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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 20 de setembro de 2024
 

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Mensagem: LEMBRANÇAS QUE TRAZEM SAUDADE José Prates Quando abro o Mural em busca de notícias da terrinha, isto é, de Montes Claros, o passado me vem à mente e me faz revivê-lo em pensamento, principalmente quando leio uma crônica como as de autoria de Alberto Sena, com aquela linguagem gostosa, sem rodeios, que tira o passado do arquivo da memória e a ele nos leva, fazendo-nos, queira ou não queira, revivê-lo como se estivessemos em sonho, porque a presença do passado me faz parar com a leitura, fechar os olhos e deixar que ele projete-se na mente como um filme de curta metragem que eu passo a assistir, vendo-me correndo de bicicleta, de um canto para outro, buscando notícias para o Jornal de Montes Claros que vai circular amanhã e o Meira precisa de matéria para fechar a última página. Isto foi na década de cinqüenta. É o passado. Eu morava na Rua Januária, lá em cima, margeando a estrada de ferro. Em frente, do outro lado da linha, ficava a algodoeira de “seu” Fraga, onde Luiz de Paula trabalhava como contador. Eu descia a rua, devagar, até a Praça Cel Ribeiro, atravessava, entrava no hotel São Luiz para cumprimentar o Sargento Moura e depois, entrava na Rua Dr Veloso e ia descendo sem pressa, olhando um lado e outro cumprimentando quem encontrava. Meu destino era a redação do jornal, lá em baixo, vizinho do Dr Alfeu. Ouvi o rufar de tambores que vinha lá de baixo. Era Leonel Beirão e sua boneca gigante que já estavam na rua fazendo propaganda das Lojas Macedo que trouxeram para venda a prestação, maquina de lavar que minha sogra não me deixou comprar porque estragava a roupa, como lhe havia dito Dona Marucas, Diretora do Colégio. Além disso, a instalação era difícil porque não havia água encanada naquela rua em que morávamos. Com todas as dificuldades que se nos apresentavam, gostávamos de viver naquela cidade que me assistiu na saída da adolescência, levando-me ao primeiro emprego que mantive até a aposentadoria; cidade que me deu a esposa na construção do lar onde nasceram nossos filhos; cidade que amamos e nunca está ausente de nossa lembrança. Na mesa do computador, acima do monitor, está presente a lembrança de Montes Claros nas miniaturas do “caboclo”, do “marujo” e do “Catopé” que me fazem lembrar a festa do Rosário com toda sua beleza folclórica; está ali também, a miniatura da Igrejinha dos Morrinhos que eu muitas vezes contemplo, lembrando o período de namoro e noivado com minha esposa, quando íamos lá, aos domingos, sentávamos na grama e contemplando a cidade aos nossos pés, sonhávamos com a vida futura, fazendo projetos que, alguns, não todos, conseguimos realizar. São tantos anos de uma união que nos enriqueceu o lar com filhos, netos e bisnetos que nos dão alegria e nos enchem de orgulho. Hoje, em nossos dias, tudo avançou em tecnologia e os contatos pessoais e com lugares afastados que eram difíceis no passado, hoje, são fáceis e imediatos como se todo mundo estivesse presente no mesmo lugar. No passado, noticia de Montes Claros, só por carta via postal. Telefone interurbano existia, mas, a dificuldade para uma comunicação interestadual era muito difícil e raramente conseguia-se o intento. Internet? Nem imaginavam que, um dia, viesse a existir. As noticias vinham pelas cartas que demoravam dias e dias para chegarem. Hoje tudo está mudado. Vivo Montes Claros diariamente, conhecendo as suas novidades que este Mural publica e a Internet me permite o contato rápido com pessoas amigas. Sinto o progresso da cidade, a sua evolução no comércio e na indústria. As crônicas de Ucho Ribeiro, Wnderlino Arruda, de Waldyr Sena, Alberto Sena; os belos artigos de Ruth Tupinambá e as noticias veiculadas neste Mural, trazem Montes Claros ao meu computador que se descortina em minha frente, permitindo que eu a viva pelo milagre da internet, com direito a um papo com quem estiver disponível. Não quero esquecer o passado com os seus percalços; não quero esquecer o passado de martírio na luta, nem a alegria das vitorias porque são a gloria do presente. (José Prates, 87 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Atualmente, é um dos diretores do Sindicato da Classe)

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