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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 19 de setembro de 2024

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Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°35995
De: Fábio Data: Quinta 12/6/2008 00:22:18
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Vanessa, obrigado por acrescentar informação aos que não tinham e subjugavam o acontecido, Sra.Patricia, mulher de personalidade forte, de seus 97 anos, possuia uma capacidade muito além dos muitos que chegam aos seus 70 anos, o incidente residencial deste tipo pode acontecer a qualquer um de nós, e infelizmente ocorrido com uma senhora maravilhosa que transmitia paz e alegria com um simples gesto, com seus cabelos de neve pela experiencia da vida, e seu sorriso angelical... Deixa lembranças, ensinamentos, mas acima de tudo deixa a marca da satisfação a todos que a conheceram e tiveram a honra de conviver proximo a esta veterana e sábia mulher, mãe, tia, avó, bisavó, tataravó, extraordinária Sra.Patricia, que descanse em PAZ e DEUS a acolha.

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Mensagem N°35994
De: Crisogonho Crisostomo Data: Quarta 11/6/2008 19:51:55
Cidade: Montes Claros-MG  País: Brasil

Na minha velhice já vi muita coisa ruim , mas o piso do Mercado Municipal de Montes Claros está fazendo os munícipes passar vergonha frente aos visitantes!

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Mensagem N°35984
De: Luiz de Paula Data: Quarta 11/6/2008 12:03:21
Cidade: Montes Claros

(Do livro "Por Cima dos Telhados, Por Baixo dos Arvoredos" - Parte 19)

MONTES CLAROS NO PASSADO

Montes Claros, nos meus tempos de criança, era uma cidade de muita fartura. As famílias faziam a feira aos sábados, no Mercado da Praça Dr. Carlos. Havia de tudo que era necessário, com abundância. Feijão novo, de rega e das águas, arroz pilado com esmero, queijos frescos e curados, requeijões, açúcar de cor, rapaduras alvas, duras e cerentas, farinha de mandioca e de milho, verduras, frutas, ovos, carnes de porco, de boi e de caças, toucinho, enfim de tudo. As pessoas andavam a pé, tudo ficava perto. Ao se encontrarem as pessoas paravam, conversavam. Não havia filas para nada. As casas de comércio tinham o movimento necessário para se manterem. O pão era distribuído todas as manhãs pelas padarias, que os deixavam nas janelas da freguesia.
Hoje compreendo que as ambições se situavam ao nível das possibilidades.
Contavam-se nos dedos as poucas famílias que podiam ser consideradas ricas. Aos valores de hoje seriam, no máximo, remediadas.
Ganhava-se pouco mas os custos eram baixos e os costumes valorizavam a sobriedade. Vestia-se com simplicidade. As crianças andavam descalças, sem qualquer constrangimento, mesmo porque todos andavam assim. Em verdade nós éramos pobres e não sabíamos. Nem que éramos pobres nem que éramos felizes.
Nossa felicidade não nos deixava perceber que éramos pobres.

QUANDO CHEGUEI A MONTES CLAROS

Os fazendeiros e os donos de lojas eram considerados as pessoas mais ricas da cidade.
Mas ninguém se envergonhava de ser pobre e viver com parcimônia. Não havia emulação para o enriquecimento. Nem invejas. O custo de vida era baixíssimo. Vestir roupas remendadas, porém limpas, era usual. Consumismo era palavra desconhecida. A economia, no sentido de poupança, era um costume arraigado em todas as consciências. Os provérbios mais popularizados e invocados eram os que premiavam a poupança: “de grão em grão a galinha enche o papo”. “Vintém poupado, vintém ganhado”. “Quem guarda sempre tem”. “Não há fartura que não traga miséria”. “Mais vale um pássaro na mão que dois voando”. “Quem dá o que tem a pedir vem”. “Pai rico, filho nobre, neto pobre”.
Os artigos eletrodomésticos não haviam sido inventados. Uma residência habitualmente se compunha de sala de fora, sala de dentro, cozinha, despensa e quartos de dormir. E uma privada no quintal. O banho se tomava em bacias grandes, no quarto da pessoa, com água aquecida nos fogões à lenha.
Como entretenimento, havia geralmente nas residências um papagaio, passarinhos, cachorros, gatos, violão, sanfona, baralhos, tabuleiro de damas, às vezes uma tabela e sacola de pedras para víspora. E galinhas e porcos no quintal.
Famílias mais organizadas costumavam ter um “Chernoviz” com descrição de doenças e indicação de tratamento, Dicionário Prático Ilustrado, de Jayme Seguiér, termômetro, alguns romances de Alexandre Dumas, Victor Hugo, José de Alencar, Joaquim Manoel de Macedo e outros poucos.
Em toda residência havia um oratório, com os santos da devoção da dona da casa, frente ao qual, de joelhos, fazia suas orações.
As donas de casa utilizavam remédios caseiros e benzeduras.
Havia horários mais ou menos generalizados - café da manhã entre 6/7 horas; almoço entre 10/11 horas; “café de meio dia” entre 14/15 horas; jantar entre 17/18 horas. Hora de recolher por volta de 21 horas.
Havia o hábito da ida ao mercado todas as manhãs.
Parava-se pouco em casa. As ruas eram onde mais se vivia. As pessoas se encontravam. As famílias, após o jantar e a arrumação da cozinha, colocavam cadeiras à porta da rua, formando grupos que cresciam com a chegada de vizinhos e passantes que se sentavam para um dedo de prosa, no qual se comentavam as ocorrências, contavam-se casos, falava-se de doenças e remédios, das novidades da capital, de planos de futuro. As rodas iam aos poucos se desfazendo, naturalmente, antes que o sereno, àquele tempo muito temido, pudesse trazer algum resfriado ou agravar velhas bronquites e asmas.

EM PIRAPORA

Em 1928, eu e o Vicente meu irmão fomos fazer o 4º ano primário em Pirapora.
As aulas eram na parte da manhã. Às tardes nós as passávamos no Rio São Francisco, nadando e pescando.
Nosso pai soube disso e arranjou ocupação para nós. O Vicente foi trabalhar na seção de varejo do Trapiche do Norte, da família Nascimento, e eu na Tipografia Nascimento, pertencente à mesma família.
A princípio nós éramos mensalistas no Hotel Maia. Quando o hotel entrou em obras de reformas mudamo-nos para a Pensão Lobo, quase em frente ao Grupo Escolar, único da cidade.
As aulas iam das 7 às 11 horas da manhã.
Eu vinha para a pensão, almoçava, e às 12 horas entrava no serviço.
Gostei muito. Era um mundo novo de máquinas, tintas, graxas, caixas de tipos, ferramentas e muito barulho.
Nosso serviço era pago por produção, tendo cada serviço seu preço tabelado. Eu trabalhava mais na distribuição, que era o desfazimento das chapas já utilizadas na impressão, antes lavando-as com querosene para retirar a tinta que se grudava aos tipos. A distribuição dos tipos se fazia em suas caixas e nichos respectivos, com o maior cuidado para não misturar os tipos nem trocar os seus nichos.
Fazia parte também de minhas atribuições o cozimento dos rolos da máquina impressora, endurecidos pelo uso e que periodicamente eram cozidos em fornalha a lenha, no quintal da tipografia.
O salário era pago por peça. E alcançava, em média, 15 mil reis por mês, correspondendo a 1/10 do salário mínimo de um adulto.
Com cerca de 3 meses de serviço, já bastante prático e desembaraçado em meu trabalho, ganhei uma caixinha para confeccionar 100 cartões de visitas.
Foi um luxo.
Esmerei. Com a ajuda do gerente na escolha dos tipos e dos dizeres, de repente eu estava com 100 cartões de visitas onde se lia: [veja fac-símile acima]

Na minha primeira ida a Várzea, após a confecção dos cartões, exibia-os com alegria e orgulho a meus pais e a meus irmãos. E tive uma idéia. Vou mandar um cartão desses a meu tio Basílio, em Montes Claros.
O tio Basílio era também meu padrinho e eu havia passado um ano e meio em casa dele, terminando o 2o ano primário e fazendo o terceiro.
Eu era o ajudante dele, todos os sábados, quando íamos ao Mercado Municipal fazer a feira da semana.
Ele fazia as compras e eu o transporte das mercadorias.
Pensava: meu tio vai ficar abismado com o meu progresso.
A resposta do meu tio, que era um homem muito gozador, veio numa carta do Antônio, filho dele, meu companheiro de escola. Dizia assim:
- Meu pai recebeu seu cartão. Mandou dizer a você que tipógrafo não vale “coisa” nenhuma. Imagine auxiliar de tipógrafo ...

(continuará, nos próximos dias, até a publicação de todo o livro, que acaba de ser lançado em edição artesanal de apenas 10 volumes. As partes já publicadas podem ser lidas na seção Colunistas - Luiz de Paula)

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Mensagem N°35982
De: Cristiane Soares Diniz Data: Quarta 11/6/2008 10:45:39
Cidade: Montes Claros/MG  País: Brasil

Foi com pesar que vi as fotos da atual Fazenda Quebradas. Doeu-me ver o estado de depredação daquela que foi por diversas vezes, considerada Fazenda modelo pela Emater. Lembro-me com saudades dos banhos de córrego, ao fundo da casa grande, dos meus tempos de criança. Dos momentos aprazíveis ao lado de Dinha Arinha e familiares. Dos belos jardins, tão bem cuidados. Entristece-me que a história esteja sendo esquecida.Mais que o valor histórico, existe o valor sentimental, de uma família ,de toda uma geração, que ali ia para divertir e aproveitar as quentes tardes de verão. Tive o prazer de, por diversas vezes, usufruir da acolhedora hospitalidade de Dinha Arinha e Pedro.Guardo na lembrança, momentos indeléveis de carinho e atenção. Que tenhamos manifestações de repúdio ao descaso do poder público frente o patrimônio cultural e histórico representado pela Fazenda Quebradas.

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Mensagem N°35979
De: Rogério Data: Quarta 11/6/2008 08:50:07
Cidade: Montes Claros

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) fechou na última segunda-feira (09) a rádio pirata Nova Filadélphia FM. Robson Silvério - responsável pela emissora e pré-candidato a vereador em São Paulo pelo PSB - foi preso em flagrante pela polícia. Denunciada em reportagem da Rádio Bandeirantes, a rádio pirata alugava horários em sua programação para pré-candidatos interessados em fazer propaganda eleitoral irregular. Os políticos interessados pagavam R$ 1.600 por mês para ter um programa diário na rádio. Surpreendido por policiais civis da Delegacia de Sacomã, zona sul de São Paulo, Silvério negou ser o dono da emissora. De acordo com Celso Valdir Marchiori, delegado de polícia, aqueles que fizeram anúncios também responderão pelo mesmo crime.

