesse. Ninguém foi preso e ficou por isso mesmo.
Próprio da velha Montes Claros. Todo mundo, ricos, pobres e remediados, era amigo.
Dez minutos depois, disseram-me, o Cabaré reabriu com tudo a que tinha direito. Música, bebida, cigarro e raparigas. Á vontade. Embora um pouco nauseante pelo cheiro que ficou no salão, oriundo, possivelmente, de resquícios naturais aparecidos nos fundos da calça de linho branco do campeão.
- Puro Amarelo ouro com verde-escuro, jurou um sem-mais-o-que-fazer na ante sala do salão de dança.
Eu não digo nada porque não vi. Sério.

Um grande abraço para todos.

Flavio Pinto

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Mensagem N°56765
De: G1 Data: Quarta 31/3/2010 16:49:16
Cidade: São Paulo

Minas Gerais confirma seis mortes por dengue hemorrágica - A Secretaria da Saúde de Minas Gerais confirmou a morte de seis pessoas por dengue hemorrágica no estado, conforme boletim divulgado nesta quarta-feira (31). De acordo com os dados, outras nove pessoas morreram por complicações de dengue.No total, foram notificados 78.247 casos no estado. Belo Horizonte é o município com maior número de registros, com 16.307 casos, seguido por Betim, com 5.169, e Montes Claros, com 4.982.(...)

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Mensagem N°56762
De: 7º Batalhão Data: Quarta 31/3/2010 16:06:01
Cidade: Montes Claros

O Sétimo Batalhão de Bombeiros Militar de Montes Claros realizou 02 resgates de cadáver no dia 30 de Março, com vitimas fatais, sendo um no rio São Francisco no município de Ibiaí/MG, onde segundo testemunhas a vitima teria pulado da ponte Marechal Hermes em Pirapora, empreendendo fuga, pois, estava sendo procurado pela Policia Militar. Foi empenhado 04 Militares, do 1º Pelotão em Pirapora, que usando de barco a motor entre outros equipamentos necessário, resgatou o corpo que ficou a disposição da perícia da policia Civil. O outro aconteceu em uma lagoa localizada na Fazenda Poções, zona rural do município de Brasília de Minas/MG, que segundo testemunhas a vitima foi tragada pelas águas durante a prática de banho. (...)

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Mensagem N°56754
De: Isa (moradora R Ir. Beata) Data: Quarta 31/3/2010 13:04:50
Cidade: montes Claros

Esquisito, na Copasa ninguém sabe dizer o motivo de tanta água que derramou perto da Santa casa, disseram que vão dizer depois de abrir o buraco; nós estamos querendo saber, por que aconteceu, e se a água jogada fora vai pesar no nosso bolso.Será que a copasa não tem controle dos canos? Da pressão? Depois vem pedir para economizar água.Assim não dá; êta sô!.

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Mensagem N°56752
De: Bombeiros Data: Quarta 31/3/2010 12:36:19
Cidade: Montes Claros

7º BBM: Acidente grave na MG 403 deixa dois feridos e uma vítima fatal - O Sétimo Batalhão de Bombeiros Militar (7º BBM) atendeu, na manhã de terça-feira, 30 de março, ocorrência de acidente com veiculo automotor com vítima presa nas ferragens. O acidente foi na rodovia MG 403, km 13, zona rural de Ibiracatu/MG e envolveu o veiculo tipo Gol, placa de Ibiracatu/MG. Sete bombeiros militares e duas viaturas operacionais foram empenhados no atendimento da ocorrência. A equipe de bombeiros, após trabalhar na retirada das ferragens que encarcerava o corpo da vitima fatal, ocupante do banco traseiro do veiculo, entregou o corpo ao serviço funerário local. A condutora e outra passageira apresentava escoriações leves e foram atendidas e conduzidas ao hospital de Varzelândia.

