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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Mural

Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°26451
De: Reinaldo Cesar Data: Sexta 20/7/2007 08:02:39
Cidade: Montes Claros

Há exatamente 40 anos, em 20 de julho de 1969, o homem pisava pela primeira vez o solo lunar. Desde então, muita coisa mudou. O mundo se globalizou, caiu o muro de Berlim e esfacelou-se a União Soviética. Quebraram-se todas as barreiras da comunicação. A tecnologia avançou a tal ponto de tornar-nos capazes enviar sondas espaciais aos mais longínquos confins do universo. Entretanto, de forma paralela, cresceram assustadoramente os índices de desemprego e violência urbana, o êxodo rural, os crimes hediondos, o tráfico de drogas, as favelas, a pobreza do povo e as falcatruas de políticos corruptos. As guerras, muitas delas surgidas pela ambição descabida de países poderosos e pelo radicalismo religioso, fizeram centenas de milhares de vítimas. Doenças como a AIDS, impiedosamente, sepultaram pais e mães de famílias, jovens e crianças. A correria do dia-a-dia tornou o homem mais apressado, mais egoísta e mais solitário. Infelizmente, na proporção inversa da evolução tecnológica mundial em todas as áreas do conhecimento, reduziu-se a fraternidade, minguou-se a solidariedade e a amizade entre os povos e as pessoas, antes gratuita, tornou-se interesseira e oportunista. A continuar nesse ritmo, o que será desse mundo? Que futuro nos espera para os próximos 40 anos?

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Mensagem N°26450
De: Joana Data: Sexta 20/7/2007 07:22:51
Cidade: Jaboticabal/SP

Quero mandar um abraço para meu amigo aqui em Jaboticabal-SP, o nome dele é Ezequias Bodão...que está ligado na 98 Fm...Quero dedicar a proxima musica para ele.
E-mail: [email protected]
Telefone: (16) 32041083

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Mensagem N°26445
De: Hélio F. Souza Data: Quinta 19/7/2007 20:29:13
Cidade: Barão de Cocais - MG

Gostaria de sugerir sem maiores pretensões e com a finalidade única de me deliciar neste que é disparado o melhor site de cultura que conheço, que publicassem todas as crônicas dos nossos agraciados cronistas desse mural.Creio que juntando algumas de forma cuidadosa teremos um dos mais belos livros ja escritos por quem realmente conhece nossa história e ama de fato a nossa terra. Quem ja não se emocionou com as narrativas ímpares de Ruth Tupinambá, ou deu boas gargalhadas com o Dr. Augusto Vieira, ou se fez menino como o catopê Ucho Ribeiro, ou se surpreendeu com as histórias de Wanderlino Arruda,... são tantos nossos autores de calibre e suas histórias que ficaria horas somente tecendo elogio a todos eles. Abraços a todos.

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Mensagem N°26441
De: Silene Data: Quinta 19/7/2007 16:33:05
Cidade: Milao  País: Italia

Gostaria q vc mandar um beijo ao vivo pra todos os meus amigos. to morrendo de saudades da minha terra... beijos
E-mail: [email protected]

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Mensagem N°26439
De: Mário W. Data: Quinta 19/7/2007 16:06:34
Cidade: BH/MG

Fiquei muito triste em saber que meu colega Rospierre estava no voo da TAM,formado em Mecatronica estava obtendo novo titulo em Engenharia Elétrica onde sou seu colega na Pucminas.Que Deus de força e consolo aos familiares.

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Mensagem N°26438
De: HANS Data: Quinta 19/7/2007 14:19:47
Cidade: Montes Claros

Se o Presidente da Republica, os ministros, governadores e etc, etc, etc fossem obrigados a andar em AVIAO DE CARREIRA igual a todo e qualquer mortal, a AVIACAO BRASILEIRA estaria em melhores condicoes e mais acidentes como este poderiam ser evitados.

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Mensagem N°26435
De: Marineusa Lavinski Data: Quinta 19/7/2007 12:48:26
Cidade: Santa Maria/RS

Titulo da notícia: Testemunhas relatam que piloto pousou "além do ponto" e, desesperado, tentou tirar o avião do solo
Nome: marineusa lavinski
E-mail: [email protected]
Cidade: santa maria/RS
Comentário: acho que não é o memento de julgar, pois é fácil acusar sem ter o outro lado para se defender, pois estão todos mortos. As pessoas deviam esperar o resultado da investigação e parar com esse achismo, pois acham tudo e não tem certeza de nada. Vamos rezar por essas pessoas que infeliz/ nos deixaram. Isto é o que eu penso, brigada.

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Mensagem N°26433
De: Augusto Vieira Data: Quinta 19/7/2007 11:13:00
Cidade: Belo Horizonte

O “GAVIÃO”

Bonitão, conquistador, aportou em Montes Claros, logo depois do fim da 2ª Guerra Mundial, quando ainda não existia a figura do “Ricardão”, ou melhor, nos tempos em que ele era conhecido pela alcunha de “Gavião”. Óculos escuros, porte atlético, conversa fácil e agradável, falava de coisas novas, despertando a curiosidade das pessoas. Era representante comercial. Fez, logo, o maior sucesso com o mulherio. Sua fama correu mundo. Passou a ser convidado para quase todas as festinhas e reuniões. Sua agenda tornou-se intensa. Quase toda noite um compromisso social.
Um dia, ao fazer uma venda, cantou bela mulher casada, mãe de três filhos. A infeliz não resistiu àquele incrível charme e caiu na rede. O marido, exímio comprador de bois, homem de poucas posses, honrado, daqueles que um fio de sua barba valia uma nota promissória, era dos cabras mais valentes e bom de gatilho da região. Já respondera a uns cinco processos por homicídio doloso. E o gavião lá, a se esbaldar com sua esposa...
Bem que um amigo até advertira ao D. Juan:
– Abre seu olho, galo na terra dos outros é galinha. O marido dela é uma fera. Já matou mais de cinco...
– Não se preocupe, ele viaja muito e jamais descobrirá.
– Ora, não descobrirá?! O que não se fica sabendo numa cidade pequena?
E não deu outra. Poucos dias depois o matador pegou a mulher e os três filhos, pôs em seu empoeirado jipão 54 e se dirigiu à residência do gavião. Encontrou-o, na sala, vestindo um elegantíssimo robe de chambre. Foi, logo, dizendo:
– Olha aqui, seu moço, sou um homem direito e trabalhador. Casei com essa mulher porque gostei dela e tenho com ela esses três filhos pequenos. Trabalhei feito louco pra dar a ela e às crianças uma boa vida. Agora fiquei sabendo que sou corno. Já matei muito, só nunca roubei. Temos só dois caminhos: ou mato o Sr., ou faço um trato com o Sr: de hoje em diante o Sr. terá que cuidar dela e dos meninos do mesmo modo que eu cuidava. Se o Sr. não cumprir esse trato, venho aqui e te mato.
O gavião viveu na Princesinha do Norte até sua morte natural, ocorrida bem antes da do matador, vendendo seus produtos e cuidando, com o maior esmero, daquela mulher e de suas três crias, sob constante vigilância. E mais: assentada a poeira, o valente corno ainda levou pra morar na casa que construíra para a família uma linda morena, da roça, dez anos mais nova, fidelíssima, quituteira de primeira, que lhe deu dois filhos e, segundo confidenciou a um amigo, muito melhor de cama...

PS: Participei da belíssima homenagem que a Assembléia Legislativa, por iniciativa do grande deputado, meu ex-aluno do curso de Direito, Arlinho Santiago, nos prestou por nosso sesquicentenário. Novo reencontro com vários amigos fraternos da velha guarda. Dia seguinte almocei, no Mercado Central, com Raphael Reys e Felippe Prates, um magnífico feijão tropeiro, com arroz e ovos fritos. Depois levei Rafa até o Hospital das Clínicas e ainda lhe dei a notícia de que O Mural havia publicado afetuosa mensagem de um de seus médicos. Noitinha, naveguei no montes claros.com e nos outros jornais de minha aldeia. Está me causando muito prazer ler e reler os capítulos das memórias da infância de meu querido Ucho Ribeiro e estou adorando as inteligentes e saborosas histórias de Dawidson Rêgo. Ando sentindo muita falta de novos escritos do mestre Oswaldo Antunes e de Flávio Pinto.