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Mensagem N°35975
De: Aderbal Esteves Data: Quarta 11/6/2008 07:25:30
Cidade: Montes Claros

Telefone: (38) 99850153 Menor de 10 anos só pode ser transportado no banco de trás BRASÍLIA (Agência Brasil), 10 de junho - O transporte de crianças de até dez anos de idade em veículos foi regulamentado pela Resolução 277 aprovada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). De acordo com a resolução, publicada nesta segunda-feira (9), crianças até sete anos e meio deverão ser transportadas obrigatoriamente no banco traseiro e em dispositivos de retenção, acima dessa idade, deverão utilizar o cinto de segurança do veículo. O presidente do Contran, Alfredo Peres da Silva, explicou que crianças até um ano de idade deverão ser transportadas no conversível ou bebê conforto; já as que tiverem entre um e quatro anos devem ser transportadas em cadeirinhas; e de quatro a sete anos e seis meses em assentos de elevação. Segundo Peres, já existia uma resolução do Contran definindo que no banco de trás as crianças deveriam usar o cinto de segurança e o equipamento de retenção equivalente. No entanto, faltava o conselho regulamentar qual era esse equipamento. (...)

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Mensagem N°35974
De: Raphael Reys Data: Quarta 11/6/2008 06:49:07
Cidade: Moc - Mg  País: Br

BOSSA NOVA E GIM TÔNICA

Um cantinho e um violão/ esse amor uma canção/... Em 1957 Tom e João Gilberto cantavam Corcovado essa música cool quando o país vivia musica de dor-de-cotovelo. A bossa nascia no Beco das Garrafas na boate Bottles. Carlos Lyra, Menescal, Luiz Eça e Elizete Cardoso gravavam o primeiro LP de bossa nova.
Canção de Um Amor Demais marcou época e Nara Leão, a grande musa do movimento, incrementava festas em sua casa propagando o novo movimento musical.
Montes Claros comemorava o seu Centenário Hermes de Paula trazia ao palco do Colégio Imaculada Vinicius, João Gilberto e Baden Powel, que chegaram e cantaram: o pato/ vinha cantando alegremente/ quem...quem.
JK era o mito brasileiro chamado de presidente bossa nova. Tom e João Gilberto davam o primeiro concerto internacional no Carnegie Hall em Nova York e Frank Sinatra se apaixonava pela bossa e o seu balanço suave.
Aqui nos Montes Claros, Nenzão Maurício formava a roda dos aficionados da Bossa Nova que reunia em sua casa na Avenida Coronel Prates, no centro. Dona Zezé agüentou muito barulho e ouviu muita voz desafinada de notívago!
Os Cariocas se apresentavam na boate Au Bom Gourmet em Copacabana, Jobim lançava o seu álbum com Astrud Gilberto cantando e Stan Getz no trombone enchendo o ar de solo mágico.
Na curraleira terra de Figueira a bossa Nova ia de vento em popa. Nos reuníamos na Cristal, nas praças, nos clubes volantes, amanhecíamos o dia na rua escutando o bongô de Ruizinho, a percussão de Julião batendo com os dedos na mesa do bar e Walmor de Paula imitando o solo de Stan Getz ou cantando música saudosista, Conversa de Botequim, de Noel.
Aconteceram na Faculdade de Arquitetura do Rio de Janeiro os famosos shows de Nara Leão, João Gilberto, Vinhas, Menescal, Alf e outros. Marcaram época. Vinícius e Edu Lobo compunham Arrastão, canção que se tornou símbolo do fechamento da Bossa Nova.
Garota de Ipanema era a música mais cantada no mundo e Sinatra, The Voice e Jobim gravavam o internacional disco Francis Albert Sinatra e Antonio Carlos Jobim.
Aline Mendonça arrasava no Rio de Janeiro e em Montes Claros com o seu vozeirão cantando ao bom estilo da vanguarda de esquerda. Saíamos aos bandos na noite dos sertões montes-clarenses tomando vodca ou gim tônica com canapés. Serestas, festas e víamos o sol nascer escutando: tão bonita/ que ela é/ cabelos lisos/ como eu nunca vi/ camisa esporte/ sobre a calça Lee...
Para variar, cantávamos imitando Ataulfo Alves, Ary Barroso, Pixinguinha e mesmo o rock`n`rol de Bill Halley e Elvis Presley.
Desde a sua composição nas mesas do Bar do Veloso em Ipanema a música Garota de Ipanema passou a ser o hino da Bossa Nova:
Olha que coisa mais linda/ Mais cheia de graça/ É ela menina/ Que vem e que passa/ Num doce balanço, a caminho do mar/ Moça do corpo dourado/ Do sol de Ipanema/ O seu balançado é mais que um poema/ É a coisa mais linda que eu já vi passar/. Ah, porque estou tão sozinho/ Ah, porque tudo é tão triste/ Ah, a beleza existe/ A beleza que não é só minha/ Que também passa sozinha/. Ah, se ela soubesse/ Que quando ela passa/ O mundo sorrindo se enche de graça/ E fica mais lindo/ Por causa do amor.
E ficava mesmo!

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Mensagem N°35973
De: Ernane Data: Terça 10/6/2008 22:08:55
Cidade: Moc

Quem fiscaliza o transporte coletivo em Montes Claros? Os ônibus não respeitam nem sinal vermelho mais, o foco da "Transmultas" são as motos. Quem quiser ver irregularidade dos ônibus, basta ficar próximo a alguma semáforo onde transita um ônibus coletivo e presenciar o mesmo.

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Mensagem N°35971
De: Osmando Capuchinho Data: Terça 10/6/2008 21:04:51
Cidade: São João do Paraiso-MG

Não quero perder a oportunidade, de parabenizar o Sr. Narciso , pela brilhante e tempestiva mensagem a respeito do nosso saudoso Juscelino, como tb dos seus anfitriões da época( Arinha/Pedro).
Atenciosamente,

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Mensagem N°35970
De: vanessa Data: Terça 10/6/2008 20:50:09
Cidade: montes claros  País: brasil

Só para constar sobre o incêndio da senhora de 97, a família encontra-se muito triste, e ela morava so por opção. pois a mesma nunca aceitou inumeros enfermeiros e acompanhantes que a familia disponibilizou ao longo de sua vida. foram em vão inumeras tentativas de leva-la para morar com os familiares.mais com certeza a familia guardara em sua lembrança a pessoa maravilhosa que nos ensinou mto.
obs: mesmo morando so, ela recebia diariamente visita dos familiares.
saudades eterna.

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Mensagem N°35960
De: Cris Data: Terça 10/6/2008 14:28:31
Cidade: Montes Claros/MG  País: Brasil

Aplausos para vc, que suscitou tão brilhantemente a história da Fazenda Quebradas. Solidarizo-me com vc em suas mais veementes súplicas, qto o descaso das autoridades ao patrimônio cultural que a referida fazenda representa. Eu que tive o privilégio de conhecer o prédio ainda tão bem cuidado e amado pelos seus donos, sinto-me especialmente tocada por tão desrespeitoso desdém do poder público. Sinto também por "Dinha Arinha", que agora, tem que se ver privada de viver no lugar em que passou seus mais amorosos dias junto a "tio Pedro" e filhos.

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Mensagem N°35957
De: Marcelo Data: Terça 10/6/2008 13:54:30
Cidade: M. Claros

Dezenas de viaturas zero quilômetro estão há várias semanas no pátio do 10º Batalhão da PM, em M. Claros, aguardando a vinda do Secretário de Defesa Social para serem utilizados no policiamento do Norte de Minas, inclusive em M. Claros. Enquanto aguarda a vinda do político, a população está a mercê dos assaltantes e outros criminosos. A vinda está marcada ainda para o dia 18. Os ladrões agradecem a demora. (...)

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Mensagem N°35956
De: Jorge Silveira Data: Terça 10/6/2008 13:43:35
Cidade: Montes Claros

O TIME DO SOÇAITE
JORGE SILVEIRA

No início da década de 60 em Montes Claros, em certo momento, o "footing" da Praça Cel. Ribeiro foi transferido para a Praça de Esportes, com a realização de um campeonato de futebol de salão que mobilizou toda a juventude da cidade. Nos dias de jogos, a praça ficava lotada. Não existia ainda o Ginásio Darcy Ribeiro e os jogos eram realizados em duas quadras a céu aberto.
Um dos motivos que levaram as garotas a transferirem o tradicional "footing" da Praça Cel. Ribeiro para a Praça de Esportes foi o time do Soçaite, que o Mimi resolveu formar para disputar o campeonato. Do pessoal de sua turma, ele e o Quinquinha eram os únicos que jogavam um futebol decente. O resto era tudo perna de pau. Ele então enxertou no time o Pindoba, irmão do Márcio Milo e na época goleiro do Ateneu, e formou a zaga com Fernando Etiene e Geraldo Renam (este também irmão do Márcio). Na frente jogava ele próprio, o Mimi, e o Quinquinha (que já tinha sido jogador do Cassimiro e era bom de bola). Na reserva, o Waldyr Aguiar, Agnaldo Drumond e o Márcio Milo, que entravam em todos os jogos, pois como a turma era do gole, cansava fácil.
O time era ruim de fazer dó, apesar de o Pindoba operar milagres no gol. Perdia para todo mundo. Mas deixava a mulherada em êxtase total. Era interessante como um time que não ganhava de ninguém, tinha a maior torcida do campeonato. E a mulherada ficava o tempo todo gritando os nomes do Waldyr, do Agnaldo e do Márcio, que geralmente estavam no banco de reservas. E o Mimi era obrigado a colocá-los, para atender às fanáticas torcedoras. Edvar Ró-Ró, Hélcio e eu, que não jogávamos bola, servíamos de técnicos. Ficávamos de fora, gritando com a turma de dentro.
Nos intervalos, Márcio, em vez de água, bebia "cuba libre". Agnaldo, "Hi Fi". Mimi dava-lhes aquela bronca, mas eles diziam que era para botar energia nas veias. Como na época eu era repórter esportivo do "Diário de Montes Claros", o Socaite, apesar de toda a sua ruindade, tinha sempre uma notícia de destaque no jornal. Na coluna social do Lazinho Pimenta, então, nem se diga. Era notinha obrigatória. O Lazinho era também torcedor entusiasmado do Soçaite e na arquibancada comandava a mulherada.
Mas o time só teve fôlego para um campeonato. A turma logo cansou e deixou o Mimi na mão. Na verdade, o pessoal gostava mesmo era de festa. E naquela época, com os vários clubes volantes existentes (o IT, o Gardênia e o Social Figueira), festa é o que não faltava em Montes Claros. Como dizia Agnaldo, com sua verve: "viriá é muito melhor do que ficar correndo atrás de bola". Viriá era uma palavra que a turma usava e que significava "juntar as virilhas". Quando a gente ia dançar, dizia que ia" viriá". Quem inventou a expressão, se não me engano, foi o Carlos Peres, numa festa em Coração de Jesus. A certa altura, ele levantou da mesa e disse "acho que vou viriá". E foi dançar. E a expressão pegou para sempre.
O time do Soçaite durou pouco, mas marcou época em Montes Claros. Quem foi jovem no início da década de 60, naturalmente deve se lembrar dele. Timaço, de bola, era a Fadir. Ou o time do Banco Hipotecário. Mas o time das garotas mais bonitas de Montes Claros era, sem dúvida, o Soçaite. Que de bola entendia pouco, mas que esbanjava charme e beleza nas arquibancadas. E com uma torcida daquela, será que era preciso jogar bola?

