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Mensagem: Cachorro Faraó segue Samu para reencontrar seu dono -A história do cachorro Faraó, que seguiu seu dono, que estava à beira da morte, até a porta de um hospital, em Montes Claros, me deixou bastante curiosa. Mais curioso, do que a pureza do sentimento desse animal “irracional” por um ser humano foi o fato de o cão, inconsolável, não poder ouvir barulho, sirene, ou, qualquer outro ruído que possa lembrar o carro do Samu, para que ele se ponha de pé para seguir o veículo. Para Faraó, seguindo o Samu, ele irá reencontrar seu companheiro, Diguila, já que para ele foi o mesmo carro que o socorreu até o hospital. Esse sentimento que une Faraó e Diguila nasceu há pouco mais de três anos, data em que o cão foi adotado. Um companheiro de todas as horas, assim Faraó se comportava ao lado de seu dono. Além disso, como Diguila era o único que não trabalhava em sua casa, passava todo o tempo junto com o cachorro, que o seguia até mesmo nos botecos, e nas rodas de bate-papo na esquina de sua casa. Assim que chegava a hora de dormir, Diguila se recolhia num barracão, e Faraó ficava prostrado do lado de fora, mas bem próximo ao lado da janela do quarto, onde acompanhava cada bocejo de seu dono. Assim que o dia amanhecia, lá estava Faraó para começar mais uma jornada com inseparável dono, Diguila. Se Faraó possui tal sentimento por outro parente de Diguila, ainda não se sabe. O certo é que o cão agora sofre, e sente a falta de dono. Essa história emocionante, levou-me até a rua Misiótis, no bairro Sagrada Família, na tarde dessa terça-feira. Lá encontrei o cão, que leva nome de rei. Faraó estava sentado próximo ao colchão de seu ex-dono, e o olhar triste parecia indagar sobre a ausência de Wilson Petrônio Simões, o Diguila, de 42 anos. Diguila sentiu-se mal por volta das 18horas do dia 28 de abril, e foi socorrido pelo Samu até o hospital Universitário Clemente Faria, mas faleceu por volta das 23horas do mesmo dia, após complicações no fígado, em virtude de problemas com alcoolismo, segundo familiares. Desde esta data, então, parentes de Diguila acompanham o sofrimento de Faraó que tem amargado uma tristeza muito grande. Gilmar Mendes disse que seu irmão era alcoólatra há bastante tempo, e que começou a beber logo depois que deixou seu esporte favorito, o futebol. Ainda segundo ele, Diguila vem de um histórico familiar com vários casos de parentes que morreram por causa do alcoolismo. Apesar das muitas oportunidades de emprego que lhe foram dadas, Diguila atualmente não estava trabalhando, já que o vício não deixava. Seu passatempo era bater papo com amigos, na esquia da rua Miosoti com Girassol. Ex-comissariado de menores, ex-atleta e jogador dos times do Ateneu e Mundial (time da região do grande Santo Expedido) Wilson Petrônio era bastante conhecido no bairro e colecionava vários amigos. A notícia de sua morte foi recebida com tristeza por todos que o conhecia. Durante o bate-bate, além de conversar com Gilmar Mendes, irmão de Diguila, também falei com o economista Joel Alves, que inclusive, foi quem primeiro a postar a história do cachorro neste site. Para tentar minimizar a tristeza de Faraó, Gilmar contou que foi preciso arrumar um outro cachorro e colocá-lo no quintal. Disse também que o cão não pode ouvir o barulho da ambulância do Samu, que quer sair correndo atrás do veículo, possivelmente, porque acredita que seguindo o carro irá reencontrar Diguila. Mas não foi só essa notícia que chamou-me atenção, mas também a do sumiço de Faraó, logo depois da morte de seu dono. Ele ficou peregrinando na porta do hospital Aroldo Tourinho durante três dias, sem comer e beber. Foi visto por um vizinho, deitado na porta do pronto socorro. Gilmar lembrou do episódio, e disse que como o cão havia sumido, achava que a “carrocinha” o tivesse recolhido. Mas, ao receber a notícia de que o Faraó estava vivo, foi logo ao seu encontro para trazê-lo de volta para casa. Segundo informou, desde a morte de Diguila, o cão de estimação do irmão não é mais o mesmo. Faraó vive triste pelos cantos, como se estive à espera de seu dono, que nunca mais vai voltar. Para Joel Alves, o sentimento de solidariedade, companheirismo e de amizade externado pela atitude de Faraó é nobre, e atualmente pouco visto nas atitudes dos seres humanos. Faraó possui três anos de idade, e é filho de um cruzamento de uma cadela chamada Shete com um cão chamado Cupim, ambos vira lata. (Nas fotos, Diguila - nos tempos de jogador de futebol e nos últimos dias; e o vira-lata Faraó, desconsolado, à espera do dono)
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