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Mensagem N°26431
De: Web Outros Data: Quinta 19/7/2007 10:34:13
Cidade: Belo Horizonte/ MG

A terra e suas palmeiras


Manoel Hygino (jornal "Hoje em Dia")


Minha terra tem palmeiras, onde canta o sabiá, enaltecia Gonçalves Dias em versos declamados em todo o Brasil. Mas esses pássaros da família dos turdídeos talvez não cantem com a alegria e vigor de antigamente, na terra em que nasci, porque palmeiras há menos para abrigá-los e acarinhá-los.
Longe a infância, mais longe as origens de minha terra, cidade que fez 150 anos em 3 de julho, dia em que festejou também o nome que hoje ostenta. No princípio, foi o Arraial de Nossa Senhora da Conceição e São José de Formigas, elevado a vila por decreto imperial de 1831.
Foi época aprazível aquela, também trabalhosa, porque em criança já começava a fazer algo de útil. Ajudei a plantar mudas de laranja no sítio do Melo, hoje região incorporada à área urbana. Aprendi a conhecer donos de vendas em lugares menores, que iam à loja do avô comprar o que necessitassem: de botinas ringideiras a arame farpado, sal grosso e açúcar, sabão em barra, ferraduras, pregos, panos para fazer compras, fitas de muitas cores e meadas, carretéis de linha, novelas de lã, perfume também, e tanta coisa mais de que homem e mulher não abrem mão.
Um começo de vida produtivo, porque de menino se torce o pepino, mas sem perder as matinês no cine Montes Claros, depois de a sirena anunciar que a sessão não demoraria a ter início. As imagens das ruas e das pessoas estão na memória, guardadinhas, como as dos santos na igreja da matriz, como padre Marcos oferecendo a santa hóstia. Mas também havia leilões na porta do templo, em noites quentes, alegria, levantamento de mastros e foguetes. Nada a reclamar, só a agradecer.
Presépios pelo Natal, andar a cavalo aos domingos (tão pequeno era, que me prendiam à sela), aulas no jardim de infância Dom Bosco, no Instituto Norte-Mineiro de Educação, ouvir o rádio censurado dos tempos de Vargas, caboclinhos, marujos e as festas juninas, a Folia de Reis com muita lenha para amenizar o frio(?) da época, a sensação colorida e cheirosa do velho mercado aos sábados, no prédio que não sobreviveu.
Imensidão de reminiscências, que o tempo, inclemente, não apaga. Fatos que os cronistas locais evocam, como se algo perdido na escuridão da noite dos tempos. Mas tudo se mantém vivo e forte, iluminado pela luz do amor à terra em que nascemos e em que abrimos os olhos para o mundo e os homens.
São lembranças tão poderosas que se sobrepõem às noites e aos dias, o misticismo que retroage à própria natureza divina do homem. O sertanejo, que venceu dificuldades de toda espécie para construir uma cidade, em região que integrou uma capitania nordestina, está consciente de seu papel e de seu futuro. Conhece as adversidades de agora e antevê as do futuro, mas está cônscio de que tem histórica missão a cumprir. Cada um oferecerá o seu quinhão, dará o seu óbolo.
Foram 150, inicialmente, os cidadãos lembrados para simbolizar o esforço de erguimento desta cidade, plantada no sertão: 150 homens para 150 anos de existência. Depois, chegou-se à conclusão de que mais 150 mereceriam a honrosa distinção de sociedade, neste julho de efeméride.
Acho que muitas centenas de nomes poderiam ainda ser agregadas aos até agora lembrados. Montes Claros é fruto do trabalho, persistente, tenaz, incessante, de muitos e muitos milhares de homens e mulheres que atravessaram dezenas e dezenas de anos para dar sentido à razão humana de viver e sonhar.

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Mensagem N°26429
De: Carla Data: Quinta 19/7/2007 09:50:53
Cidade: Sorocaba/SP

Nome: carla
E-mail: [email protected]
Telefone: (15) 97825043
Cidade/UF: sorocaba /sp
Mensagem: Nossa eu to ouvindo a radio 98fm é muito dez .Já coloquei ela no meus favoritos ,se der manda um alo rs ok uau

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Mensagem N°26428
De: Raphael Reys Data: Quinta 19/07/2007
Cidade: Montes Claros

PAIXÃO CURRALEIRA

Transcorria o patético e campesino ano de 1960 na terra de Figueira. Tempos de carros de boi, de bruacas de couro, de fazer “cumpadres e cumadres” pulando fogueira nas festas de santo. Chovia fora de época e a bandeiras despregadas, quando Nonato Pampa, conhecido condutor de carros de bois voltava para casa.
Entregara a última "carrada" de boa lenha na padaria do povoado e tangia a junta, batizados distintamente de ‘Melado e Rochedo”. Melado tinha cor de burro fugido, chifres longos, e era esguio. Rochedo, uma fortaleza de músculos, cara de mau, branco e preto. Como era durão, carregava uma argola "contedora" nas fuças.
Sua cumadre Antera de Júlia, lavadeira por profissão ia logo à frente com uma grande trouxa de roupas envolta por uma capa Colonial três coqueiros e apoiada na ródia. Saia amarrada na altura da “perseguida” para não sujar da lama que abundava na estrada carroçável. A encomenda seria entregue numa fazenda próxima.
Antera, pernas grossas, bumbum empinado, seios fartos, lábios carnudos e um olhar negro e desafiador era a paixão oculta de Nonato. Ele vivia sonhando com uma noite de dádiva, de lascívia tropical. Lá ia aquela potranca pela estrada afora.
Apertou a junta de bois, imprimindo velocidade. ”Vâmo Melado, vâmo Rochedo, vâmo boi!” Objetivava alcançar a morena e lhe oferecer carona.
Ao passar pela mesma falou: “aonde vai com esse peso todo criatura? Nessa chuva doida cumadre!” Ela respondeu abrindo um sorriso farto: “vou entregar essa trouxa na fazenda de seu Calú!” Nonato concluiu: “’suba aqui, ponha a trouxa de lado e se senta na bruaca vazia, que eu vou passar em frente à porta da dita fazenda” (mentiu).
No balanço do carro de bois e na flexão da bruaca vazia sob o peso do corpo quente, as coxas da Antera batiam uma na outra. Clof... Clof... Clof! Nonato, já atanazado e mentalmente queixando-se, não às rosas, porque estas são para amores incomensuráveis, mas às gotículas de chuva que escorriam nos seios da mulher desejada, aglutinando nos bicos intumescidos.
Lembrou-se, entretanto, que o marido da mulher era um conhecido valente. Por qualquer coisa acochava a faca no bucho de qualquer contendor, ou desafeto. O condutor intumescido avaliava os riscos que correria. E corajosamente puxou prosa debaixo daquele “mundaréu” de água que São Pedro mandava.
Observando maliciosamente a rima da sua própria cantiga ao enxotar a junta, ”vâmo Melado, vâmo Rochedo”, em seguida, entrou no compasso e deu sua disfarçada cantada na Vênus campesina, que já abria enorme sorriso, com as monumentais pernas de fora, a “perseguida” aparecendo “en baguett” e os fartos seios balançando.
Pteros, o deus alado forneceu asas e coragem ao amor carnal prevalecendo ainda, o dito drummoniano ”a semântica libidinosa do homem da roça.”.
Soltou a cantada: ”vâmo Melado, vâmo Rochedo, eu queria falar um negócio com a cumadre, mas tô com mêeedo..!” Antera, toda faceira retrucou no calor da rima” Êia Rochedo, Êia Melado, se eu fosse o cumpadre, eu já tinha falado”.
Nonato Pampa, firme nas rédeas, deu o freio da roça: “Ôoooa boi”!
E ambos se deram e se amaram...

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Mensagem N°26427
De: Ucho Ribeiro Data: Quinta 19/07/2007
Cidade: Montes Claros

Memórias da Minha Infância Parte III

VOVÔ PACÍFICO

Vovô era agridoce. Mesclava estouvamento com pacificidades. Tinha a crueldade das crianças. Era manteiga para os seus e fratura exposta numa briga. Um burro xucro domado sutilmente pelas sábias rédeas de Dona Eni.
Lembro-me de Vovô antes mesmo de me tornar gente.
Em uma viagem a Belo Horizonte, para o casamento de Tia Zezé, fiquei em sua casa na Rua Timbiras, entre Rua da Bahia e Avenida João Pinheiro.
O que mais me impressionou foi o cordão de carros pretos, limpos e brilhosos desfilando como num enterro pelas ruas sem poeira. Fiquei boboquiaberto com o chiar do bonde e o faiscar robótico do trolebus. Eu vi o futuro. Em cada esquina ansiava esbarrar com Flash Gordon ou com Superman em sua Metrópole. A Sloper era um despropósito, um despautério, tinha tudo que eu não sabia para que servia. O passeio e as vitrines da Rua da Bahia desassossegavam-me com seus cheiros anti-sépticos e naftálicos. A Afonso Pena era sem fim, as perspectivas dos prédios e dos verdes densos e longos das suas árvores a esticavam e me amiudavam. Creio que foi lá que conheci os pardais. Estes estavam por todos os muros, galhos, fios e telhados. Nunca os tinha visto em Montes Claros.
Mas o que vem mais forte é a casa da Timbiras. Na entrada, um muro baixo com uma meia escada seguida de um alpendre. A porta grossa, com sua janelinha de espia, dava para uma sala ampla com piso de tábuas, com mesa, cadeiras e sofás; à esquerda, um janelão desmedido escancarava-se para as costas de uma casa lisa, nova, cinza, de dois andares; à direita, dois quartos, um onde eu dormia com Bisa, com suas caixas de madeira de goiabada, matéria prima para a confecção dos seus palitos a canivete, e o outro, era de Dora, irmã solteira de minha avó.
Na passagem para a copa, bem acima da minha pequena altura, o telefone preto, imenso, pregado à parede. Quando tocava, o papagaio estalava seco: ”Alô, é Dora”.
Ao fundo, antes do quarto de Vovô e Vovó, mergulhava uma escada de madeira em caracol parecendo peça de nau pirata, que nos levava para o andar de baixo, onde se escondiam o bolorento convés e seus mistérios. Lá, nos porões, descobri uma esquecida arca que, ao invés de tesouros, guardava carcaças - esqueletos humanos desmontados e amontoados. Eram fêmures, crânios, costelas, omoplatas, dedos e tochas de cabelo. Todos os ossos estavam amarelados, encardidos, alguns revestidos de pele murcha, ressecada. Urgh! Só poderia ser ossada dos ladrões e criminosos que o delegado de Pedra Azul havia exterminado. Aquilo me arrepiava todo, me fazia tremer de medo e me levava a pesadelos terríveis, mórbidos. Pior era a falta de coragem e ousadia para perguntar como sucedeu aquele holocausto, aquele extermínio. Imaginava, elaborava em minúcias a crueldade de cada morte. Calado eu vi, calado permaneci. Até hoje não sei de quem eram aquelas ossadas.
Contam que em Pedra Azul, nas antigas, uma professora ao lecionar nossa língua pátria disse a classe: ”Pedro matou João” – onde está o sujeito da frase? Ao que lhe responderam: “oh, só pode estar escondido na Aldeia ou na Cabeça Torta”. Fazendas do Pacifiquim.

