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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 23 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Sensatas e, por isto, edificantes, as considerações erigidas pelo mestre Oswaldo Antunes neste prestigiado ´montesclaros.com´. Sem interesse em destruir, mas em contribuir, ele vem auxiliar no esclarecimento do tema mais discutido nos últimos dias em Montes Claros: a dação em pagamento de uma parte da área da Praça de Esportes para a viabilização de majestosos e importantes equipamentos públicos, o Mocão e o Teatro municipais. Faço minhas suas palavras, sendo necessária apenas a correção da aritmética usada pelo mais respeitado dos escribas destas plagas. Os seus números não batem com os nossos, que preliminarmente foram calculados pelos engenheiros da prefeitura. Carece de lógica imaginar que o custo do Mocão será de 10% do estádio do Coríntians. Não conhecemos os projetos, projeções e custos da obra em São Paulo, mas temos projetos e planilha de valores do Mocão que está orçado entre 18 e 20 milhões, aí incluída a urbanização exterior. O teatro, por sua vez, já tem anteprojeto e está orçado em 8 milhões. Acresça-se a isto mais 1 milhão para reforma do restante da Praça de Esportes e alguns poucos milhares de reais para transplante e replantio de árvores. A oferta de vagas de 50 a 100% a mais de estacionamento, o terminal urbano de ônibus e o RITUR (projeto de adaptação do trânsito em torno do futuro empreendimento) nada custarão ao erário, pois serão condicionantes obrigatórias às expensas do futuro arrematante do bem. Em simples e realista soma chega—se à conclusão de que R$ 30 milhões serão suficientes para as obras que pretendemos construir com o produto da alienação de um pedaço da Praça. Calcula-se que será necessária área entre 10.000 e 12.000 m2, bem inferior aos 19.000 m2 imaginados pelo articulista. E, conforme avaliação a ser feita, quanto maior o valor do m2 da Praça, menor será a área a ser dada em pagamento. Razão assiste ao festejado jornalista quanto à sugestão de se utilizar na negociação a área degradada e hoje inútil do antigo campo do Ateneu. Seria mesmo muito melhor. O problema é que, não pertencendo ao município, o destino daquele logradouro depende de tratativa com seus proprietários, que não são poucos. Pois é exatamente o que sugere o articulista, o que tentamos durante os últimos seis meses, sem avanço, em que pesem os esforços de alguns diretores. E nem se chegou à definição do preço e das condições da venda do imóvel. O jeito foi desistir da tentativa e caminhar na direção atual, cujo desate depende apenas do legislativo municipal e da opinião pública. Por fim, assinale-se que não há qualquer prejuízo ao município no que se pretende. Abre-se mão de um pedaço pouco usado da Praça de Esportes, sem acabar com ela ou com sua tradição e ganha-se dois importantes equipamentos comunitários, aliás, as duas últimas grandes obras de que a cidade carece. Verdadeiro “ovo de colombo” pois, com pouca perda, gerar-se-á grandes ganhos para a nossa querida Montes Claros. Agradeço ao jornalista Oswaldo Antunes pela sugestão inteligente que, infelizmente, tornou-se inviável, restando implícito em suas conjecturas que, nesse caso, dá seu “placet” à atual proposta do município. E, para nós, receber a aprovação do respeitado Oswaldo Antunes, convenhamos, não é pouco: é muito confortante! Luiz Tadeu Leite, prefeito de Montes Claros, 19/11/11.

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