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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 25 de novembro de 2024

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Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°32977
De: Virgílio Data: Terça 11/3/2008 10:54:25
Cidade: M. Claros

Ao partir, padre Murta levou um pouco da história de M. Claros. Ele assistiu os últimos dias da célebre dona Tiburtina, esposa do deputado João Alves, matriarca que Itamarandiba presentou M. Claros. O casal ganhou fama nacional com o tiroteio do 6 de Fevereiro de 1930. Quem passa pela praça do Automóvel Clube nem desconfia que aquele local pertence à História do Brasil, e será lembrado. Pois bem. O novinho Cônego Murta foi chamado para levar os óleos da extrema-unção a dona Tiburtina. Encontrou-a sonolenta, nas vascas, os estertores. Contudo, bastou a aproximação de alguém para que trêmulamente levasse a mão debaixo do travesseiro. Depois dos episódios sangrentos, ela nunca dispensou uma arma ao alcance da mão, e também debaixo do travesseiro, até quando dormia. O padre compreendeu a circunstância daqueles dias, não tão remotos, onde ter uma arma para qualquer necessidade era corriqueiro de parte a parte.

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Mensagem N°32976
De: Clara Data: Terça 11/3/2008 10:28:38
Cidade: Montes Claros

E-mail: [email protected]
Srs. Contribuintes Refaçam os cálculos s/ pagamento, à vista, do seu IPTU.Em alguns casos, o percentual de desconto pode ser inferior a 20%.Simples erro de cálculo.

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Mensagem N°32971
De: Ivone Data: Terça 11/3/2008 08:55:27
Cidade: Montes Claros

Antes mesmo das convenções que vão definir os candidatos a prefeito em M. Claros, as assessorias jurídicas dos lados em luta - (em luta apenas de mentirinha, pois no fundo todos se entendem) - estão em pé de guerra. Há de parte a parte recursos ao poder judiciário para que contenha os abusos gritantes, mas apenas do lado contrário. Nesta guerra de fachada, não há santo. Há muito a palavra candidato perdeu o traço que a ligava à sua origem latina - candidatus, aquele que pode exibir as vestes brancas, imaculadas. É bem o contrário; quanto mais sujo o candidatus, mais chance tem de vencer. No meio do tiroteio de ocasião, está a população, que a cada dia acredita menos na política e nos seus agentes. É galopante o desinteresse da população pela política. Tanto que no Brasil votar é ato obrigatório, coercitivo. Caso contrário, as seções eleitorais ficariam às moscas a cada dois anos. (...)É mínimo o interesse de acompanhar as grotescas cenas da política, em todos os níveis.

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Mensagem N°32963
De: Valéria Borborema Data: Terça 11/3/2008 07:46:36
Cidade: Montes Claros/MG  País: Brasil

No último sábado, a Arquidiocese de Montes Claros perdeu um de seus filhos mais ilustres. Cônego Adherbal Murta de Almeida morreu na Santa Casa de Misericórdia, vítima de um câncer no intestino. Iria completar 85 anos no próximo dia 8 de maio. Padre Murta era um dos intelectuais mais festejados e admirados do Norte de Minas. Muito brincalhão, ele exercia com maestria os papéis de sábio e padre, embora, antes de mais nada, fosse um premonstratense apaixonado. Tanto que cumpriu bem a missão que lhe fora passada, de sintetizar a história dos seguidores de São Norberto na Igreja Particular de Montes Claros, por ocasião do centenário da chegada dos primeiros padres de batina branca, antes mesmo da criação da Diocese, que só ocorreria sete anos mais tarde.
A seguir o texto que Padre Murta elaborou e leu, emocionado, para uma multidão de fiéis aglomerada na Praça da Matriz, no já longínquo dia 27 de julho de 2003. O original, redigido de próprio punho, perdeu-se no tempo. Vive apenas na lembrança de quem o recebeu: algumas folhas preenchidas com caneta esferográfica vermelha. Fora esse pequeno e incômodo detalhe, o teor foi conservado intacto, sem qualquer edição.
SÍNTESE DA HISTÓRIA DA
ORDEM PREMONSTRATENSE EM MONTES CLAROS

Pelo Cônego Adherbal Murta de Almeida, O.Praem.
I – Quem foram os primeiros religiosos que aqui chegaram?

Os primeiros premonstratense chegados a Montes Claros foram o Cônego Carlos Vincart e o Cônego Francisco de Paula Moureau, vindos de Sete Lagoas. Vieram a pedido de Dom Joaquim Libério de Souza, Bispo de Diamantina, a que pertencia a atual região de Montes Claros.

De Sete Lagoas, a cavalo, montados em burros e mulas tiveram de percorrer 500 quilômetros até Montes Claros. A caravana que os acompanhou era grande: para tanta gente foram necessários 29 animais de carga e de sela. Saindo pois de Sete Lagoas no dia 09 de julho de 1903, chegaram em Montes Claros às 14 horas do dia 27 do mesmo mês. Foi uma festa, como veremos: foguetes, bombas, sanfonas e tudo mais. Foram morar no sobrado hoje chamado da Fafil.

II – Objetivo da missão

Havia, na imensa região que contornaria Montes Claros uma imensa falta de padres que se dedicassem à pregação do Evangelho e às demais labutas de um verdadeiro apostolado. Em vista disso, foi impossível dizer não ao insistente pedido do Bispo de Diamantina, a cuja jurisdição pertencia a região do norte de Minas. Além disso, a falta de estradas ligando as regiões rurais à sede da paróquia, tornava quase impossível o atendimento ao povo, por um só ou dois sacerdotes. O objetivo da vinda dos premonstratenses para Montes Claros era pois dar resposta às necessidades espirituais de um imenso número de pessoas ansiosas para se aproximarem de Deus.

III – Escolha de Montes Claros

Já naquele tempo, a escolha de Montes Claros como residência e campo de trabalho para os parcenses deveu-se ao fato de mesmo com as grandes carências da cidade, era ela sem dúvida aquela que prometia maior crescimento populacional, econômico, religioso em todo o norte de Minas.

IV – Como foi a chegada?

Às 14 horas do dia 27 de julho de 1903, já muito perto da cidade, avistamos os primeiros cavaleiros, que vinham fazer a nós, novos missionários, uma escolta de honra na entrada da cidade. Que acolhimento nos estaria reservado no centro daquele sertão, na sede da paróquia? Rumores negativos tinham chegado aos nossos ouvidos alguns dias antes contra nós que íamos para Montes Claros com as intenções mais pacíficas.

Eram desconfiança, eu diria mesmo um surdo ódio contra os padres estrangeiros, os padres brancos ousaram aventurar-se num ambiente desconhecido para europeus.