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Mensagem N°26425
De: Hugo Data: Quinta 19/7/2007 08:01:21
Cidade: Moc

O montesclaros.com está no Ig: http://minhanoticia.ig.com.br/materias/444001-444500/444423/444423_1.html

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Mensagem N°26421
De: Christiano Jilvan Data: Quarta 18/7/2007 21:07:11
Cidade: Montes Claros

O diretor da Coteminas, Ronaldo Dornelas, disse nesta quarta-feira, ao jornal da Band Minas, que os dois funcionários do grupo, que trabalhavam em Montes Claros e que morreram no acidente do Airbus-320, da TAM, em São Paulo, resolveram antecipar a viagem, da manhã de quarta para terça-feira. Segundo ele, a reunião em Porto Alegre terminou mais cedo do que o previsto.

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Mensagem N°26420
De: Junior Rodrigues Data: Quarta 18/7/2007 18:14:37
Cidade: São Paulo/SP

Nome: Junior Rodrigues da Silva
E-mail: [email protected]
Telefone: (11) 65416470
Cidade/UF: São Paulo/SP
Mensagem: ola pessoal de Montes Claros aqui e o Junior assim que posso ouço vcs pela net vc sao demais mesmos voces sao100%audiencia em Corrego da Venda municipio de Botumirim manda um abraço pra o Lucas Jario Jaciely Ana Tim Paulo Jaciaria Jessica em fim a todos lar em Corrego da Venda valeu um grande abraço de uma pessoa 100¨% mineira valeu: Junior Rodrigues da Silva

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Mensagem N°26417
De: Christiano Jilvan Data: Quarta 18/7/2007 15:36:29
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

A direção nacional da Coteminas informou que o próprio presidente da empresa, José Alencar, está acompanhando os trabalhos de apuração do acidente com o Airbus A-320 da TAM, com especial atenção aos familiares dos dois funcionários da empresa, Fábio Marques Júnior e Rospierre Vilhena, da sede em Montes Claros. Um terceiro diretor, João Lima, seguiria de Porto Alegre para São Paulo na mesma aeronave, mas, na última hora, optou por outra rota, passando por Garulhos, o que facilitaria a conexão para a cidade de Natal/RN, onde trabalha. A Agência Internacional de Segurança Aérea, com sede na Georgia (EUA), informou que esse é o 32ºacidente de maior gravidade na história da aviação civil mundial. Leva-se, em conta, apenas as vítimas que estavam na aeronave.

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Mensagem N°26409
De: Rosalva Data: Quarta 18/7/2007 09:18:42
Cidade: Belo Horizonte/ MG

Tudo bem, muito obrigada pelas noticias q tem me mandado. é muito bom está longe e saber noticias da nossa cidade. obrigada. abraço.
E-mail: [email protected]
Telefone: (31) 32960024

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Mensagem N°26408
De: Antônio Eustáquio Freitas Tolentino Data: Quarta 18/7/2007 09:13:32
Cidade: Montes Claros (MG)

Reportagem da revista "Você S.A." de julho (Editora Abril) destaca as 100 melhores cidades brasileiras para fazer carreira de executivo. A cidade de Montes Claros (MG) ocupa a 79ª posição no ranking, à frente de cidades importantes como Vila Velha (ES), Limeira (SP), Anápolis (GO), Novo Hamburgo (RS) e Palmas (TO), entre outras.

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Mensagem N°26406
De: Aline Kárita Cardoso farias Data: Quarta 18/7/2007 08:40:09
Cidade: São Paulo/SP

Hoje é o aniversário de Meu pai,Sr.Farias.Por favor mande um alô p/"MERO AMIGO" e um abraço e desejos de felicidade.E envie musica ao longo da noite (ele só ouve a 93 FM) ele fica ouvindo até autas madrugadas toda programação.Ele gosta das músicas de "Roberta Miranda" e musicas antigas como Núbia Lafaiéte.Muito obrigada!!!!!!!!
E-mail: [email protected]

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Mensagem N°26403
De: RAPHAEL REYS Data: Quarta 18/7/2007 06:02:23
Cidade: MOC - MG  País: BR

Ref. mensagem 26392- Cardoso-Hospital Universitário Clemente de Faria MOC.
Estimado amigo! Só devo agradecer a vcs. todos do HU. A minha sobrevivência muito de deveu ao exelente atendimento médico e fraternal dessa fantástica equipe-O carinho que vcs. me deram nesses nove anos de sucs. internamentos e emergências, possabilitaram a minha sobrevivência e recuperação- Deus vos abençoe a todos- Todas as vzs, que vou ao HU sinto uma enorme felicidade em rever toda a equipe nota dez. Parabéns irmaõs.

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Mensagem N°26402
De: FRANCISCO PEREIRA OLIVA Data: Terça 17/7/2007 22:26:12
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Alguém poderia imaginar o quanto Montes Claros ganha para ter a cor de quem está no poder? Não se sabe. O que se sabe é que é muito dinheiro. Quero sugerir aos Vereadores (que pelo visto ão estão tão ocupados) que apresentem projeto de lei estabelecendo uma cor para Montes Claros. Deverá ser definitiva. Espero que com o alcance e influência deste site, algum vereador ou vereadora (que tenha zelo com a coisa pública, é claro), apresente este projeto. Se não fizerem vou cobrar isto diretamente do Prefeito, aqui mesmo neste mural.

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Mensagem N°26401
De: Márcia Vieira Data: Terça 17/7/2007 20:13:42
Cidade: Montes Claros-MG  País: Brasil

Grave acidente no aeroporto de São Paulo:

Um avião da empresa aérea TAM, que partiu de Porto Alegre às 16:55h com destino a São Paulo, com 170 passageiros a bordo, derrapou, ao tentar pousar na pista do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. O avião atravessou a pista da avenida Washington Luís e atingiu um edifício da TAM onde funcionava um hangar e um depósito de cargas.O avião pegou fogo e o prédio também está em chamas. O trânsito está interrompido no local, o tráfego aéreo está suspenso e o aeroporto fechado. Bombeiros estão no local e informaram que algumas pessoas estão presas em elevadores do edifício atingido. Segundo a Infraero, o vôo é o de n° 3054.

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Mensagem N°26399
De: Márcia Vieira Data: Terça 17/7/2007 19:22:23
Cidade: Montes Claros-MG  País: Brasil

Neste momento, um hangar da empresa aérea TAM, em São Paulo, está em chamas. Um avião saiu da pista de pouso, no aeroporto de Congonhas, atravessou a avenida Washington Luís e atingiu o hangar, que fica do lado de fora do aeroporto,onde funcionava um depósito de combustíveis. O acidente provocou o incêndio. Não há informações sobre vítimas ou número do vôo. Sabe-se apenas que o avião pertence a TAM. O aeroporto está fechado para pousos e decolagens e os bombeiros estão no local.

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Mensagem N°26398
De: Paula Data: Terça 17/7/2007 17:02:54
Cidade: Franciso Sá/MG

Nome: paula
E-mail: [email protected]
Telefone: (38) 36312277
Cidade/UF: são francisco/mg
Mensagem: estou via internet ovindo a sua progrmação muito legal, paula de são francisco, beijo...

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Mensagem N°26396
De: Maria, mãe Data: Terça 17/7/2007 16:37:42
Cidade: M. Claros

Estou desolada. Estive ainda há pouco com um parente meu, que é o pai daquele menino de 13 anos, aluno do Colégio Imaculada, que levou um tiro no coração quando ia para a escola, às 7h da manhã, perto do antigo Instituto Norte-Mineiro de Educação. Levou o tiro e morreu na hora, no lugar. Mais arrasado do que eu, estava o pai do menino, meu parente, que voltava do advogado. Lá, ficou sabendo que o processo contra o policial que disparou o tiro na rua e matou o seu filho o processo foi “suspenso” – expressão que disse. A pena foi “convertida” no pagamento de 18 cestas-básicas para uma instituição de caridade, além do comparecimento periódico ao fórum e o pagamento da indenização cível, caso ocorra. Vi lágrimas nos olhos do pai e pedi que ele, tão logo tenha condições, faça ele mesmo uma mensagem para este mural, tão lido por todos, explicando o caso e a dor que atravessa o coração dele. Como mãe, não sei o que dizer, pois não entendo de direito, mas meu coração dói muito, dói demais....estou arrasada e só me lembro de pedir ajuda a Deus, nosso Pai.

