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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 13 de novembro de 2024

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Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°21361
De: Waldyr Senna Data: Sexta 23/2/2007 15:12:00
Cidade: Montes Claros/MG

Insegurança que preocupa

Waldyr Senna Batista

O noticiário do cotidiano policial conflita com o que afirmam as principais autoridades responsáveis pelo setor de segurança pública em Montes Claros. Tanto o comandante do 10º Batalhão, tenente-coronel Heli José Gonçalves, quanto o delegado regional da Polícia civil, Aluízio Mesquita, embora reconhecendo ser de extrema gravidade o problema que aflige a cidade, procuram transmitir tranqüilidade, assegurando que a situação está sob controle. Mas, nas ruas, continua acontecendo todo tipo de crime, desde assaltos a mão armada e furtos, até arrombamentos e furtos de veículos. Ontem, a imprensa noticiou mais uma execução, configurando a continuidade da guerra por pontos de drogas ( uma pessoa foi abatida com doze tiros). Essa seqüência de delitos leva a população a descobrir semelhanças com o que os meios de comunicação divulgam sobre os grandes centros, onde já se instalou uma espécie de guerra civil não declarada.
O comandante do 10º BPM garante que os índices de criminalidade em 2006 foram menores em 16,6% no que se refere a crimes violentos, fato que não acontecia desde 2001. E fala em atuação integrada das duas polícias mediante a implantação das AISP ( Áreas integradas de segurança pública), que prevêem a divisão da cidade em quatro regiões para maior eficiência do policiamento, ostensivo e repressivo. Pontos críticos, como botecos, bares e similares, onde ocorrem com maior freqüência atos que perturbam o sossego público, passarão a ser visitados com mais rigor, para coibir som alto, brigas, uso de drogas e prostituição. Logo que o esquema estiver em funcionamento, diz o policial, a população sentirá “sensação de segurança”.
O delegado regional também anuncia medidas inovadoras. Fala na implantação de “nova mentalidade” em sua corporação, no preparo dos policiais, e não deixa por menos: “Bandido comigo não tem vez”, diz, em entrevista. Na sua opinião, a polícia será tanto mais eficiente quanto obtiver o respaldo da população, que precisa utilizar em maior escala o serviço de disque-denúncia. E reconhece que, se for feita pesquisa na cidade, o item da segurança pública aparecerá em primeiro plano. Daí por que a ênfase é o aprimoramento do pessoal diretamente ligado à repressão ao crime, em suas diversas modalidades, tais como assaltos, homicídios, furtos, roubos e tóxicos. Na avaliação do delegado, no que se refere à segurança pública em Montes Claros, 2007 será melhor do que 2006, mesmo a despeito do elevado número de homicídios e assaltos que se registram: “A onda de crimes registrada em janeiro é passageira. Com persistência e dedicação, inteligência e preparo, estamos virando o jogo” – garante o delegado.
Sobre a possibilidade de o crime organizado estar instalado em Montes Claros, o que explicaria a sequência de execuções, o tenente-coronel Heli José Gonçalves admite, quando muito, o envolvimento de “pessoas gananciosas” no tráfico de drogas, afastando a hipótese de associação de bandidos que discutem e planejam crimes. E conclui: “Ocorrências mais complexas, aqui, e que foram frustradas, tiveram envolvimento de pessoas de fora”.
Como se vê, tanto o delegado Aluízio Mesquita quanto o comandante Heli José Gonçalves têm visão otimista do setor da segurança pública. Mas a população, que se sente prisioneira dos bandidos, pensa de forma diferente e vê com ceticismo a possibilidade de as medidas anunciadas virem a corrigir a situação. Assim, é quase certo que ninguém se contentará em apenas sentir “sensação de segurança”, como preconiza o comandante. Só fatos concretos conseguirão mudar o conceito de insegurança que predomina na cidade, de maneira palpável.

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Mensagem N°21346
De: marcio Data: Sexta 23/2/2007 11:02:53
Cidade: Minas gerais

conheço muito bem aglomerado feijão semeado e o que vem acontecendo já era esperado e vai acontecer mais se as autoridades municipais ´~ao tomarem atitudes de verdadeiros representantes do povo e deixarem de hipocrisia o primeiro passo e pegarem as criançadas e adolescentes que estão na total osciosidade e exlusão social,desenvolvendo um projeto social eficiente oferecendo estudos e cursos profissionalizantes,segundo passo e acabar de vez com os becos com um projeto de urbanização,pois o que dificulta e muito a ação policial.só assim dariamos uma solução para o caso e olha que isso aí vai poupar muitas vidas e os cofres públicos não vai gastar muito dinheiro com essa obra.

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Mensagem N°21344
De: [email protected] Data: Sexta 23/2/2007 10:49:32
Cidade: Minas gerais

aquilo alí que está acontecendo no aglomerado "feijão semeado"é só o começo e vai acontecer mais mortes porque nenhum dos traficantes querem perder aquela boquinha.enquanto as autoridades de preferência a municipal,pois os prefeitos e vereadores ficam assistindo de camarote e não fazem porcaria nenhuma.O que podemos esperar daquilo lá pois o povo vive numa completa exclusão social é de segunda a segunda na osciosidade sem nenhuma pespectiva de melhora,as crianças que ficam nas entradass são agenciadas para denunciarem a entrada de viaturas policiais e entregarem as drogas aos usuarios que vão alí comprarem e quando a pm que é a única que procura fazer alguma coisa com muita dificuldade devido sua ostensividade chega a flagrar e prende-los se esbarram no estatuto do menor e dificilmente chegam no traficante pois a lei do aglomerado"ninguém viu nada ou ninguém sabe de nada.esses politicos municipais deveriam deixar de hipocrisia e começarem com um projeto sério para aquele local com uma politica social efetiva e um projeto de urbanização acabando com os becos só assim resolveremos o problemas,vê se acorda politicos hipócritas...

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Mensagem N°21342
De: Antônio Carlos Data: Sexta 23/2/2007 10:41:16
Cidade: M. Claros

Nas comemorações dos 150 anos da cidade de M. Claros está previsto o relançamento de 15 livros, esgotados, sobre a história da cidade.
Sugiro ao presidente da Câmara instalar uma escolinha para que os nossos vereadores, quase todos, tomem conhecimento de como a nossa cidade se formou.
Talvez, assim, contribuam de alguma forma, ao invés de gastarem, todo mês, 600 mil reais da população. (...)

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Mensagem N°21341
De: Carlos Data: Sexta 23/2/2007 10:39:18
Cidade: M. Claros

Realmente é estranho que a assessoria do nosso prefeito venha divulgar sua visita ao supermercado em construção na avenida coronel Prates. Expor o prefeito a uma situação vexatória para ele, cercada de indagações, não parece ser função de assessor. Ou a assessoria trabalha contra o prefeito e (...)

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Mensagem N°21333
De: Wilson Data: Sexta 23/2/2007 07:59:41
Cidade: BH

22/02/07 - 20h45 - Prefeito visita hipermercado (em construção) na Coronel Prates; estacionamento terá capacidade para 330 carros

Esta notícia é esclarecedora, sintomática. Desde o começo se falou muito que a reforma/descarcterização/estreitamento da avenida coronel Prates, feita pela prefeitura com dinheiro de uma empresa sueca, a Novo Nordisk, seria na verdade para beneficiar o supermercado, que derrubou o prédio do Colégio Diocesano, que também foi da prefeitura. A visita, tão cordial, do prefeito, como relata sua própria assessoria, não desencoraja a versão também muito ouvida entre os montesclarenses que residem em BH, como eu. Apenas reforça as indagações. Devemos aguardar agora o funcionamento do supermercado, ou hipermercado, para examinar como ficará o centro de m. claros. (...)

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Mensagem N°21331
De: Malveira Data: Sexta 23/2/2007 07:32:01
Cidade: M. Claros

Façam um levantamento dos crimes em M. Claros. Os dados vão revelar que os crimes estão ocorrendo, ou partem, das áreas favelizadas da cidade pelos políticos da década de 80. Eles foram avisados, tinham a obrigação de saber da irresponsabilidade que praticavam, mas (...) e preferiram pensar nos próprios interesses - os votos. Agora, a cidade está de cabelo em pé, sem saber para onde correr. Levantem os dados da criminalidade em M. Claros, repito. (...)

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Mensagem N°21330
De: Antônio Eustáquio Freitas Tolentino Data: Quinta 22/2/2007 23:54:19
Cidade: Montes Claros

É realmente assustadora a última notícia sobre tiroteio no "Feijão Semeado". Parece que Montes Claros está se transformando em um novo Rio de Janeiro. Preocupante, realmente assustador. Fazer o quê? Quem vai resolver isto? Só nos resta pedir paz e sorte a Deus e esperar ações aos montes dos responsáveis pela segurança pública.

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Mensagem N°21327
De: Irene Barbosa Data: Quinta 22/2/2007 22:40:15
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

A população de Montes Claros entra de vez no rol das vitimas do terrorismo e do medo. Não daquele terrorismo dos talibãs mas da iminência de serem atingidos pelas balas perdidas da favela feijão semeado. Como educadora trabalhei nas imediações e posso afirmar com certeza que a situação ali é pior do que qualquer pessoa pode imaginar. É impossível andar pelas imediações sem sentir medo. Acredito que quando algum "bacana" levar um balaço na cabeça quando estiver indo ou vindo do aeroporto o problema do feijão semeado será resolvido dentro de 24 horas. Tomara que isto não precise acontecer.

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Mensagem N°21326
De: Evaldo Malveira Data: Quinta 22/2/2007 22:33:47
Cidade: montes claros  País: brasil

Tem razão a opinião do leitor que alerta para o risco de bala perdida nas proximidades do bairro Cristo Rey. Está na hora de alguma autoridade se manifestar neste espaço para pelo menos dizer que estão também tendo esta preocupação. O fato de saberem que corremos risco de sermos apanhados por uma bala perdida já nos trazem um fio de esperança de que alguma coisa possa ser feita. Não seria o caso de algum vereador se prontificar a levantar esta bandeira em defesa da cidade inteira que corre perigo?