Outra parte da população, que não acreditava nas ameaças da facção adversária, desejava testemunhar sua simpatia aos missionários, e foi por isso que a nossa entrada na cidade foi acompanhada de mil demonstrações de carinho e de alegre recepção. Uma turma enorme de cavaleiros, estrondo de foguetes e de bombas, inequívocos sinais de um acolhimento cordial. Muita gente levada, quem sabe, pela curiosidade de ver padres de batina branca, tinha se agrupado na frente da casa do Cônego Lúcio, onde deviam descer os dois religiosos. Os cavalos, burros e mulas, assustados com as músicas e com as bombas se apavoraram sem entender o que acontecia. Tudo, porém, se limitou a um susto para eles e para nós. Graças a Deus, a pretensa turma dos contra manifestantes não apareceu. Os tímidos se limitaram a uma reserva tímida, esperando para se pronunciarem a favor ou contra os premonstratenses, as atividades deles na delicada missão apostólica que acabava de lhes ser confiada. Graças a Deus, foi uma alegria esfusiante, uma recepção amorosa e esperançosa.

V – Dificuldades encontradas

Colocados dentro de um ambiente novo e que lhes era totalmente desconhecido, os dois missionários tiveram de enfrentar dificuldades de adaptação aparentemente invencíveis. Primeiro, o desconhecimento total da língua portuguesa, sobretudo do português regional, rústico e por isso de aprendizagem muito difícil. Além das dificuldades lingüísticas, a própria cultura reinante no ambiente de trabalho lhes era quase inacessível. Junte a isso as carências financeiras e econômicas a serem encaradas. Mesmo o contato com as lideranças políticas e religiosas não lhes era fácil. Estas dificuldades não eram exclusivas para os dois iniciantes da missão, mas se estendiam aos outros religiosos, que foram chegando aos poucos, apesar de eles terem à sua disposição as experiências já vividas por antecessores. Hoje não me é difícil avaliar os desconfortos que foram aparecendo aos poucos no relacionamento entre os novos missionários e o povo rude com que tinham de conviver: os valores não eram os mesmos, havia uma distância aparentemente invencível entre os dois setores. Alguns anos mais tarde tive experiência disso no meu contato de jovem inculto vindo das margens longínquas do Jequitinhonha e os limiares da cultura francesa e belga dos que tinham passado a juventude entre as elitizações culturais e científicas reinantes nas universidades européias.

VI – Obras realizadas

Pode-se afirmar que até o presente nenhuma outra entidade religiosa conseguiu construir em Minas obras de tamanho quilate como os fizeram os premonstratenses. Vamos citar e enumerar as obras religiosas, culturais e físicas que esses abnegados filhos de São Norberto conseguiram realizar, por si mesmos ou por sua influência. Em Montes Claros: Escola Apostólica São Norberto, prédio e mais melhoramentos; Matriz de Nossa Senhora e São José; Observatório de meteorologia; 1º jornal (A Verdade); 1ª tipografia; Museu de história natural; 1º teatro (São Genesco); Início do futebol; Palácio Episcopal; Ginásio Municipal de Montes Claros; Colégio São Norberto; Paróquia de São Norberto; Catedral; Casas paroquiais. Em Bocaiúva: Casa paroquial Senhor do Bonfim; Nova Matriz; Matriz do Sagrado Coração. Em Salinas: Colégio São Norberto; Capela do Senhor Bom Jesus. Em Brasília de Minas: Matriz da Senhora de Santa Ana; Companhia Telefônica; Igreja do Rosário; Capela São João Batista; Colégio Sant’Ana; Casa Paroquial. Em Ervália: Colégio Brasil.

VII – Campos de trabalho

Congonhas do Campo, Sete Lagoas, Montes Claros, Itacambira, Bocaiúva, Jequitaí, Salinas, Brasília de Minas, São João da Ponte, Monte Azul, Ervália, Guarujá e Contagem.

VII – Personagens

Padre Carlos Vincart, Padre Francisco de Paula Moureau, Cônego Bento Maussen, Cônego Maurício Gaspar, Cônego Hugo, Cônego Jerônimo Lambin, Cônego Paulo Laenarts, Cônego Amando, Cônego Gregório Dorshe, Cônego José Boelartz, Cônego Marcos Van In, Cônego Agostinho de Breuher, Cônego Alderico Marnett, Cônego Gilberto Kremer, Cônego Hendrihks, Cônego Siardo Mães, Cônego José de Coen, Cônego Quirino Queiroga, Cônego Fabiano de Andrade, Cônego Sebastião Raymundo de Castro, Dom Geraldo Majela de Castro (atual Arcebispo de Montes Claros), Dom Ricardo Pedro Chaves Pinto Filho (atual Arcebispo de Pouso Alegre), Cônego Adriano, morto e sepultado em Monte Azul, Cônego Huberto Murta, Cônego Sérgio Rocha, Cônego João Batista de Souza Lopes, Cônego Hermando, Cônego Toninho, Cônego Emanuel, Cônego Evangelista, Cônego Osvaldo, Cônego Hermano Durval de Morais Ferrei, Cônego Estanislau, Cônego Geraldo Queiroz, Cônego Maia, Cônego Boaventura e Cônego Luiz Vale.

VIII – Pormenores

O Padre Chico ou Cônego Francisco de Paula Moureau era padrinha de batismo do filho do embaixador da Bélgica no Brasil, já naquele tempo famoso pelo amor aos esportes. Feito presidente da Fifa, Mr. Havelange, o tal filho do embaixador, ainda bem jovem, morava no rio, no prédio da Embaixada. Passando pela capital, Padre Chico era obrigado a hospedar-se na residência do embaixador, como hóspede honra. O santo sacerdote morreu aqui em Montes Claros, no dia 21 de outubro de 1962.

Cônego Clemente Laurens foi vigário da Paróquia de Jequitaí.Grande historiador, publicava todo ano um pequeno livro em que gravava os acontecimentos mais importantes da região. Infelizmente, ninguém possui um exemplar sequer de obra tão importante. Na frente da atual igreja matriz da cidade há uma grande estátua do imortal apóstolo.

Cônego Siardo Maes durante anos foi superior dos premonstratenses do Park. Homem sumamente intelectualizado, era membro da Academia de Letras de sua cidade natal na Bélgica, historiador da referida cidade. Existe até hoje um verdadeiro mundo de folhas por ele escritas sobre a história de Bocaiúva, onde ele foi zeloso pároco. Infelizmente, a grande obra nunca se transformou em livro.

Cônego Gilberto Kremer era pessoa sumamente elitizado, foi um dos primeiros sacerdotes que, ao lado do Cônego Lucas, dirigia o seu próprio automóvel.

Cônego Agostinho e Cônego Alderico, pároco e vigário de Bocaiúva, tornaram-se capelães militares na 2ª grande guerra, vivendo nos centros da guerra. Os horrores da guerra perturbaram muito o psiquismo do santo sacerdote, que morreu bastante desequilibrado.