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Mensagem N°56751
De: J.carlos de Fátima Data: Quarta 31/3/2010 11:46:07
Cidade: Montes Claros

Estão roubando os carros D20 aqui em Moc,já são tres em mês,uma no bairro sãojosé,alto são joão e bairro todos santos.(...)

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Mensagem N°56747
De: João Afonso Data: Quarta 31/3/2010 10:04:43
Cidade: Pirapora - MG

A cidade de Pirapora ontem amaneceu diferente, parecendo que um furacão ou terremoto havia destruído todos os quisques (barzinhos)existentes na Avenida Salmerou, palco de vários carnavais e festividades desta cidade. É que por decisão judicial foram demolidos todos aqueles quiosquer, que apesar de atrativos e muito frequentados, foram construídos de forma irregular sem autorização do Município. A proposta é de construir no local uma grande área de eventos integrada à construção do projeto "Orla", que terá novos quisques, mas de forma ordenada e reestilizada pelo Município de Pirapora. Esperamos que a obra da Orla não demore tanto, pois, muita gente já está com saudades dos quiosques. Parabéns a todos!

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Mensagem N°56746
De: Fátima Data: Quarta 31/3/2010 09:30:49
Cidade: M. Claros

O alegado desconhecimento da lei está por toda parte. Agora mesmo, grupos de pagodeiros percorrem os melhores bairros residenciais da cidade a procura de um lote para onde levar os seus shows. Vão varar a madrugada impedindo que a vizinhança durma. Se algo não for feito para o cumprimentos das leis...

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Mensagem N°56743
De: Gonçalves Data: Quarta 31/3/2010 08:32:04
Cidade: Moc

Amanhã, 31 de março, é uma data da história de M. Claros. Aos que a comemoram, e são cada vez menos, marcou a "redentora", a história daquilo que já foi chamado de "Revolução de 64", "movimento militar de 64". Outros, outros dirão apenas que "foi um golpe". Não quero estar entre uns e outros, pois tudo é muita simplificação e passei desse tempo. Quero apenas recordar. Naqueles dias de março, de calças curtas, menino, passei pela Praça da Estação, ali defronte à estação do trem. O quartel da PM era ao lado, de frente para a Avenida Ovídio de Abreu, contra-esquina do posto de gasolina da Coopagro. Era noite. O quartel estava iluminado, como numa festa de São João, e apinhado de soldados, com suas "cuias", o capacete bélico cujo uso é dispensável em tempos de calmaria. No dia seguinte, soube, soubemos: estourara a "revolução". O então comandante da Pm local, coronel Georgino Jorge (sem dúvida um personagem da cidade, homem respeitável, de família respeitável, mais de uma vez presente na história de Minas) requisitou carros do Dnocs, recebeu ordens e marchou para Brasília. A tropa embalada - eram assim que se dizia. Foi a primeira a entrar na novíssima capital federal, deixada às moscas pelas tropas legalistas. Chegou lá sem disparar um tiro de mosquetão, muito embora tenha encontrado, no caminho, um efetivo federal deslocado exatamente para fazê-la recuar para a divisa de Minas. De um lado e outro do rio da divisa, soube, houve uma negociação, e a guerra do fim do mundo foi evitada. Recordo isso para lembrar e advertir de que as paixões são passageiras, e ficam apenas como pedaços e retalhos da história, tão recente, onde ninguém a rigor ganha e perde. Talvez, não precisasse existir nada disto. Lembro-me ainda que, com o deslocamento de toda a polícia da cidade, as ruas de M. Claros, com seus 50 mil habitantes, se tanto, as ruas passaram a ser patrulhadas pelos atiradores do TG 87, tudo gente amiga, que aí está. Zé, de Casa Alves, Lindemberg, do jornal Hoje em Dia, e tantos mais, em pleno viço. Os "atiradores" (sem ter dado um tiro na vida) haviam sido incorporados recentemente e sequer tinham fardamento militar. A solução foi colocar a "cuia" na cabeça, improvisada, colocar um cinturão e cassetete na cintura, e sair às ruas em patrulhas "Cosme e Damião", com as mãos para trás e algum siso de poder, mas de roupas civis, com as quais também namoravam, iam à missa, às aulas etc. Vejo agora, relembro: foi tudo muito divertido, e muito pouco bélico. O duro, depois, foi agüentar o ufanismo da redentora por tantos e tantos anos, mandando fazer o que não queríamos fazer. Demos trabalho, eu sei, pois somos teimosos, herdeiros de jagunços. A "revolução" mesmo, a noite negra veio em dezembro de 1968, com o Ato Institucional nº5, o famigerado AI 5, numa noite em que atravessava a doce e amorável Praça da Matriz, já com mais espinhas na cara, e no coração. Aí, sim, a noite ditatorial baixou de vez sobre nós, sobre nossas costas, sobre nossas vidas moças, com torturas e muito mais. Relembrar ainda que foi um descendente montesclarense, o deputado Márcio Moreira Alves, o Mazito da família de Honorato Alves e João Alves (e de Dr. Maurício) que com um discurso tido como ofensivo às forças armadas serviu de pretexto para o fechamento do congresso, a censura a imprensa, a caça às bruxas.... Foram 20 anos de dias sombrios. (Mesmo que os atuais não sejam exatamente de santa claridade. Não, não são). Mas, deixemos isto para a história, principalmente deixemos isto para o relato dos heróis tardios, muitos apenas faroleiros de costume). Fiquemos com as recordações, sobre as quais é possível, agora, distrai-las com um sorriso da humana condição, e um desdém, pois assim caminha a humanidade, entre a comédia e a tragédia, ato repetido de folhetim de segunda. Burlesco. Mas, no meio de tudo, passou a vida. Esta, sim, a pedir letras maiúsculas. Vida, que não se detém - nem é detida - nos repetidos 31 de março.