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Mensagem N°21322
De: Irani Data: Quinta 22/2/2007 21:55:22
Cidade: B. S. João/ Moc

O pior nesta história do Feijão Semeado é que a população ainda vai ter que pagar uma vultosa indenização pelo terreno, doado pelos políticos - como se fosse favor pessoal deles, caridade pessoal, donativo pessoal. Há, ainda, as indenizações de várias outras áreas favelizadas, como o Ciro dos Anjos, o Chiquinho Guimarães, etc.etc, todos núcleos exportadores de violência. Neste momento, a administração de M. Claros já está inviabilizada pelas ações irresponsáveis praticadas nos anos 80. É só levantar os débitos judiciais.(...)A ação desastrosa dos políticos populistas e demagógicos vai recair sobre o futuro de M. Claros ainda por muitas décadas. Enquanto isto, eles estão (....) às nossas custas.

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Mensagem N°21315
De: Antero nogueira Data: Quinta 22/2/2007 17:06:19
Cidade: MONTES CLAROS  País: BRASIL

Gostaria apenas de fazer par com a senhora Maria da Glória de mensagem n 21300,que mora nas imediações do "Feijão Semeado", dizer que estas lamentações dela,acredito ser as mesmas de todas as pessoas que moram nos arredores daquele local,eu tenho um comércio mais próximo da pracinha e já fui assaltado duas vezes,uma destas tive um revolver apontado para a minha cabeça,foi um trauma tão grande que precisei me consultar com psicologo.Mas também não podemos esquecer que alí naquele meio existem pessoas honestas que estão alí por falta de opção é preciso agir com mais severidade com os marginais covardes que se refugiam para praticar seus delitos.

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Mensagem N°21313
De: Martins Data: Quinta 22/2/2007 16:36:59
Cidade: M. Claros

A exposição de velhas máquinas agrícolas no canteiro da avenida Magalhães Pinto, perto da Coteminas, pode provocar um acidente. As máquinas estão no meio da avenida, no lugar do canteiro central. Até atropelam as Palmeiras que foram plantadas alipela prefeitura, evidentemente com o nosso dinheiro. Já há mais de um mês estão estacionando máquinas no local e - perigo - a lâmina de um trator está quase invadindo a pista de asfalto. Pode causar um acidente.
Será se alguém se preocupa conosco, a população ???

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Mensagem N°21312
De: Ruth Tupinambá Data: Quinta 22/2/2007 16:02:55
Cidade: Montes Claros/MG

OS "COMETAS"

Hoje, vivemos numa sociedade puramente capitalista. As pessoas andam numa ansiedade indiscutível.
O desequilíbrio sócio-econômico causa-Ihes tamanha angústia que, sem sentirem, começam a comprar como se isto fosse uma válvula de escape.
As butiques vivem cheias e, quanto mais sobem os preços,
mais a freguesia aumenta.
Os vendedores de jóias, com suas sacolas disfarçadas, cheias de ouro e prata, percorrem as ruas, visitando as famílias, escolas, oferecendo facilidades de pagamento, onde os juros se multiplicam assustadoramente.
As grandes lojas, com seus crediários "esfolantes", dominam o comércio e é tão grande a "neurose" de comprar que, não se falando de classe alta, a média e a baixa, mas também os mais pobres, que moram mal, em favelas, barracões cobertos de tábuas, capim e até papelão, não têm dinheiro suficiente para o arroz e o feijão. Entretanto, a maioria possui televisão a cores, com, geladeira, fogão a gás, aparelhos eletrodomésticos, tudo adquirido pelo crediário.
Vivem espremidos, numa promiscuidade nojenta, soltam os filhos na rua, pedindo esmolas, se sacrificam para possuírem os eletrodomésticos tão propalados e endeusados nas propagandas fantásticas da televisão.
Sem sentir, vão aderindo ao chamado irresistível do consumismo e, como autômatos, vão fazendo tudo que a TV ordena, mesmo sem necessidade, arrependendo-se muitas vezes, de compras inúteis.
Hoje existe muito conforto, desde a cozinha à sala de visitas, e em todos os setores. Estamos na era da cibernética. Máquinas para tudo e para todos.
Se recuarmos algumas décadas, veremos com espanto, como a civilização modifica uma sociedade e, embora seja muito bom, prático, agradável e necessário, nós pagamos um preço muito alto. Tudo é mais fácil, confortável e apaixonante. Eu não sou contra. O meio nos obriga a agir assim. Mas, em decorrência disto, surgem as "neuroses", angústias, depressões, "stress", analistas e adeus tranqüilidade.
Voltemos ao passado e nos deleitemos com a calma e a sabedoria dos comerciantes do tempo dos nossos avós.
A população, embora simples, despretenciosa, gostava, também dos artigos bons, finos, que na maioria eram importados, pois nossa indústria era muita precária.
Mas, para felicidade daquela gente, existiam os "cometas" (viajantes representantes de grandes firmas comerciais idôneas) que traziam tudo do bom e do melhor do Rio, São Paulo, Bahia, para nosso comércio, em tropas, nos lombos dos burros, pois vivíamos aqui quase incomunicáveis, pela falta das ferrovias e rodovias.
Esses valentes "cometas" atravessavam vastas extensões desertas, dentro da mata virgem, ouvindo apenas o piado choroso do zabelê e o canto triste do "fogo pagô", num sol e calor estafantes, e muita poeira, até encontrarem uma pousada menos agreste, com água, onde pudessem arranchar com sua tropa..
Ao se aproximarem das cidades, a "madrinha" da tropa, à frente dos outros animais, toda enfeitada, com peitoral de prata luzente e o tilintar dos guizos, anunciava sua chegada.
Era uma novidade. Soltavam até foguetes, e a cidade os recebia com festas. Os "cometas", estes valentes pioneiros das estradas, eram geralmente viajantes traquejados, com alguma cultura, inteligentes, espirituosos, contadores de anedotas e piadas, educados, e traziam grandes novidades das capitais tão distantes da nossa cidade.
Eram, portanto, recebidos com muita alegria e não faltavam, para eles, convites para jantarem em casas das principais famílias, onde leitão, frango assado e carne de sol eram caprichosamente preparados para os ilustres visitantes.
Os "cometas" tornavam-se grandes amigos e "compadres", pois os afilhados se multiplicavam nas tradicionais famílias de nossa cidade.
Havia, é certo, "aquela preferência" por certos "cometas" mais distintos e educados, que tinham diplomacia para negociar e cativar a confiança e simpatia dos sertanejos. Não pensavam só em arrancar o dinheiro suado daquela gente simples, mas tinham, so­bretudo, muita consideração, acreditando na sua honestidade onde a palavra era respeitada (o fio de cabelo da barba valia como documento), dispensando as promissórias e a duplicatas que hoje enforcam os comerciantes.
O comércio era pequeno e eles poderiam percorrê-lo e fazer os "negócios" em 2 ou 3 dias, mas os "cometas" não tinham pressa em sair de Montes Claros. Era como se estivessem em casa. Já tinham as eleitas do coração, namoradas que aguardavam a chegada deles, durante meses, olhando a estrada poeirenta, na esperança de ouvir o barulho característico da "tropa" e à frente, seu bem amado.
Aqui chegando, ficavam totalmente à vontade e se demora­vam meses. Faziam "pião" aqui. Corriam a praça e seguiam para Brasília de Minas, São Francisco, Januária, Pirapora, Coração de Jesus, Bocaiúva e para o Norte afora, Francisco Sá, Pedra Azul, Salinas, Araçuaí, voltando à pacata e hospitaleira Montes Claros. Geralmente, nunca se hospedavam em hotéis ou pensões. Na maior mordomia, alugavam uma casa bem situada, onde poderiam espalhar as enormes malas cheias de mercadorias.
Casa era então muito fácil e barata, e muitos deles nem pagavam aluguel. Eram tão queridos que os senhorios (possuíam casas fechadas na cidade) se sentiam felizes em cedê-las pois os consideravam tão importantes que a cidade tinha a lucrar com sua presença.
Eles traziam de tudo das capitais: tecidos, ferragens, armarinho, louças, calçados, artigos de cama e mesa, bijouterias, chapéus, perfumes. Como não havia clubes sociais, os grandes sobrados, comemorando a chegada dos "cometas", abriam suas portas para os saraus, com piano, flauta, violino, violão, única oportunidade para um entrosamento melhor entre moças e rapazes. As famílias mais requintadas tinham orgulho em apresentar suas donzelas educadas em Diamantina (era o centro civilizado mais próximo e acessível) que sabiam tocar piano e declamar, exibindo sua cultura. As moças, numa euforia total, preparavam-se para este acontecimento com o coração cheio de sonhos e esperanças. Num abrir e fechar de olhos, os convites eram feitos e todos comestíveis preparados. Os "baús", tanto tempo fechados eram alegremente abertos, de onde retiravam, envolvidos em lençóis de cambraia, cheirando a naftalina, os vestidos de festas, de tafetá, bem rodados, anáguas rendadas, os chales de sede com longas franjas douradas. Os adornos, colares, brincos, anéis, pulseiras de ouro, eram cuidadosamente retiradas das caixinhas, assim como o perfume "Patchilie" (francês), as meias de seda e o espartilho, indispensável para aprimoramento da silhueta.
A valsa e o tango eram os mais preferidos e, com todo o respeito, sob os olhares perspicazes dos familiares, os pares rodopiavam nos salões, cujas tábuas corridas eram lustradas cuidadosamente com velas, para se tornarem escorregadias.
Os rapazes, com todo requinte, copiando a moda das capitais, ternos bem talhados, gravatinha borboleta, sapato duas cores e muito penteados, perfumados e englostorados, exibiam "passos", elegantemente, deixando as sertanejas encantadas e eternamente apaixonadas. As bonitas sacadas de ferro batido, trabalhadas em arabescos onde os casais enamorados, discretamente, se ocultavam dos demais, eram testemunhas das juras de amor.
O sarau se prolongava até à meia-noite, quando então os pais se alvoraçavam em levar para casa as donzelas, deixando os "Romeus" com água na boca. . .
E assim, durante muitos anos, os "cometas" por aqui passaram, milhares deles, deixando uma grande contribuição para o progresso de nossa terra. Muitos deles chegavam a trocar a beleza, o conforto, a civilização das capitais pela simplicidade e aconchego do nosso sertão, aqui se radicando, escolhendo aqui as suas companheiras.
E que o olhar sonhador, a faceirice, a pureza, a beleza simples e a ingenuidade da sertaneja conquistavam seus corações. Podemos citar, entre os muitos que deixaram saudades: Seu Roque, Rodrigão, Albertino, Ascendino Dias, Geraldo Vale, que ainda vive e radicado em Bocaiúva. Salientamos aqui os grandes "cometas" que foram Jaime Rebelo (casou-se com Dona Lôrinha), Cel. Luiz Pires (casou-se com Dona Vidinha), José Francisco Martins (casou-se com Maria Glória Lafetá). Todos estes eram portugueses que vie­ram para o Brasil, ainda adolescentes, foram os grandes pioneiros do sertão, aos quais muito devemos, e se tornaram montes-clarenses de coração.
Ligados pelos laços do casamento, aqui fixaram residência e, com grande amor por esta terra, lutaram pelo seu progresso, desenvolvimento sócio-econômico, político e cultural, empenhando­se com outras capitais e o governo para que chegasse para nós a civilização.
Todos estes já morreram, mas jamais serão esquecidos. Deixaram em toda a cidade os marcos da sua passagem: na política, na indústria, no comércio, na educação, e aqui ainda estão seus filhos, seguindo as mesmas pegadas dos pais, montes-clarenses, de corpo e alma, prestigiando nossa terra em toda sua vida sócio­econômica (como políticos, educadores, industriais, médicos, advogados e outros profissionais liberais), para que ela cresça cada vez mais, tornando-se não a princesa, mas a Rainha do Norte de Minas. Nós os bendizemos, "cometas" que por aqui passaram e merecem nossa admiração e eterna gratidão.