X – Avaliação e episódios importantes

A meu ver, foi de grande importância para as nossas regiões a presença atuante dos premonstratenses. Cumpre lembrar que há nas cidade que os tiveram a seu serviço sete ruas ou praças perpetuando a presença deles na memória do povo. Por onde a gente passa, tantos anos depois, ao pronunciar o nome deles, há sempre pessoas responsáveis e gratas que se manifestam com elogios marcantes aos heróis inesquecíveis. Na história destas cidades e regiões houve episódios que os imortalizaram: a criação da Escola Apostólica São Norberto em Montes Claros; a religiosidade do povo de Bocaiúva; a eterna gratidão do povo de Jequitaí, a perpetuação de seus nomes em ruas e praças de Brasília de Minas em outros lugares. Mas, entre todos os fatos importantes que enriqueceram a comunidade parcense de Montes Claros, cumpre salientar a sua elevação à categoria de Priorado com o nome de Nossa Senhora Aparecida e São Norberto. Foi isso sem dúvida um impulso encorajador para a sua transformação em Abadia e um reconhecimento oficial da operosidade construtiva do Cônego João Batista de Souza Lopes e seu suplente Cônego Osvaldo, admirados e reverenciados por quantos o conhecem.

Obs.: Material elaborado especialmente a propósito do centenário
da chegada da Ordem Premonstratense em Montes Claros(MG)
e lida no dia 27 de julho de 2003, na Praça da Matriz, onde aconteceu
o Dia da Arquidiocese, que encerrou a Semana do Centenário.

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Mensagem N°32962
De: Agnaldo Data: Terça 11/3/2008 07:41:06
Cidade: M. Claros

Ontem às 18 horas - que o tempo fixou como a Hora do Ângelus - era feio o duelo entre as carrocinhas de som no centro de M. Claros.

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Mensagem N°32954
De: Manoel Data: Segunda 10/3/2008 19:14:49
Cidade: MONTES CLAROS

Juiz da justiça federal vara de montes claros, decidiu favoravelmente à liminar impetrada pelo Sindicato de hoteis bares e similares de Montes claros contra a medida provisória 415/2008 que proibe a venda de bebidas alcoolicas nos bares e restaurantes das rodovias federais desta região. A decisão beneficia numerosos proprietarios de todos o norte de minas.
A publicação se dará amanhã e já com efeitos imediatos.

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Mensagem N°32952
De: Jaderson B. de Oliveira Data: Segunda 10/3/2008 17:56:28
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

A Vocação de Padre Murta estava muito alem do sacerdocio, tive o prazer e a honra de conviver um pouco com o Padre Murta, eu o acopanhei no mes de abril de 2007 quando ele esteve hospitalizado e conversamos bastante anoite de madrugada e umas das coisas que ele me falou foi quando muitas decadas passadas ele foi convidado para ser tradutor do vaticano em Roma (latinista) e ele recusou, chegou a me confidenciar:`meu filho eu me arrependo de nao ter ido`, foi quando eu indaguei a ele perguntando quantos alunos aviam passado por sua mao na escola apostolica sao norberto, ele penssou um pouco e respondeu que foram 45.000 (quarenta e cinco mil alunos) entao eu disse: Padre sua vocaçao era essa preparar os jovens para o futuro deste pais neste norte tao sofrido, ele sorriu e disse tem razao "capiau" (quem era proximo a ele era presenteado com esse rotulo, mas tudo bem ele se foi e deixou o seu nome gravado com fogo nas tabuas de carne do nosso coraçao. Que Deus o tenha na gloria eterna...

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Mensagem N°32951
De: Oswaldo Antunes Data: Segunda 10/3/2008 17:45:23
Cidade: Montes Claros

EMBRIAGUE-SE COM MODERAÇÃO

Oswaldo Antunes

A imprensa tende a resguardar-se mutuamente em sua liberdade. Mas quando veículos de informação assumem comportamento que pode levar a perigo social, a liberdade de imprensa deve ser criteriosamente analisada. Examinemos o aspecto da “fabricação” subliminar de clientela que hoje, em vez de educar, vicia. A característica principal da ajuda educativa é promover as pessoas, e o interesse de crescimento moral dificilmente combina com interesses financeiros. Vejamos: enquanto 240 milhões de reais foram gastos, ano passado, em publicidade para incentivar o publico infantil a comprar alguma coisa, apenas 24 milhões chegaram ao Programa Federal de Desenvolvimento da Educação Infantil. A força da mídia ocasionando o descaso moral é evidente.
O professor Waldemar Setzer afirmou que a televisão é a maior tragédia acontecida à humanidade, com capacidade de destruição maior do que a das guerras. Exagerou na similitude. A televisão, além de entretenimento já demonstrou ser veículo indispensável à educação e consequentemente ao progresso. Mas acerta ao ver que, se passam os horrores da guerra, os males da TV ficam. A guerra derrama sangue, destrói, mas ao termino pode deixar ensinamentos morais. A televisão, com a quebra de padrões que é seu contínuo reality show, destroe permanentemente alguns valores que dignificam a vida.
Millôr Fernandez disse que o ser humano, antes de aprender a amar o próximo inventou a televisão que ensina a desprezar o distante. A imagem televisada leva ao interior do País e para dentro dos lares, junto com alguns benefícios, males e vícios reais ou inventados. Tudo com excelente padrão de qualidade, um foco de luz condiciona a mente para obedecer a sugestões que deviam ter rejeição ativa e imediata, mas não têm porque a capacidade de análise está impedida. Mulheres exuberantes chamam para o consumo de bebida, mas como o álcool é uma droga, deve-se embriagar com moderação.
O “penso, logo existo”, é modificado para “quem não consome não existe”. Técnica simples de impedir pensamento e análise.Tanto que os analistas do sistema jurídico, e os profissionais pela educação não viram a lei contrariada. Sem os programas educativos determinados por lei, o “horário nobre” é reservado ao lucro. Tudo na TV visa ao melhor efeito do intervalo. As crianças, ao chegarem da escola, são atraídas por isso, o que levou o mineiro Darcy Ribeiro a desejar escola em tempo integral e evitar que o segundo turno seja o da deseducação.

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Mensagem N°32939
De: Maria Data: Segunda 10/3/2008 09:19:04
Cidade: Montes Claros

É triste, mas a realidade é que nossas vidas estão realmente nas mãos de deus. depois de ter ficado sabendo daquele assalto na cidade de claro dos põções, onde a casa do comerciante fica uns 50 metros da delegacia de polícia e no horário de 10:00 horas da noite, na mão de quem fica a nossa segurança. os ladrões estão saindo do major prates e indo assaltar nas regiões e cidades próximas a montes claros, pois sabem da dificuldade da polícia para prendê-los. isso é uma vergonha.

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Mensagem N°32937
De: Ernane Data: Segunda 10/3/2008 08:16:46
Cidade: Moc

Está cada vez mais difícil transitar pelas ruas e avenidas de Montes Claros. Cinto de segurança não se usa mais, uso de celular ao volante é constante e até mesmo o uso de celular entre motoqueiros. Não existe fiscalização nas avenidas, na avenida do cooper,por exemplo, onde o limite de velocidade é de 50 km/h é muito raro você ver um veículo nessa velocidade, sempre acima. Quem transita por essa avenida deve estar desatualizado pois a plac indica velocidade máxima e não mínima.