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Mensagem N°56742
De: George Fernando Data: Quarta 31/3/2010 08:12:34
Cidade: Moc

Aguão mesmo!!..Deu vontade ao parar o carro de tirar a meia o sapato e sentir a frieza daquela água cara, fluoretada e límpida correndo sobre o negro asfalto.

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Mensagem N°56741
De: Rodolfo Data: Quarta 31/3/2010 08:05:42
Cidade: Montes Claros

caro Mauricio, o pior ainda esta por vir...um nova casa noturna sera inaugurada no proximo mes...fica imediatamente ao lado do banco itau, ainda mais perto de minha residencia....e no triangulo da impunidade teremos Banda ate na quarta feira...dias piores virao, pode acreditar...

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Mensagem N°56739
De: O Tempo Data: Quarta 31/3/2010 07:45:25
Cidade: Belo Horizonte

Adolescente é baleado e quatro envolvidos com tráfico de drogas são presos em Montes Claros - Larissa Nunes - Um adolescente de 16 anos foi baleado durante uma suposta disputa por pontos de tráfico de drogas nesta terça-feira (30) em Montes Claros, no Norte de Minas. De acordo com informações da Polícia Militar, a vítima foi baleada no cotovelo direito, durante troca de tiros no bairro São José, e socorrida no Hospital Aroldo Tourinho. Em rastreamento pela região, foram apreendidos em uma casa da região um colete à prova de balas, um revólver e vários cartuchos. Quatro homens foram presos em flagrante e conduzidos à Delegacia.

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Mensagem N°56738
De: Patty Data: Quarta 31/3/2010 07:40:00
Cidade: Montes Claros

Um "mundaréu" de água nas imediações da Santa Casa segue descendo as ruas em uma quantidade absurda...Mts pessoas confundiram com chuva pois no momento algumas gotas caiam do céu.Alguém sabe do que se trata?