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Mensagem N°21310
De: Ruth Tupinambá Data: Quinta 22/2/2007 16:01:07
Cidade: Montes Claros/MG

MINHA ESCOLA ERA ASSIM...

Quem, ainda hoje, depois de longos anos, já com as têmporas esbranquecidas, as rugas sulcando-lhe as faces, outrora tão belas, há de se lembrar da sua primeira professora, do seu primeiro dia de aula?
Com que saudades recordamos aquela figura maravilhosa, que conosco conviveu longos anos, perdoando nossas peraltices, desculpando nossas falhas, com o coração cheio de amor e abnegação, debruçada sobre nossas carteiras, ajudando-nos a decifrar os símbolos, abrindo nossas mentes, mostrando-nos horizontes mais belos à custa de tantos sacrifícios e grande desgaste físico!
Chegara o dia de ir à Escola, completara sete anos. Amanheci eufórica, preocupada, uma vida nova surgia para mim.
Mamãe lavou meus cabelos, cortou-os curtinho (para não pegar piolho), cortou minhas unhas e me fez uma série de recomendações: mostrar que era educada, bem comportada, não falar nomes feios, obedecer os mais velhos...
O grupo escolar Gonçalves Chaves foi minha escola. Funcionava no sobradão da rua Cel. Celestino, onde é hoje a Fafil. Aquela rua tão aconchegante, pequena, escondida atrás da matriz, era movimentada no período das aulas.
Em frente à Escola, na esquina das ruas Cel. Celestino com Dona Eva, havia uma "venda" onde podíamos comprar doces, balas, biscoitos. Em cima do balcão tosco ficava uma vitrine pequena, em que podíamos contemplar, através do vidro, embaçado pela poeira, pães, roscas, doces de mocotó e pedaços de queijo cortados em triângulos, onde alguns mosquitos passeavam tranqüilamente.
Nas prateleiras, rapaduras, garrafas de aguardente, maços de fósforos e, no canto do balcão, um grande rolo de "fumo da mata". Espalhados pelo chão de tábuas corridas e gastas pelo tempo, sacos de sereais e latas de querosene. Na porta, cavalos amarrados, dos roceiros que vinham comprar gêneros de primeira necessidade e esquentar a garganta com uma boa pinguinha...
Eu morava perto da venda e mamãe me recomendava quando ia para a Escola:
- Passe com jeito, olha o coice do cavalo.
Enquanto aguardávamos o horário, os meninos se ajuntavam na porta da venda e faziam enorme algazarra. Alguns mais levados cotucavam os animais com varinha (com prego na ponta), só para vê-los levantar o rabo e soltar uma "barrela" e, espantado, arrebentar o cabresto procurando acertar o pé em alguém. O dono saía à porta, passava uma descompustura nos meninos e procurava acalmar o animal.
A sineta tocava e corriam todos para o pátio. As aulas, num só turno, eram de 12 às 16 horas, meninos de um lado, meninas de outro, num enorme salão com carteira duplas.
Na minha escola já não existia a palmatória (famosa no tempo de nossos avós) pendurada no prego, enfeitando a parede da sala de aula. Entretanto, ainda havia os castigos, ficar de pé, lá na frente, com braços para cima; puxões de orelha e "coque" que deixavam os alunos desnorteados. Para os mais rebeldes, havia ainda o "quarto escuro" (pavor da criançada) aonde seu Carlos Câmara, um velhinho de cabeça branca, porteiro da escola, levava o aluno indisciplinado, pelo braço, trancava-o na "escuridão" até o final da aula.
O nosso rio Vieira, hoje o sujo esgoto da cidade, era, naquele tempo, de águas cristalinas, margens verdejantes, livre da poluição, a tentação da meninada da Escola. Ficava pertinho e era para lá que os alunos fugiam. Largavam o uniforme na beirada e pulavam "peladinhos" nos poços mais fundos e escondidos atrás das grandes moitas. Seu Carlos ia buscá-los, era ordem do diretor. Muitos fugiam, pelados mesmos, para os fundos das chácaras vizinhas, tapeando o velho porteiro, e os "capturados" iam se esquentar no "quarto escuro". Esta "diligência" era quase todos os dias, pois os meninos não resistiam ao convite das águas cristalinas do rio Vieira.
Tudo era difícil para professores e alunos. Sem comunicação, as distâncias se multiplicavam. O comerciante pedia o estritamente necessário. O material escolar era escasso, não sei mesmo como as abnegadas mestras conseguiam ensinar.
Lembro-me, levava o meu material escolar numa caixa de sapatos, não tinha pretensão de ter uma pasta de couro, aliás ninguém a tinha. Dentro, eu coloca a célebre "cartilha de Thomaz Galhardo", um livro simples (com gravuras preto e branco) com frases já bastante conhecidas e decoradas por várias gerações anteriores. Os livros eram sempre os mesmos. Ainda me lembro da primeira lição daquela cartilha:
- Vovô vê a ave.
- Olhe a uva do vovô.
- A ave pia e vôa.
- O dedo da vovó dói.
Levava ainda dentro da caixeta 3 cadernos de 20 folhas cada:
"Nº. 1" para caligrafia; "Nº. 2", para cópia e ditado; "Nº. 3", para geometria, lápis preto e borracha.
Não tínhamos as gostosas merendas de hoje: lanche Mirabel, Danoninho, Iogurte, Coca-Cola, mil sanduíches, sucos e chicletes.
Ninguém se preocupava em levar merenda, comprávamos os doces de dona Antoninha, única servente daquela escola, uma velhinha esperta, já beirando os 60, e que dava conta de tudo sozinha: varrer os enormes salões, tirar poeira, coar café para as professoras, tirar água na cisterna para abastecer toda a escola, lavar os pátios e colocar água nos filtros. Ainda sobrava tempo para fazer tachos de doce de mamão ralado, com rapadura, que nos vendia por 40 réis cada (cobre caiano).
Dona Antoninha era uma figura interessante, até bonita, de cabelos alourados, puxados para trás, presos à nuca em coque, olhos azuis, muito tranqüilos. Arrastava um chinelo de liga o dia inteiro, subindo e descendo escadas, levando recados, giz, café para as professoras, sempre de cara boa, era nossa amiga e defensora, nunca nos "dedurava". Tinha seus prediletos, para quem levava, debaixo do chale preto, que sempre usava, um doce, uma fruta, um pedaço de queijo.
Quando tocava a sineta para o recreio, começavam os "negocinhos e berganhas". Os doces de dona Antoninha eram tão grandes que os partíamos ao meio, trocando a metade por fruta que as colegas traziam dos seus enormes quintais.
Naquele tempo, o governo nem sabia como as crianças dessa escola (nem das outras) merendavam nem como aprendiam. Hoje, vivem todos preocupados: "menino com fome não aprende", e procuram suprir as cantinas das escolas.
Naquele tempo, como aprendiam? Havia muita criança caren­te, e nas despensas das escolas, nada, nem para os ratos.
Mesmo assim, com a carência de material e merenda, o aluno aprendia a ler, a escrever, a contar, e tudo o mais existente nos pro­gramas, e ainda decoravam poesias enormes como "Pássaro Cativo", de Olavo Bilac, "Meus oito anos", de Cassimiro de Abreu, para demonstrar sua cultura nas visitas do inspetor escolar.
Quando este chegava, era um sufoco! Éramos obrigados a comparecer com uniforme completo, as meninas com laço de "organdi engomado" no cabelo, que mais parecia hélice de avião.
Quando o inspetor nos olhava, nos encolhíamos, procurando esconder-nos atrás das colegas mais altas. Jazon de Morais foi, du­rante muito tempo, nosso inspetor escolar, e nos visitava 2 a 3 ve­zes por ano. Muito educado, bem vestido, elegante, falava baixo e compassadamente, esforçando-se para não nos encabular. Aos pou­cos, ia nos argüindo, fazendo perguntas sobre: Tiradentes, Padre Anchieta, Pedro Álvares Cabral, Dom Pedro I, Dom Mat1°el, José Bonifácio, os Inconfidentes, Princesa Izabel, etc. Aquilo, para nós, era quase um vestibular.
No último horário, cantávamos hinos carinhosamente ensaia­dos (por D. Laínha, nossa professora de canto), reunidos no pátio, perfilados, meninas de um lado, meninos de outro, deixando no meio um espaço reservado para seu Álvaro Prates, que passeava pa­ra lá, para cá, revistando a turma como um general à sua tropa.
Essa era a melhor hora, pois era oportunidade de vermos os meninos de todas as classes - os namorados... só de longe, troca de presentes e bilhetes.
Certa vez, durante o "canto", o Filó de Sílvio Teixeira me de`u uma "cantada". Mandou-me um "bilboquê" todo incrementa­do de presente e um bilhete me pedindo para namorar. Fiquei ra­diante! Eu já estava na 3ª série e ele na 4ª, e o coração já começava a bater pelo sexo oposto. Mas nosso romance não chegou a flo­rescer. a "complô" foi descoberto e chegou ao ouvido do diretor. a pobre enamorado foi para o "quarto escuro" de castigo... e eu tive que devolver-lhe o presente.
Hoje, as crianças das nossas escolas têm um materia1 maravi­lhoso, as vantagens do rádio, da televisão, dos gravadores, "slides", projetores, cadernos e livros, que são verdadeiras obras de arte, com variedade incrível de capas, tipos, tamanhos, gravuras lindíssi­mas. Lápis de mil cores e tipos. Borrachas e apontadores sofisticados e até perfumados. Assistência total dos pais e professores par­ticulares. As pastas de tal luxo e esnobação! Entretanto, com tudo isto os alunos saem da 4ª série, ou mesmo da 8ª, totalmente despreparados, na maioria.
Hoje, encontramos na rua crianças com aquela "mochila" às costas, tão cheias de apetrechos escolares, ela envergada com o pe­so mal pode andar e, triste, já pensando no "interminável dever de casa".
Os pais exigem, os professores apertam e cobram, tirando-lhes os intervalos para o lazer. . .
Desde cedo impingem-lhes aulas de dança, balé, inglês, piano, violão, natação, flauta. Ela cresce nervosa, tornando-se um adulto precoce, convivendo quase só com adultos e, portanto, adulta an­tes do tempo. Mais tarde surgem as frustrações e, com estas, o ana­
lista, que é a "coqueluche" do soçaite.
Não sou contra o aprimoramento do corpo e do espírito, pelo contrário, o estimulo, mas tudo a seu tempo e sem exageros, dei­xando espaço para a criança ser criança e brincar. É brincando que ela adquire as melhores experiências de vida. Tirar-lhe cedo o brin­quedo, é tirar-lhe a vida, é castrá-la.
Podem dizer que sou extremamente saudosista, mas tive uma grande infância, da qual me recordo com muita alegria.
Trepar nas árvores, jogar bola na rua, pular maré, empinar pa­pagaio, pescar, nadar nos rios, brincar de "cow-boy" montados em cavalos de pau, fantasiar de super-homem, vestir as roupas da ma­mãe, calçar salto alto e andar pela casa toda, pisando torto, fanta­siada de gente grande, brincar de "casinha", "pai e mãe" com os "filhinhos" ao colo é o seu mundo encantado, o mundo da criança. E as crianças de hoje tem infância? Talvez 80 por cento são vítimas da sociedade, das contingências do meio, da vaidade dos pais.
Crescem sacrificadas, confinadas entre as paredes de um apartamento de 10º ou 20º andar, engaioladas como passarinhos,
Lá dê cima, com o rostinho colado à vidraça, olhos tristes, contemplam as luzes da cidade piscando, maliciosamente, num convite:
Você, menina, que só anda de carro e não pode nunca ser criança, venha brincar na Praça, deixar seus pezinhos ao contato da terra. Venha ver as flores que se abrem e enfeitam os jardins num colorido digno dos pincéis de um Renoir ou um Boticelli... Venha correr, saltar, sentindo a maciez do gramado verdinho e fôfo, pular maré na calçada, com os cabelos soltos ao vento, sentindo a delícia da liberdade!
Cuidado senhores pais! Olhem os pequeninos à sua volta. Dêem-lhes o melhor presente, o mais belo e precioso. Dêem-lhes in­fância, e eles serão felizes.

