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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 24 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Montes-clarenses falsificados Haroldo Lívio Volta meia, surge em nossa cidade boato sem fundamento atribuindo a naturalidade montes-clarense a pessoa que tenha alcançado celebridade, positiva ou negativamente. Assim ocorreu logo que apareceu nos gramados do futebol o fenômeno chamado Pelé. O aparecimento e o reconhecimento dos méritos esportivos do Rei aconteceram da noite para o dia em sua extraordinária performance na Copa da Suécia, em 1958, quando a seleção canarinha sagrou-se campeã do mundo. O entusiasmo pelo atleta modelo contagiou toda a nação e especialmente a torcida de Montes Claros, onde algum torcedor de imaginação fértil espalhou o boato de que seria Pelé montes-clarense nato. Outros mais abraçaram a tese acrescentando detalhes do suposto nascimento. Houve quem se lembrasse de Dondinho, o pai do craque, dizendo onde morara na cidade e dando certeza de sua partida para Três Corações, num caminhão de mudança, levando a família já acrescentada do bebê Edson Arantes do Nascimento, com poucos dias de nascido e ainda sem o registro civil, que foi feito naquela cidade. Ora, o decurso do tempo, o livro e o filme biográfico de Pelé provaram que tudo foi conversa fiada, sem pé nem cabeça, que não passou de um delírio de um montes-clarense bairrista. Nessa mesma época, um crime hediondo abalou o país inteiro, por ocasião do estupro e assassinato da jovem Aída Cury, no Rio de Janeiro, que foi vítima de um grupo de rapazes de classe alta. Toda a atenção da sociedade brasileira esteve voltada para a apuração do homicídio cometido com requintes de crueldade e covardia. Durante semanas seguidas a revista O Cruzeiro publicou série de reportagens assinadas pelo repórter David Nasser e avidamente lidas pelo público estarrecido com o crime. Pois não é que começou a circular a notícia de que a infeliz garota teria nascido e vivido algum tempo em Montes Claros. A própria série de reportagens, informando tudo sobre a pessoa da vítima, provou que a notícia não passava de mero boato. Era alguém querendo atrair os holofotes da imprensa nacional para a cidade, provincianamente, Aí por volta de 1970, houve outra tentativa de atribuição da naturalidade montes-clarense a uma celebridade da página policial. Naqueles dias, o nome mais citado no noticiário do crime era o do assaltante Lúcio Flávio Vila Lírio, moço bem apessoado e de família de classe média, que virou um mito e inspirou o livro “O passageiro da agonia”, posteriormente transportado para o cinema. Seu pai, Osvaldo Lírio, funcionário graduado da Central do Brasil, manteve um programa de estúdio na ZYD-7 e era muito benquisto em nosso meio. Descobrindo o parentesco do radialista com o famoso bandido dos morros cariocas, espalharam que o personagem era nascido em Montes Claros. Novamente, o boateiro estava mentindo. Ouvido a respeito, o querido poeta Cândido Canela, que foi colega de rádio do pai, esclareceu que o rapaz nasceu depois do retorno de sua família para o Rio de Janeiro. Esses boateiros são incorrigíveis...

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