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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 24 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: Que a Fazenda das Quebradas é histórica para a cultura de Montes Claros, já há cerca de 200 anos, isto foi dito aqui – neste Mural.

É importante como núcleo produtivo campestre nos século 19 e 20, talvez um pouco antes.

É importante pelos acontecimentos (e lendas) que lá ocorreram – como o velho Cruzeiro, no mais alto da serra, perseguido por pedras a esmo levantadas contra o símbolo do Cordeiro, no Gólgota, “coisa do romaõzinho”.

É importante como sala de visitas da Montes Claros romântica, fidalga, roceira, meiga, doce. E aonde veio asilar-se, numa tarde, o ex-presidente JK, que deixou na parede a relíquia de sua assinatura, no momento em que era rudemente perseguido pelo regime que o condenou a degredo.

(Um jovem chegado a leituras, coisa em desuso, até identificou nos escritos de Bernardo Guimarães a reprodução de sede igual, senão ela, do casario das Quebradas - na abertura de “O Seminarista´).

Ontem, na tarde enfarruscada e bela, cheia de presságios, abriu-se na Fazenda das Quebradas uma caixa de fotos.

A caixa libertou as fotos acima. E todo o lirismo que delas escapa:

Irmãs de caridade, de amor, portanto, severamente vestidas; as primeiras que chegaram da Bélgica para Montes Claros, no dealbar do século 20.

Casal, ele de gravatinha borboleta, lenço no paletó, nimbado pela aragem romântica de outros tempos.

Crianças em velhos velocípedes.

O elegante dobre de joelhos, no terno impecável, do menino antigo, que remete a outros meninos antigos.

A elegância do chapéu acima dos óculos redondos. E a dedicatória à madrinha, feita por homem reverente (como não se usa mais).

A pose na cadeira, de 1938; de Elze, Benedicto e Dias, para D. Luiza, na “pequena lembrança”, perene.

A “chapa” das duas moças, de coque, custodiando crianças de colo.

A “amiga Mainha”, de 1927; e suas duas linhas de “uma recordação” que valem por páginas, letra rendilhada a pena de nanquim, num 1º de Janeiro, daqueles que se perderam.

Tem ainda o bacharel em vestes de colação, de 1927.

Para tudo coroar, surge a foto da dona da casa.
Elegante, de óculos, bolsa, investida (sempre) na qualidade de ser a grande dama, uma delas, de nossa civilização. Absorta, na leitura e no sonho, de que a Fazenda das Quebradas é a nossa guardiã.

As fotos, singelas, içam da história esta fazenda das Quebradas.
Parte essencial de Montes Claros, a de ontem, a de hoje, a de sempre.

“Patriazinha”, acrescenta João Guimarães Rosa - um Joãozito, como o da foto, de pernas cruzadas.

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