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Mensagem N°35955
De: Luiz Freitas Data: Terça 10/6/2008 13:13:29
Cidade: São Paulo - Capital

Acabo de ouvir na rádio CBN daqui de São Paulo [13:00], que um indivíduo de nome Raul, foi preso num ônibus da Viação Gontijo que se destinava à Montes Claros, portando 13 kilos de maconha prensada. Portanto, os clientes desse marginal vão ter que procurar outro traficante, por que esse vai ficar um bom tempo "guardado" aqui na terra da garoa.

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Mensagem N°35952
De: José Helber Sarmento Bastos Data: Terça 10/6/2008 09:12:33
Cidade: Montes Claros

(...) O Partido dos Trabalhadores de Montes Claros exige respeito da administração municipal, principalmente das lideranças do PPS. Esta foi a tônica de reunião, nesta segunda-feira, 09/06, dos pré-candidatos a vereador. Estavam presentes o presidente José Helber,o vice-prefeito Sued Botelho e membros do GTE - Grupo de Trabalho Eleitoral. Pauta: as eleições municipais, organização da campanha e relacionamento com a administração.
Os pontos mais destacados foram o desprezo da administração com o PT e a prioridade aos candidatos do PPS e atuais vereadores, em todas as ações de governo, quando não há perseguições explícitas a petistas. De forma quase unânime afirmou-se que o PT, junto com o nome de Athos, foi o grande responsável pela vitória de 2004, mas o partido foi jogado de lado na administração. Neste ano parece só haver o interesse na reeleição do Prefeito, no uso do tempo de rádio e TV e nos benefícios do Governo Lula.
A avaliação geral é que há muitas marcas do PT na administração como o Orçamento Participativo, Farmácia Popular, 23 mil Bolsas-família, Usina de Biodiesel, IFET, Comunidades Educadoras, luta por transparência na administração e pressão para garantir a participação popular. Porém, muitas destas marcas são pouco lembradas como do PT. Há uma clara disposição de Diretores e gerentes da administração em apagar marcas petistas ou não deixar realizar projetos que tenham a cara do modo petista de governar.
O vice-prefeito Sued Botelho disse que há mais acertos do que erros e que há um projeto político que precisa ser melhor delineado e negociado com o prefeito Athos. Ele acredita que os equívocos no relacionamento no governo de coalização aconteceram devido não ter havido um acordo explícito, em 2004. Afirma ser necessário elaborar um documento de compromissos nestas eleições.
O presidente José Helber concorda, mas reclamou que embora o PT tenha indicado o vice não há nenhuma garantia que esta oferta graciosa tenha sido aceita. A indicação do vice não garante o partido inteiro. Seria necessário gestos mais generosos e explícitos do Prefeito, principalmente com o grupo derrotado na indicação do vice. Há privilégios a algumas lideranças do partido e desprezo por outras. A comunicação oficial de indicação do desejo de manter a dobradinha foi feita ao Prefeito Athos Avelino, porém este não comunicou oficialmente se aceita tal proposta. Ele informa que o PT deve ter um plano de caminho próprio se não for aceita a vice na chapa majoritária de Athos, pois esta, além compromissos programáticos, é uma pré-condição para repetição da dobradinha Athos/Sued.
Nas eleições proporcionais, os candidatos mostraram-se interessados em coligação com o PHS. Foi informado que as conversas estão em fase adiantada, sendo necessários alguns acertos finais. Mais informações: José Helber 9985-3841 Presidente

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Mensagem N°35949
De: carla cristiana Data: Terça 10/6/2008 08:01:13
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

saudades de Montes claros da minha infância quando ia para o conservatório a pé sozinha com apenas 8 anos de idade sem nehum risco ou perigo. Hoje não tenho coragem de deixar meu filho também com oito anos ir nem na esquina sozinho por que meu bairro é perigoso!

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Mensagem N°35946
De: André Prates Data: Segunda 9/6/2008 22:01:31
Cidade: Montes Claros

Para mensagem 35936

Tinha entre 13 e 14 anos de idade quando conheci a Sra. Arinha e o Sr. Pedro Veloso. Íamos, eu e Bonga, fazer consertos no gerador de eletricidade da fazenda, alimentado por um córrego que passava bem próximo da sede.
O Sr. Pedro acompanhava a gente nos consertos e nas caçadas de "verdadeiras" após a colheita de milho. No trajeto dessas caçadas aproveitava e me perdia no meio do laranjal, abaixo da pocilga - já desativada. Antes de retornar para a cidade, saboreava um delicioso café com o casal proprietário (sala de tábua corrida e do vidro avistava um grandioso pé de pêssego). Certa noite, o Sr. Pedro levantou-se da mesa, dirigiu-se ao quarto onde guardava uma coleção de facas, facões e armas, apanhou uma "12" e atirou num gambá que estava espiando a gente de um pé de romã. Até hoje não achamos a vítima.
Próximo de completar 40 anos, para matar a saudade e mostrar para minha esposa, apanhei minha moto e saímos em direção a fazenda. Quando chegamos, verificamos a casa já em ruína e o jardim com flores praticamente largado. Foi uma decepção.
Um abraço para todos os familiares e amigos. Que Deus recompense o formidável casal Veloso.

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Mensagem N°35942
De: Giullyano Buerger Domingues Data: Segunda 9/6/2008 17:53:03
Cidade: Serro MG  País: Brasil

É com muita emoção que leio esta mensagem falando da época da fazenda das Quebradas, pois ali juntamente com minha família, meu pai Geraldo Domingues, minha mãe Mariângela Buerger e meu irmão Geraldo Junior, íamos sempre passar os finais de semana com a minha considerada avó, D. Arinha e meu considerado avô o Sr. Pedro. Fico triste que tudo esteja acabando, os velhos tempos que não voltam mais, tempos da minha bela infância naquela fazenda. Quando criança, ainda me lembro quando recebi do Vô Pedro um lindo cavalo de nome “Presente”, que o tive por muitos anos. Lembro também do fogão de lenha da fazenda que era enorme e com várias guloseimas que Vó Arinha mesma preparava com todo carinho para suas visitas que recebia aos domingos, tinha também os sabores de licores que ela mesma fazia, era uma delicia.Fico muito triste em saber que a fazenda Quebradas está se acabando, e muito triste que nossa historia esteja sumindo. Deixo um imenso abraço a Vó Arinha e muitas lembranças do eterno Vô Pedro Veloso.

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Mensagem N°35941
De: Norberto F. Prates Data: Segunda 9/6/2008 16:55:13
Cidade: Montes Claros  País: BRASIL

P/ Mensagem 35936

Ratifico integralmente sua mensagem. Conheci a fazenda Quebradas nos seus tempos, uma vez que os proprietários eram muito amigos dos meus pais. É uma pena o que aconteceu lá. Pior ainda é ver que pessoas tidas como influentes, enaltecem a desapropriação, com a consequente criação do parque. Nada contra o Parque, mas que então o mesmo saia do papel, seja criado na prática, a antiga sede da fazenda restaurada para talvez um museu, e que os herdeiros sejam devidamente indenizados, a preço de mercado, como deve ser.

P/ Álvaro Roberto, de São Paulo.

Tem certeza que o que você viu não foi o exemplar de primeiro de abril?????
Deixando de lado a ironia, acompanhe com mais frequência o montesclaros.com , que você vai entender o que é a Montes Claros de hoje.

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Mensagem N°35939
De: Álvaro Roberto Data: Segunda 9/6/2008 16:32:25
Cidade: SP/SP

Tive a grata surpresa de ler hoje no Jornal Gazeta Mercantil na cidade onde moro hoje que Montes Claros/MG, minha cidade natal, foi eleita a cidade mais dinâmica de minas Gerais, em 2007. Em 9 de Junho de 2008 - Prefeitos de municípios de norte a sul do Brasil participam hoje à noite, em São Paulo, da edição 2008 do Prêmio Os Municípios Mais Dinâmicos, da Gazeta Mercantil, que aponta aqueles que mais se desenvolveram. (Gazeta Mercantil) Que bom que o cenário muda para um local tão sofrido, manipulado por políticos populistas por muitos anos.
189.12.84.100

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Mensagem N°35936
De: Paulo Narciso Data: Segunda 9/6/2008 15:45:56
Cidade: Montes Claros

No dia 1º de dezembro de 1968, Juscelino escreveu: “Aos caros amigos, Arinha e Pedro, o meu abraço”. E assinou – Juscelino Kubitscheck de Oliveira.

Eram dias tumultuosos da vida política do Brasil. Exatos doze dias depois, em 13 de dezembro de 1968, atônito, o Brasil veria desabar o Ato Institucional nº. 5, o tristemente famoso AI-5, que aprofundou a níveis inéditos o jugo ditatorial do estado sobre a nação, e que vigoraria por cerca de 20 anos.

Foi uma rude pancada de primitivismo político, muito mais ampla e de repercussões mais duras do que o próprio 31 de março de 1964.

Mas, esta é outra história, da qual o Brasil ouve e ouvirá falar por centenários.

Nesta mensagem, que desejo curta, procuro apenas fixar o dia em que Arinha e Pedro Veloso – dois dos mais altos personagens da história de M. Claros – receberam na Fazenda das Quebradas – que escrevo em letras maiúsculas – receberam o presidente da República mais popular do Brasil, já proscrito e perseguido.

Era sempre assim. As visitas mais altas, mais ilustres, sempre recolheram da Fazenda das Quebradas a expressão da cordialidade e do apreço de M. Claros. Era a sua sala de visita, a tradução mor de nossa lhaneza.

O abraço de JK lá está na parede, emoldurado por um vidro, que o preserva. Abaixo, a sua foto.

Esta Fazenda das Quebradas é o dodói de M. Claros, e pertence à sua história.

Pesquisem os livros e verão. A casa grande foi erguida há quase 150 anos, do outro lado da serraria que dá nome a civilização que surgiu do lado de cá do sopé dos montes claros.

(E de onde, lamentavelmente, nos dias de carnamontes é possível ouvir o barulho que não deixa a cidade dormir por duas noites, som desrespeitoso que vaza a muralha de pedra e incomoda também do outro lado, território de passarinhos).

Pois bem.

Esta casa que também recebeu JK, horas antes de desabar o AI-5 e sua corte arbitrária, esta casa que era o caminho da roça de Darcy Ribeiro nas suas vindas e nas cheganças de todos os altos nomes que nos honraram, esta casa está prostrada, golpeada, humilhada, desfalecida.

De sopetão, urdido na burocracia fria e insensível dos gabinetes, um decreto definiu que o patrimônio das gentes de M. Claros, a partir daquela data, deveria transformar-se em patrimônio do estado mineiro, distante, como sede de um Parque Florestal – chamado, creio, de Lapa Grande.

Ignoraram a história. Ignoraram o passado (que não passou). Ignoraram os que lá moram, tendo por símbolo Dona Arinha Veloso, esposa de Pedro Veloso, irmã de Lucy, já falecidos. Ignoraram tudo.

