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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 23 de novembro de 2024
 

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Mensagem: (...) Com todo respeito, digo: o senhor prefeito está enganado, ou tem uma visão muito particular das coisas, ou as vê por um campo distorcido. Não são poucos, embora não possam ser contados, os que se opõem vigorosamente à venda de um patrimônio público que pertence a história de M. Claros. A propósito: de propósito os fundos da Praça de Esportes estão sendo tomados pelo mato, para sugerir que é uma área degredada, vadia, imprestável. (...) A Praça fez a glória de Montes Claros e foi, de uns tempos para cá, abandonada - isto sim - pelas administrações públicas - provavelmente para ser vendida, um absurdo, como se pretende agora. Uma administração (...) e competente manteria o local como antigamente era, como cartão postal de toda a cidade. Degradar um local, aviltá-lo, emporcalhá-lo, para vendê-lo em seguida é uma estratégia suficientemente conhecida. (...) Acreditamos que o respeitado Poder Judiciário do Brasil (escrevo em letras maiúsculas) irá se pronunciar por suas sucessivas instâncias para impedir que um bem geral, público, não seja vendido pela prefeitura, agindo como entidade pública de direito privado, de costas para a população, ou de costas para parte expressiva dela. (...) Estou informado de que muitos se mobilizam para, num ato de cidadania, impedir, por todos os meios pacíficos ao seu alcance, para que o estado não viole o patrimônio que é da nação, isto é, para que o poder público, exorbitando dos seus limites, venda o que é do povo, de gerações. (...) Imagine se isto seria consentido em outros locais, como, por exemplo, se se cogitaria de autorizar a venda do Parque Municipal de Belo Horizonte, da venda de um centímetro do Central Park em Nova Iorque ou do Hyde Park em Londres. Ou de um torrão do Coliseu em Roma. (...) Senhor prefeito, entenda, não falamos como oposição (e somos livres para escolher). Falamos como cidadãos, nos termos das leis do nosso País e dos padrões de civilidade de qualquer lugar do mundo civilizado. Invocamos a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que nos assegura o direito a ter opinião, de concordar e discordar. E de lutar pelo bem comum.

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