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Mensagem N°56737
De: Maurício Data: Quarta 31/3/2010 01:05:53
Cidade: Montes Claros

Há um sossego, enorme sossego, aqui na região atingida pelo barulho produzido pelo "triângulo da impunidade". Esperamos que não seja circunstancial, mas definitivo. Já há dois dias não escutamos o barulho que impede o descanso da vizinhança. Que Deus esteja do nosso lado! (...)Mas, ainda é cedo para comemorar.

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Mensagem N°56736
De: Alberto Sena Data: Quarta 31/3/2010 00:26:54
Cidade: BH

Os convidados para a festa do “Mais Lido”

ALBERTO SENA

Às vezes é preciso explicar o óbvio; então, vamos lá: jornal nenhum do mundo é feito só por jornalistas. Aliás, jornalista não faz jornal, escreve. Quem faz jornal mesmo são os funcionários da oficina. Tanto é verdade que, se a Redação fizer greve, uma pessoa só, digamos, o dono, faz o jornal circular com a ajuda dos funcionários da oficina. O contrário não é a mesma coisa. Se a Oficina entrar em greve, adeus jornal.
Com o JMC, o “Mais Lido” ou “O Jornal de Montes Claros” do meu tempo (década de 1960) e depois de mim, não era diferente. Escrevíamos, mas quem fazia o jornal mesmo eram os funcionários da oficina. E de tanto falar aqui sobre o “Mais Lido”, que recentemente fez 20 anos de fechamento, para tristeza de todos nós, me veio a ideia de homenagear aquela turma que, de maneira artesanal, fazia o jornal circular três vezes por semana.
Veio-me, pasmem, até a ideia de propor a oportunidade de promover aí nesses montes que ainda creio ser claros, um simpósio ou o que valha, sobre o JMC, mas pelo visto a coisa não foi adiante. Ideias, minha gente, não faltam na cachola. O que falta é quem execute as idéias que aos borbotões brotam. De maneira que, na falta de um simpósio sobre o nosso “quase utópico jornal”, como diria o dono dele, Oswaldo Antunes, vamos fazer de conta que, daqui e agora, vou promover uma festa a fim de lembrar aquela gente que fazia o jornal de então.
Para organizar a festa, enviarei convite a todos, mas antes preciso contar com a ajuda da memória de elefante do meu irmão Waldyr Senna. Ele tem na ponta da língua os nomes das pessoas que fizeram do jornal uma lenda. Vou convidar os vivos e também os mortos, pois esta será uma festa de arromba, tão boa que vai parecer coisa do outro mundo. Claro, eu não posso fazer uma coisa desta sem antes pedir licença ao dono, Oswaldo, e também ao próprio Waldyr, pois respeito a ordem hierárquica e o fato de serem eles os mestres e por isso mesmo são os primeiros convidados.
Antes de enviar daqui da capital os convites, peço, portanto, a ajuda de Waldyr na formatação da lista de convidados e, tenho certeza, ele vai dizer, com o seu jeito característico: “já soube, por outras vias, do seu propósito de promover encontro dos sobreviventes do JMC. Não acho a ideia boa nem ruim, nem vice-versa. É uma ideia que talvez não se concretize por falta de sobreviventes. Ou então, o encontro deve ser realizado logo para aproveitar os que ainda insistem em sobreviver”.
Se a festa fosse realizada décadas atrás, a lista de convidados me seria enviada por carta ou por telefone, mas como vivemos a era da internet, tudo se resolve pela via eletrônica, desde que ele encontre um tempinho disponível para listar os convidados, pois o homem até hoje trabalha e trabalha. Como trabalha!
De antemão, peço desculpas, se porventura eu me esquecer de convidar alguém, mas adianto: a lista de convidados sairá quentinha da memória de Waldyr, como saíam as plaquinhas de chumbo da linotipo do JMC prontinhas para a paginação do jornal na oficina da Rua Dr. Santos, 103, aí em Montes Claros.
Eis a lista: “Walter Andrezzo – linotipista (falecido); Milton Ruas – linotipista (não sei por onde anda); João Dias (e não José) – paginador (surge de vez em quando); Dona Maria – expedição (foi “expedida” há tempos); Heloisa (sumiu, reapareceu e de novo sumiu); Tião Camurça – impressor (cantor que “cantava” – ainda vive); Zé Versiani – grande figura, barulhento e agitado (vivo); Zé Colares – paginador dos mais eficientes (morto ); Marcionilio, antes do Zé (foi para Divinópolis, onde morreu); Odete Orlina (secretária, consta que não está bem, mas sumiu); Florival Ferreira (ótimo repórter, foi trabalhar na CEF, em Paracatu – ou seria João Pinheiro? – onde “mexe” com rádio); Flávio Pinto – que você conhece, tem até livro publicado; Caio Lafetá – de rápida passagem (foi-se); Reginauro Silva (dirige um jornal aqui, de Rui Muniz); Hélio Ribeiro (virou professor e nunca mais eu vi); Garcia (ou, se preferir, Nenzinho, ou “Astronauta”, como dizia Lazinho, pois ele tinha aparência de um ET devido aos óculos) – é mototaxista e o encontro sempre; Lazinho – preciso falar? Sempre que ele me via “jogando pedra”, naquele aperto doido, chegava advertindo: “cuidado, você está trabalhando demais, olha o infarto” (morreu há uns quinze anos, de infarto do miocárdio); figura da melhor qualidade, sempre presente na nossa memória); Waldemar Brandão – ótimo profissional, foi para o Banco do Brasil em Brasília, onde foi redator de uma revista do BB; aposentou-se e mora em BH, fazendo o quê, não sei; centenas de vendedores do “Jornal de Montes Claros de hoooooooje”, que eram crianças e se tornaram adultos e atualmente me reconhecem na rua e conversam comigo como se eu fosse computador para armazenar na memória aquela cambada toda); estes, certamente, sobreviverão muito tempo ainda, mas não poderão ser convidados para a grande festa que você pretende promover; envelheceram muito, pois eram crianças e agora são adultos e ninguém sabe por onde andam”.
Recebida a lista, acrescento, entre os convidados: Zé Branco (ainda vive?), Lúcio Benquerer, Robson Costa (falecido), Carlos Lindenberg, Paulo Narciso, Itaumary Telles, que entrou em meu lugar logo que saí do JMC para o jornal Estado de Minas; Paulo Braga e... Se me esqueci de mais alguém, repito, peço desculpas. Mas todos se sintam convidados para a festa. De modo geral, os montesclarenses ausentes e presentes, inclusive o ex-escravo, Tuia, que tinha uma casinha de madeira azul na garagem da casa velha da rua Dr. Santos, 103.