De uma só pancada, como um AI-5 de brutalidade municipal, o poder golpeou uma lenda, uma divisa.

Se o Parque realmente se tornasse realidade, honrando e premiando o trabalho de quem escreveu aquela história, recompensando a casa por trabalho centenário de preservação e de amor, não haveria de que lamentar. Não estaríamos a prantear. Estaríamos aqui de pé, para aplaudir.

Mas, o que se viu, foi bem diferente.

O decreto para a desapropriação humilhante tornou toda a área inerte, hibernando-a na ociosidade e na mandrice, que fazem o casarão histórico ruir sobre si, escombro de uma legenda.

De desgosto, dona Arinha nunca mais abriu as janelas do vetusto casarão.

Coisa impensável - depois de quase um século, em silêncio ela deixou o local. Com disposição de não voltar, para não aprofundar a dor já muito cava.
Mora agora fisicamente na cidade.

E apenas em pensamento cruza a montanha e visita o campo de muitas vidas, cercado de lendas e de histórias.

Seus netos não foram, até agora, por justo valor, indenizados pela propriedade que agoniza, silenciando ecos laboriosos que transpunham as penhas e traziam notícias venturosas para o lado de cá desta civilização que se construiu pelo trabalho e pela honradez.

O processo de desapropriação – injusto, desgastante, arrasta-se também para os demais proprietários, vizinhos.

Do outro lado da nossa municipal cordilheira agoniza parte da história de M. Claros. De maneira perversa, arrogante, injusta.

Em nome da natureza não contemplada, vimos, golpeou-se a história. Mais grave: em nome dela, mutilam-se pessoas que de todos só merecem aplausos.

Não será sobre injustiças que se construirá, para agora e para adiante, no futuro, um parque de onde as gerações que a esta sucederem recolherão belas histórias.

Não se faz o futuro desta forma, esmagando o passado de muitas lutas. Não, não podemos concordar.


(Nas fotos, JK e sua assinatura na parede nua; os escombros do casarão e o casal benemérito de Montes Claros, Arinha e Pedro Veloso, nos melhores dias das Quebradas)

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Mensagem N°35924
De: Hugo Data: Segunda 9/6/2008 10:52:53
Cidade: Moc

Notícia divulgada hoje no site do STJ. Situação muito semelhante à da cobrança do tratamento de esgoto pela Copasa em Montes Claros:
"Taxa de esgoto cobrada onde não há prestação do serviço deve ser devolvida em dobro
"Valor de taxa de esgoto sanitário cobrado indevidamente onde serviço não é prestado deve ser devolvido em dobro ao contribuinte. O entendimento é do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e baseia-se no Código de Defesa do Consumidor (CDC). A Primeira Turma atendeu ao recurso de um condomínio localizado na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ). O Tribunal local havia determinado apenas a devolução do valor pago, corrigido monetariamente.
"De acordo com os precedentes citados pelo relator do recurso, ministro Teori Albino Zavascki, a aplicação do CDC tem função pedagógica e inibidora de condutas lesivas ao consumidor. Outro ponto debatido pelo condomínio, o direito de ser ressarcido pelos valores pagos nos últimos cinco anos, não foi conhecido pela Primeira Turma. Os ministros verificaram que a questão (artigo 173 do Código Tributário Nacional) não foi analisada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), o que impede o julgamento no STJ.
"Em primeira instância, o pedido de inexigibilidade da obrigação de pagar à Companhia Estadual de Água e Esgotos foi julgado improcedente, levando em conta que o condomínio utilizava galerias de águas pluviais. A Sociedade dos Moradores e Amigos de Pedra de Itaúna recorreu ao TJRJ, que reformou a decisão. O Tribunal estadual declarou inexistente a obrigação do pagamento, com a devolução do que havia sido pago, apenas corrigida monetariamente a partir de cada desembolso, desde a propositura da ação em 2000".

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Mensagem N°35923
De: Souza Data: Segunda 9/6/2008 10:31:59
Cidade: Moc

Confirmado: uma das 4 empresas de telefonia celular que atua em M. Claros já executa nas suas torres os preparativos para instalar a chamada telefonia 3G - de terceira geração. Com ela, através de aparelhos também de terceira geração, as pessoas se falarão vendo-se mutuamente. E, até mais importante: os computadores, móveis e fixos, poderão usar uma terceira alternativa de banda larga. A grande novidade: onde chegar um sinal 3G, seja na cidade ou fazenda, aí um computador poderá entrar na rede com velocidade. Atualmente, estamos dependendo do acesso discado, péssimo, ou do sistema Velox ou a cabo, até hoje disponível em pontos localizados da cidade, e não em toda a cidade, como seria desejável, e a preços proibitivos. Mais um detalhes: quando duas das 4 companhias de telefonia celular entraram com o serviço 3G em alguns estados choveram críticas, pela deficiência do serviço. Agora, escaldadas, as empresas temem a repetição do fato em Minas. De qualquer forma, é um avanço que precisa vir rápido. A estimativa é que,em agosto, M. Claros disponha dos serviços 3G. Belo Horizonte receberá já no próximo mês o serviço da terceira empresa a explorar este revolucionário sistema. Duas já funcionam, mas recebem críticas, pois o serviço ainda é deficiente.

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Mensagem N°35917
De: suely Data: Domingo 8/6/2008 22:02:38
Cidade: MONTES CLAROS

senhora de 97 anos morre queimada.homenagem...dona patricia martins coelho. guerreira, lutou bravamente ate o fim para se salvar do incendio que consumiu a sua humilde casa. pessoa bondosa, querida por todos os vizinhos e por quem a conhecia...foi se dona patricia, como martir, pois deixou seu legado de experiencias de vida e bondade, nos altos dos seus 97 anos, não perdeu a lucidez e conhecimento de todos aqueles que tiveram o prazer de conhecê-la e conviver com ela. pessoa integra, caridosa e amável que possuia uma familia numerosa entre filhos, netos,bisnetos e tataranetos, porem nao se sabe o porque,com seus 97 anos vivia sozinha e morreu queimada...quanta dor.

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Mensagem N°35916
De: J, Melo Data: Domingo 8/6/2008 22:00:52
Cidade: Moc

M. Claros tornou-se realmente uma cidade sem lei. Para meu máximo espanto, vi hoje uma importante avenida de M. Claros fechada ao trânsito por cordas. Para quê? Para que cerca de dez pessoas fizessem batucada e...no passeio. Esta avenida é o único acesso de uma importante parte da cidade e todos tivemos que dar uma longa volta para chegar ao destino. Isto tudo às 11 horas da manhã, em função... de uma batucada. E olha que o período eleitoreiro ainda nem começou!! Aliás, parte da prefeitura, da transmonte, o hábito de fechar ruas e avenidas por qualquer bobagem. Pior quando fecham avenidas e impõem ao resto da cidade um barulho que não nos deixa dormir! M. Claros, de reconhecida cultura, vai virando cidade sem lei e do barulho...

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Mensagem N°35915
De: ELIENE VELOSO Data: Domingo 8/6/2008 21:56:26
Cidade: Salvador , Bahia

E-mail: [email protected]
Telefone: (71) 88744091
HOJE REENCONTREI MONTES CLAROS e vivenciei uma época de sonhos. Li um texto escrito pelo colunista Saulo em 14.04.2006 e eu estava alí, inteira, retratada em meu cotidiano, particularmente na vida catálica.Como minha mãe, fui batizada pelo Padre Dudu que inúmeras vezes me mandava de volta pra casa para trocar de saia. era o tempo da mini saia e a minha era quase um cinto largo... Adorava provocá-lo na missa de domingo, a primeira do dia, bem pela manhazinha.. Todas as lembranças da procissão do encontro, onde fui de tudo inclusive anjo.. saudades.. obrigada

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Mensagem N°35914
De: Marina Data: Domingo 8/6/2008 21:53:47
Cidade: M. Claros

Senhores e Senhoras; Nos moradores dos bairros Panorama I e II, Vila Oliveira, Vila Mauriceia, Ibituruna, estamos tendo que conviver com um som muito alto, não sei de onde vem, mas é da pior qualidade, normalmente começa sexta-feira e vai até domingo de dia e noite, na minha casa as portas e janelas são travadas até pano debaixo das portas e em todos os vãos que pode entrar o som é colocado, mas esta insuportável. Imagina vocês, às duas horas da manhã esta acordada com a musica do CREU é muito doloroso, será que é somente aqui no panorama que esta incomodando, mas é normal para Montes Claros, aqui nada é fiscalizado e sempre fazem o que querem e as autoridades nada

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Mensagem N°35910
De: clarice Data: Domingo 8/6/2008 19:21:50
Cidade: Montes claros  País: Brasil

Para Jorge Silveira
Não poderia deixar passar mais este mal entendido. Hélcio - citado no Candelabro Italiano - está vivíssimo, sim - muito mais bonito que antes, o mesmo charme na forma de cabelos branquissimos e muita classe. MORA AQUI MESMO EM MONTES CLAROS, sua filha é quem mora em BH. Sou uma das suas 8 cunhadas e admiradora eterna.Ele de fato merece ser lembrado.

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Mensagem N°35909
De: José Carlos Data: Domingo 8/6/2008 16:19:37
Cidade: Montes Claros

Em Belo Horizonte, é proibida a realização de shows no parque de exposições da gameleira, mesmo durante as feiras agropecuárias. Em M. Claros, ao contrário, o poder público é o primeiro a dar o mau exemplo, patrocinando festas em locais abertos, infernizando a vida dos vizinhos, em alguns casos residentes a kilômetros de distância. E por falar em falta de respeito, alguém precisa tomar uma atitude para reprimir os excessos praticados pelos inúmeros andarilhos, desocupados e malandros que perambulam pelo centro da cidade, principalmente nos finais de semanas, dias de pouquíssimo movimento de pedestres, para intimidar, extorquir e constranger pessoas idosas ou desacompanhadas.