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Mensagem N°32934
De: Fabiano Data: Segunda 10/3/2008 07:44:23
Cidade: Moc

A sôfrega e selvagem disputa entre motos e carros pelas ruas de M. Claros se acirra. Hoje, já às 7 horas já havia um carro atravessado numa esquina do bairro Todos os Santos com uma moto e seu titular jogados em cima da calçada.

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Mensagem N°32933
De: Raphael Reys Data: Segunda 10/3/2008 07:29:04
Cidade: MOC - MG  País: BR

PODE FALAR ALTO!

Agosto, 1970. Vestindo terno xadrezinho, modelo inglês, colete, gravata borboleta, sapatos de verniz alemão, lencinho de organdi no bolso superior do paletó, abotoaduras de ouro, topete de artista francês e cheirando a nuit de Noel.
Este cartão de visitas dizia ser diretor presidente de uma fábrica de peças de reposição para fornos industrial em São Paulo. Gestos delicados, boquinha de fresco, movimentos faciais e labiais de finesse. Perguntou se havia muito engenheiro estrangeiro com sotaque na empresa e queria ser recebido pelo diretor João Bosco.
Após a minha informação, João Bosco falou: estou muito ocupado e não vou receber esse cavalo de charrete. Manda-o cacarejar em outro terreiro.
O enfeitado saiu pisando em brasas por não ter sido recebido. Empurrei a bomba para a Cowan, lhe sugeri falar com o Zé Amorim, diretor da empresa citada.
Como o Zé era prático e explícito, além de adotar a funcionalidade nos seus afazeres de diretor da indústria cerâmica, atendia na entrada do prédio. Sem portas. Tudo aberto. Controlava tudo ao vivo e em cores.
O dândi chegou, sentou e fez uma cara de muxoxo, com biquinho de boca, pois, imaginava um gabinete com poltronas de veludo e ar condicionado.
Zé por trás dos óculos aro de tartaruga já sacara o enfeitado e a princípio não foi com a fachada daquele presidente de indústria de meia tigela.
Iniciado o diálogo o homem exagerou na gesticulação cuidadosa. Movimento refinado, boquinha de finesse, falava baixinho e o semblante refletia meia gravidade.
Com o natural calor dos fornos da indústria, aliado à temperatura escaldante de agosto e a frescura daquele almofadinha lhe enchendo o saco tupiniquim, a gola da camisa Volta ao Mundo do Zé ensopou.
Não deu outra! Insuflado pela pressão tripla o Zé vociferou entre dentes: essa empresa aqui é nossa e não devemos nada a ninguém. Portanto, fique a vontade e pode falar alto seu F.D.P! Aqui não tem fresco e nem dama de alta sociedade! Portanto, pode abrir a sua caixa de ferramenta, e falar logo um bom dia fidúma égua!
O almofadinha, que estava no seu dia de cão, se sentindo escorraçado, escafedeu-se e gramou o beco de volta à terra da garoa.

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Mensagem N°32930
De: PLANTÃO Data: Domingo 9/3/2008 22:37:08
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Uma caminhonete F 1000 bateu em cerca de dez automóveis, entre carros e motos, que estavam estacionados na noite deste domingo, 09/03, na Avenida Cula Mangabeira, logo após o trevo do shopping, sentido centro, próximo ao Santo Expedito. O motorista fugiu mas foi perseguido e conseguiram pará-lo próximo à Ponte Preta. Houve briga e discussão. Até agora são estas notícias, mas parece que a história caminhava para um final ainda mais infeliz. Por favor apurem!!!

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Mensagem N°32927
De: Fábio Oliva Data: Domingo 9/3/2008 21:06:53
Cidade: M. Claros

Um vereador de Januária, no Norte de Minas, foi condenado a 3 anos de reclusão e ao pagamento de multa no valor de R$ 380,00. João Gomes Teixeira (PSC), vulgo “Dão Bucho”, eleito com 480 votos, pegou a pena mínima prevista para o crime de posse ilegal de armas de fogo. Como é réu primário e confessou o crime, o juiz Cássio Azevedo Fontenelle concedeu ao vereador o direito de recorrer da condenação em liberdade.Dão Bucho foi preso em flagrante no alvorecer do dia 13 de janeiro de 2006, durante uma operação conjunta que envolveu grande quantidade de policiais militares e civis, incluindo o apoio de um helicóptero. Foi solto cerca de 24 horas depois, através de habeas corpus. A operação foi solicitada pelo Ministério Público e teve como objetivo reduzir os índices de crimes violentos na Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Pandeiros, mediante o desarmamento da população e através da apreensão de armas e munições. (...)Para não perder o mandato, o vereador Dão Bucho recorreu da decisão para o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, através do advogado Breno Augusto Ferreira. De acordo com o art. 15, inciso III, da Constituição Federal, o político que tiver sentença penal condenatória transitada em julgado (definitiva) perde o mandato.

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Mensagem N°32926
De: Manoel Data: Domingo 9/3/2008 19:45:42
Cidade: Montes Claros

Caro João Gabriel,
Talvez a confusão seja causada pela má compreensão do significado da palavra "pública", "a rua é pública, logo não é de ninguém", no entanto a idéia de público, indica pertença a todos nós, logo devemos buscar maneiras de uma convivência sadia e proveitosa. O vitorioso do "som", com toda certeza deve ser um desses que insiste em pensar que a rua é "pública" logo não tem dono e ele pode agir segundo sua vontade. Lamentável...

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Mensagem N°32925
De: Ildeu Brant Data: Domingo 9/3/2008 19:22:25
Cidade: MONTES CLAROS  País: BRASIL

O Pe. Murta já deixa um vazio muito grande. Todos que acompanhavam suas celebrações estão órfãos. Me sinto assim. Pe. Murta foi um servo até os ultimos momentos de sua vida. Não se deixou vencer pela idade e nem pela doença. Somente a morte o alcançou, o que é inevitável. Sua sinceridade e simplicidade será inesquecível. Sempre muito forte e muito franco somente vi uma reclamação sua, de indignação contra um politico e empresário que lhe deu um considerável prejuízo financeiro, abusando de seu espírito crédulo. Mesmo assim o Padre Murta ensinou a todos a arte da resignação e do perdão. Tenho certeza que agora está intercedendo por todos.

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Mensagem N°32922
De: Júlio Data: Domingo 9/3/2008 17:52:20
Cidade: M. Claros

Alguém poderia explicar aqui, para todos, como combater esta legião de formiguinhas minúsculas que invadiu tudo em M. Claros. Casas, apartamentos, prédios. Tá tudo dominado.

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Mensagem N°32917
De: Mário Lúcio Caldeira de Faria Data: Domingo 9/3/2008 08:21:16
Cidade: Montes Claros

Lembro-me bem da passagem de Pe. Murta por Bocaiúva, onde ao lado de Pe. Ciardo e Pe. Alderico(estes belgas), deixou saudades por aquelas plagas, onde foi amigo do povo e sacerdote de respeito e homem de grande inteligência que causava uma descomunal adimiração em todos. Saudades.