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Mensagem N°21309
De: Ruth Tupinambá Data: Quinta 22/2/2007 15:58:56
Cidade: Montes Claros/MG

MATRIZ DE ANTIGAMENTE

Assim decorria a vida em M. Claros. . .
A cidade era simples, desconhecia clubes sociais, rádios e televisões.
As crianças cresciam colecionando santinhos que o bondoso Padre Marcos lhes dava, ao invés de autógrafos de Roberto Carlos, Ronie Von e outros.
Não conheciam a música estridente dos "Beattles", e todo mundo gostava de um choroso violão em noites enluaradas, pois a cidade era quase escura, e quando a lua surgia não faltavam seresteiros para saudá-la.
A gente era modesta e mesmo nas tradicionais famílias ricas que podiam mandar seus filhos estudarem nas capitais, as senhoras eram distintas, mas modestamente vestidas.
Montes Claros era como uma grande famflia, e os menos afortunados não se sentiam humilhados, porque pobres e ricos brincavam juntos e se misturavam nas escolas públicas.
As crianças desconheciam "complexos" e os jovens, "angústias" e "frustrações". Enquanto as famílias, à noite, se reuniam em grupos, conversando, brincavam na rua de "chicotinho queimado", "boca de forno", "veadinho quer mel", correndo em volta do coreto da Praça Dr. Chaves, rodeado de viçosas mangueiras.
E as coroações de Nossa Senhora! Muita gente ainda se lembra, com saudades. Era o grande acontecimento da velha Matriz no mês de maio. As novenas eram animadas e, durante todo o mês, a Igreja permanecia repleta, ninguém faltava. Era nesse mês que, sob os olhos da Virgem Maria, muitos romances floresciam.
Os rapazes, muito compenetrados e caprichosamente penteados e perfumados não perdiam as novenas, pois era lá que outros olhos de longe, ansiosos buscavam os seus cheios de promessas. . .
Qual a criança daquela época que não queria subir no altar todo enfeitado, jogar flores em Nossa Senhora e colocar à sua cabeça a coroa resplandecente?
O mês de maio era mês festivo e esperado com ansiedade por todos, e a Matriz o centro de atenções.
Como nos "Début" de hoje, cidade civilizada, as mães de ontem queriam seus anjos muito lindos e era interessante a competição de vestidos de anjo. As mães se desdobravam cheias de entusiasmo, vários dias, na confecção deles, bordando-os de aljôfares e imaculados arminhos.
As asas e as coroas eram verdadeiras maravilhas, num aprimoramento de arte e bom gosto. Nisto, Siá Aninha Braga era doutora. Sabia transformar as leves penas de garça, com perícia, em imaculadas asas, com as quais os anjos de Montes Claros subiam ao altar.
O coro era lindo! E, nas coroações mais importantes, a convite dos pais, ouvia-se o acompanhamento afinado do Tonico de Naná, Adail e Dulce Sarmento, e as vozes tão belas de Inhá Dias e das saudosas Idalice Prates e Iza Sarmento.
Era impossível! pensar em coroação sem antes pensar em Doe na Zinha Prates.
Uma vida inteira dedicada às obras da Matriz. Era ela quem ensaiava os anjos, ensinando-lhes os mais belos cantos, orgulhosa e feliz quando, dentre eles, descobria uma voz mais afinada, mais segura e forte. Era como se descobrisse um tesouro. Para ela, os lindos anjos da cidade eram a vida da Matriz, eram vida de Montes Claros, eram a sua própria vida!
E, após as coroações à saída da Igreja, ouvíamos comentários
das "comadres" (algumas despeitadas, outras bajuladoras):
- Você viu, comadre, a beleza do vestido da menina de Dona Picucha? Era cor de rosa, leve como uma pluma e todo salpicado de estrelas!
- Mas ela pode, não é mulher de doutor?
- E a asa da menina de Dona Quita Bessone, você reparou?
Isto sim é que é uma asa, só mesmo filha de Juiz!
- Mas você reparou, comadre, que aquelas meninas já estão muito crescidas para coroarem a Virgem Maria? Aqui para nós, que Deus me perdoe, se estou levantando falso, mas já ouvi dizer que estão até namorando lá em cima do altar. . .
- Cale a boca, comadre, isto é blasfêmia.
Como era simples a nossa gente e que corações tão puros!
Como são diferentes as crianças de hoje, desprovidas daquele entusiasmo e da simplicidade que tanto nos emocionavam!
E não terminavam aí as novenas. Logo após, todas as noites,tínhamos os célebres leilões com belíssimas e gigantescas toceiras de canas encostadas às paredes da velha Matriz e a tosca mesa coberta de frutas, bolos, doces, biscoitos e as "ceias" que as "donas" da noite faziam Questão de apresentar como novidades, tudo muito enfeitado de papel de seda repicado e colorido. Chegava-nos às narinas um cheiro delicioso de frango assado, tu tu de feijão com
lingüiça nas belas bandejas rodeadas de frescas folhas de alface.
"Sapeávamos" até tarde, e não despregávamos as barrigas da tentadora mesa, até que um rapaz "corajoso" ("fazendo bonito" para alguém) arrematava uma bandeija de frutas e jogava para a meninada apanhar. Aí começava a melhor folia e pintação, e nesta competição perigosa saía sempre alguém choraminganda, enquanto outros se deliciavam com as saborosas frutas.
Quando o mês de maio se findava e com ele as nove nas e as coroações da Virgem Maria, a Praça e a Matriz ficavam tristes, escuras e vazias, e crianças, velhos e moços se lamentavam saudosos.
As lindas asas, coroas cintilantes e vestidos acetinados, eram guardados em grandes caixas, com naftalinas, para, no próximo ano, se encontrarem novamente com a Virgem Maria no singelo e bonito altar da Velha Matriz.

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Mensagem N°21308
De: Ruth Tupinambá Data: Quinta 22/2/2007 15:52:57
Cidade: Montes Claros/MG