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Mensagem N°35907
De: Dário Cotrim Data: Sábado 7/6/2008 22:06:18
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

MONTES CLAROS E A COLUNA PRESTES

Dário Teixeira Cotrim

Durante a passagem da Coluna Presta no sertão baiano e pelo cerrado do Norte de Minas Gerais, a cidade de Montes Claros sofreu sérias influências com o episódio dos revoltosos. A guisa de ilustração, citaremos a seguir quatro situações com que o montes-clarense enfrentou, como explica o acadêmico doutor Nelson Vianna, a arrogância e a brutalidade dos homens que deveriam combater os rebeldes e não a população ordeira da cidade. Entretanto, o grosso da Coluna Prestes sequer chegou perto daqui, haja vista que o seu comando (Luis Carlos Prestes e Miguel Costa) preferiu o caminho de Taiobeiras com rumo ao Estado da Bahia. Mesmo assim, muitas dessas histórias, às vezes trágicas e às vezes cômicas, foram contadas tendo por referência os ataques dos revoltosos, principalmente contra o homem pacífico do campo. Vejamos:

20 de abril de 1926 – Chega à cidade de Montes Claros um forte contingente da Polícia Militar, que deverá seguir para o Norte a fim de combater os revoltosos. O comandante agiu nesta cidade, arbitraria e violentamente, requisitando animais, inclusive arreados, gêneros e até dinheiro, na única agência bancária, a do Banco da Lavoura, recém-instalada em Montes Claros. No dia da feira, sábado, quando o movimento comercial era mais intenso, e os feirantes se entregavam desprevenidos às suas atividades, o capitão-comandante mandou bloquear diversas ruas da cidade, tomando indiscriminadamente os animais dos roceiros que, ante a força, não tinha outra solução senão conformar-se. Estabeleceu-se o pânico entre os pacatos camponeses que, assim, ficaram sem as suas montarias e animais de carga. Espalhou-se a notícia por toda a zona e, em conseqüência, veio um longo período em que a cidade permaneceu sem abastecimento de gênero de toda sorte, para a alimentação, o qual, na época, só era feito pela gente do campo. (Efemérides Montes-clarenses – Nelson Vianna)

1 de maio de 1926 – Chega a Montes Claros o 2º Esquadrão do 15º Regimento da Cavalaria, com sede na Vila Militar, no Rio de Janeiro, sob o comando do capitão João Francisco da Silva, a fim de seguir para o Norte ao encontro dos revoltosos. (Efemérides Montes-clarenses – Nelson Vianna)

14 de maio de 1926 – Entra na cidade de Montes Claros a 3ª Companhia do 3º Batalhão da Polícia Baiana, sob o comando do tenente Clementino de Cerqueira e Silva que, desde 11 de dezembro de 1925, vem combatendo os revoltosos que invadiram os Estados do Piauí, Pernambuco, Bahia e Minas Gerais. Essa tropa baiana, completamente esfarrapada, sem receber vencimentos há mais de cinco meses, manteve-se pacífica, respeitadora e bem disciplinada dentro da cidade, não molestando de modo algum a população local que, condoída da situação de penúria dos soldados, promoveu meios de minorar o sofrimento e desconforto por que passavam. Era a prova de agradecimento dos montes-clarenses, já bastante escarmentados pelo procedimento de outras tropas que por aqui transitaram, deixando péssima impressão de sua indesejável passagem pela cidade. (Efemérides Montes-clarenses – Nelson Vianna)

18 de maio de 1926 – Sob o comando do coronel Alexandre Fontoura passaram por Montes Claros a 5º e o 9º Regimento de Cavalaria, das forças federais, com destino ao Estado da Bahia onde devem combater os revoltosos. (Efemérides Montes-clarenses – Nelson Vianna).

Para melhores esclarecimentos, a pedido do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros, estamos concluindo o livro “O Laço Húngaro”, onde já registramos a passagem da Coluna Prestas pelo sertão baiano e também pelo cerrado norte-mineiro.

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Mensagem N°35897
De: Renata Data: Sábado 7/6/2008 12:16:34
Cidade: M. Claros

Morava só a mulher de 97 anos que morreu num incêndio, na madrugada de sexta-feira, em Montes Claros, na rua Santa Rita de Cássia, bairro São José, de classe média. A veneranda senhora, Patrícia Martins Coelho, já foi encontrada inconsciente pelos bombeiros; ela tinha dificuldades para andar e não saia de casa, cheia de grades de proteção. Um curto circuito teria sido a causa do fogo que atingiu todos os cômodos e fez desabar o telhado. Morando só, quase aos 100 anos, de outra vez ela deixou a panela no fogão aceso, o que provocou um primeiro incêndio.

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Mensagem N°35895
De: Flávio Pinto Data: Sábado 7/6/2008 11:16:44
Cidade: BH

Que foto !
Eu me lembro, um pouco, lógico.
Foi no Parque Municipal, em BH.
O primeiro rapaz era um vizinho nosso, Tonga , amigo de Zé Luiz, quando a gente morou na Serra, em 1949.
Minha irmã, Cristina, já falecida, família dos Pereira, Diu, Laide, Lucinho e Carlito.
Nilo não aparece aí, porque era bebê , na época.
Muita gente vai reconhecer , tanto a gente como os Avelino Pereira.
59 anos atrás. Ah! Que saudades eu tenho ...

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Mensagem N°35894
De: Álbano Silveira Machado Data: Sábado 7/6/2008 11:10:43
Cidade: Montes Claros/MG  País: Brasil

(...)O ex-prefeito de Berilo, no Vale do Jequitinhonha, Cláudio Waldete Coelho dos Santos, foi assassinado, nesta sexta-feira, por volta das 23 horas. O crime aconteceu na residência de Alaíde Assis Amaral, na cidade. A professora Alaíde mantinha um relacionamento amoroso com o ex-prefeito há mais de 20 anos. Cláudio Waldete era casado com Aíres Maciel, e deixou 2 filhos jovens. Informações preliminares indicam que o ex-prefeito estava de saída da casa, na varanda, embaixo de uma parreira, indo em direção ao portão principal que dava pra rua. Ele recebeu um tiro de cartucheira pelas costas. Ao ouvir o barulho, segundo alguns depoimentos, Alaíde correu e encontrou Claúdio Waldete já agonizando, morrendo logo em seguida. Funcionários do Hospital de Berilo informaram que houve 26 perfurações no corpo de Cláudio Waldete. O corpo foi levado para Itamarandiba, no Alto Jequitinha, para autópsia. Policiais civis da regionalde Capelinha estão na cidade apurando as causas do crime.

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Mensagem N°35893
De: Luiz de Paula Data: Sábado 7/6/2008 08:30:09
Cidade: Montes Claros

(Do livro "Por Cima dos Telhados, Por Baixo dos Arvoredos" - Parte 18)

O PRIMEIRO BEM DE CAPITAL

Foram tempos de muita saudade. Era tanta a saudade do povoado em que nasci e de minha gente, que me sentia febril. E sofria também pela falta de alguns trocados. O Mercado Municipal, nas manhãs de feira, aos sábados, exibia muita fartura de coisas apetitosas: pamonha, bolo de arroz, pé de moleque, biscoito frito, broas, e frutas diversas. Mas eu era vidrado mesmo era no refresco de tamarindo. Adoçado com rapadura e despejado num canecão de folha, sobre uma colherada de bicarbonato. Chamava-se moreninha e espumava até derramar pelas bordas do caneco. Era bom demais.
Às sextas-feiras havia sessão de seriados, às 8 horas da noite, no Cinema Montes Claros, do sr. Manoel Gomes. Lembro-me de alguns títulos. O Cavaleiro das Sombras. O Às de Espadas. Fantomas. No Arrastão da Vida.
Ganhar algum dinheiro era preciso. Foi daí que surgiu a idéia da caixa de engraxar. Feita com tábuas aproveitadas de caixões velhos. Não ficou bonita mas dava para começar. Saí à luta. A engraxada custava 200 réis. Gorjeta era coisa que não existia. Aos sábados eu saía de porta em porta, no centro da cidade. Com o provento do dia eu comprava o material que faltava. Aos domingos ia cedo para o ponto, na rua Simeão Ribeiro, na calçada ao lado do bar do senhor Brasiliano Ribeiro da Cruz, onde é hoje a Lanchonete Cristal. Por ali passavam as pessoas que iam às missas da 7 e das 9 horas, na Igreja Matriz.
Uma féria considerada boa alcançava três mil réis. Importância bastante para se começar o dia com um copo de caldo de cana comprado na Garapa do Sinval, e mais tarde um copo de coalhada. E para reabastecer a caixa, reservando parte para a aquisição de objetos de uso na escola e para ir ao seriado das sextas-feiras. E para um ou dois copos de moreninha.
A caixa de engraxar era um bem de que muito me orgulhava. Lembro-me de uma noite em que depois de conferir e guardar todo o material de trabalho, preparando-me para a faina do dia seguinte, enfiei as duas mãos no interior da caixa e com o olhar perdido nos longes fui apalpando as escovas, as latas de graxa, as flanelas de dar lustro, os vidros de tinta... Era tudo meu. Era meu patrimônio. Minha riqueza no mundo. Senti grande euforia. Um calor bom subindo pelo peito acima. Uma enorme satisfação por ter dentro daquela caixa, sob minhas mãos, tudo de que precisava para trabalhar e ganhar dinheiro.

COMPANHEIROS DE TRABALHO

Éramos mais ou menos oito engraxates naquele ponto da rua Simeão Ribeiro, na calçada rente ao muro do bar do senhor Brasiliano Ribeiro da Cruz, onde é hoje a Lanchonete Cristal.
Com o correr do tempo, a prática de futebol, no largo da igrejinha do Rosário, e o gosto pelo cinema nos tornaram companheiros e amigos.
Entre eles havia o Zé de sia Aninha, o Zezé Botão, que morava no largo da Igreja do Rosário, hoje praça Portugal. Foi o melhor driblador que já conheci, mesmo depois de adulto. Soube dele, mais tarde, na Polícia Militar, no posto de sargento. Outro muito bom de bola era o Antônio Carvalho, sobrinho do barbeiro Benvindo José de Carvalho. Havia também o Catarino, que morava longe, aos pés dos Morrinhos. Sobre ele escrevi um pouco mais, sob o título: RECADO A CATARINO.
O futebol e o cinema nos empolgavam.
Cinema, para nós, eram os filmes seriados, que se exibiam às sextas-feiras, no Cine Montes Claros, do sr. Manoel Gomes, pai do saudoso amigo José Gomes de Oliveira. Único da cidade. Passavam um primeiro filme, de “cow-boy”, de duas ou cinco partes, e em seguida vinha o seriado. Ficaram famosos: O As de Espadas e O Cavaleiro das Sombras, com William Desmond (o mocinho) e Albert Smith (o bandido). E Fantomas.
O cinema era mudo e se exibia parte por parte, com pequeno intervalo entre as partes. Projetavam a imagem e depois o letreiro, explicando o diálogo. Os tiros eram reconhecidos pela fumaça que saia dos canos das armas.
Quando vinha uma cena muito forçada - como, por exemplo, o “cow-boy” matando meia dúzia de bandidos, de uma só vez, ou o cavalo de Tom Mix dando um salto de 10 metros, a gente ouvia logo a exclamação do Catarino, a ecoar no escuro, vinda de algum lugar, nas galerias: Ô DESAJÊRO!
O CINEMA