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Mensagem N°32913
De: Petrônio Braz Data: Sábado 8/3/2008 22:40:24
Cidade: Montes Claros/MG

Não apenas cada um de nós, mas todo o Norte de Minas sente a passagem para a eternidade do padre Adherbal Murta de Almeida. O padre Murta ocupava a Cadeira nº 03 da Academia de Letras, Ciência e Artes do São Francisco. Foi, sem sombra de dúvidas a maior cultura do Norte de Minas e uma das maiores do Brasil.

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Mensagem N°32912
De: luiz Data: Sábado 8/3/2008 22:12:19
Cidade: montes claros mg  País: brasil

Hoje lendo neste mural deparei com a mensagem 32 801 escrita pelo meu amigo Muriulo Mciel, o que me fez reviver um pouco da minha infância. No ínicio da decada de sessenta, eu era pião de boiadeiro e era assim a vida naquela época. O Patrão, boiadeiro quase sempre comprava touros Indubrasil ou Gir e novilhas mestças em F. Sá,do Srs. Osmane Barbosa, Necão, Júlio do Baixão etc. E nós ia tangindo, com os mais variados pousos Santa Marta, congonha, até chegar a Botumirim, 08 marchas, alí parava por alguns dias, alugava pasto na Fazenda Pedra Branca, sempre era vendido uma parte dos animais muitas das vezes troca por gado comun.Depois seguia viagem até Lemo do Prado, atravessando o riuo Jequitionha a nado. Era outra parada novos negocio e seguia novamente até a Cidade de Turmalina, acampava na Fazenda do Sr. José de Agostinho. Retornava quase sempre para Juramento, onde já era esperado pelos comerciante Antonio de Brito, Idael Sana´rosa, alceno, e outros. Era um luxo passar pelas ruas de quaquer comunidade na guia de uma boiada e ver quantas mulheres de todas as idades, saiam nas janelas e abanava as maõa ou os lenços para os piaõs. Cada um queria que seu burro fosse o mais bonito, bem como os longos aboios, Nivaldo Maciel sABE DISSO

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Mensagem N°32911
De: "Capiau" Data: Sábado 8/3/2008 21:17:17
Cidade: Montes Claros  País: BRASIL

Montes Claros termina uma semana e começa outra de maneira diferente. Deferente para pior. Mais triste. Montes Claros perde o presente que a cidade de Coronel Murta lhe deu, o Pe. Murta. Padre Murta conseguia conviver com a sabedoria erudita das melhores escolas européias por onde passou com a profundidade da sabedoria sertaneja. Era, conforme se identificava, filósofo para os "sabidos" e "capiau" para os "capiaus". Lembrava ele que gostava mais de ser "capiau". Neste gosto de expressão de sabedoria e relacionamento, costumava chamar as pessoas de maneira carinhosa de "capiau". Era uma maneira de, do alto de sua formação, se fazer pequeno como os seus pares sertanejos de quem jamais se afastou. Tinha na autenticidade sua grande marca. Era lógico e direto. Não me esqueço, em certa ocasião, dentro da sala de aula, quando afirmou de maneira categórica: "não tenho que viver em miséria, nunca fiz voto de pobreza . . ." cada vez que falava surpreendia a todos com seu conhecimento e autenticidade. Dizia que que somente ouvia o que lhe interessava. Seus ouvidos não tinham passagem para palavras sem proveito. conhecedor profundo do latim, causou espanto e admiração ao criticar o conteúdo da expressão contida na bandeira de Minas Gerais, que segundo sua visão, foi um "esbanjamento idiota" do latim para causar impressão. Segundo o Pe. Murta, a expressão LIBERTAS QUAE SERA TAMEN, significa literalmente LIBERDADE AINDA QUE TARDIA ENTRETANTO. Precursor do ensino de filosofia em Montes Claros, educador por vocação, era um crítico ferrenho dos métodos utilizados para levar o conhecimento. Somente concebia a possibilidade de educar alguém ensinando-lhe as noções de lógica. Pe. Murta vai deixando a todos com uma dúvida: Quando surgirá outro Pe. Murta?

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Mensagem N°32907
De: Olegário S. Versiani dos Anjos Data: Sábado 8/3/2008 17:31:11
Cidade: Brasília/DF

E-mail: [email protected]
Telefone: (61) 33688508
Sou montesclarense e moro há muito tempo em Brasília. Gostei muito do Montes Claros.com, que me fez voltar aos velhos tempos em minha terra - parece que meu povo ama muito suas lembranças. Meu abraço aos colunistas, dos quais conheço vários.

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Mensagem N°32906
De: Vanda Data: Sábado 8/3/2008 17:01:15
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Queremos saber o nome o colégio que se refere a mãe do garoto espancado.Este site está omitindo informações.

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Mensagem N°32903
De: Alexander Data: Sábado 8/3/2008 15:23:49
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Velório do Padre Aderbal Murta acontecerá às 18 horas no Seminário Premonstratense, no Bairro Melo. A partir das 21h30, será na Igreja da Rosa Mística. O sepultamento acontecerá amanhã, às 10 horas.

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Mensagem N°32902
De: SEBASTIAO ABICEU Data: Sábado 8/3/2008 15:22:00
Cidade: MONTES CLAROS - MG  País: BRASIL

Montesclarenses o PADRE ADHERBAL MURTA, acaba de nos deixar. Deus acaba de chamá-lo para um nova missão, juntamente muitos outros que contribuíram imensamente aqui no planeta Terra para a edificação de um mundo melhor. Padre Murta além de ter dedicado grande parte de sua vida ao trabalho religioso, muito contribuiu também no processo educacional de nossa cidade, através do COLÉGIO SÃO NORBERTO.

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Mensagem N°32893
De: Soares Data: Sábado 8/3/2008 11:22:14
Cidade: Montes Claros

Dois secretários da prefeitura de Moc estiveram em Milão, Itália. Foram ver o que fazem com o lixo de lá.

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Mensagem N°32892
De: Saulo Data: Sábado 8/3/2008 10:30:13
Cidade: BH

Venho aqui, que freqüentei e freqüento. Sou destes dias, mas vivo em outros mundos, em outros tempos, outras noites; nos livros antigos vivo, em páginas passadas. Talvez um refúgio, para não ver o que, desolados, temos que ver.

Volto hoje porque li na página velha, onde a palavra quase é quasi que se escreve, belíssimo poema. Na letra de um menino antigo, hoje esquecido.

Estudou Português com um Poeta Romântico, estudou Latim, Francês e Inglês, Matemática também. Com 12 anos, foi aprovado "plenamente" em Português, Inglês e História, "simplesmente" em Francês, e com distinção em Inglês e Geofrafia. Doze anos ele tinha. Aos 17, fez esta maravilha que aqui me traz:

"Desse Deus as tintas de uma aurora

E as tintas do arrebol,

O casto azul que os céus tinge e colora.

E toda luz do Sol;

Desse-me Deus tudo isso que eu, cantando,

Pediria uma pena ao rouxinol

Melodioso e brando.