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Mensagem N°56733
De: Maria Teresa Data: Terça 30/3/2010 19:14:22
Cidade:

A comédia stand-up de Belo Horizonte estará em M. Claros, dia 10 de abril, às 20h, na OAB, bairro Ibituruna. O grupo “Queijo, Comédia e Cachaça” e o humorista João Basílio de Paula, neto do médico e historiador Hermes de Paula, apresentam na cidade o gênero de humor que vem conquistando o país. (...)

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Mensagem N°56731
De: Melo Data: Terça 30/3/2010 18:45:10
Cidade: BH

Anastasia tomará posse amanhã como governador de Minas no lugar de Aécio, que deixa o cargo para se candidatar. Pode ser vice de José Serra, embora esta hipótese já tenha sido mais provável. Já Anastasia, até aqui vice e amanhã governador, seguirá mantendo contatos para se eleger, ele próprio, governador, com ajuda de Aécio. Itamar Franco sai para senador, tendo Aécio por colega de disputa, muito provavelmente. Tudo em casa.

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Mensagem N°56729
De: Ricardo Lucatelli Data: Terça 30/3/2010 17:43:12
Cidade: Viçosa/MG

Sinto falta das crônicas postadas nesse mural pelo Dr. Luiz de Paula. Não deixo de ler uma sequer.

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