Fora das aulas havia duas novidades muito gratas: a luz elétrica, iluminando a cidade à noite, e o cinema, às sextas-feiras, em filmes seriados de “western”.
Era ainda o cinema mudo. Mas havia música local, antes de começar a projeção, com a Professora Dulce Sarmento ao piano.
A entrada custava 1 mil réis, equivalente a 5 engraxadas.
Era sessão única, começando às 20:00 horas. Os “habitués”, como eram chamados os freqüentadores, pela “Gazeta do Norte”, começavam a chegar às 19:00 horas, atendendo ao chamado de uma estridente campainha, colocada na parede externa do prédio, cujo som se ouvia em todo o centro da cidade.
O cinema, com a inevitável espera para quem quisesse encontrar bons lugares, tornara-se local de namoro. E era de bom tom (como se dizia àquele tempo) o namorado ou marido oferecer revistas a seu par.
Os vendedores de revistas e caramelos circulavam diligentes, atentos aos chamados dos fregueses.
Quando a projeção ia começar, cessava o retinir da campainha externa e soava uma outra, de som mais fraco, localizada no alto da cabine de projeção. Avisando aos espectadores que a sessão ia ter início.
A projeção se fazia por partes, com intervalo entre uma e outra. As fitas de “cow- boys” compunham-se geralmente de 5 partes. Os seriados tinham 4 partes. E os dramas ou fitas de amor, como eram chamadas, e as comédias e fitas de guerra, eram estruturadas em 7 ou mais partes. Os “complementos”, que antecediam o programa principal, apresentavam uma ou duas partes.
Nos intervalos entre as partes muitos espectadores se levantavam para fumar junto às portas laterais e retornavam a seus lugares ao chamado da campainha interna.
A projeção produzia um ruído monótono e contínuo, que para muitos funcionava como o melhor dos soníferos.
Eram conhecidas na cidade algumas pessoas que iam ao cinema para desfrutarem de duas boas horas de sono.
A professora Dulce Sarmento executava o piano com maestria. Eu sempre tive pendor para a música e no cinema, ouvindo o piano, gravava com facilidade as melodias. E em casa de meus tios ia aprendendo as letras, com preferência para as canções que se adequavam à meu estado de espírito.
Recordo-me ainda de algumas dessas composições, especialmente de duas delas, que eu repetia principalmente quando me encontrava sozinho, curtindo a minha saudade.
Eram os tangos NUNCA MAIS e NELLY.
As letras não tinham muito a ver com meus sentimentos. Eram as melodias que se harmonizavam com minha saudade.
Começavam assim:

Ó nunca mais gozarei ao teu lado
deliciosos momentos de amor.
ou
Nelly, Nelly
quero adorar-te eternamente.

(continuará, nos próximos dias, até a publicação de todo o livro, que acaba de ser lançado em edição artesanal de apenas 10 volumes. As partes já publicadas podem ser lidas na seção Colunistas - Luiz de Paula)

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Mensagem N°35892
De: Ruth Tupinambá Data: Sábado 7/6/2008 08:11:19
Cidade: Montes Claros

DONA EVA, SUA RUA, SUA CASA

Ruth Tupinambá Graça

Em 1924 eu morava na Rua Dona Eva n° 34 (uma rua pequena, mas muito importante para mim), construída em 1768 por José Lopes de Carvalho, o segundo proprietário da Fazenda dos Montes Claros.
Quem foi Dona Eva? Garanto que a maioria da população desta cidade não sabe. Pertencia a uma das mais antigas e tradicionais famílias de nossa cidade. Era filha de Antônio Teixeira de Carvalho Júnior e Dona Rosa Frutuosa de Lima. Casou-se com Ezequias Guimarães.
Dona Eva Barbosa Teixeira de Carvalho foi uma grande mulher, dinâmica, batalhadora incansável pelo progresso de Montes Claros.
Durante muitos anos foi professora primária, quando Montes Claros era apenas a pobre Vila de Formigas.
Musicista inata, cheia de entusiasmo e grandes ideais, incentivada por doutor Carlos Versiani, o vigário Gonçalves Chaves e o coronel José Rodrigues Prates (aos quais muito devemos) mandou buscar em Diamantina (cidade mais civilizada da nossa região àquela época) o mestre Risério Alves Passos, grande músico, fundando em 1856 a Banda Euterpe Montes-clarenses.
Em 1857, nos festejos da elevação da Vila de Montes Claros das Formigas à categoria de Cidade de Montes Claros, a Banda Euterpe saiu à rua pela primeira vez, bem organizada e brilhante no seu uniforme de gala, dando um show de musicalidade. Desta data em diante tomou parte em todos os acontecimentos sociais e religiosos da nossa cidade, tendo a duração de mais de um século, a tradicional corporação musical.
Depois de aposentada em 1871, dona Eva continuou instruindo moças que lhe eram confiadas, os princípios de Educação Moral, Doméstica e Literatura. Faleceu em 1887 com cinqüenta e oito anos.
Mereceu bem esta homenagem figurando o seu nome na rua onde foi construída a primeira casa de Montes Claros.
Nesta mesma casa, passado mais de um século, tive a felicidade de morar. Pertencia, nesta época, a um amigo do meu pai.
Em frente, nesta mesma rua, ficava o sobrado do doutor Marciano Alves Maurício, construído em abril de 1853, com a fachada para a Praça da Matriz, hoje Doutor Chaves.
Suas filhas, Yeda e Yolanda, eram minhas companheiras de infância.
Este sobradão tinha um quintal que era um verdadeiro paraíso, sombreado por enormes mangueiras e jabuticabeiras, onde armávamos o Nosso Circo rodeado por lençóis de linho, improvisando trapézios com cordas de bacalhau, correntes e arames (Mauricinho que o diga), pois era assíduo freqüentador do nosso circo, pagando dez paus de fósforo para entrar, procurava encabular os artistas, criticando e vaiando-os sem dó.
Aquela rua Dona Eva marcou muito minha infância.
Sua proximidade com a Praça da Matriz permitia-me assistir, de perto, todas as festividades sociais e religiosas que aconteciam naquela praça simples, desprovida de belezas arquitetônicas, de calçamento, apenas no centro um bonito coreto, construído em maio de 1919 (hoje demolido), onde a Banda Euterpe se reunia todas as noites e era também o ponto de reunião da meninada da Rua de Baixo. Enquanto a banda ensaiava os seus dobrados, nós corríamos eufóricos brincando naquele largo enorme.
Muitos anos se passaram...
Eu cresci, me casei e minha vida tomou novos rumos.
Mas o tempo não apagou aquela lembrança e como Filho Pródigo eu voltei. Voltei e encontrei tudo mudado. A rua Dona Eva estava diferente, e a Praça da Matriz já não era a mesma. A casa onde morei não existia mais. Demoliram-na e em seu lugar existe hoje uma moderna mansão.
E eu chorei com saudades de tudo: da minha infância, dos inocentes brinquedos à sombra das mangueiras, do Largo da Matriz, onde corria com os pés afundados na poeira, ao som da música, procurando o Chicotinho Queimado, Veadinho Quer Mel, a Cabra Cega e os Brinquedos de Roda... saudades da Rua Dona Eva e daquela casa...
Tudo me veio à mente como um filme lindo que se viu na infância e do qual nunca se esquece.
A primeira casa de nossa cidade, o início da nossa História, a História de Montes Claros, deveria ser tombada.
Quantos dramas se encerravam naquelas paredes. Ela que resistiu firme por mais de um século, assistindo o crescimento da nossa cidade pedra por pedra! Presenciando com os antepassados, todas as lutas, vitórias e derrotas, alegrias e tristezas, dores e prazeres, em todo o desenrolar da História de nossa terra, seu crescimento, sua transformação, em várias gerações.
Na minha imaginação, eu a vejo como na minha infância: as paredes altas, o assoalho de tábuas largas e rústicas, os grandes portais, das portas e janelas, arredondados na parte superior, numa linha colonial antiga, simples mas muito bonita, retrato da habilidade, daqueles marceneiros, numa época em que não existiam, para nós, ferramentas nem máquinas especializadas para o preparo da madeira retirada ali mesmo sob golpes do machado, e faziam trabalhos especiais.
Tantas venezianas bonitas, delicadas, forros de madeira perfeitos, com desenhos embutidos nos tetos, retratos das famílias, flores e rosáceas, arabescos trabalhados em ferro nas sacadas dos velhos sobrados. Toda beleza de uma época perdida nas demolições inconscientes.
Sinto, hoje, vontade de rever o quarto onde dormia com minhas irmãs mais velhas. Rever novamente o quarto onde dormiam meus pais, que já se foram. Quanta saudade!!!
Quanto amor, quanto carinho aquelas paredes presenciaram!!!
Quanta alegria nos nascimentos e também quantas dores nas mortes de entes queridos!!!
Da janela do meu quarto, eu via o quintal com as mangueiras carregadinhas de frutos!
Em vão, volto sempre àquela rua, procurando uma casa que não mais existe. É uma força que me impele, uma saudade que me acompanhará sempre.
Doce e triste recordação. Dela eu guardo apenas um retrato. Um retrato simples, sem moldura, que consegui na Prefeitura.
Hoje, olhando este retrato, esta fachada com três portas e cinco janelas, foi o que sobrou. Resta-me, agora, a esperança de que a cidade acorde, se levante, grite e proteste contra a demolição dos monumentos do nosso passado (quantos já se foram!) e preserve, ao menos, o que ainda resta de nossas tradições e de nossa História!

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Mensagem N°35886
De: Estêvão Data: Sexta 6/6/2008 19:26:54
Cidade: M. Claros

A 15 dias da entrada cronológica do Inverno, M. Claros registra agora - sete e trinta da noite - a temperatura de 26 graus. Típica do Verão.

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Mensagem N°35876
De: Fernando Data: Sexta 6/6/2008 16:04:49
Cidade: Belo Horizonte  País: Brasil

Olha, estou tendo oportunidade de conhecer Sete lagoas por estar prestando serviços lá através de uma empresa de Belo Horizonte. Figo bobo de ver uma cidade do porte de Montes Claros não receber 1 real do PAC e Sete Lagoas receber 143 milhões. A diferença é gritante. Claro que como em qualquer outra cidade Sete Lagoas deve ter seus problemas de corrupção, saneamento, violência... mas os políticos estão em cima, fazendo pressão. Olho para Montes Claros, lugar onde nasci e me criei até o ano passado. Hoje aos 35 anos de idade, com dois filhos acho mais seguro e prudente criar meus filhos em Belo Horizonte. Lembro um enquete que teve aqui no montesclaros.com sobre o fato dos filhos de Moc saírem para estudar e não voltar mais. Pessoal enquanto eu morava aí eu cheguei a entregar pessoalmente 83 currículos. Aqui em Belo Horizonte no primeiro encontrei emprego e desse primeiro pulei para uma multinacional onde hoje me firmei. (...)

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Mensagem N°35875
De: Bernardo Data: Sexta 6/6/2008 14:09:19
Cidade: Sissa

03/06/08 - 17h14 - 03/06/08 - 17h14 - "...eu te escrevo sem insônias e sem fadigas, para contar-te que ainda estou vivendo para amar e querer a mais nobre das mães. Quereria voltar ao mundo que deixei, para ser novamente teu filho, desejando fazer-me um menino, aprendendo a rezar com o teu espírito santificado nos sofrimentos"

Quem não leu, que leia. É das coisas mais bonitas que se tem conhecimento. E envolvida em denso mistério. Sendo verdade ou não, é impressionante o valor do conteúdo - de arrepiar. Depois, voltarei para contar os detalhes do caso.

