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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 24 de abril de 2024
 

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Mensagem: Centenas de pessoas – sem prévia convocação – foram ao cemitério neste fim de tarde se despedir de Andrey Ribeiro Cristoff, que cedo partiu. Deixou-nos aos 52 anos, jovem. Há dois dias, não era visto. Havia saído de casa para render a mãe na cabeceira do pai, o médico Konstantin Cristoff, internado há semanas na Santa Casa, num quadro de pneumonia. Procurararam-no. O acaso ajudou a achá-lo na porta da Santa Casa, ali diante da igrejinha minúscula. Estava no carro, tombado sobre o banco do passageiro. Provavelmente morreu na noite de terça-feira, quando chegou para substituir a mãe nos cuidados com o pai enfermo. Tinha mal de Parkinson. Tomava medicamentos que lhe davam sono. Extenuado, depois de noites de vigília, talvez tenha adormecido logo que estacionou o veículo. De um sono, passou a outro – supõe-se. Exatamente na porta do hospital que, como arquiteto, ajudou a modernizar e a humanizar. É o resumo. A notícia que ontem à noite circulou como uma navalha reuniu os amigos, os admiradores, os colegas, familiares, convocou a unanimidade que reconhece nele o arquiteto mais inspirado de sua geração. Tudo afinal coube nas três palavras singelas que iluminam o seu legado: o bom Andrey. As circunstâncias não permitiram a realização do velório, mas o Cemitério – que no grego sugere dormitório - estava cheio dos que o admiram, e que por uma cadeia invisível se movimentaram para não faltar. Padre Henrique fez a prece. A filha falou do pai brincalhão. E o corpo foi depositado na campa do avô legendário, o Sr. Cristo, pai de Konstantin, búlgaro de nascimento, de brancas barbas, e olhar severo, imigrante, patrono do mercado de Montes Claros, e que ensinou a cidade, ensinou a todos nós, a plantar e colher frutas, verduras e também flores, no frescor da manhã que faz o dia começar, e a vida a recomeçar. Padre Henrique, sempre ele, disse alguma coisa que rebuçou o clima de justificada prostração, desolação, substituído pela aragem de esperança, vinda não se sabe de onde, que tudo modificou. O Bom Andrey seguiu debaixo da admiração de todos, lavado de suas dores, alegre, risonho, gentil; como sempre amável, afável. Bom, bom e bom.

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