E com a tinta e com a pena escreveria

Assim muito de leve

(E com a minha melhor caligrafia)

Na brancura de neve

Desse teu peito casto e sedutor

As quatro letras da palavra - AMOR"


Se me perco em versos assim, deste mundo de agora não querendo ver, é porque minha alma, toda ela, recusa o mundo que aí está.
Perdoai-me o erro das palavras, da grafia e tudo mais, pois lendo coisa antiga, já não sei onde uso o chapeuzinho e que palavras, para dizer a mesma coisa, trocaram o i pelo e.

Naquele mundo desejo voltar, recomeçar, para com todos, todos, fazer um novo fim, disse Chico.

O poeta de 17 anos que me trouxe, e me chama, é um dos mais altos do vosso País.

Contudo, como tudo, também é esquecido.

Chamou-se pelas águas Afonso Henriques da Costa Gyuimarães, de 1870. Alegre, sadio, era dado a espasmos de retraimentos, e os outros meninos o chamavam - "Afonso sonso!".

Preferiu chamar-se, ele mesmo, de Alphonsus, mineiro de Ouro Preto, filho de português e mãe mineira.

- Ela era branca, ela era esbelta.
Olhos marinhos, fronte ideal de celta,
Mãe futura de pobres trovadores


Partiu aos 49 anos. Quase todo o tempo viveu no arrebol, embarcado já no poema aí de trás.


(Depois, se permitirem, irei contando toda a história. Vou de volta, recuo "ao casto azul que os céus tinge e colora". Tenho muita pressa e não retocarei o que escrevi. Depois, se permitirem, isto farei. By)

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Mensagem N°32888
De: Simone Data: Sábado 8/3/2008 08:35:51
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

É de cortar o coração saber que a "casa do Padre Murta" continua em escombros. Chega a ser um desrespeito a este grande homem que tanto lutou para fazer de Montes Claros uma referência no estudo de Filosofia.

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Mensagem N°32887
De: Petrônio Braz Data: Sábado 8/3/2008 07:50:51
Cidade: Montes Claros/MG

No mesmo momento em que a sociedade civil de Montes Claros busca se organizar para equacionar os meios de combate à criminalidade, à violência que preocupada a todos, leio na Revista de Estudos Avançados da USP (São Paulo), nº 61, um conjunto de artigos, um dossiê sobre o Crime Organizado, da lavra de Sérgio Adorno, Fernando Salla, Alba Zaluar, Guaracy Minnardi, Marco Antônio Tavares Coelho (autor de livros sobre o rio São Francisco e o Rio das Velhas), Luiz Eduardo Soares, Flávio Oliveira Lucas, Michel Misse, Jacqueline de Oliveira Muniz, Domício Proença Júnior, Vera da Silva Teles, Daniel V. Hirata, Francisco Alexandre de Paiva Forte e Paulo Roberto Ramos, cada um enfocando um aspecto específico da presença do crime organizado, suas origens, suas conseqüências sociais, a legitimidade da política de repressão, enfim, a segurança pública.
Sempre recebo as revistas publicadas quadrimestralmente pelo Instituto de Estudos Avançados da USP, que me são remetidas regularmente pelo seu diretor executivo o professor Marco Antônio Tavares Coelho.
Sabemos que, infelizmente, o Brasil é um dos países mais violentos do mundo. O município de Montes Claros, para não fugir da regra, tem registrado mais homicídios por mês que Portugal em um ano.
As causas de tanta violência são as mais diversas possíveis. A primeira e mais presente é a carência de respeito à autoridade, visto que a própria autoridade constituída tornou-se indigna de reverência em presença da corrupção oficializada.
Observa Sérgio Adorno que a partir de 1970, na esteira das mudanças neoliberais, tem ocorrido o fenômeno da globalização que está diluindo as noções de nacionalidade e desenvolvendo, nas nações em desenvolvimento, “com abertura de espaço para atividades ilegais ao tornar a propriedade do capital anônima, com circulação monetária livre e apta para os financiamentos de operações como o tráfico de drogas, de pessoas e de órgãos humanos, contrabando de armas, fraudes fiscais e financeiras, pirataria de mercadorias e de serviços, falsificação de medicamentos, entre tantas outras modalidades”.
Analisando a questão sob o prisma do sistema democrático brasileiro, Alba Zuluar examina minuciosamente o assunto ponderando que o processo de redemocratização, iniciado a partir de 1978, veio acompanhado por uma crescente taxa de crescimento da criminalidade em uma “nação que foi construída pelos ideais da cordialidade e da conciliação e que mudou recentemente essas idéias depois da crítica de intelectuais importantes sobre a ausência de cidadania nelas”. O retorno à democracia, o término do regime militar, veio acompanhado de “mecanismo de vingança pessoal e de impulsos agressivos incontroláveis”. Adverte ele que um dos principais problemas de hoje é a incapacidade governamental de controlar o uso de drogas ilegais, cuja circulação se opera por toda parte “com uma logística que impressiona pela sua eficácia”. Pondera em seu artigo que os setores mais dinâmicos praticam ilegalidades como o “caixa dois” das empresas, “fonte para pagar as eleições dos candidatos que irão conceder às empresas envolvidas privilégios”, tornando o país uma democracia eleitoral.
Por sua vez Guaracy Mingardi atenta para o problema esclarecendo que o grande erro dos procedimentos de repressão ao crime organizado está na expressão “guerra”. Esclarece que “quando o Estado combate uma guerra, existe um inimigo identificável, com liderança clara”. As organizações criminais possuem lideranças fluidas e “estão de tal forma relacionadas com o aparelho do Estado que se torna difícil mirar uma sem acerta outra”.
Numa linha diferenciada de análise, Marco Antônio Tavares Coelho analisa atentamente o tema criminalidade enfocando o depoimento de Marcola, apontado como o chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC), em São Paulo, que segundo ele simplifica tudo ao afirmar: vim da miséria. A miséria e a violência andam juntas. Marcola afirmou que não acredita em Deus. Viveu algum tempo no Paraguai e se tornou um autodidata, um homem culto. Lê, entre outros, Nietzsche, Vitor Hugo, Santo Agostinho, Voltaire e até a Bíblia. Criou regras de convívio nos presídios.
Luiz Eduardo Soares, por seu turno, analisa a política nacional de segurança pública. Flávio Oliveira enfoca o Poder Judiciário e as organizações criminais, enquanto Michel Misse vê as redes de proteção e a organização do crime organizado.
Enquanto a sociedade civil está desarmada, o bandido está cada vez mais dotado de armamento bélico. A podridão está em toda parte.