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Mensagem N°35874
De: Gersier Data: Sexta 6/6/2008 14:06:32
Cidade: Montes Claros

Terminou a pouco uma solenidade em Brasília,no Palácio do Planalto,onde presentes prefeitos e governadores, assinaram convênios com o Governo Federal para várias obras de infra estrutura, urbanização,construção de casas populares,etc.(PAC)-.Minas recebe um valor total de um bilhão oitocentos e sessenta milhões.Sete Lagoas está recebendo cento e quarenta e três milhões.Outra cidades menores estão sendo beneficiadas e mais uma vez Montes Claros fica de fora.Das duas uma,ou os cofres da prefeitura estão abarrotados e daí esse desinteresse(ou seria inércia?)dos políticos,prefeito,deputados estaduais e federais que dizem nos representar,ou então esses políticos estão achando que Montes Claros não precisa de nada.
De repente Montes Claros é cem por cento abastecida com água tratada e escoamento de esgoto,temos todas as vias asfaltadas,não existe déficit habitacional,a violência é uma invenção.As obras do córrego do Cintra que estão perdendo a corrida para as tartarugas,o trabalho de terraplenagem daquela avenida logo atrás da rodoviária que está indo pro brejo,não para Francisco Sá,mas escoando no próprio córrego,as várias ruas sem asfalto,a violência que por falta de estrutura na segurança continua ceifando vidas e “azucrinando” a vida de montesclarenses e visitantes,devem ser miragens nossa,os mortais comuns.
E o bonde continua andando,e se continuar assim,já já o perderemos mais uma vez.

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Mensagem N°35873
De: Waldyr Senna Data: Sexta 6/6/2008 13:57:54
Cidade: M. Claros

Na base do chega-prá-lá

Waldyr Senna Batista


O DEM ( Democratas, ex-PFL ) promoveu enorme espalhafato em torno do encontro “nacional” que realizou em Montes claros na sexta-feira da semana passada, mas nada de excepcional aconteceu na esvaziada reunião realizada no Automóvel clube, porque as figuras de maior expressão no partido não vieram.
O PT ( Partido dos trabalhadores ), quase em silêncio, fez pré-convenção, no domingo, e, ao final dela, anunciou que vai repetir a coligação com o PPS, do prefeito Athos Avelino, entrando de novo com o vice, Sued Botelho.
Da reunião do DEM, que se deu em local aonde não vai o “povão”, não se esperava mesmo nenhuma decisão relacionada com a sucessão municipal. A notícia de que constaria da pauta o anúncio do nome do candidato a prefeito foi “plantada” pelo forte esquema de divulgação do deputado Rui Muniz, como forma de pressão. Jairo, dono da legenda, não tinha interesse em dirimir, naquela oportunidade, o dilema surgido em torno da indicação, porque assim ela deixaria de ser comentada nas esquinas, o que, para alguns, parece ser proveitoso ao partido. Dá “ibope”.
No PT, o clima foi proveitoso, em termos de eleição municipal. Os participantes da reunião decidiram, por 48 a 31 votos, a favor de Sued Botelho, o que equivale a um “chega-prá-lá” nos deputados Virgílio Guimarães e Paulo Guedes, que vêm conquistando, a cotoveladas, espaços no diretório local, sem nunca terem exercido qualquer influência na política daqui.
No DEM, internamente, ao que consta, o conflito entre Jairo e Rui, pela legenda, já é tratado como assunto resolvido. Os dois já se acertaram, com o beneplácito do governador Aécio Neves, e a divulgação do nome de um dos dois como candidato só será feita no final do prazo legal, com pompa e circunstância. Para o público externo têm circulado versões para todos os gostos, de maneira que só valerá o anúncio oficial, após a convenção, com ata, carimbo e assinaturas. Até lá, os dois vão continuar aparecendo em fotos em jornais, aparentando cordialidade. Depois do anúncio oficial, tudo pode acontecer. Inclusive não acontecer nada.
No PT, a decisão do último domingo, para se tornar definitiva, certamente depende do referendo da convenção, que será realizada no final de junho. A indagação é se o grupo do vice-prefeito terá força bastante para garantir a posição conquistada. Os petistas entrarão divididos nela e dela sairão mais divididos ainda. Com parcela inferior a 5% do eleitorado, segundo os números da eleição anterior, é difícil entender o processo antropofágico em curso no PT. O resultado pode ser o de, mais uma vez, não conquistar nenhuma cadeira na Câmara municipal, onde o partido já teve dois representantes. Se unidos, antes, os petistas não conseguiram nada, divididos é que não conseguirão.
E o DEM, que já teve a prefeitura sob seu comando durante oito anos, corre também o risco de encolher. Jairo, sua figura de maior destaque, não está bem nas pesquisas, e Rui Muniz, apesar da ruidosa força que exibe, principalmente junto ao eleitorado jovem, é visto sem maior entusiasmo por setores expressivos do seu partido, que o consideram vulnerável devido aos problemas em que se envolveu no passado. Ele próprio diz não temer, alegando já ter espiado seu erro.
Tanto o DEM quanto o PT, no momento, apresentam situação incômoda: no DEM (e, por extensão, no PSDB), revela-se grupo disposto a romper com o partido se o candidato a prefeito for Rui Muniz; e no diretório petista a comissão diretora montada pelos deputados pára-quedistas não controla o partido: ela queria a indicação de Marcos Maia para a chapa com o PPS e a assembléia do último domingo confirmou Sued Botelho. Sem falar nos partidos “nanicos”, que aprovaram aliança com o PPS condicionada à presença do ex-presidente da Esurb na chapa.
Para confundir mais um pouco o panorama, o diretório do PTB ( Partido trabalhista brasileiro ), que vem investindo alto no apoio à administração Athos Avelino, na esperança de formar uma terceira vertente, está sendo posto à margem e pode acabar, como se diz, chupando o dedo. O que configuraria outro chega-prá-lá no âmbito do bloco situacionista.

(Waldyr Senna é o mais antigo e categorizado analista de política em Montes Claros. Durante décadas, assinou a "Coluna do Secretário", n "O Jornal de M. Claros", publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política e da história política contemporânea do Brasil).

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Mensagem N°35870
De: Maria Jacy Ribeiro Data: Sexta 6/6/2008 12:17:29
Cidade: M. Claros

Naquela época eu tinha apenas sete filhos. Uns amores de capetinhas. E eu vivia implorando ao meu marido, médico, que lhes desse umas aulas de iniciação sexual. Ele sempre tirava o corpo fora, não tinha tempo, nem jeito – seria melhor eu mesma fazê-lo.
Ok. Comprei livros, enciclopédia, tomei revistas emprestadas, li artigos pertinentes, estudei, pesquisei. Quando me senti preparada, chamei os filhotes para uma conversa séria, legal, democrática.
Lembro-me bem: Eu me sentei confortavelmente num sofá vermelho, cercada de sabedoria por todos os lados, e os anjinhos ficaram deitados no chão da biblioteca, barriga para baixo, mãos segurando o queixo, olhos brilhando, asas e chifres interessadíssimos.
Então, sabichona, comecei a aula que preparara com zelo e carinho. Expliquei tudo, tudinho, cientificamente: sementinhas pra lá, óvulos pra cá, muito amor do papai e da mamãe, patati-patatá. Tudo ci-en-ti-fi-ca-men-te explicado, repito – e foi por isso mesmo que dei com os burros nágua.
Ao terminar, orgulhosa de ter cumprido o dever, perguntei, feliz e ... suada, aos queridos filhinhos se haviam compreendido, se queriam fazer alguma pergunta, etc.
Linka foi logo confessando: só não compreendi aquele negócio de ...”tênis”.
Valha-me, Deus, rezei.
Em seguida, Fredera quis saber pra que servia Modess. Ainda bem, julguei que seria fácil responder. Fui ao quarto, apanhei um Modess, vesti-o por cima da roupa que estava usando, expliquei, expliquei tudo bonitinho, ci-en-ti-fi-ca-men-te.
Ao terminar, ouvi Fredera cochichar: - Não lhe falei, Ucho, que Dodô estava nos ensinado tudo errado?
Fiquei apavorada.
- Como? O que Dodô lhes ensinou?
Ucho tranqüilamente respondeu: - Dodô nos contou que as mulheres usam Modess quando fazem besteira com os homens.
- Meu Deus, socorro! Pó que me desamparaste?
Para terminar, já nocauteada, vi Kim levantar o dedinho, pedindo permissão para fazer uma pergunta.
- Ok, filhinho, fale.
O filósofo mirim abriu o bico pela primeira vez na reunião:
- Mamãe, nós só “queria” saber o que que é “rapariga”...
Acreditem, eu estava tão esgotada, tão arrasada, tãotão, que nem ci-en-ti-fi-ca-men-te consegui responder.
Cai do cavalo. Os capetinhas miúdos não haviam compreendido nadinha de nada, e os safadinhos graúdos sabiam muito mais do que eu.
Moral da história: terminou ali, naquele momento, a minha carreira de sexóloga.

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Mensagem N°35867
De: Mário Santos Data: Sexta 6/6/2008 11:33:52
Cidade: M. Claros

Mando foto que ilustra o descuido do poder público municipal com a história de M. Claros. Nesta praça, chamada de João Chaves, onde começa a avenida do mesmo nome, no bairro S. Luiz, a prefeitura colocou - ou permitiu que colocassem - uma propaganda toldando a homenagem da cidade ao maior nome de sua cultura. É uma grosseria. Não me canso de ouvir na maior rede de tv do Brasil a música de João Chaves - Amo-te Muito - sendo executada rotineiramente, semeando nossa arte pelo Brasil inteiro. Na terra do poeta, na sua rua, na sua praça, uma placa comercial vem em primeiro lugar, na frente da imagem do compositor e da pauta de sua música mais famosa. Por favor, corrijam a grave injustiça. A memória da cidade agradecerá.

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Mensagem N°35862
De: Soares Data: Sexta 6/6/2008 09:05:14
Cidade: M. Claros

Numa só semana, a jovem a diretora geral da Claro em Minas, Cristiana Kumaira, esteve duas vezes em M. Claros. Veio com o alto comando da empresa. Primeiro, para inaugurar a loja própria Claro. Ontem, para receber uma empresa de telefonia que trocou de bandeira. A corporação mexicana, do engenheiro que até pouco tempo superou Bil Gates como o mais rico do mundo, aposta todas as fichas na expansão da telefonia celular em M. Claros e região norte. Cristiana Kumaira é de Teófilo Otoni, filha do ex-deputado Kemil Kumaira. Fez carreira vertiginosa na telefonia celular.

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Mensagem N°35853
De: vicente Data: Quinta 5/6/2008 17:02:55
Cidade: Montes Claros

Titulo da notícia: Terceiro rio mais poluído do Brasil deságua no Norte de Minas
Comentário: É a contribuição da copasa para o meio-ambiente.

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Mensagem N°35844
De: Hermeto De PAula Data: Quinta 5/6/2008 12:21:13
Cidade: Bocaiuva - MG

O Povo de Montes Claros é muito saudosista, mas a violência, falta de segurança e a malandragem já tomaram conta da cidade e isto não existia até a década de 80.A culpa é de que? Dos políticos?

