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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 24 de abril de 2024
 

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Mensagem: MÃE Não posso deixar de plagiar Constâncio Vigil quando diz: ´A inveja é má, mas invejo alguma coisa: o homem que atravessa a rua com um pequenito pela mão´. Porque eu invejo a mulher que passa levando um filho nos braços. A vida concedeu-me amores, mas negou-me o mais sublime de todos, o amor materno. Pude amar como filha, irmã, noiva e esposa. No entanto, o coração parece vazio, está sempre a desejar, não obstante o amor que dedico aos que formam a minha família, porque jamais pude sentir o amor de mãe. Imagino quanto este amor pode nos levar a êxtases mais intensos do que os outros, anseio e sonho por um filho que não vem. Por isso, quando uma jovem mãe, rodeada de filhos irrequietos e rebeldes, queixa-se e suspira cansada, dizendo que não ter filhos é mil vezes melhor, vejo nos seus olhos que não está sendo sincera. No fundo do coração que sente uma orgulhosa alegria de possuí-los e sabe que na velhice solada por eles e pelos netos. Todas as tribulações e sofrimentos que os filhos causam e, algumas vezes, até desilusões, nada valem ante a alegria incomensurável que proporcionam aos pais, alegria decorrente do profundo instinto de perpetuação. Somente a maternidade completa a mulher, preenche-lhe o coração, sublima-lhe a vida. Pela maternidade, a mulher torna-se a colaboradora de Deus, amplia o seu apostolado social. Os filhos são a continuação de suas vidas e só por esse meio pode o homem de algum modo escapar da morte que tudo destrói e apaga. O amor fez esse milagre: transmite a vitalidade dos esposos a formas novas antes que as suas formas pereçam. Esta é a lei natural, que é a lei de Deus, infinitamente sábia. Quando o Criador abençoou a união do homem e da mulher dizendo: ´Crescei e multiplicai-vos´, ficou estabelecida esta lei. Por ela está assegurada a preservação da espécie. E é tão hábil a natureza, que para aliviar a tortura da maternidade, enche de enlevo o coração materno e de orgulho o coração do pai. Sendo assim, uma necessidade da nossa natureza, imposta pelo Criador, como pretende a mulher fugir da maternidade? Será possível que a vida moderna tenha força para extinguir os impulsos naturais? E que seria da espécie humana se o instinto de procriação desaparecesse? Felizmente, porém, o modernismo não atinge a todas as mulheres. Há as que não escolhem o companheiro com o pensamento nos futuros filhos. Há as que se preparam para realizar um matrimônio perfeito, não somente no sentido físico, mas também no sentido moral e espiritual. De tal modo que não podemos perder as esperanças de que o lar continuará sendo o futuro, e a maternidade a mais bela coroa da mulher. As tendências de criar instituições para cuidas das crianças em substituição ao lar devem desaparecer. Nada pode substituir eficazmente o amor dos pais e sabemos quanto são infelizes aqueles que viram o lar desmoronando. Por outro lado, são os filhos o elo mais forte entre os esposos. Com o tempo, o amor tende a esfriar, mas os filhos mantêm acesa a chama. Lutando diariamente para a manutenção dos filhos, compartilhando de desesperos e sofrimentos, conquistando vitórias, os dois vão se afeiçoando cada vez mais, perdoando-se os defeitos e chegam ao fim do caminho unidos como se fossem uma só alma e felizes pelo dever cumprido. É verdade que também os que não têm filhos conseguem isso, mas com maiores esforços. A mulher que tem a ventura de ser mãe não pode compreender a tortura da que não tem tal felicidade. Não pode compreender como a sua luta para manter aceso o amor é maior, dependendo de mais habilidade do que aquela que não pode dar ao marido um fruto, um prolongamento de sua própria personalidade, uma renovação constante de um precioso dom. E sem o complemento da maternidade, as lutas lhe parecem inúteis. Amam-se, sentem-se felizes de pertencerem um ao ouro, não se culpam, mas anseiam pelos filhos que não vêm. Por que o desejo de ter filhos pode ser respondido assim, com os versos de Rabindranath Tagore: ´Estavas escondido no meu coração como um desejo dele, meu querido. Estavas nas bonecas dos brinquedos de infância, e todas as manhãs, quando eu fazia de argila a imagem do meu deus, era a ti que eu fazia e desfazia. Estavas no mesmo relicário do deus do nosso lar e ao adorá-lo, era a ti que eu adorava. Viveste em todas as minhas esperanças e em todos os meus amores, na minha vida, na vida de minha mãe. No regaço do Espírito imortal que rege o nosso lar foste nutrido durante séculos. Predileto do céu, irmão gémeo da luz da manhã, baixaste ao rio da vida deste mundo e ancoraste no meu coração´.

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