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Mensagem N°26393
De: Romualdo Data: Terça 17/7/2007 10:40:12
Cidade: BH

O Angola Pres, noticiário deste país, ao destacar na sua coluna Efeméride, deste “17 de julho na História do Mundo”, cita a “Batalha de Montes Claros”, acontecida em 1665.
Como a civilização montesclarina, esta nossa, surgiu apenas por volta de 1700, é mais do que evidente que o fato não se passou na Montes Claros de Minas, nem na Montes Claros de Goiás (pois que existe esta cidade em Goiás), mas envolveu sim o Exército de Portugal. Apenas como curiosidade, vou transcrever o registro da imprensa africana que fala da “Batalha de Montes Claros”:
Efeméride: 17 de Julho na História do Mundo
Luanda, 16/07 - Principais acontecimentos ocorridos a 17 de Julho:

855 – Morre Papa Leão IV.
1665 - Guerra da Restauração: Batalha de Montes Claros, exército português impõe pesada derrota as forças espanholas.
1762 - Catarina II torna-se czarina da Rússia depois do assassinato de Pedro III da Rússia.
1790 - Morre Adam Smith, economista e filósofo escocês.
1843 - Nasce o general Júlio Argentino Roca, presidente da Argentina em duas ocasições.
1936 - Guerra Civil Espanhola: uma rebelião conservadora contra o recém-eleito governo espanhol de esquerda da Frente Popular origina a guerra.
1973 - O Afeganistão se torna uma república.
1994 - O Brasil conquista o tetracampeonato na Copa do Mundo de futebol (Fifa).
2005 - Morre o ex-primeiro-ministro britânico, Edward Heath, de 1970 a 1974.
Frase do dia: "Quem muito corre, tropeça" - Anónimo

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Mensagem N°26392
De: Cardoso do HU Data: Terça 17/7/2007 10:35:58
Cidade: Montes Claros

Caro amigo Raphael Reis, eu e todos os amigos que você conquistou aqui dentro do HOSPITAL UNIVERSITÁRIO estamos torcendo por você, que a sua recuperação seja a melhor possível.Esperamos não tê-lo mais aqui como paciente mas aguardamos a visita do amigo. Adorei seu relato, sua sensibilidade transformou sua aflição em Romance.

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Mensagem N°26391
De: Carlos Antonio Data: Terça 17/7/2007 09:46:56
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Para maria Clara, de itacambira:Sou funcionario da Caixa, mas acredito que não tem leilão previsto . Mas tente tirar sua dúvida ligando direto para a Agencia. Fone;(38)3222-3377
Espero tê-la ajudado.
Um abraço.

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Mensagem N°26384
De: maria clara Data: Terça 17/7/2007 07:39:35
Cidade: itacambira  País: BRASIL

Quem pode informar se haverá leilão de jóias hj na caixa econmica federal (MONTES CLAROS), e qual o horário

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Mensagem N°26375
De: João Avelino Neto Data: Segunda 16/7/2007 14:37:34
Cidade: Montes Claros

DONA JOELISA
Tem hora que acho que a memória é inconstante, negligente, preguiçosa. Mais ainda a minha. Fruto de choques culturais entre o campo e a cidade, não obstante ter nascido e crescido bem pertinho dela. Mas em tempos em que a comunicação era direta entre as pessoas de sua aldeia, sem a interferência dos meios de comunicação, então escassos, e o povo da roça não importava com isso e nem considerava importante para viver. Nesse viver e caminhar conheci Dona Joelisa e seu Pimenta na beira do Rio Santa Maria, em uma pequena propriedade, onde fui umas vezes, ainda menino, na garupa do cavalo do meu pai, inclusive um dia à noite, em um mês de junho, de muito frio, que, para menino, não era nada. Das margens do Santa Maria, dona Joelisa e seu Pimenta, foram para as margens do Pacuí, vizinhos de Manoel Tinga, pai de Horácio, também Tinga. Dali eles subiram para a Lagoinha, onde permaneceram até a convocação para a partida final. Seu Pimenta tinha um caminhão a óleo diesel e nele fomos à Lapa de Bom Jesus, nos meados dos anos 50, junto com meu pai, minha mãe e irmãos, além de vizinhos e amigos da redondeza do Quilombo, lotando a carroceria do caminhão em seus bancos de madeira. Seu Pimenta foi chamado primeiro. Agora, Dona Joelisa, deixando ambos uma saudade danada no meio da gente e mais ainda em Murilo, Evelina e Marlene. As redondezas do Planalto do Pentáurea não são as mesmas. Não é Jacinto?
João Avelino Neto
Catrumano da beira do Quilombo

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Mensagem N°26364
De: Haroldo Lívio Data: Domingo 15/7/2007 21:08:04
Cidade: M. Claros

A cidade dos centenários

HAROLDO LÍVIO

.... Montes Claros também é a cidade dos centenários. Primeiramente,
em razão de aqui viverem pessoas saudáveis que já completaram um
século de vida, a exemplo do fazendeiro Neco Martins e da senhora
Alyria Prates Athayde. Em segundo lugar, nossa cidade merece o título
devido às comemorações de centenários que têm sido feitas por
aqui. A febre começou em 1932, quando nosso primeiro prefeito, Dr.
Orlando Ferreira Pinto, irmão do farmacêutico Aluísio Ferreira
Pinto, promoveu a comemoração festiva dos cem anos de emancipação
político-administrativa. Portanto, o município completara seu
primeiro centenário.
Acontece que, vinte e cinco anos depois, em 1957,o historiador Hermes de
Paula, para animar o ambiente, entendeu de comemorar o centenário de
elevação da sede do município da humilde condição de vila para a
de cidade. Vivia-se a era dos Anos Dourados e tudo contribuiu para que
Montes Claros realizasse a maior festa de sua história. O efeito dessa
festança foi tão forte que, meio século depois, resolveu-se matar a
saudade daqueles dias memoráveis comemorando, numa cidade várias
vezes maior, o sesquicentenário da cidade, que vai durar um ano de
festividades. Vem mais festa por aí.
A geração a que pertenço só tem o que agradecer à iniciativa do
"homem que inventou o Centenário", porque fomos enormemente
bafejados. Ora, perdemos o primeiro centenário do município, em 1932,
e não será fácil alcançar o segundo, em 2032. Comemorando, porém, a
elevação da vila à cidade, ganhamos o centenário,em 1957, no apogeu
da juventude, e ainda aproveitamos o sesquicentenário. Muito obrigado,
Dr. Hermes de Paula!

Constata-se que, para nós, acabou a temporada dos centenários e
sesquicentenários de Montes Claros. Dizem que festa acabada, capiau na
chapada, porém, ainda temos muitos discursos e banquetes pela frente,
comemorando centenários de nossos grandes vultos.
Para começar a série, no próximo ano, em 2008, teremos expressiva
comemoração do centenário de nascimento do artista Godofredo Guedes,
que já esta sendo planejado pela família, capitaneada por Patão.
No ano seguinte, em 2009, vamos festejar os cem anos do legendário
Hermes de Paula, cuja biografia, pesquisada e lavrada por Amelina
Chaves, aguarda patrocínio para ser editada.

E em 2010, teremos o centenário de nosso querido poeta Cândido Canela,
cuja comissão organizadora poderá ser presidida por seu segundo filho,
Reinine, uma vez que o primogênito, Reivaldo, decretou que não sai
mais de casa à noite. Por vivermos na Cidade da Arte e da Cultura,
aguarda-se a participação da municipalidade, na programação destas
três grandes festas, tal qual ocorreu no Centenário de João Chaves,
em 1985.

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Mensagem N°26363
De: Nilton Loyola Sarmento Data: Domingo 15/7/2007 18:09:12
Cidade: SALINAS - MG  País: BRASIL

Termina neste domingo o 3º Festival Mundial da cachaça. Salinas está em festa, acho que em toda a sua história nunca recebeu tantos visitantes. A cada ano esta cidade vem demostrando que realmente possui as melhores pingas do mundo. Os organizadores estão de parabéns.

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Mensagem N°26362
De: Saulo Carlos Data: Domingo 15/7/2007 10:37:51
Cidade: Curvelo-MG  País: Brasil

Vendo a notícia sobre a promoção do Carlos Lamarca a coronel e a idenização que a familia terá direito , fico mais fã da Jornalista Mírian Leitão ( natural de Caratinga-MG). Mirian foi ex-guerrilheira, mas se recusa a recorrer ao governo para receber a idenização da anistia que tem "direito"! Sua ideologia pode ter mudado, mas a moral e a ética da sobrepoe ao "direito". Tem muitos que estão se aproveitando. Só para lembrar o nosso Presidente recebe mais de 4 mil e quinhentos reais como anistiado.

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Mensagem N°26361
De: ILACIR TELLES Data: Domingo 15/7/2007 10:12:54
Cidade: PORTEIRINHA-MG  País: BRASIL

Na próxima terça-feira, 17/07/2007, inicia-se a comemoração da famosa e tradicional festa de Nossa Senhora Sant’Ana, no povoado de Serra Branca, distrito de Porteirinha – cenário das filmagens, pela rede globo de televisão, da minissérie “Grande Sertão Veredas”, considerado pelos assíduos leitores como a obra-prima do escritor mineiro de Cordisburgo João Guimarães Rosa -, cuja comemoração se alastra há mais de 200 anos, com celebração de consórcios matrimoniais em lotes de inúmeros casais. O Deputado Federal Márcio Reinaldo, que conseguiu recursos para duplicar a ponte sobre o rio mosquito, área central da cidade, sempre está presente revendo amigos e, óbvio, para degustar o feijão tropeiro, arroz com pequi e frango caipira, ao sabor de poeira, preparado com todo carinho pelos filhos da saudosa Dª Jovina Martins, mãe de nosso amigo Zezé do Forró (considerado pelos críticos como um dos melhores locutores de rádio do norte das Minas Gerais). Serra Branca dista da sede do município em apenas 10 Km., e está fincada entre o trecho Porteirinha / Mato Verde, exatamente no trevo que dá acesso à cinematográfica Cachoeira do Serrado. Aproveito a oportunidade para cobrar de nossos deputados o devido empenho para asfaltar a estrada que dá acesso à comunidade - somente cerca de 200 metros até a rodovia -, bem como a realização do imprescindível trevo, visando, assim, minorar o índice de acidentes, que têm ceifado dezenas de vidas. Afigura-me da existência de um antigo projeto de asfaltamento da estrada do Serrado, que, evidentemente, irá contribuir no deslanche do turismo municipal. Parabéns aos políticos bem intencionados que têm se preocupado com o desenvolvimento de nossa tão sofrida e esquecida região.