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Mensagem N°32881
De: Gardel Oliveira Data: Sexta 7/3/2008 23:43:15
Cidade: MONTES CLAROS  País: BRASIL

Não tenho como discordar que os Professores da Unimontes estão com os salários defasados. Entretanto, ocupo este espaço democrático e comprometido com a verdade para discordar do Professor Jardim em alguns pontos do seu desabafo. A Unimontes não é este "continente de excelência" que se apregoa e que o professor vaidosamente menciona. Apenas 5 cursos foram avaliados como de excelente qualidade, daí destacando Direito e Odontologia. A Unimontes conta hoje com cursos que estão vegetando, estão em estado terminal, agonizando à espera de um fechamento ou de uma reviravolta. É o caso, por exemplo de algumas licenciaturas, dentre as quais a de Filosofia, que já foi uma ilha de excelência na época do Padre Aderbal Murta. É um curso que se a comunidade universitária não se mobilizar será fechado em breve pela baixissima qualidade que mergulhou e não vem conseguindo sair, chegando a ponto de as escolas recusarem professores de filosofia graduados na Unimontes. Tem sido um pesadelo para muitos licenciados que esperavam uma boa receptividade no mercado de trabalho e não tiveram. Além deste simples exemplo, temos diversos outros problemas tão crônicos como a questão salarial. O mais recente foi o "cabide de empregos" que "efetivou sem concurso" servidores que ingressaram na Universidade sem concurso, em desrespeito à sociedade e a constituição que exige o concurso público. Este cabide deveria ser uma das bandeiras de luta de toda universidade. Queremos que a Universidade seja uma excelência, mas uma excelência palpável e não uma excelência apenas de presença nas publicidades. é uma forma de preservar o pioneirismo desta grande e sofrida Universidade.

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Mensagem N°32880
De: Antônio Eustáquio Freitas Tolentino Data: Sexta 7/3/2008 22:49:10
Cidade: Montes Claros (MG)

Emocionou-me profundamente a mensagem do César sobre a sublime pessoa da enfermeira Tonha, da Santa Casa. Tive o prazer de tê-la cuidando da minha esposa quando do nascimento dos meus dois filhos e tenho enorme afeto, carinho e admiração pela sua pessoa íntegra e digna de infinitos elogios. Deus dê muita paciência, saúde e vida longa à Tonha. É o meu sincero desejo.

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Mensagem N°32872
De: Augusto Vieira Data: Sexta 7/3/2008 15:11:50
Cidade: Belo Horizonte

BETO GUEDES Ontem tive o prazer de apresentar o show de Beto Guedes, na Associação dos Magistrados Mineiros. Disse as seguintes palavras:
Alberto de Castro Guedes, Beto Guedes, esse grande artista mineiro, de renome nacional, nasceu em Montes Claros, no dia 13 de agosto de 1951. É o caçula de oito filhos de Júlia de Castro Guedes e Godofredo Guedes. Aos oito anos já tocava pandeiro, num conjunto musical que o pai formara com parentes e amigos. Adolescente mudou-se para Belo Horizonte e conheceu Lô Borges. Os dois, Márcio Aquino e Yé Borges, formaram o grupo The Beavers (Os Castores), que produzia e cantava versões das músicas dos Beatles. Mesmo residindo na capital, Beto jamais abandonou sua aldeia e sua tribo. Na cognominada “Era dos Beatles” integrou, em Montes Claros, com amigos de infância, o conjunto musical, “Os Brucutus”, grande sucesso das festas dos clubes sociais da cidade.
Em 1969, aos 18 anos, classificou a música “Equatorial”, no 1º Festival Estudantil da Canção de Belo Horizonte, tendo como parceiros os irmãos Lô e Márcio Borges. Aos 26 anos, em 1977, lançou o disco, “A Página do Relâmpago Elétrico”, primeiro de mais oito (“Amor de Índio”, “Sol de Primavera”, “Contos da Lua Vaga”, “Viagem das Mãos”, “Alma de Borracha”, “Beto Guedes ao Vivo”, “Andaluz”, “Dias de Paz” e “Em Algum Lugar”), todos recebidos com carinho e festejados pelo grande público mineiro e brasileiro. Além desses seus discos e cedês participou de muitos outros, dentre eles “Clube da Esquina 1 e 2 (1971 e 1979); Beto Guedes/Novelli/Danilo Caymmi/Toninho Horta; “Minas” e “Caso você queira saber”, com Milton Nascimento. Em 13 de agosto de 2001, completou 50 anos, lançou, em DVD e CD, “Beto Guedes – 50 anos ao vivo” e comemorou esse aniversário no dia 11 de setembro, com inúmeros amigos e fãs, no Teatro Francisco Nunes, num belíssimo show. Para minhas alegria, estive lá e vi subirem ao palco, para homenageá-lo, uma plêiade de artistas, capitaneada por Milton Nascimento, nosso querido Bituca, grande ícone da mineiridade, tal qual o homenageado.
Beto Guedes é homem tímido e simples. Múltiplo em artes e tão honesto quanto seu querido e saudoso pai. É amoroso com os filhos e com a neta Júlia, que carrega o nome de sua inesquecível e bondosa mãe. É filósofo. É poeta. Seu coração “tem catedrais imensas” e dele jorra a mais pura fraternidade. Não é bobo. Sabe de tudo. Tem acirrada consciência de cidadania. É ecológico. Ótimo guitarrista, já tocou com o 14 Bis. Fazedor de coisas, apaixonou-se por aviação e construiu um avião, tal qual Godofredo Guedes que, apaixonado por música, construíra um piano. Será que conseguiríamos fazer tais proezas? De resto, é competente zeloso marceneiro. E sua voz? Que timbre mais especial, doce e suave! Só ele o tem. Inimitável. É como se Deus lhe houvesse beijado as cordas vocais quando veio ao mundo. É um dos maiores orgulhos de Montes Claros, ao lado de Cyro dos Anjos e Darcy Ribeiro. Que trio maravilhoso!

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Mensagem N°32866
De: Paulo Roberto Paraiso Data: Sexta 7/3/2008 13:59:36
Cidade: Maringa`/PR

E` isso mesmo Waldyr Senna, so` as ´aguas de março podem amenizar o sofrimento dos produtores rurais do Norte de Minas. Mas, as perdas com a seca serao irrecuperaveis. So`no municipio de Sao Francisco form vendidas, no mes de fevereiro, a "preços de banana", mais de 50 mil rezes. Enquanto isso, o governo do estado fica com o seu eterno blablabla, como voce ja` observou com sua mensagem.
Abraços.