BRUACAS E BRUAQUEIROS

Quem não se lembra do nosso antigo Mercado Municipal, que durante anos dominou a Praça Dr. Carlos?
Por alguns, era considerado um prédio feio, grotesco e mal construído. Mas, para outros, ele era o máximo! Considerando as dificuldades em que fora construído, ele merecia um voto de louvor.
Em 1897, quando então presidente da Câmara o Dr. Honorato Alves, comerciantes daquela Praça fizeram ofício pedin¬do-lhe a construção de um mercado moderno que satisfizesse as necessidades da nossa sociedade.
O pedido foi atendido, a planta foi feita por um engenheiro da época, e João Fróis, um "prático" curioso, apressado e com muita vontade de servir, achou por bem não fazer alicerces de pe¬dra (como projetara o engenheiro) resolvendo, por sua conta, fa¬zer o travamento de madeira (aroeira). E, para andar mais depres¬sa suprimindo algumas exigências da planta.
Como em` todos os acontecimentos existem os "prós" e os "contras" com o mercado aconteceu o mesmo.
Na cidade já existiam dois partidos: o "de baixo" e o "de cima" e, iniciando a construção, começou uma "guerrinha". Os "de cima" aplaudindo a idéia e os "de baixo" fazendo forte pressão. A construção foi rápida e, uma certa noite, toda a cidade acordou com um forte estrondo. O mercado, que já estava até de cumeeira inaugurada (com cerveja e tudo mais), havia desabado, felizmente sem vítimas. Com isto, os "de baixo" ficaram conten¬tes e os "de cima" se lastimavam. Mais tarde, o coronel Antônio dos Anjos, grande batalhador pelos problemas da cidade, embora desapontado, não perdeu a calma e trabalhou muito apoiado pelos amigos, para recomeçar a obra. Foi feito um abaixo assinado para levantar, novamente, o Mercado, mas desta vez seguindo as instruções do engenheiro. Em pouco tempo conseguiu-se o dinheiro, as adesões se multiplicavam. E em setembro de 1899, sendo presidente da Câmara Simeão Ri¬beiro dos Santos, o, mercado foi inaugurado solenemente. Um enorme casarão branco (tipo chalé) com quase 30 metros de frente e 32 de fundos, com sete cômodos de cada lado, para vendas, onde se instalaram os comerciantes daquela época. Ao centro, uma enorme área vazia onde os tropeiros e bruaqueiros espalhavam suas bruacas. Mais tarde, ampliaram-no, com uma torre de 17 palmos, onde colocaram um Regulador Público, que foi inaugurado em 1906, com muita festa, já no Governo do Dr. Honorato Alves.
- Esse mercado foi, por muitos anos, o ponto vital da nossa ci¬dade, onde os encontros se repetiam diariamente, os bate-papos, conversas políticas, negócios, decisões sobre as famílias, até problemas de casamento, tudo era discutido no mercado.
Aos sábados, tornou-se hábito de todos, era o dia da feira, ou "procissões dos aflitos", como diziam, todos os moradores da nossa cidade antiga, dirigiam-se ao mercado para fazerem suas compras. Era feira de verdade, onde se encontrava de tudo, mercadorias muito simples, sem a industrialização e sofisticadas embalagens dos mercados modernos.
Encontrava-se de tudo: arroz com casca ou socado em pilão, açúcar mascavo bem "moreninho", rapadura cerenta gostosa, doce de cidra, laranja em formas embrulhadas nas palhas de bananeiras, batida de Santo Antônio, bem clara. Café em grão (torrado em casca) tão saboroso. Ainda me lembro, na Rua de Baixo, onde morava, que quando a Maria Flora (mãe de Alcebíades Santos) torrava o café, estendia-se a toda a rua aquele, cheirinho quente e gostoso!
Os bruaqueiros, com enorme variedade de mercadorias, iam com suas mercadorias, chegando desde a madrugada e enchendo o mercado: farinha de milho bem amarelinha e torrada, 9ueijos, re¬queijão, farinha de mandioca, a famosa do "Morro Alto", beiju de goma, tão clarinhos. As carnes de porco, carne de sol de "dois pelos" em grandes mantas colocadas em giráus pequenos. Muita lingüiça feita em casa com muito tempero, cheirosa. . . Muita fru¬ta: bananas roxa, mulata, caturra, prata, enormes, lima da Pérsia (que hoje não se vê), côco azedinho, muita manga-rosa, sapatinha, umbú, espada, tão bonitas! Melancias aos montões, verdinhas e lustrosas, "cabeça-de-negro", panãs, araticum, gravatás, pitombas, tamarindos e o nosso célebre pequi. Os "roseírios de côco" (eu me lembro ainda, enrolava-os no pescoço e ia para casa comendo. . . despreocupadamente). Muito caldo de cana, tabuleiros enormes de bolo de arroz, que delícia! Doce de mocotó de boi, daquele es¬curinho, gostoso sem tapeação.
Os bruaqueiros ofereciam suas mercadorias naquela simplici¬dade do caipira:"Compra, minha dona, é feijão novo catadô, cuzi¬nha só com uma água; arroz do bão mesmo, culhido agora, socado no pilão, sem quebrá, os ovo fresquinho, culhido de manhãzinha, ovo de galo bão mesmo".
A frente, o fundo e o centro do mercado ficavam cheios, não havia lugar para passar, a gente entrava empurrando, esbarrando-se nos outros, pulando por cima das bruacas cheias de mercadorias.
Um zum-zum provocado pelas conversas de todos punha a gente zonza, mas era tão bonito aquele espetáculo colorido!
As mocinhas da roça, que vinham vender suas verduras culti¬vadas na beira dos regos (abóboras, quiabos, chuchu, maxixe, alfa¬ces, couves, tomatinho para molhos, salsa e cebolinha verdes) eram bem bonitinhas, de vestido novo de chita meio amarrotado com um rouge muito vermelho, boquinha de coração, brincos e colares de contas coloridas, e quando riam mostravam sempre falhas de dente, na frente. Era uma pena. De boca fechada até que passa¬vam, mas mesmo assim, faziam suas conquistas, com os moços da cidade que Ihes davam uma "colher de chá".
No fundo do mercado, do lado de fora, ficavam os animais, e também bruacas espalhadas pelo chão. Muito fumo de rolo e ca¬chaça em "banquinhas" atrás do mercado. Era o paraíso dos rocei¬ros.
Um cheiro forte de pinga e fumo se espalhava em todo o mer¬cado e, para comprovar a fatura da feira, no final do dia, haviam sempre bruaqueiros "escornados" no chão, dormindo com chapéu no rosto, protegendo-se do sol. Na maioria das vezes nem este cuidado tinham, e com a boca aberta, lambuzada, roncavam alto,en¬quanto os mosquitos passeavam saboreando, entrando e saindo, escondendo-se nos bigodes molhados de pinga e saliva.
Os animais eram tão mansos que não se espantavam nem davam coices. Eram mesmos treinados para transportar bruacas pesadas e bruaqueiros folgados e pacientemente esperavam que seus donos fizessem bons negócios, dessem suas "voltinhas proibidas", bebessem à vontade; não tinham hora certa para voltar para casa. E o dia inteiro era aquele movimento no Mercado Municipal.
Era comum vê-los, à tardinha, voltando para casa, alguns montados e tocando cargueiros; outros muito bêbados, procuran¬do se equilibrar em cima do cavalo, tombando de um lado para ou¬tro, conversando sozinhos... Outros, a pé, com alpercatas de couro cru, chapéu desabado pelo tempo e pela chuva, cigarro de palha no canto da boca, tocando seu burrinho lerdo, as bruacas vazias, os "cobrinhos" no bolso. Iam felizes da vida, já pensando na feira no próximo sábado para tomarem outra bebedeira.
Este espetáculo durou anos. A cidade cresceu e, aos poucos, tudo foi se modificando por causa da civilização. Estas lembranças simples ficaram guardadas em nossa mente e em nossos corações.
O Mercado Municipal, anos depois, foi demolido. A Praça Dr. Carlos perdeu seu companheiro. A cidade assistiu, tristemente, aquele espetáculo como se fosse o enterro de um amigo.
E, com isto, a cidade vai se descaracterizando, perdendo seu encanto natural, os casarões e sobrados, que nos lembram histórias do passado, estão desaparecendo.
O relógio antigo, do Mercado Municipal, está hoje silencioso, na Catedral. Era ele que, durante anos, quebrava a monotonia daquela Praça, com suas fortes e compassadas badaladas, cujo eco levava para longe, desaparecendo por trás dos montes. Quantas vezes acordaram as crianças para a Escola e os homens para o trabalho, com seu badalar amigo e pontual?!
Ele hoje deveria estar ainda funcionando, para ver e sentir o progresso desta cidade que viu engatinhando e dando os primeiros passos!
Agora, resta-nos a saudade e a esperança de que a cidade acor¬de, grite, proteste contra a demolição dos monumentos do nosso passado e preserve nossas tradições e nossa história!

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Mensagem N°21305
De: Carlos Germano Data: Quinta 22/2/2007 15:15:56
Cidade: Montes Claros - MG

Às 14h 40m, de hoje, o helicóptero da Policia Militar sobrevoa o "Feijão Semeado" e várias viaturas cercaram aquela localidade, a procura de um bando, incluindo aí um dos elementos que ontem participou do tiroteio que deixou um morto e dois feridos nessa mesmo local. Segundo comentários dos moradores esse bando está a procura de outro indivíduo para mantar e um menor armado com uma PT 40, arrombou um portão à Rua Maria Idalina, adentrou-se numa casa a procura do seu rival, fez vários disparos, felizmente não atingiu ninguém, dado que a possível vítima não se econtrava naquele imóvel. Os tranficante sitiaram o "Feijão Semeado" desafiando as autoridades e aterrorizando os moradores dessa parte do Alto São João. Apesar da presença da polícia, como sempre, outra vez ninguém foi preso. A população dessa parte da cidade está em pânico e pede urgentemente das autoridades medidas severas para acabar de vez com a marginalidade instalada no "Feijão Semeado".

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Mensagem N°21303
De: Camila Data: Quinta 22/2/2007 15:01:19
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

Trabalho próximo ao bairro Cristo Rei (feijao semeado) e vejo agora uma movimentaçao intensa de helicopteros sobrevoando essa região desta nossa cidade.
Creio que seja esse tão falado tiroteio, que ao invés, de mostrar montes claros tranquila, agora só está piorando, graças aos ladrões e bandidos(politicos também)

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Mensagem N°21301
De: Reis Data: Quinta 22/2/2007 14:34:53
Cidade: Montes Claros/MG

Para Jussara (Msg.21288):

Nascí e viví minha mocidade neste meu querido Alto S.João.Participei de grupos de jovens da paróquia local, meus pais foram católicos ativos e participantes das festividades religiosas e das fomosas"barraquinhas"de junho.
Eram tempos de paz, com casais de namorados, crianças e velhos frequentando a movimentada e tranquila praça Itapetinga (principalmente depois da missa de domingo a noite.Hoje assistimos com pesar e tristeza o que fizeram com o nosso Alto São João, depois que o "politico do trombone" criou a favela do feijão semeado.
Apesar de não morar hoje neste bairro, tenho irmãos, sobrinhos e primos que aí residem e diante desta situação de violência temo pela segurança deles.Está na hora dos moradores sairem ás ruas em manifestação pacifica para sensibilizar as autoridades, para que possam tentar uma maneira de amenizar este grave problema qual vçs. são vitimas.