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Mensagem N°26358
De: Ana Lúcia Athayde Teles Gabrich Data: Sábado 14/7/2007 13:16:36
Cidade: Belo Horizonte

Oi Dona Ruth!!!! Já estava sentindo falta das crônicas da senhora!!!!!
Abraços!!!!

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Mensagem N°26357
De: Ruth Tupinambá Data: Sábado 14/7/2007 12:00:01
Cidade: Montes Claros/MG

NOS TEMPOS DOS CARROS DE BOI

Como uma bomba, a notícia estourou. Uma nova lei municipal proibia os carros de boi nas ruas da nossa cidade...
Esta notícia, assim tão de repente, alvoroçou Montes Claros.
Os fazendeiros, possuidores de grandes matas, revoltaram-se, pois, viam por água abaixo seus planos de devastação das florestas (aliás, um crime), que seriam cortadas e transformadas em milhões de cruzeiros, uma vez transportadas em carros-de-boi e vendidas na cidade.
E o romântico carro-de-boi desapareceria mesmo, para grande tristeza dos poetas e dos "bolsos" dos fazendeiros...
Não mais ouviríamos sua lamuriosa música pelas ruas estreitas e esburacadas, que tornavam mais difícil seu percurso e, às vezes, o carreiro tinha que ser mesmo muito esperto para não se despencar lá de cima, quando os bois se embolavam e se arrastavam, ao virar de uma estratégia esquina.
Aí então os "tubarões" se lembravam de que, desaparecendo os carros-de-boi, teríamos necessidade de lenharias onde adquirir a lenha, aos metros, para o consumo dos nossos gigantescos fogões.
E em todos os cantos da cidade, principalmente nas entradas, brotavam como, por encanto, as lenharias. E a lenha farta, boa, de angico e aroeira, foi substituída, nas lenharias, pelos míseros metros de "pau terra" e "cagaiteira".
Era o grande negócio dos idos de 38.
Ainda me lembro do João, tipo displicente, pai da paciência e lenheiro fiel da Dona Bela Costa, que já era veterana nesse negócio e sua lenha era reconhecida e procurada como das melhores da redondeza. Ele passava cochilando em cima da carrocinha de lenha e, ao que se concluía, é que o burro (não era tão burro) era ensinado, pois, seguia rumo certo, cortando a cidade de Norte a Sul, com a mercadoria que oferecia diariamente à população que não tinha outra escolha senão se acostumar com os "minguados" metros.
Era comum a gente ver carroças "bem arrumadas", como verdadeiras fogueiras de paus cruzados, para encherem mais depressa com menos lenha, e ía se estreitando à medida que subia a "pirâmide".
A eterna preocupação do comerciante em lesar o freguês. E assim as lenharias tiveram seu bom tempo, muita gente até se enriqueceu.
Foi aí, então, que um grande amigo nosso, o Aluízio Lobo, que passava os maiores apertos apesar de ser um excelente farmacêutico, e que não teve nunca oportunidade de possuir uma farmácia, resolveu abrir uma lenharia.
Alugou um grande terreno, fez um galpão, comprou meia dúzia de machados, um burro velho, uma carroça de segunda mão, arranjou três bons machadeiros, e lá se foi o seu capitalzinho.
Ia levando a vida na expectativa de grandes negócios, ia cedo para a lenharia e, de lá, só voltava à noite...
Aos poucos, foi vendo que o negócio não era dos melhores. Os fregueses começaram a exigir lenha boa e, os mais granfinos, lenha picadinha de 20 centímetros para os fogões de ferro, que alguns já possuíam.
Os machadeiros se desdobravam de sol a sol, a lenha só empilhando, nada de sair. O dinheiro não entrava porque a lenha não saía, e com isto o amigo foi ficando triste e preocupado. Tinha que enfrentar as despesas, ainda bem que era solteiro, mas era arrimo de família. O "lenheiro" rodava toda a cidade com a carrocinha toda pintada de azul, mas, ninguém comprava. Era azarado.
Naquele tempo, o negócio era bem mais difícil, população pequena, corria pouco dinheiro. Que diferença de hoje! Com as propagandas da televisão, acredito que até um "picolé de areia" bem embalado dá para tapear muita gente...
Até o burro foi ficando triste, pois, via sua ração se escasseando cada vez mais. Chegou a tal ponto que nosso amigo precisou dispensar os empregados e até vender a lenha já picada.
Os fogões a gás apareceram, mais tarde, e aí o negócio fracassou mesmo. Ele estava num aperto desesperado, a lenharia não fazia nem para o cigarro. E o burrinho enfraquecia, enfraquecia, cada vez mais, já não agüentava nem a carroça vazia.
Que fazer? Correu lá em casa para arranjar emprestados vinte cruzeiros antigos (naquele tempo era muito dinheiro), para comprar milho para o esfomeado burro e alguma coisa para suprir sua despensa pobre. Voltou para casa feliz, assoviando e balançando a notinha cor de laranja madura. Mas, inocentemente, chegou bem perto do animal para se certificar de que o pobre ainda vivia. O asno abriu muito os olhos e a fome era tanta que esticou o pescoço e... "vapt!", abocanhou a notinha, de sua mão, de uma só vez.
Nosso amigo ficou tão surpreso, teve um impacto tão grande com o acontecimento, que começou a rir, rir, enquanto o burro, avidamente, ia mastigando a "amarelinha". E, quem sabe, talvez pela coincidência da cor do milho, parece que se sentiu alimentado...

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Mensagem N°26355
De: Raphael Reys Data: Sábado 14/7/2007 05:30:02
Cidade: MOC - MG  País: BR

O HOSPITAL DO MEU SANTO

“o coração não tem nada a ver com nada! Fora a sístole e a diástole e a sua fisiologia medíocre" - Luiz Fernando Veríssimo.

Após oito anos de um episódio de fibrilação atrial, que se tornou persistente e crônica, resistindo a dezessete internações, para controle e tratamento médico e de emergência, que me fez na visão do velho Rubem “caçar ventos e melancolia” finalmente, em face à urgência, o amigo do peito Dr. Noasses Diamantino, contatou o renomado Dr. Reynaldo Castro Miranda.
Esse seu amigo, diretor do Hospital Universitário São José em BH e, finalmente foi feita a ablação do nó AV, colocando um fim a tão extenuante incidente.
Dra. Mônica Magalhães aviou o risco cirúrgico e fui buscar a perícia do Dr. Luiz e, a mobilização de Rose no TFD. Aprontei a sacolinha e pé na estrada! Marieta Magalhães e o seu filho Ricardo Reis me receberam no apê da Tomé de Souza, no fundo do palácio da Liberdade, me colocando à vontade.
Suando em bicas, mais do que “tirador de espíritos’ dado aos 110 batimentos cardíacos por minuto, fui internado no Incor Minas que tem como regente, o meu padroeiro, São José. Tudo como um pecado do lado de baixo da linha do Equador.
No terceiro andar conheci a doçura da Ludmila, da Milena, e da Verônica. Um show de atendimento, carinho e inter-relação para com os pacientes, mesmo com o expressivo número dos que chegam e logo são atendidos. Lá, os olhos verdes e brincalhões da enfermeira Patrícia confirmavam o dito do poeta “deixavam uma sensação perfeita de graça e leviandade no espaço”.
A prima loura Elení Freitas pelo lado materno, acudiu como minha acompanhante, já que o notável escritor Felippe Prates, que iria me acompanhar, foi internado com uma crise de pneumonia.
Fui apresentado pelo Dr. Reynaldo a sua equipe de eletrofisiologia cardíaca nota dez. Dra. Tereza Grillo, e o seu auxiliar Dr. Henrique, o gigante careca, esse, nascido aqui na terra de Figueira. Enfermeiras da cirúrgica e o anestesista.
Agradeci pelo procedimento, atendendo a um pedido pessoal do nosso competente cardiologista Noasses Diamantino e, fui portador do “cumprimente ao Noasses, por nós, quando voltar”.
Que beleza! Nas mãos da melhor equipe de eletrofisiologia cardíaca das Alterosas! Ambiente moderno, aparelhagem última ponta, alta tecnologia, exímios profissionais, em um tom de azul aconchegante. Relaxei, e só me restou, mesmo que induzido quimicamente, a mergulhar nos braços de Morfeu, o deus do sono. Enquanto os céus sustentavam o astro rei que brilhava, pulei da trave da objetividade explícita para o mundo colorido dos sonhos.
Fazendo a mesma pergunta que Calderon de La Barca “a vida, sonhos são?”... No meu estado onírico revi a Belo Horizonte de 1951, a Avenida Afonso Penas com seu visual art decó, os trilhos francêses bitola 21, e os bondes românticos, a arquitetura em linhas curvas, rococó, e o traçado urbano modernista projetado por Aarão Reis e Francisco Bicalho.
Nas ruas, garotas usando boina de feltro, saia tipo garota do Alceu, ousadas senhoras com vestidos “tomara que cáia” damas das camélias com blusa de tafetá negro brilhante, crepe de chine... Nas ruas, Ford Bigode fazendo fonfom. No ar o som de um bolachão de vinil 45rpm, Cauby Peixoto cantando: O amor é uma pérola rara/e tem a cor de um rubi... Eu puxando um filtro de ar de Packard preso por um barbante e levado pela mão por minha mãe, que usava broches côco e ouro. Cavalheiros de terno e chapéu palhinha fumando Liberty Ovais, cantarolando Chico Viola. Moças com topete “pega rapaz” e no ar a fragrância do perfume Nuit De Noel. Uma lata de pastilhas Valda.
Ainda tomado pela anestesia continuei o meu delírio falando que era feliz, pois, em meus sonhos-realidade surgira outra Patrícia, essa, uma cigana a la española, mistura “caliente’ de louro-morena, nascida numa transição escorpião para sagitário, olhos de ‘femme fatalle’, uma cabeça intelectual em uma alma espiritual. Quando Deus quer, Deus manda a felicidade!
Acordei no leito 460 no quarto andar, tendo como vizinho de cama o compositor Antonio Braga, operado de próstata que me falou do projeto de seu CD próximo, declamou sonetos urbanos e prometeu enviar-nos algumas poesias.
Um abraço carinhoso a fantástica equipe do Incor Minas!


