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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 20 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Serei rápido. Passei há pouco pelo pé dos montes claros, esta branca e baixa cordilheira que dá nome à nossa cidade. Vi, triste, como está exausta a vegetação, longamente torturada pela seca. Lemos aqui que pela data de São Miguel Arcanjo, um domingo, a chuva veio, contrariando a meteorologia, que disse - não vem. Veio. Regou por horas a serraria. De 29 a hoje, vieram outras chuvas, generosas para fins de setembro/início de outubro; contudo, mitigada na sede, nossa serra se ressente dos duros meses de estio. Sua vegetação calcinada vê, contempla, oásis de altas árvores verdes, mas ainda não tem forças para exibir-se assim, revigoradas também, renascentes, o rebroto da vida. A serra está magoada, doída. Assolaram seu sopé e ameaçam cavalgá-la, com cimento e ferro. Demora -se a reagir; mostra debilidade - espia a cidade que longamente escoltou e protegeu - e espera vir o bom samaritano. Mas, a ajuda não vem. Rezemos, rezemos para que mais chuvas consolem nosso contraforte ferido, para que se reanime, e venha, como sempre veio, aguardar - verde e exuberante - a chegada do Menino em dezembro, permitindo riachitos morro abaixo, na forma de cascatas, em direção às Grutas de Belém. Estas penhas, em tempos não distantes, exibiam cachoeiras prateadas descendo encostas. Que fizemos delas, nós os homens? Enquanto procuramos respostas, recorro ao sábio que por sortilégios acaba de entrar. Ele morreu, certa vez. Foi matado. Não por inimigo. Mas por um da sua igual fé, que o achava condescendente com a fé rival. TrIste. Morreu a tiros - e, como antecipou, pronunciando o santo nome de Deus - e perdoando. Não há nome mais alto do que o seu, nos últimos 100 anos, para significar Paz. No entanto, foi lhe negado três vezes o Prémio Nobel da Paz, que ele honraria, e não o contrário. Coisa dos homens. Leia cada palavra do que ele vai dizer. Leiam por dentro. Depois, conferenciem com a serra, ainda cinzenta, calcinada, dolorida, exangue, e enviem a ela um pensamento de amor. Presságios de vida. Frases do Mahatma Gandhi, a Grande Alma: Estou firmemente convencido de que só se perde a liberdade por culpa da própria fraqueza. Acredito na essencial unidade do homem e, portanto, na unidade de tudo o que vive. Por conseguinte, se um homem progredir espiritualmente, o mundo inteiro progride com ele, e se um homem cai, o mundo inteiro cai em igual medida. Minha missão não se esgota na fraternidade entre os indianos. A minha missão não está simplesmente na libertação da Índia, embora ela absorva, em prática, toda a minha vida e todo o meu tempo. Por meio da libertação da Índia espero atuar e desenvolver a missão da fraternidade entre os homens. O meu patriotismo não é exclusivo. Engloba tudo. Eu repudiaria o patriotismo que procurasse apoio na miséria ou na exploração de outras nações. Uma vida sem religião é como um barco sem leme. A fé – um sexto sentido – transcende o intelecto sem contradizê-lo. A minha fé, nas densas trevas, resplandece mais viva. Somente podemos sentir Deus destacando-nos dos sentidos. O que eu quero alcançar, o ideal que sempre almejei com sofreguidão é conseguir o meu pleno desenvolvimento, ver Deus face-à-face, conseguir a libertação do Eu. Orar não é pedir. Orar é a respiração da alma. A oração salvou-me a vida. Sem a oração teria ficado muito tempo sem fé. Ela salvou-me do desespero. Com o tempo a minha fé aumentou e a necessidade de orar tornou-se mais irresistível… A minha paz muitas vezes causa inveja. Ela vem-me da oração. Eu sou um homem de oração. Como o corpo se não for lavado fica sujo, assim a alma sem oração se torna impura. O Jejum é a oração mais dolorosa e também a mais sincera e compensadora. O Jejum não tem absolutamente sentido sem fé em Deus. Para mim, nada mais purificador e fortificante que um jejum. Os meus adversários serão obrigados a reconhecer que tenho razão. A verdade triunfará. . . Até agora todos os meus jejuns foram maravilhosos: não digo em sentido material, mas por aquilo que acontece dentro de mim. É uma paz celestial. Jejum para purificar a si mesmo e aos outros é uma antiga regra que durará enquanto o homem acreditar em Deus. Quem quer levar uma vida pura deve estar sempre pronto para o sacrifício. O dever do sacrifício não nos obriga a abandonar o mundo e a retirar-nos para uma floresta, e sim a estar sempre prontos a sacrificar-nos pelos outros. Uma civilização é julgada pelo tratamento que dispensa às minorias. O Brahmacharya é o controle dos sentidos no pensamento, nas palavras, e na ação. Quem aspira a ele não deixará nunca de ter consciência de suas faltas, não deixará nunca de perseguir as paixões que se aninham ainda nos ângulos escuros de seu coração, e lutará sem trégua pela total libertação. A regra de ouro consiste em sermos amigos do mundo e em nos considerarmos uma grande família humana. A força de um homem e de um povo está na não-violência. Experimentem. Para a autodefesa, eu restabeleceria a cultura espiritual. A melhor autodefesa, e a mais duradoura, é a autopurificação. Possuo a não-violência do corajoso? Só a morte dirá. Se me matarem e eu conseguir ter, uma oração nos lábios pelo meu assassino e o pensamento em Deus, ciente da sua presença viva no santuário do meu coração, então, e só então, poder-se-á dizer que possuo a não-violência do corajoso. Se um único homem chegar a plenitude do amor, neutraliza o ódio de milhões. Cresce minha fé na oração silenciosa. Ela é em si, uma arte – talvez a arte suprema, e a que exige a mais refinada perseverança. O silêncio é um grande auxílio aos que, como eu, buscam a Verdade. Na atitude silenciosa a alma encontra seu caminho sob uma luz mais clara, e o que é falso e ilusório transforma-se em cristalina claridade. A verdadeira prece do coração traz consigo o trabalho autêntico. Por fim, o próprio trabalho torna-se prece. A prece não é um pedido é um anseio da alma. È uma admissão cotidiana de nossa fragilidade. O que mais me impressiona nos fracos, é que eles precisam humilhar os outros, para se sentirem fortes.

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