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Mensagem N°21300
De: maria da glória Data: Quinta 22/2/2007 14:08:16
Cidade: montes claros  País: Brasil

Moro na avenida geraldo athaide,a poucos quarteirões da favela do "feijão semeado",convivemos diariamente com o terror implantado em nosso meio pelo banditismo imposto alí pelas políticas populistas como citou uma muralista.Tenho uma filha que faz faculdade e chega geralmente as 11:00 hs,fico no ponto de onibus rezando para todos os santos até que ela chegue para diminuir minha aflição,meu Deus do céu! senhores políticos,autoridades competentes ouçam o clamor desta mãe cidadã,que está a ponto de enlouquecer de temor,na sexta feira então é uma angustia imensuravel,em cada esquina há um bloco usando drogas,por favor,estamos sitiados.

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Mensagem N°21291
De: mauro pinho Data: Quinta 22/2/2007 11:25:26
Cidade: Belo Horizonte (mas montesclarense)

Respondendo a pergunta do Sr Alexandre Couri Sadi, a alguns anos atraz deixei 3 exemplares na livraria da fafich UFMG. Vale a pena tentar ....

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Mensagem N°21287
De: Polícia Militar Data: Quinta 22/2/2007 10:02:19
Cidade: M. Claros

POLÍCIA MILITAR REALIZA BUSCAS OBJETIVANDO A PRISÃO DE AUTORES DE HOMICÍDIO BO 8.529/07: A polícia militar foi acionada a comparecer no bairro cidade Cristo Rey, onde segundo informações estava ocorrendo troca de tiro. Ao adentrarem no aglomerado, policiais militares deparam com 03 vitimas caídas ao solo. A vítima Elson Aparecido de Souza, 18 anos, desocupado, (possui 01 passagem) encontrava-se com uma perfuração de arma de fogo na nuca; 04 nas costas; 03 nas nádegas; 03 nas coxas e 01 no peito, o qual faleceu no local. A segunda vítima “M. A. B. S”, 16 anos, desocupado, (possui 02 passagens), foi socorrida pelo SAMU ao HPS Aroldo Tourinho apresentando múltiplas lesões abdominais causada por arma de fogo, sendo submetido à cirurgia. A terceira vítima “R. P. S. J.”, 15 anos, desocupado, foi socorrida ao HPS Santa Casa com perfurações no ombro; nádegas; região pélvica e joelho esquerdo, causada por arma de fogo. Segundo informações de testemunhas, os autores eram 04 indivíduos desconhecidos, os quais deixaram uma motocicleta Honda Biz, cor preta e outra Honda Titan 150 cor preta, estacionadas nas proximidades e após praticarem o crime evadiram nas motocicletas. Ainda segundo uma testemunha, um dos autores havia sido alvejado, sendo levado na garupa de umas das motocicletas, porém não houve entrada de nenhum indivíduo ferido nos HPS da cidade. No local houve apreensão de 10 cápsulas deflagradas cal. 40. A polícia técnica compareceu ao local e procedeu os levantamentos de praxe e removendo o corpo para o IML. Ocorrência registrada pela Polícia Militar às 20h22min do dia 21 de fevereiro de 2007, na rua Juiz de Fora, nr 102, bairro Cidade Cristo Rey.

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Mensagem N°21282
De: Marcelo Veiga - Policial aposentado do GATE /SP Data: Quinta 22/2/2007 08:42:44
Cidade: Montes Claros

É sobre a Mensagem N° 21279 que fala desta localidade "Feijão Semeado". As autoridades têm de mudar o nome desta localidade para um nome mais decente e acabar urgentemente com esta malandragem. Alí é o foco de toda a bandidagem de Montes Claros. Já estive investigando e dalí sái todos os assaltos cometidos no centro e outros bairros de Montes Claros. Precisando de voluntários pode nos convidar para coibir abusos naquela localidade. Vamos cortar o mal ela raiz.

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Mensagem N°21281
De: Reinaldo Data: Quinta 22/2/2007 07:30:21
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

Sr. Luiz de Paula,

Continue a nos brindar com suas crônicas!

Parabéns!!

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Mensagem N°21280
De: Raphael Reys Data: Quinta 22/2/2007 06:47:47
Cidade: MOC - MG  País: BR

COBRA COM CAÇOTE

1980. Bilo Barbeiro, conhecido galã dos Montes Claros de antanho, dom Juan das gerais, estava no auge das suas conquistas amorosas. Elegantemente trajado, calça de tropical, camisa de cambraia de linho, sapatos brancos, bigodinho à Clark Cable, cabelo penteado e lustrado à brilhantina Glostora.
Sempre cheirando a sabonete Lifebuoy, incendiava corações suburbanos. Era um especialista em bagageiras e alcovas de bairros. Um consolador de mal amadas! Um autentico “pé de pano Tupiniquim”.
Sempre que encontrava o Zé Amorim, relatava ao mesmo, as suas conquistas e aventuras, fazendo o saudoso Zé dizer entre assustado e repreendedor; `toma cuidado pé de anjo!-Qualquer hora vou ao seu velório!-Você está correndo perigo de morte!-”Mantenha distância de mim, tô com medo de algum marido traído atirar em você e me acertar por tabela”.
Numa tarde, estando em frente ao Café Galo, braços no ombro do Zé, Bilo Barbeiro gabava-se que, um fazendeiro recém-mudado para a city, vendera as fazendas e estava construindo casas para negociá-las no mercado imobiliário, o que era excelente negócio na época. Informava ainda estar íntimo da casa do dito usufruindo, café da manhã, almoço, merenda da tarde, jantar, cachaçinha com tira-gosto tudo no 0800. De quebra, estava amando a filha mais velha do distraído. A junção acontecia no barracão dos fundos. Bem debaixo dos narizes dos proprietários.
““ É uma lapa de morena, Zé, uma potranca curraleira, uma verdadeira galinha caipira ““. Amorim inconformado, balançava a cabeça pela ousadia do conquistador das gerais. Vez por outra reparava: “você ainda vai morrer de bala negão! Vou ler a notícia no jornal”!”
Conversavam de costas para o fluxo de pedestres, quando o citado fazendeiro pai da galinha caipira, chegou de supetão cumprimentando os dois seus conhecidos. Ele era cliente da Cowan, sua fornecedora de tijolos onde Amorim era gerente geral.
Zé, um actors studio tomado pela inusitada aparição do enganado, afastou-se com seu jeitão e de braços abertos teatralmente disse, entre espantado e revelador, dirigindo-se ao velho: ”você esta criando cobra com caçote seu distraído!”. Bilo Barbeiro, sabedor de que o fazendeiro era meio-surdo, o afastou rapidamente puxando-o para uma loja próxima, solicitando uma sua sugestão numa suposta compra de materiais que faria, evitando que o mesmo permanecendo no local, fizesse a pergunta fatal e conclusiva. ”Como é mesmo que o senhor falou seu Zé Amorim?” A resposta seria um desastre para o “pé de anjo” cheirando a Lifebuoy.

Raphael Reys


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Mensagem N°21270
De: Souto Data: Quarta 21/2/2007 17:11:56
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

No mês de janeiro recebemos uma avalanche de contas para pagar... é Ipva, IPTU, taxa de licenciamento, seguro obrigatório, e tantos outros. Pagamos todos porque temos receio de sermos multados e perdermos pontos na carteira. Como é difícil ser cidadão de bem neste país. Pagamos impostos altíssimos e somos ignorados nos direitos básicos.
No sábado passado próximo ao mercado municipal tive que desviar de uma poça d`água quando caí em outra e tive o pneu do carro todo danificado, sem poder mover o carro sequer para o acostamento. O pior, é que a cidade não oferece segurança nenhuma a ninguém, eu estava com criança no carro e sou mulher.
Enquanto isso, nossos governantes (se é que podemos chamá-los assim), estão em aviões, a passeio rumo às praias e exterior. Será que a casa deles ou o acesso a elas se encontram tão feios quanto a nossa querida Montes Claros(buracolândia)?
Além dos aborrecimentos, tive que desembolsar R$3,00 (serviço borracheiro), R$7,00 (colagem pneu), R$80,00 (alinhamento e balanceamento) e R$28,00 (câmara de ar), no total de R$118,00.
Para onde está indo nosso suado dinheirinho?
Me pergunto: que meio de transporte os políticos da cidade utilizam para se locomoverem por aqui?
É IMPOSSÍVEL não ver tanto buraco, ou pelo menos não SENTÍ-LOS no bolso.
E viva o Brasil!

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Mensagem N°21269
De: orim Data: Quarta 21/2/2007 16:48:01
Cidade: Salinas-MG

O colégio São José está completando 50 anos. Está na hora de mobilizar seus ex-alunos para as festividades em maio.

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Mensagem N°21268
De: Eduardo Cézar Data: Quarta 21/2/2007 16:38:56
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

MULTA DO DETRAN
Importante! Divulguem !

Agora é um novo golpe.
Nos cruzamentos da cidade, alguém com uma câmera digital,
fotografa placas dos carros que passam......
Com as placas e as fotos e com ajuda de despachantes,
descobrem os endereços e nomes dos proprietários dos veículos.
Com um computador e uma impressora laser fazem uma
montagem e imprimem boletos perfeitamente idênticos a uma
multa... só que os dados para liquidação dessa multa, são de
uma conta laranja. A vítima recebe a multa pelo correio, fica na
dúvida da infração, acaba pagando no banco ou via internet, sem
verificar no site do Detran se essa multa existe mesmo, mas na
realidade foi vítima de um golpe. Portanto, antes de pagar
qualquer multa, entre no site do Detran e verifique se essa multa
existe mesmo."