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Mensagem N°26346
De: Iara Tribuzzi Data: Sexta 13/7/2007 18:11:44
Cidade: Belo Horizonte/MG

Nome: Iara Tribuzzi
E-mail: [email protected]
Cidade/UF: belo horizonte/mg
Mensagem: Ucho O cigarro do seu avô deve ser Liberty ovais. Meu pai também fumava maços e maços dessa marca. Um abraço de Iara Tribuzzi, irmã do Cassio.

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Mensagem N°26344
De: Waldyr Senna Data: Sexta 13/7/2007 14:56:19
Cidade: Montes Claros/ MG

Depois da bonança

Waldyr Senna Batista


Durante o curto período de dois a três meses, registrou-se trégua não negociada na política local. Tempo suficiente para que o prefeito Athos Avelino desenvolvesse, com relativa tranqüilidade, a programação de festas do sesquicentenário.
Nesse período, ele pôde comparecer, sem ser molestado, às reuniões sociais que marcaram a “comemoração continuada” e até promover assembléias, em bairros populares, para ouvir dos moradores sugestões e reivindicações para o orçamento do próximo ano.
Essa retomada do contato direto com o povo chegou a incomodar os adversários, sinal de que o procedimento era politicamente acertado, como de fato foi, pois a partir daí melhorou a imagem da administração, o que qualquer pesquisa de opinião pública confirmará. Embora não tenha sido entregue qualquer obra significativa, essas reuniões serviram pelo menos para realimentar as esperanças dos moradores, além do que elas aconteciam em fase festiva, que os grupos oposicionistas respeitaram, sem que estivessem renunciando em definitivo ao uso da metralhadora giratória, que vai voltar a ser acionada.
A festa, no geral, apresentou saldo positivo e ressaltou a figura do eficiente secretário da Cultura, João Rodrigues, a cargo de quem esteve a promoção dos 150 anos da cidade. Nada que se compare à festa do centenário, que consagrou o historiador Hermes de Paula. Este trabalhou com o apoio de forte esquema político e administrativo e com recursos à altura, o que faltou ao secretário da Cultura, que teve de tirar leite da pedra para alcançar resultado satisfatório.
Mas como a festa e a trégua não poderiam estender-se, o prefeito Athos Avelino já se vê diante da realidade, que faz cair em seu colo os problemas próprios da rotina do seu ofício. Como o relativo ao afastamento do secretário da Saúde, José Veloso Souto Júnior, nomeado há poucos meses. Ele vinha sendo “fritado” há algum tempo, mas tudo indicava que o prefeito temia demiti-lo para não desequilibrar sua base de sustentação. O secretário foi levado a pedir demissão.
No campo político, a previsão é de que se reinicie a movimentação dos pretensos candidatos à sucessão, que anteciparam em pelo menos um ano a abertura do processo. São vários os que se apresentaram, a maioria sem qualquer respaldo, não passando de meros balões-de-ensaio com vistas apenas a negociar posições. Eles têm se esmerado em plantar declarações em colunas políticas dos jornais, mas sem ter como sustentar suas posições, ou por pertencerem a partidos nanicos ou por não disporem de recursos necessários a empreitada do porte que é a disputa da prefeitura de Montes Claros. Candidatos viáveis são apenas três ou quatro. O quadro está muito longe de se definir.
Nem mesmo a presença do atual prefeito na disputa pode ser ainda tida como decidida, pois sua sorte está atrelada ao resultado de sua administração até abril do próximo ano. Se é fato que sua imagem melhorou nos últimos meses, também não pode ser negado que se trata de avaliação sujeita a turbulências. Nem as grandes obras dos governos estadual e federal que a prefeitura tem assumido como de sua iniciativa serão suficientes para respaldar as pretensões de reeleição do chefe do executivo. Ele vai ter de apresentar realizações inquestionáveis, capazes de eliminar a péssima impressão que a cidade esburacada, suja e confusa tem oferecido sob seu comando.
O tempo é exíguo para tanto. Mas, pelo menos, será indispensável o atendimento de parte expressiva do que resultou das assembléias em bairros, para não ficar a impressão de prática demagógica e inconsistente, como chegaram a afirmar opositores enciumados.

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Mensagem N°26340
De: J.P.N. Data: Sexta 13/7/2007 11:19:05
Cidade: Montes Claros-MG

Estou de acordo com a Mensagem do Luiz Ribeiro Nº26308, a Exposição perdeu o Glamour, hoje é apenas palco de Shows de mal gosto.

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Mensagem N°26331
De: Web Outros Data: Sexta 13/7/2007 08:33:43
Cidade: Belo Horizonte/ MG

Saudade em pérolas

Manoel Hygino (jornal "Hoje em Dia)"

Com a sensibilidade de jornalista que nasce jornalista, e com a acuidade e o alto nível de qualidade de seus textos, Roberto Elísio escreveu, há meses, interessante artigo dominical, dando-lhe o título de “Serenata, a alma sonora de Moc”. E tem razão. Nenhum lugar se devotou tanto à serenata como a grande cidade norte-mineira.
Outras podem ser consagradas por esse gênero de manifestação artística. Mas a cidade que serviu de berço a Cyro dos Anjos e Darcy Ribeiro (ambos registrados com Y) não perde para nenhuma em termos de serenata, que efetivamente é “a alma sonora” de sua gente.
Há uma tradição, que se obriga preservar, e os mineiros dali o fazem com todos os méritos. João Chaves perenizou sua criação com as serestas. Sua filha, Maria de Lourdes Chaves, Lola, segue a vocação paterna, e, recentemente, lançou excelente coleção de páginas inesquecíveis, a que denominou “Pérolas de Saudade”. Uma preciosidade!
Seresteiros até a morte. Quando o boêmio Silva Reis faleceu, no sétimo dia de seu sepultamento, um grupo de seresteiros foi ao cemitério para cantar ao som de flauta e bandolim, músicas imperecíveis. Na paz dos que partem deixando saudade, João Chaves cantou, pela primeira vez, a modinha “O bardo”, de sua autoria, em homenagem ao amigo.
Anos depois, houve a segunda serenata no cemitério. Sob a regência de Hermes de Paulo, cantou-se por João Chaves, junto ao seu túmulo e no sétimo dia de seu passamento. Nascia outra tradição.
Em todas as apresentações do “Madrigal Renascentista”, cujos cinqüenta anos se comemora, se estou presente, o maestro Marco Antônio Drumond presta-me uma homenagem, com seu coral interpretando o “Amo-te muito”, de João Chaves. Ele, companheiro de Maria de Lourdes Pimenta, minha prima, em escritório de advocacia.
Aconteceu assim, em minha posse na Academia Mineira de Letras, fazendo o coração voltar à terra em que nasci, cidade agora sesquicentenária. Quando se ouve esta música, há um silêncio religioso.
Pois agora, como informa Paulo Narciso, um símbolo e uma glória de Montes Claros viajarão pelo Brasil, pelo mundo, em companhia dos que apreciam a serenata. É que as empresas que fornecem toques musicais para celulares acataram pedido para disponibilizar a modinha “Amo-te muito”.
As pessoas serão despertadas ou alertadas com o toque de “Amo-te muito, como as flores amam, o frio orvalho que o infinito chora...!”
A letra é bela e simples, como a gente de lugar distante. Assim surge, mais uma vez, na recente gravação que Lola fez das músicas de seu saudoso genitor: “Amo-te muito, como as flores amam/ O frio orvalho que o infinito chora./ Amo-te, amo-te como o sabiá da praia/ Ama a sangüínea e deslumbrante aurora./ - Oh! Não te esqueças que te amo assim./ Oh! Não te esqueças nunca mais de mim.”
E as duas estrofes finais: “Amo-te muito como a onda à praia e a praia à onda, que a vem beijar.../ Amo-te tanto como a branca pérola/ Ama as entranhas do infinito mar.
Amo-te muito, como a brisa aos campos/ e o bardo à lua derramando luz. / Amo-te tanto quanto amo o gozo/ E Cristo amou ardentemente a cruz”.
É o hino de modinha nacional.

