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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 26 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Curiosidade A curiosidade é conceituada como a capacidade natural e inata da inquiribilidade, que engendra a investigação e o aprendizado. O ser humano sempre procura conhecer o que lhe é desconhecido. Ser curioso é mérito, uma qualidade, mas a curiosidade, muitas vezes, leva à invasão de espaço alheio. É a curiosidade que nos leva à evolução. Sem curiosidade não há aprendizagem. Foi a curiosidade que me levou a saber que são necessários oito minutos e dezessete segundos para a luz viajar da superfície do sol à terra; que todos os anos, um milhão de terremotos sacodem a terra e que a cada segundo, cem raios atingem a superfície terrestre e que mil pessoas morrem, todos os anos, vítimas de raios. E, mais, que se você conseguisse dirigir seu carro na vertical, direto para cima, levaria apenas uma hora para chegar ao espaço sideral (algo em torno de 65 km). Foi a curiodidade, ainda, que me levou a saber que o beija-flor é tão leve que se pode empoleirar numa simples folha de relva. Os seus ovos são do tamanho de uma ervilha e a ninhada inteira cabe dentro de uma colher de chá. Mas não é dessa curiosidade que quero falar. Não faz muito tempo, estava eu com meu amigo Antônio Gonçalves (Lieta), tomando um vinho, em um dos restaurantes da cidade quando de nós se aproximou, com real satisfação, meu amigo e colega de internato no Instituto Padre Machado, de Belo Horizonte, o Dr. Francisco Lopes, conceituado médico e consagrado pintor. O Chico Lopes, como o chamamos, questionou-me certa feita, quando nos encontramos muitos anos depois da vida de estudantes, porque eu era advogado e não engenheiro. Lembrou-se de que eu passava colas de matemática para a turma. O saudoso Murilo Badaró, nosso comum colega de ginásio, lembrava-se disso. Voltando ao vinho. A garrafa estava naturalmente coberta, resfriando no balde com gelo. Meu amigo Dr. Chico Lopes, após os cumprimentos, comentou: - Tomando um vinhozinho! Sentindo que aquele ”vinhozinho” trazia um pouco de ironia, Lieta respondeu: - É! Estamos degustando um Brunello di Montalcino. Os olhos de meu amigo se abriram, mas ele nada comerntou. Despediu-se e assentou-se em outra mesa próxima. Para os que não são enólogos é importante esclarecer que o Brunello di Montalcino é um vinho tinto (em torno de US$ 230.00 a garrafa), produzido na região da Toscana, território da comuna de Montalcino, província de Siena, Itália, o primeiro a ser elevado à categoria de DOCG, uma distinção destinada somente aos melhores vinhos da Itália atestando e garantindo sua qualidade. Um desejo intenso de confirmar assentou-se no espírito do enólogo Dr. Chico Lopes, acostumado aos melhores vinhos. Ele ficou desassossegado em sua cadeira, curiosamente agitado. Foi atendido pelo garçom e fez o seu pedido. Súbito ele levantou-se e voltou à nossa mesa. Sem nada nos falar, ele afastou o guardanapo que cobria o vinho e levantou a garrafa de Porto Mouro, modesto vinho da serra gaucha (R$ 10,90 a garrafa). Ele sorriu e regressou à sua mesa. Nós sorrimos.

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