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Mensagem N°21267
De: Luiz de Paula Data: Quarta 21/2/2007 16:10:02
Cidade: Moc

NA ESTRADA

Luiz de Paula

Na saída da curva, ao avistar a longa reta, a primeira visão do motorista, pouco adiante, foi dos carros da Polícia Rodoviária, parados no acostamento.
Um policial estava examinando os documentos do motorista de um caminhão e um outro policial aguardava a chegada do próximo, que, no caso, era o dele.
– Tô frito! – Foi seu primeiro pensamento. Mas reduziu a marcha e parou no acostamento. O policial aproximou-se e pediu a documentação.
O motorista apelou para a coragem e fingiu desembaraço.
– Ih, rapaz! Eu tenho documento aqui que não acaba mais...
Veja este aqui. É a carteira de reservista. Primeira categoria! Barra pesada! Um ano e meio no exército!
Esta outra é da Associação dos Repentistas. Eu sou poeta. Escrevo livros de cordel. São histórias muito boas. Em versos e sem ser em versos.
E tem esta que é do INSS. E mais esta. Não é brincadeira não! Hoje em dia, um cristão, pra trabalhar tem de ter documentos que não acabam mais. Mas é bom estar com tudo em ordem, não é?
A cara do policial não mudava. Permanecia impassível. E falou
– E essa garrucha? O cabo está aparecendo debaixo da almofada. Você tem o porte?
– Que é isso, moço! Essa garrucha velha eu acabo de receber agora, na estrada, em pagamento de uma dívida que eu já dava por perdida. Quando chegar na cidade a primeira coisa que vou providenciar é o porte dela.
– E essas balas? – Perguntou o policial apontando um saquinho de plástico entupido de balas.
– Deixe eu ver... Viche! Ah! Agora já sei. Isso é tudo bala velha, com a validade vencida, que a gente vai ajuntando pra jogar fora. Para mim elas não valem nada. Se o senhor quiser eu posso dar elas para o senhor.
– E esse passageiro a seu lado? O senhor tem autorização para conduzir passageiro?
– Não é passageiro não, meu amigo! É meu ajudante! Nestas estradas cheias de buracos, quebrando molas e furando pneus e câmaras a toda hora não podemos viajar sem ajudante...
O policial retirou-se e o motorista pôs o carro em marcha. E comentou com o passageiro:
– Vou dizer para o senhor... Essa Polícia Rodoviária é exigente demais. É por essas e outras que o Brasil não vai pra frente...

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Mensagem N°21261
De: Alexandre Couri Sadi Data: Quarta 21/2/2007 11:33:40
Cidade: BELO HORIZONTE/MG

Como conseguir o livro do Sr.Simeão Ribeiro Pires "Raizes de Minas"?
Algum pode me ajudar?
EMAIL:[email protected]

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Mensagem N°21257
De: Miguel Data: Quarta 21/2/2007 09:54:48
Cidade: \m. Claros

Há, no jornalismo diário, duas coisas insuportáveis: cobertura de enchetes, onde tudo é a mesma coisa, e o rescaldo do Carnaval, todo ano. É um enche linguiça sem fim, sempre a mesma coisa. Uma cortina de fumaça para tapar a realidade do país, acentuada pela Quarta-feira de Cinzas.

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Mensagem N°21255
De: Web Outros Data: Quarta 21/2/2007 09:32:03
Cidade: Belo Horizonte/MG

A missão do jornal

Manoel Hygino dos Santos (Jornal Hoje em Dia, 21/02/2007)

No dia 24 deste mês, a imprensa de Montes Claros comemora 123 anos de existência. É uma data marcante, por vários motivos, a começar porque se trata da maior cidade em vasta região de Minas, importante do ponto de vista social, econômico, político, literário e artístico.
No dia 23, o curso de Jornalismo das Faculdades Unidas do Norte de Minas, Funorte, pretende organizar palestra para focalizar a significação da imprensa local para toda a vasta região. Muitos atos marcarão o acontecimento, com apoio do HOJE EM DIA e a participação direta de Girleno Alencar, da Sucursal Norte.
Dois projetos predominam: o início de campanha para construção da Casa do Jornalista, em área doada pela Prefeitura; segundo, a preservação do acervo da história da imprensa local, mediante digitalização de jornais e revistas, a ser viabilizada, como se espera, pela Unimontes e Fapemig.
Falar no assunto não é bairrismo, embora haja contentamento e orgulho neste escriba. Enfim, lá dei os primeiros passos, datilografando linhas para um dos jornais prestigiosos da época, a Gazeta do Norte, de propriedade e sob direção de Jair de Oliveira, filho do fundador José Tomás.
Onde há imprensa, há liberdade e consciência de deveres a cumprir e direitos a respeitar. Os núcleos urbanos exigem imprensa, e esta há de ser livre, para elogiar ou criticar. O jornal constitui uma atalaia, uma fortaleza das causas da coletividade. Indivíduos “alterius macrescet rebus”. A virtude aterra os perversos e o porta-voz da virtude deve ser a imprensa independente, informativa, corajosa.
O primeiro jornal de Montes Claros foi o “Correio da Noite”, que publicou em 22 de fevereiro de 1884 a folha inaugural. Era um semanário político, literário e noticioso, sob responsabilidade de Antônio dos Anjos e Antônio Augusto Veloso.
Jornal, à época, não era bom investimento. Muitos se abriram e muitos cerraram as porta nestes 123 anos.
Era a voz da cidade, de suas lideranças, do cidadão, a divulgação cultural, social e artística, a produção literária, o instrumento de anseios e causas da população. Tornaram-se, no correr de anos, o berço de jornalistas que se destacaram ou se consagraram em âmbito estadual e nacional.
A maioria teve vida efêmera e não era exceção, num tempo em que a imprensa procurava afirmar-se como instrumento de comunicação e, mais do que isso, de afirmação da cidade, do município, de uma região muito relegada pelos poderes públicos, surdos aos reclamos da sociedade.
A imprensa incomoda. Não poucos jornais no mundo foram empastelados, destruídos seus prelos; a censura quase sempre violenta, amordaçava ou degolava.
No caso da “Gazeta do Norte”, em que vi publicado, orgulhosamente, o meu primeiro escrito, focalizando a morte do Mahatma Gandhi, a grande alma, houve sempre muita expectativa diante das contendas políticas que agitavam Montes Claros à época.
O fundador, José Tomás de Oliveira, era um pernambucano do Recife, que decidiu montar um negócio perigoso: editar jornal. Ao nordestino, não faltava tenacidade. Com o tempo, cada edição se transformava em festa.
Impressa a última página, saudada por banda de música, fogos espocando nos ares, ceiava-se. Depois, os participantes do ágape cívico-etílico-gastronômico, embora moderados, saíam às ruas nas funções de jornaleiros. Ao cantar triunfal dos galos, a “Gazeta” era distribuída aos assinantes, por baixo das portas, como se fossem documentos de grupos revoltosos.
A “Gazeta” foi de luta em campanhas memoráveis. Assim são os jornais.

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Mensagem N°21254
De: Eber Trindade Lira Data: Quarta 21/2/2007 09:24:04
Cidade: Costa do Sauipe/BA

E-mail: [email protected]
Telefone: (71) 91940743
Cidade/UF: Costa do Sauipe/BA
Mensagem: Olá, sou Éber, sou de MOC, mas to morando na Bahia, à trabalho... gostaria de saber se vai haver concurso para biodiesel em MOntes Claros, sou Técnico em Automação. Obrigado

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Mensagem N°21253
De: Milton Data: Quarta 21/2/2007 08:02:08
Cidade: M. Claros

O Brasil tem hoje um encontro consigo mesmo, depois de 4 dias de fuga da realidade. A conta de água, em Minas, estará mais alta até 10%. O corpo do menino arrastado pelas ruas do Rio continuará doendo, ainda por muito tempo. Os assaltantes de banco, em S. Romão, continuam fugindo pela mata, cercados por um batalhão de 400 homens e 4 helicópteros. Os assaltos estão na porta de todos. Todos. O ano - que estacionou de dezembro até agora, do Natal ao Carnaval, quando tudo pára - talvez recomece hoje.Os impostos, estes sem nunca atrasar, vencem todos os dias. É a coisa mais certa do mundo, como a morte. È o mesmíssimo Brasil de sempre, abrindo os olhos depois do Carnaval. "Tanto riso, tanta alegria, mais de mil palhaços no salão...."

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Mensagem N°21247
De: RAPHAEL REYS Data: Terça 20/2/2007 16:13:03
Cidade: MOC - MG  País: BR

Respondendoa mes. 21239 de 19-02 GABI s Cine Fátima- ver minha mens. 19436 de 26-12-06 s Cine Fátima tambem c saudade- me mande o seu email e lhe mandarei outras hist. MOC antiga- a mesma mes. serve p respoder Felisberto mes. 21238 vai aqui o meu email [email protected], a dispos. abraços......

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Mensagem N°21241
De: fernanda Data: Terça 20/2/2007 07:02:23
Cidade: Taiobeiras MG

Gostaria de deixar aqui a minha ignação quanto a nossa administração,pois os canais de televisão estão com péssimas imagens e os nossos políticos não dão a mínima,pois não olham o lado dos menos favorecidos.Eles estão lá com a suas parabólicas e seus canais por assinatura,que se danem os outros,gostaria de dizer que este site é a voz do norte mineiro.Obrigado

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Mensagem N°21240
De: Adilson Nunes Data: Terça 20/2/2007 00:40:45
Cidade: Brasília DF

Nome: Adilson Nunes
E-mail: [email protected]
Telefone: (61) 91314398
Cidade/UF: Brasilia/DF
Mensagem: Queria agradecer muito a vcs pelas reportagens que daqui de Brasilia podemos acompanhar o desfecho do fim das pessoas sequestradas no caso do banco de são Romão!!!!!!!!!!!!!! abraços

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Mensagem N°21238
De: Felisberto Data: Segunda 19/2/2007 22:26:50
Cidade: Goiania-GO

Caríssimos Raphael Reys, Soares
Caríssima Rosemary Tofanni
Fiquei feliz em ver as suas mensagens, nas quais nos narram histórias de nossa Moc antiga e atual.
Durante estas leituras, entrei na carruagem do tempo ( não vamos falar máquina do tempo, se não fica muito moderno ) e comecei a me lembrar de muitas pessoas, muitas histórias, vividas e ouvidas de nossa amada terra.
Por um período residí em Pirapora e sempre ia a Moc para ver os meus familiares, que até hoje ainda se encontram aí.Ao avistar a cidade, na serra, eu, invariavelmente, declamava " EI-LA QUE SURGE, RADIANTE E BELA ! ". Esta era a minha oração pelo nossa cidade. Ainda na carruagem do tempo, lembrei-me hoje de tantas pessoas, com as quais eu conviví não só na infancia, juventude, como também já adulto.
Hoje me lembrei especificamente de duas pessoas muito especiais : FELIPE GABRICH, goleiro do meu glorioso Ateneu, companheiro de trabalho na BIOBRÁS, saudade, muita saudade.Deus te abençoe Gabrich.
A outra pessoa, isto já bastante tempo atráz, da Sra. LICA VASCONCELOS, professora, fui seu aluno, se não me falha a memória, no Ginásio Montes Claros. Era uma pessoa de altíssimo astral, sempre com um sorriso nos lábios e uma piada na lingua. Eles moravam na rua Dr. Veloso, em um sobrado na esquina da rua Padre Augusto. Me lembro do esposo dela, cujo nome não me lembro e de dois filhos, um Diógenes, o outro, um artista, apresentava com muita maestria o monólogo " AS MÃOS DE EURÍDICE ", o qual eu tive oportunidade de ver várias vezes.
Também dele não me lembro o nome.
Pois é. É isso aí. De saudade em saudade, nós vamos vivendo, sem nunca esquecermos de nossa gente.
Um grande abraço a todos.