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Mensagem N°26329
De: Augusto Vieira Data: Sexta 13/7/2007 07:06:57
Cidade: Belo Horizonte

O AGRADECIMENTO DE ZÉ AMORIM

Eh, feras, cês tão bem de vida, hein? Gastaram um dinheirão enfeitando esse salãozão, fazendo diplomas, troféus, contratando artistas pra medalhar esse mundão de gente, inclusive Sinvalim, meu irmão, na festa do 150 anos de Montes Claros.
Bom mesmo, feras, era no tempo do bar de Sinvalim, onde a gente reunia toda a cidade e dançava a noite inteira, ao som de uma vitrola, ou de uma viola e de uma sanfona pé-de-bode, iluminados, até as dez horas da noite, pela luz de D. Vidinha. Agora cês tem luz à vontade, um mundo de conjuntos musicais, jornais, rádios e televisões. Pra que isso tudo feras? No meu tempo de rapaz a gente não tinha televisão, só havia o “Jornal de Montes Claros”, a “Gazeta do Norte” e a ZYD7. A D7 falava para o centro e cochichava para os bairros e nela a gente ouvia Chico Pitomba e Mané Juca contarem nossos “causos” e cantarem nossas músicas. Hoje, vocês só ouvem esses estrangeiros... Um forrozinho e um lunduzinho mesmo, que é bom... lona!
Cês qualharam Montes Claros de prédios, cheios de elevadores, cujos tetos quase batem no céu. Nem venta mais na cidade. Antigamente a gente construía mesmo era edifício de no máximo três andares, que nem os de Paris, com aqueles escadões belezura, com aqueles alicerces profundos, com aquelas paredes de dois tijolos maciços e aquelas lajes de cimento grosso, diferente dessas porcarias pré-fabricadas, de tijolo furado, que passam todo o barulho de um andar para outro e não isolam o barulho da rua. E o térreo não contava como andar. O construtor era Chiquinho Guimarães, um campeão. Basta ver que os prédios que ele construiu estão aí até hoje, firmes que nem toco de jurema e quem é esse tal de tsunami pra derrubá-los.
A cidade anda cheia dessas motoquinhas vagabundas que não deixam ninguém andar em paz pelas ruas e ainda fazem um barulho infernal. Toda hora a gente vê um motoqueiro atropelado, com um braço ou uma perna quebrados. No meu tempo havia poucas motocicletas, mas todas eram de primeira, de ferro fundido, motor silencioso, tran-chan, verdadeiras máquinas que nem arranhavam se um carro batesse nelas. Queria ver a valentia desses motoristas de carro no tempo de minha Harley-Davidson...
Vocês, feras, estão dando essas medalhas a muita gente nativa, mas também a muitos forasteiros. Não tem problema. Eles estão na cidade, ajudando a gente há tantos anos, que já os consideramos montes-clarenses da gema. Mas há uns dois felas, aí, na lista que, ao invés de emedalhados, deveriam ser mesmo era emerdalhados. Chegaram à cidade com uma mão na frente e outra atrás, deram o golpe do baú ou receberam esses tais de incentivos fiscais e não levantaram nem um grãozinho de poeira por nosso progresso. Só levaram vantagem às nossas custas. Mas a vida é assim mesmo. É impossível ser totalmente justo.
Estou aqui, feras, com meu velho pai, Pedro, meus irmãos Bem, Tuca, Sinvalin e Santim, e meu grande amigo Walduck Wanderley, o Mola Forte, assando uma batata doce e um milho verde, numa imensa fogueira, tomando um quentãozinho e comendo uma paçoquinha, esperando vocês. Estamos construindo um restaurante cujo nome será “Espeto de Ouro”, que só servirá nossas comidas e bebidas típicas. Ele ocupará todo o primeiro piso de um majestoso prédio de três andares cujo nome será “Edifício Pedro Montes Claros”. Aqui, bem no miolinho do céu, na rua Quinze.
Em nome da família Amorim, muito obrigado, feras, e até breve.

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Mensagem N°26326
De: Carmen Netto Data: Sexta 13/7/2007 00:09:07
Cidade: BHTE

Nos tempos da rua 15...


Há dias sinto uma certa nostalgia de uma certa Montes Claros. Recorro às mihas lembranças e retorno. Mas, na realidade, nunca saí de lá.
Década de 50, época conhecida como “Anos Dourados”. Músicas, filmes, modas envolvidos pelo romantismo.
Meus olhos passeiam sobre fotos amareladas, recortes da Gazeta do Norte onde Lazinho Pimenta, com elegância e classe, retratava a sociedade montesclarense.
Resgato sonhos da juventude, ingênuas aspirações. Um suave perfume de perdidas ilusões me remetem ao “footing” da Rua 15. Naquela época, já se chamava Presidente Vargas, mas para nossa geração era a Rua 15, abreviação de 15 de novembro, em homenagem à Proclamação da República. Perco-me no tempo, evoco acontecimentos felizes e me vejo de braços dados com minhas amigas, andando entre os quarteirões da Rua Dr. Veloso e a Praça Dr. Carlos.
Havia na Rua 15, um encanto, um charme, que nenhuma rua da cidade tinha. Era a proximidade do Cine São Luís, o Clube dos Bancários e o aristocrático clube Montes Claros. Também as melhores lojas nela se situavam com suas vitrines iluminadas. A Joalheria Pádua, que vendia as mais lindas jóias da cidade, Ramos & Cia, Casa Alves, A Imperial e A Futurista, minha predileta, pois até hoje tenho mania de comprar sapato. A loteria do Sr. Donato, a residência do Sr. Gentil Gonzaga e o Big Bar completavam o cenário. Também fazia parte desse universo o prédio “art-decô”, onde funcionavam o tradicional jornal “Gazeta do Norte” e a Rádio ZYD-7.
A mocinha sentada na entrada de sua casa esperava as amigas e a lua, para o “footing” na Rua 15. Devia ser cheia naquele dia, iluminando com sua luz prateada nossos sonhos dourados... Sonhos que estouravam como bolhas ao vento, tão reais para nós que acreditávamos neles com paixão.
Era um grande programa arrumar-se para a noite. Anáguas engomadas servindo de suporte para saias godês, cintura de vespa, decotes canoa recatados sobre soutiens acolchoados, para imitarmos Silvana Mangano, Gina Lolobrigida, Sofia Loren, deusas do cinema italiano. Os modelos eram copiados da revista americana “Lana Lobel” e eram lindos! Também copiávamos os modelos das Garotas do Alceu na revista “O Cruzeiro”, mais adequados à nossa cultura tropical.
Os rapazes de terno e gravata, principalmente aos sábados, se postavam nos passeios.
A Rua 15 era a passarela, onde desfilávamos de braços dados, perfumadas com “Flor de Maçã de Helena Rubinstein”, “Bond Street da Yardley” ou “Miss France da Atkinssons”. Eram os nossos perfumes prediletos.
Olhares, sorrisos, flertes, corações disparados, namorados ternos e eternos!
Muitos namoros aconteceram, evoluíram para noivados e casamentos. Havia uma sensação de sermos donas do mundo, apesar do horário rigoroso de voltarmos para casa às 21 horas.
Próximo à Rua 15, na Rua Simeão Ribeiro, ficava o Cine São Luís. Era a época áurea do cinema. A sala de exibição, na minha cabeça, era um requinte. Cortinas de veludo, e depois da reforma, estampadas, cadeiras acolchoadas, música romântica, tapetes. O público vestia-se elegantemente para ir ao cinema.
Apagavam-se as luzes, instalava-se o clima de magia, e ao menor toque das mãos, o calafrio, o coração disparado, algum beijo furtivo... Momentos inesquecíveis, havia emoção em tudo! Filmes como “Suplício de uma saudade”, “A um passo da eternidade”, “A princesa e o plebeu” fizeram minha geração se emocionar.
Quando assisti ao maravilhoso filme “Cinema Paradiso” em 1990, o Cine São Luís se tornou meu Cinema Paradiso onde reencontrei, emocionada, meus sonhos de menina-moça.
Aos sábados ou domingos, tínhamos o direito de chegar em casa mais tarde. Após o “footing” íamos dançar no Clube Montes Claros embaladas pelas músicas dos filmes. Blues, mambos, rumbas, boleros, sambas-canções. Bossa Nova começando, Glenn Miller e Tommy Dorsey... Éramos muito simples e provincianas, mas éramos felizes!
Já não encontro a paisagem do passado, nem as pessoas que enriqueceram minha infância e adolescência. A mudança veio chegando como quem não quer nada, levando para longe pessoas, coisas e lembranças.
A Rua 15 encolheu, lojas fecharam ou mudaram de endereço. O Cine São Luís fechou, o aristocrático Clube Montes Claros, onde vivemos bailes inesquecíveis, deu lugar ao conservatório Estadual Lorenzo Fernandez, orgulho da cidade.
Mas é a vida, o tempo passa. Menos no meu coração que não envelheceu. Nele guardo sonhos, lembranças, esperanças que resgato com emoção, quando necessito.
Busco o “tempo que não me parece perdido” pois como escreveu Lygia Fagundes Teles: “... Na juventude é só sentimento, qualquer emoção e os olhos se enchem de água”.