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Mensagem N°35843
De: Miranda Data: Quinta 5/6/2008 12:16:49
Cidade: BH

Não é bisbilhotice. Nos próximos dias, a chamada grande imprensa vai divulgar. O vice-presidente José Alencar foi intimado a comparecer no Laboratório Gene, de Belo Horizonte, para exame de DNA. Trata-se de ação de investigação de paternidade. A professora Rosemary de Morais, de 52 anos, alega que seria filha do vice-presidente da República, nascida antes do casamento.A primeira informação pública foi divulgada pelo colunista Claudio Humberto: "da noite para o dia, a alegada filha do vice José Alencar, que é um rico industrial, deve herdar parte de uma fortuna estimada em US$ 2 bilhões".A ação corre na comarca de Caratinga (MG). A alegada herdeira disse que soube pela mãe, idosa e doente, de um velho segredo: seu pai seria o vice-presidente Alencar. A vice-presidência da República não confirmou os rumores.

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Mensagem N°35842
De: Jorge Silveira Data: Quinta 5/6/2008 12:10:42
Cidade: Montes Claros

Este mural é de fato uma das melhores coisas da imprensa de Montes Claros, pois além de ser porta-voz das reivindicações da população, é recanto de cronistas, poetas e escrevinhadores sem muito talento, como é o nosso caso. Mas antes de tudo, este espaço serve como relicário único da história de Montes Claros, através daqueles que viveram tantas coisas boas que a cidade já proporcionou a seus filhos. Agora mesmo, em função de algumas reminiscências que andei contando neste espaço, fico sabendo que Élcio Teixeira e Waldyr Aguiar estão vivíssimos, o primeiro morando em Belo Horizonte e o segundo em Araxá. Há muitos e muitos anos não os vejo,pois infelizmente a vida tem dessas coisas, separa as pessoas, deixando apenas as lembranças. Mais feliz é a turma do Gerinha Português, pois como nos conta o nosso grande cronista Augusto Bala Doce Vieira, ela ainda se reune para rememorar as histórias da adolescência, pura adolescência dos bons anos 60 em Montes Claros. E você tem toda razão, Augusto, naquela turma do Mimi todo mundo já trabalhava, até porque todos eram mais velhos do que vocês da turma do Gerinha. Mas de uma forma ou de outra, com lambreta ou sem lambreta, participando ou não das "Festas da Cueca", o importante é que todos nós tivemos uma juventude feliz e repleta de bons momentos, numa Montes Claros sem violência e onde todos se conheciam e eram amigos. E por isso, todos nós nos demos bem na vida, podendo hoje, de cabeça erguida, olhar com orgulho o nosso passado. E contar as nossas histórias daqueles tempos em que "éramos felizes e não sabíamos". Será que não sabíamos?

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Mensagem N°35841
De: J. Afonso Data: Quinta 5/6/2008 11:39:01
Cidade: M. Claros

Há promessa - promessa - de uma nova companhia voando entre Moc e o aeroporto da Pampulha em Belo Horizonte. A data seria 15 de junho. Os preços cobrados no trecho são dos mais caros do Brasil. Apenas a concorrência pode corrigir esta deformação.

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Mensagem N°35840
De: José Prates Data: Quinta 5/6/2008 10:19:11
Cidade: Rio de Janeiro - RJ

JACARACI

José Prates

De vez em quando, me vem à lembrança os anos de minha infância na cidadezinha de Jacaraci, lá no sertão baiano. Ali eu nasci, numa casa baixa, caiada de branco, com portas e janelas azuis. Ficava no Largo da Feira e era, também, a loja de tecidos do meu avô Daniel. Vivíamos ali com meus avós, meu pai, minha mãe e meus irmãos, todos juntos na mesma casa, num convívio gostoso, onde problemas não eram conhecidos, pelo menos por mim. A sala de visitas, espaçosa, assoalhada, tinha uma parede coberta por retratos emoldurados de parentes e amigos, homenageados naquele espaço reservado. Na outra parede, o quadro de Jesus no horto, dava um ar solene ao ambiente. Ainda me lembro das novenas rezadas à noite, com Tio Tone de terço na mão, de joelhos em frente ao altar forrado com lençóis rendados, armado naquela sala de visitas, recitando Ave Maria, acompanhado pelos presentes, na maioria mulheres Depois da reza, um café com leite, servido com biscoito de polvilho, feito por tia Cândida, completava a noite de orações e louvores à Virgem.

Jacaraci era pequena, bem pequena naquela época. Não sei como está hoje. Eram três ruas e três praças, que chamavam de “largo”, que a compunham: a rua de baixo, onde morava o tio Tone, “seu” Antônio Julio para os outros. Morava numa casa grande com grande quintal que ia até o pequeno rio que cortava a cidade; tia Cândida com sua vendinha e “seu” Athanásio com sua loja de tecidos e no meio a venda de “seu” Otávio que tinha “de um tudo”: da cachaça ao feijão. No largo da feira, a rua terminava. A rua do meio era a mais movimentada. Foi nessa rua que eu e os meus irmãos nascemos. Tinha um sobrado de dois andares, onde morava meu primo Celso, coletor estadual, esposo de Judite, pai de Celdite. A rua do fogo era a última, ficava lá em cima, onde morava meu tio Juvenato, com os meus primos Tone e Nozinho companheiros de brincadeiras nas ruas tranqüilas. Descalços, sem camisa, corríamos rua à fora, montados em cavalos de pau. Á noite, no quintal grande de nossa casa, a meninada reunida, brincava de “cavalhada”, representando a a luta entre mouros e cristãos, com o seqüestro da princesa, que era representada por um menino vestido de menina, porque menina não podia brincar com meninos Tinha, também, a rua das pedras, uma rua pequena, pararlela à Rua do Fogo. Nessa rua, os pais não permitiam que a meninada fosse. Era a rua das raparigas.

O sábado era um dia especial, dia de festa para a meninada: dia de feira. A praça enchia de povo vendendo e comprando. Das “roças” que significavam sítios e fazendas, vinha o que o povo da cidade necessitava, trazido no lombo de animais e exposto nas bancas armadas, tomando toda praça. Era muita gente que buscava a feira. A vozearia era ouvida de longe. Meu tio Juvenato tinha uma “banca” dentro do “barracão” onde vendia caldo de cana que chamavam de garapa, servido com requeijão e tijolo e custava duzentos réis o copo. Tijolo era uma espécie de rapadura especial, muito gostosa, aliás. Na feira não havia balanças, exceto na banca de carne, porque naquelas bandas os produtos como arroz, feijão, milho, farinha, etc. eram vendidos a litro, que tinha como medida uma vasilha quadrada, feita de madeira, devidamente aferida. Era a medida legal, usada em todo mercado de secos.

No domingo, o que havia de importante era a missa. A igreja sem bancos, com cadeiras próprias de uns poucos, deixava o povo que vinha da roça, sem lugar para sentar-se. As mulheres com chales cobrindo a cabeça e saias rendadas cheias de babados, sentavam-se no chão, esparramadas na nave da igreja, uma perto da outra, com rendas e babados estendidos, colorindo o assoalho. Os homens, de chapéu na mão, ficavam de pé. No coro, as moças, “Filhas de Maria”, entoavam hinos enquanto aguardavam o inicio da “missa cantada”. A missa dominical era uma festa semanal, quando todos tiravam a roupa do baú, com cheiro de naftalina, pra mostrarem-se almofadinhas, com cabelos brilhando, penteado com glostora, uma pomada usada na época.

Um dia, com oito ou nove anos de idade, não me lembro bem, o sacristão da Igreja, André, nosso conhecido, que, também, era carpinteiro, começou a me ensinar ajudar a missa. O vigário era o Padre Mário, holandês, há muitos anos na Paróquia. Aprendi, com algumas dificuldades, o latinório e, um dia de domingo, estava eu ajudando a missa, ao lado do sacristão, para surpresa dos presentes e emoção de meus avós. Até aquele dia, naquela igreja, nenhuma criança havia subido ao altar para ajudar a missa. Não demorou muito e o Padre Mário foi embora, vindo para seu lugar o Padre Francisco Rastetter, alemão, que veio acompanhado da mãe e da irmã, que fizeram para mim, as vestes de coroinha, coisa, então, totalmente desconhecida naquela Igreja. Ensinei a Julizar e Gutemberg e passamos os três a enfeitar as missas dominicais com a nossa presença. Eu e Julizar ajudávamos o sacerdote, enquanto Gutemberg ficava com o turíbulo. Foi ai que ganhei a primeira namoradinha: Nair. Namoro inocente, amor sem desejo. Não sei se ela ainda existe.

O que não me sai da memória e penso que jamais sairá é a escola, a pequena escola, que pela qualidade da mestra, a professora Julieta, esposa do Cel Mozart, prefeito municipal, mãe de Julizar, Gutemberg, Ieda, Juraci, foi o alicerce de minha vida profissional como jornalista e, depois, a base para os cursos que vim a fazer, ao longo de minha vida. Ficava na esquina da Rua do fogo com a praça ou largo da Igreja. Eram duas salas de aula, uma para meninos e outra para meninas, que estudavam separados. Onze horas, terminavam as aulas. Acabava a escola, como diziam. Para encerramento, meninos e meninas juntavam-se na sala dos meninos e entoavam um hino patriótico.

A cidade pequena tinha pouca opção de lazer. Alem dos bailes que, de vez em quando, aconteciam no salão da Prefeitura, ou alguma peça levada ao palco do pequeno teatro, nada mais acontecia. Inventivo, o Prefeito Mozart David, filho da cidade, procurava por todos os meios, trazer para a cidade alguma inovação que servisse de lazer para os habitantes. Dentro desse espírito inovador, a grande novidade foi o banheiro público. Ele traçou os planos e orientou a construção. Ficava ao fundo do Parque Municipal, recém criado, um grande espaço de lazer, com trapézios, gangorras, pista de corrida, etc; . Foi a primeira vez que o cimento chegou até a cidade. Aproveitando uma pequena queda d’água, fez-se uma represa com uma profundidade mais ou menos de um metro e meio, uma espécie de piscina, toda cercada por muro alto, permitindo privacidade aos banhistas. Uma placa indicava se ocupado ou livre. O banho coletivo, a meninada toda, completamente nus, era uma farra que se repetia todas as tardes. Á noite, à luz da lua, as moças se juntavam para o banho coletivo. Depois, contarei mais.

Gostaria de ter noticias de lá - E-mail [email protected].

(José Prates é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal, percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a família. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente adido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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Mensagem N°35838
De: Valéria Braga Teixeira Data: Quinta 5/6/2008 07:14:55
Cidade: Belo Horizonte

Prezado Jorge Silveira, Acompanho vcs daqui de BH e foi com satisfacao que li na sua Candelabro Italiano sobre o meu pai e seus amigos. Nao poderia deixar de lhe dizer que Hélcio Teixeira ainda está vivo e muito bem disposto pra contar o que se passava naquelas festas e em muitas outras que eles certamente aprontavam. Um abraco, Valéria Braga Teixeira

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