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Mensagem N°21237
De: Augusto Vieira Data: Segunda 19/2/2007 21:59:22
Cidade: Belo Horizonte

Um abraço de pêsames a meu grande amigo Lúcio Benquerer, pelo falecimento de sua esposa Beatriz. Soube do fato através da mensagem de Soares, em nosso Mural. Tornei-me amigo de Lúcio nos tempos de estudante secundarista em nossa aldeia e, quando advoguei para a Florestas Rio Doce, em Grão Mogol, me liguei muito a sua mãe, a inesquecível D. Quita, que além de me hospedar, tratava-me com muito carinho. Lúcio foi também um grande atleta do Ateneu. Que Beatriz descanse em paz e que Deus dê a nosso amigo forças para superar a irreparável perda da meeira de sua vida.

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Mensagem N°21234
De: Pat Data: Segunda 19/2/2007 18:57:00
Cidade: Moc

Leio aqui coisas de imensa ternura. Acrescento uma, da qual acabo de tomar conhecimento.
Comovida, parte da Itália vê definhar um golfinho.Mary G vive cativo num parque aquático e perdeu 50 quilos desde que morreu a sua treinadora, uma bela e terna loura, de nome Tamara Monti. Os dois estavam juntos no parque aquático de Oltremare, em Riccione.
Há dias, a bela treinadora foi morta a punhaladas por seu vizinho. A partir daí, o golfinho recusa toda alimentação e os criadores do parque acham que ele, desconsolado, definha de pura saudade.

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Mensagem N°21233
De: Gabriel Data: Segunda 19/2/2007 18:36:51
Cidade: S. Romão

18/02/07 - 11h13 - Reféns dos ladrões de S. Romão foram soltos entre Dom Bosco e Bonfinópolis; eles andavam de noite e dormiam de dia, fugindo do cerco de 400 policiais e 4 helicópteros

Soube que hoje estaria em curso uma operação especial na mata para prender os exaustos assaltantes do Banco do Brasil, em São Romão. Depois de fugir por 13 dias, andando de noite e escondendo-se ded dia, debaixo de uma rede de disfarce semelhante à usadas em operações militares, os fugitivos estariam a ponto de se entregarem. Da caçada particpam 4 helicópteros e cerca de 400 homens, e cães amestrados.

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Mensagem N°21225
De: Amarildo Mendes Aguiar - Engenheiro Civil Data: Segunda 19/2/2007 13:25:04
Cidade: Campinas -SP

Eu sou paulistano, mas trabalho em Campinas/SP e visito o norte de Minas Gerais para ver o Rio São Francisco que é fabuloso.Gosto muito da cidade de Montes Claros e sou assíduo frequentador deste MURAL. Vou aqui fazer um apelo aos políticos da região para que resolvam o problema da cidade de São Francisco que perdura por mais de trinta anos. A cidade precisa urgentemente de uma galeria pluvial na rua Silva Jardim. Melhor esclarecendo :a drenagem é um conjunto de obras construídas com a finalidade de evitar inundações freqüentes. O sistema de drenagem que a cidade precisa é composto basicamente pelas bocas de lobo, galeria pluvial de 1500 metros que atravessam a Rua Silva Jardim e joga na galeria já existente no centro da cidade e construída nos anos 1979/1980 pela COWAN.

SOLUÇÃO PARA SÃO FRANCISCO :A água das chuvas que escoa pelas ruas, calçadas e sarjetas é captada pelas bocas de lobo e vai para a galeria de águas pluviais.É uma obra barata e que só precisa de vontade política.A associação de engenheiros a qual pertenço frequenta este MURAL e pede que publiquem nosso apelo.
Não vamos ecorrer a políticos porque eles lêem este Mural com certeza.

Nossos agradecimentos.

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Mensagem N°21224
De: Eliane Data: Segunda 19/2/2007 13:22:39
Cidade: Porto Seguro, Bahia


Nome: eliane
E-mail: [email protected]
Telefone: (38) 99380198
Cidade/UF: montes claros/mg
Mensagem: queria muito que vcs tocassem pra mim uma música,do ira!estou em porto seguro na praia do espelho curtindo carnaval infelizmwnte esta chovendo por aqui então resolvi da uma passada ´pra ouvir a radio e minha banda favorita,tambem queria dar um alo para meus amigos no delfino magalhaes obrigada

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Mensagem N°21223
De: Das Graças Data: Segunda 19/2/2007 13:20:44
Cidade: Moc

Não são todos os setores que estão parados nesta segunda de Crnaval em M. Claros. Algumas lojas, assim como o mercado, abriram suas portas. A construção civil também funciona. Choveu um pouco pela manhã, dentro do previsto pela meteorologia.

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Mensagem N°21222
De: Gracielle Cordeiro Data: Segunda 19/2/2007 13:13:32
Cidade: Montes Claros

Hoje, segunda-feira, o novo Arcebispo de Montes Claros, Dom José Alberto, concelebrará com Dom Geraldo; amissa será ás 18:30, na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida...

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Mensagem N°21218
De: André Fernandez Moura Data: Segunda 19/2/2007 07:23:53
Cidade: Varginha-MG  País: Brasil

Gostaria de saber como ficou o processo referente a prisão de 8 vereadores de Montes Claros pela Polícia Federal.
Ainda estão presos?
Foram absolvidos pela justiça?
Obrigado.

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Mensagem N°21216
De: Rosemary Tofani Data: Segunda 19/2/2007 02:53:29
Cidade: Moc

Montes Claros, Princesinha do Norte, Coração Robusto do Sertão, era simples e singela entre montes claros que a circundavam!Quem entrava pela cidade pelo lado sul via-se em seus montes a forma perfeita de uma mulher deitada de lado tendo como seus seios os morros “dois irmãos”!
Tamanha era a felicidade do viajante qdo avistava os seus montes, pois sabia que estava pertinho de chegar!Era indescritível a felicidade e o desejo de se ver logo em casa, em nossa cidade cansada das estradas, poeirentas e esburacada!
Não importava, se a vinda era da fazendo ou da capital, o entusiasmo era o mesmo!
Onde esta vc, minha princesa,que há anos nos deixastes,foi saindo devagarzinho e levando consigo tudo de bonito, saudável de uma cidadezinha do interior. Levou embora consigo os nossos sonhos; o velho coqueiro, bem no meio da Rua Cel. Joaquim Costa, pertinho da Praça de Esportes, onde o nosso craque tantas medalhas ganharam; Diu Colares, Tutica Amaral, Miltinho, Haroldo, Netinho e Sidney Almeida, Sabu, seu Marino, e outros que no momento não me recordo. Das mulheres lembro-me de Marlene e Lucy Almeida, Zembla,Valquiria,Terezinha Froes,Vilma, ,,,etc.,As arquibancadas ficavam cheias para aplaudir os nossos atletas.A praça era linda,e lá nos fundos,numa construção bem simples ,encontrava~se a boate que funcionava todos os domingos de 10hs as 14 hs . Esta tbem ficou só em nossas recordações. não sei pq ,jogaram ela no chão um dia,deixando em nosso peito uma sensação de vazio.Ali foi palco para mtos namoros .Qtas historias se tinha entre aquelas quatro paredes,umas com final feliz e outras que deixaram suas marcas.
Adeus princesinha dos meus sonhos saiba tu que tuas estórias ficaram para sempre no coração de todos os seus filhos.


Moc,19/02/07

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Mensagem N°21215
De: Maciel Data: Segunda 19/2/2007 00:30:49
Cidade: M. Claros

18h53 - "Não é nova esta novela da estação de tratamento de esgotos de Montes Claros, pela qual a população paga mensalmente na conta de água, sem que o serviço exista."

Esta promessa vem de longe. De tempos em tempos, a Copasa renova o contrato coma Prefeitura, promete, promete, promete, e não faz nada. Lembro até que da última renovação, quando ainda era vivo o engenheiro José Correia Machado, hoje nome de rua, ele me disse que na renovação ficou decidido que a Copasa urbanizaria a praça onde está hoje a Igreja da Rosa Mística.
Dez anos depois, a praça - uma das maiores de M. Claros - é um largo vazio, cheio de mato, escuro. E de onde os ladrões sempre levam algum carro que estaciona para missas e casamentos....

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Mensagem N°21213
De: LUCIA NUNES Data: Domingo 18/2/2007 18:26:08
Cidade: SÃO ROMAO

Cambaleantes e maltrapilhos, os últimos quatro reféns dos assaltantes do Banco do Brasil de São Romão, enfim foram liberados na noite deste sábado de carnaval, há aproximadamente 7 quilômetros depois da cidade de Bonfinópolis de Minas, na saída para Dom Bosco. A polícia continua perseguindo os assaltantes.

Joaquim Nunes, meu tio, que estava com os assaltantes desde o Domingo passado, retornou em estado físico deplorável. Com a calça jeans transformada em bermuda, para se livrar da lama da chuva, descalço e nove quilos mais magro.

Ele e demais reféns, um seu ajudante de serviço, outro o motorista da prefeitura de Riachinho, antigo distrito de São Romão e mais um trabalhador que estava desaparecido no município, não sofreram violência física por parte dos assaltantes. O desgaste foi devido à longa caminhada, sempre noturna, e ao pouco alimento que tinham. Tanto eles quantos os assaltantes estavam se alimentando apenas com uma colher de fubá de milho, em lugar das refeições.

Agradecemos aos Sanromanenses e demais amigos que se juntaram conosco, em oração, nesta hora difícil, quando tantas incertezas e sobressaltos povoaram nosso cotidiano.

Estamos todos perplexos com o acontecimento. As feridas demorarão a se fechar em todos nós. Principalmente em Joaquim, a vítima direta desta agonia.

Que vó Ducha, octogenária, nos perdoe e aprove a decisão de só contá-la o fato no desfecho, que foi feliz graças a Deus.

Que Deus nos proteja e ilumine os homens que detêm o poder, para que promovam a paz e a segurança que todos necessitamos para viver!!!!!!!!!!!


Lúcia Nunes

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