Carmen Netto Victória
Dia dos namorados

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Mensagem N°26318
De: Flor Data: Quinta 12/7/2007 15:16:08
Cidade: Moc  País: Brasil

É horrivel perceber que estamos numa cidade onde a violencia predomina e nada é feito pra mudar a rotina, alunos do Colegio Biotécnico estão sendo vitma de pivetes que ficam na pracinha ao lado do Bar Chicos aguardando a sua saída para serem abordados e tomar celulares, meu sobrinho foi vitima nessa semana e no dia seguinte o pivete se encontrava vagando no mesmo lugar a espera de uma nova vitma... Gente, como vamos deixar nossos filhos irem pro Colegio sabendo que estao correndo risco de serem violentados por bandidos?

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Mensagem N°26303
De: Pyetra Data: Quinta 12/7/2007 07:36:59
Cidade: Montes Claros/ MG

E-mail: [email protected]
Mensagem: preciso fazer uma pequisa sobre os rios de montes claros, não consigo encontrar, se souber o site me informe por favor. Meu nome é Pyetra e tenho 8 anos

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Mensagem N°26302
De: Carmem (Estudante do curso de Serviço Social) Data: Quinta 12/7/2007 04:46:26
Cidade: Montes Claros/MG

É notório que nossa segurança se perdeu em consequência do envolvimento de drogas pelos nossos adolecentes e jovens vitimizados pelos traficantes.Estes nos roubam e nos tiram a tranquilidade e a paz que se perdeu aqui em Montes Claros e no nosso Pais.

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Mensagem N°26297
De: Petrônio Braz Data: Quarta 11/7/2007 20:33:53
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

PLEBISCITO PARA TRANSPOSIÇÃO
A bacia hidrográfica do Rio São Francisco teve tratamento especial a partir do governo do general Dutra, com a criação da Comissão do Vale do São Francisco. Os recursos foram inicialmente bem aplicados, porém foram aos poucos sendo desviados para atendimento a objetivos político-eleitoreiros, terminando por descumprir, no curso dos anos, as suas finalidades, levando, pelo descuido governamental, à degradação do Rio da Unidade Nacional.
Sem revitalização, o governo federal insiste nos procedimentos primários da transposição.
O Diário Oficial da União publicou a Portaria nº 1.031, de 5 de julho em curso, do Ministério da Integração Nacional que institui o Grupo de Trabalho Ministerial do Plano de Desenvolvimento das áreas da Integração e Revitalização do São Francisco, estabelecendo o Plano de Desenvolvimento das áreas da Integração e Revitalização do Rio. A Portaria indica as prioridades do Grupo de Trabalho, destacando-se como diretrizes a preservação e uso sustentável do patrimônio natural da área geográfica; estimulo a cooperação, em suas diversas formas, nos processos de desenvolvimento endógenos; promoção de ações de estruturação econômica e de inclusão social, visando ao desenvolvimento regional sustentável, respeitando as diversidades existentes no País e ênfase nos programas e ações de convivência com a seca, sobretudo aqueles que tratam do aproveitamento de recursos hídricos para uso humano.
Quando a Portaria estabelece ênfase para os programas e ações de convivência com a seca, sobretudo aqueles que tratam do aproveitamento de recursos hídricos para uso humano e respeito às diversidades existentes no País, põe nossas orelhas de molho. O aproveitamento dos recursos hídricos para uso humano e o respeito às diversidades existentes no País, nos remete diretamente ao projeto de transposição. Minas Gerais tem se postado abertamente contra a transposição, antes da revitalização.
A integração e a revitalização têm que ser encaradas como ação prioritária de qualquer ação governamental. Municípios como Ibiaí e Santana do Pirapama estão dando exemplos de ações localizadas em favor da revitalização. O primeiro nas margens do São Francisco e o segundo nas do Rio das Velhas. Esperamos que o Grupo de Trabalho venha a se mirar nas ações desenvolvidas nesses dois Municípios.
Se bem analisadas as normas que integram a Constituição Federal de 1988, o Poder de decisão pertence ao povo e somente este pode definir sobre programas que envolvam a própria segurança nacional, como é o caso da transposição das águas do Rio São Francisco. O desarmamento foi objeto de plebiscito e o povo disse não. A transposição deve ser objeto de plebiscito entre as populações diretamente interessadas, quais sejam as dos Estados que integram a grande bacia.
A carência quase absoluta de água ocorre em Minas Gerais há poucos quilômetros das margens do Rio. É preciso encarar com seriedade questão de tão alta relevância. Os lençóis freáticos e até os artesianos estão se esgotando pelo crescimento desordenado da utilização de poços tubulares. Por outro lado, esses mesmos poços vão gradativamente prejudicando as nascentes naturais.
O poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido. A democracia impõe respeito ao povo porque é um governo do povo. Não podemos nos limitar a ações isoladas de protestos de fome e outros. É hora do estabelecimento de uma ação popular, em nível nacional, para a imposição do plebiscito para aprovação prévia do projeto de transposição.

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Mensagem N°26293
De: Nilo Pinto Data: Quarta 11/7/2007 18:47:08
Cidade: Montes Claros

Achei ótimo o relato de Ucho(msg 26255), parabéns! Para os muralistas vou contar um segredo: iguais a estes Ucho deve ter mais de
cinquenta...É só apertar que êle solta...

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Mensagem N°26286
De: Chaves Data: Quarta 11/7/2007 12:35:37
Cidade: M. Claros

Passei agora pelas proximidades da favela "Feijão Semeado", criação dos políticos que hoje aterroriza o antes pacato bairro Alto S.João, e vi lá uma grande movimentação da polícia. O que está acontecendo ?? - todos querem saber

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Mensagem N°26282
De: Web Outros Data: Quarta 11/7/2007 09:17:23
Cidade: Belo Horizonte/ MG

O nome de Darcy

Manoel Hygino dos Santos

Não são segredos, mas fatos pouco conhecidos. A história está cheia deles. Permanentemente se encontram revelações maiores ou menores sobre lugares e pessoas. O grande fascínio do pesquisador reside precisamente em encontrar um desses magníficos veios ou a revelação do desconhecido, por múltiplas razões.
Aconteceu, por exemplo, com Darcy Ribeiro, grande personalidade deste Brasil e das Américas, com idéias claras, corajosas, que manifestou pessoalmente, pelos meios de comunicação, em todas as formas, sobretudo em livros de superior conteúdo.
Sobre ele, publiquei um pequeno livro, ‘Darcy, o ateu‘; Amelina Chaves aqui semelhantemente, e muito ainda se falará e se contará a respeito do desabusado - ou abusado? - filho do casal Reginaldo Ribeiro e Fininha Ribeiro, professora, esta nome de importante via pública, na cidade do mortal escritor e etnólogo.
Recentemente, Haroldo Lívio desvendou o que poucos possivelmente sabiam: o verdadeiro e completo nome do ex-chefe da Casa Civil de Jango. Haroldo, advogado, escritor, autor de ‘Nelson Viana, o personagem‘, tem verve e pesquisa, conscientemente tudo que existiu e existe no norte de Minas.
Ao ensejo do sesquicentenário de Moc, do ser perguntado, Haroldo Lívio respondeu, tranqüila e imediatamente: o nome completo e verdadeiro era: ‘Marcos Darcy da Silveira Ribeiro‘, o que causou surpresa, quando não estranheza.
A dúvida foi levada ao secretário de Cultura, que tampouco ouvira a respeito e considerou a informação equivocada. Ligou-se, para esclarecer, para Paulo Ribeiro, autoridade no município, sobrinho do autor de ‘Maira‘, com o qual convivera muitos anos. Paulinho igualmente negou a versão de Haroldo Lívio, com base ao que sabia. Darcy sempre fora Darcy e jamais receberá outro prenome.
Ocorreu o seguinte, segundo Haroldo Lívio, fundamentado no esclarecimento de Hélio de Morais, cidadão do mais alto conceito e ligado à própria família Ribeiro, por casamento: os pais levaram a criança à pia batismal na igreja matriz de Nossa Senhora da Conceição e São José, para receber o nome e Darcy.
Acontece que o sacerdote, celebrante do ato, cônego Marcos Van In não aceitou o nome escolhido pelos pais, sob a alegração de que não era de santo. Diante do problema, apelou-se para o ‘jeitinho‘. Foi batizado como Marcos Darcy, com o que se seguia o costume, homenageava o cura e se agradava aos genitores. É o que deve constar do batistério, embora do registro civil possivelmente ser apenas Darcy.
A versão agora tornada pública foi confirmada por Roberto Plínio Ribeiro, primo em primeiro grau (carnal se diz lá, no norte de Minas) de Darcy. E não há nisso novidade maior. O próprio autor do relato (esclarecedor ou suscitador da dúvida), lembra que fato semelhante acontecera consigo mesmo.
Quando levado à matriz de Contendas, o padre Manuel Callado não silenciou. Exigiu outro nome para o batismo, sob argumento de desconhecer algum santo chamado Haroldo. Por outro lado, porém, o registro civil assim já fora feito pelo escrivão Chico Pinto.
O pai não se conteve: ‘Sou eu que escolho o nome de meus filhos e não vejo autoridade com poderes para impor outro nome. Se a criança não pode ser batizada com o nome que lhe dei, eu a levo de volta para casa. E não se fala mais nisso!
Diante de uma conversa ao pé do ouvido, entre os padrinhos e o sacerdote, resolveu-se: o menino saiu com o nome que hoje tem.

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