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Mensagem N°32864
De: Waldyr Senna Data: Sexta 07/03/2008
Cidade: Montes Claros

As águas de março

Waldyr Senna Batista

As águas de março caíram generosas durante uma semana e mudaram por completo o astral da região Norte de Minas. Em vez da catástrofe anunciada, pode-se agora divisar tempos de relativa tranqüilidade. A começar pelo encurtamento da estiagem deste ano, que pode durar sete meses em vez dos nove do ano passado. Só aí residirá excelente ganho.
O otimismo voltou a prevalecer com a renovação das pastagens, o que garante a sobrevivência dos rebanhos bovinos, e a recomposição dos mananciais, naturais e artificiais. Cessou a grande movimentação que se processava para a retirada do gado para outras regiões ou para o abate antecipado. E o comércio de aluguel de pastos, que era a solução preventiva mais imediata, retorna a valores aceitáveis, depois de alcançar R$ 25,00 e R$ 30,00 por rês/mês. Uma exploração, ditada pela demanda desesperada e oferta quase nenhuma.
Já na agricultura, que é atividade pouco expressiva na região, as perdas foram totais. Muita gente aventurou-se realizando dois ou três plantios fracassados. As chuvas retardadas não permitiram novas tentativas, porque, dentro de mais alguns dias, estará começando outra fase de estiagem. Os prejuízos nesse segmento são irrecuperáveis. E de tudo, fica a certeza de que não se pode contar com os governos nesses momentos de desespero. Desde novembro do ano passado, as lideranças classistas vêm realizando romarias a Brasília e Belo Horizonte, levando queixas e trazendo promessas irrealizadas. Foram empurradas com a barriga.
A grande ilusão era de que o socorro viesse do governo federal, e a decepção foi grande. Nenhuma medida concreta foi adotada, com as ordens emanadas do gabinete presidencial esbarrando na velha e poderosa burocracia, onde predomina total desinteresse para adoção de providências elementares em momentos de desespero como os que se registraram. Reuniões pouco convincentes em gabinetes, telefonemas ineficazes e comunicados inconsistentes, compuseram o jogo de cena. Fala-se que está sendo autorizada agora a renegociação de dívidas.
Nesse cenário dramático, o governo do Estado compareceu com grande atraso e sem conseguir disfarçar que não se dispunha a dar aos representantes da região o respaldo do seu prestígio junto ao governo federal. Limitou-se ao anúncio de medidas de efeito duvidoso, mais para efeito publicitário e visando estiagens futuras, como a promessa de instalação de caixas d’água e construção de barragens, em que ninguém põe fé. Além disso, anunciou a instalação de um órgão cuja missão são o estudo do fenômeno das estiagens e sugestões que possibilitem a convivência com a seca. Faz lembrar o ministério recentemente criado em Brasília para “filosofar” sobre assuntos de alta indagação que ainda não se sabe quais são. O grupo estadual, pelo menos teoricamente, tem objetivo determinado, que é a convivência com a seca, mas de duvidoso sentido prático, pelo menos a curto e médio prazos. É questão de se esperar o resultado desses prometidos estudos.
Essas movimentações serviram para que políticos e dirigentes classistas exibissem disposição e posassem para fotos. O clímax foi a realização, em Montes Claros, de reunião em que representante do governador veio anunciar praticamente as mesmas decisões divulgadas três meses antes em ruidosa campanha publicitária, que ,aliás, está sendo reprisada com novos comunicados oficiais de elevado custo. Uma pauta requentada.
Realizada a reunião e feitas as fotos convenientes para apreciação do grande público, a maioria dos participantes não escondia o desapontamento diante da quase nenhuma utilidade da visita do secretário. A chuva salvadora já estava começando quando foi desfeito o aparato montado no auditório da Unimontes. E a sem-graceza era tamanha que, em meio aos abraços protocolares, todos pareciam se indagar: o que é mesmo que eu vim fazer aqui ?

(Waldyr Senna é o mais antigo e categorizado analista de política em Montes Claros. Durante décadas, assinou a "Coluna do Secretário", n "O Jornal de M. Claros", publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política e da história política contemporânea do Brasil).

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Mensagem N°32861
De: Sinval Data: Sexta 7/3/2008 12:12:27
Cidade: M. Claros

Com atraso de muitos anos, mas muitos anos mesmo, vai funcionar a partir de hoje a noite o semáforo na avenida Correia Machado, onde morreu o casal Librelon. A avenida, naquele trecho, tem cerca de 10 anos. Barbaridades foram vistas ali, de arrepiar o cabelo. Por que demorou tanto ?? (...)

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Mensagem N°32848
De: Carmen Netto Data: Sexta 7/3/2008 01:02:04
Cidade: Bhte

Mulheres Admiráveis

Como gostaria Senhor de descobrir os mistérios da vida. Saber, por exemplo, como duas mulheres fantásticas dedicaram suas vidas em minorar o sofrimento do próximo sem nenhum limite, como se desdobraram em muitas para servir. Essa reflexão aflorou ao ver o retrato de Antônia Colares – Tonha – na coluna de Teodomiro Paulino do dia 21 de Maio de 2005 e, também, o retrato da Irmã Malvina na matéria “Um Anjo retorna ao céu” de Samuel Sousa Figueira, ambas publicadas no “Jornal de Noticias”.
Em questão de segundos, um retrato é capaz de acordar lembranças adormecidas, e um pedaço e síntese da minha vida apareceram. Essas duas mulheres fazem parte da minha história quando do nascimento de meus filhos; uma experiência intransferível, inexplicável para quem não passou pela mesma.
Falar dessas duas mulheres, na semana em que se comemora em 08 de Março o “Dia Internacional da Mulher”, é uma questão de justiça, gratidão e reconhecimento por vidas dedicadas ao próximo, a minorar dores, sofrimentos; mulheres que transformaram lágrimas em sorrisos de alegria, transmitiram segurança, infundiram coragem, acolheram.
Como escreveu Teodomiro Paulino em sua coluna, Tonha trabalhou 44 anos na Santa Casa de Montes Claros, ajudou a trazer ao mundo milhares de crianças. Entre estas crianças dois dos meus três filhos e, por isso não esqueço suas mãos abençoadas, seus braços fortes que me sustentaram como se fosse um bebê. Sua bondade imensurável e seu sorriso que anestesiavam qualquer dor. Sabe Tonha, recortei seu retrato e guardei-o numa caixa onde coloco tudo de bom que me aconteceu na vida e que não quero esquecer.
Através da matéria sobre a Irmã Malvina, no “Jornal de Notícias”, de 16/02/2006, tomei conhecimento de seu retorno ao País de origem, à casa materna, depois de 53 anos de um trabalho incessante na Santa Casa e do seu falecimento. Anjo bom, de serenos olhos azuis que infundiram esperança, coragem e fé nas horas de fragilidade dos pacientes.
Sempre me perguntei o que faz o ser humano deixar família, pátria, costumes e dedicar a vida levando lenitivo, amor, compaixão ao semelhante. Suportam tudo em silêncio, no mais absoluto anonimato, e agregam à cruz de seus dias a cruz dos semelhantes.
Neste 08 de Março de 2006, “Dia Internacional da Mulher”, reverencio Tonha e Irmã Malvina pelo trabalho humanitário realizado na Santa Casa de Montes Claros.
Ensinaram que só é grande quem serve e que o maior entre nós deve servir aquele que mais necessita. Ensinaram que o que conta é todo gesto de amor praticado por causa do evangelho. Ensinaram a compaixão, amor, desapego, paz, equilíbrio, tão diferentes de competição e acúmulo de bens do mundo capitalista.
Tonha e Irmã Malvina souberam enxergar o mundo com os olhos de Deus, fazem parte do Time de Gandhi, de Madre Tereza de Calcutá, do Dr. Alberto Swaitzr, de Florence Nigthgale e muitos outros que são ligados pelo amor ao próximo.
Elas têm um colo no coração das mães Montes-Clarenses, das mães Norte-Mineiras. São mulheres universais, absolutas, especiais, inteiras, que dedilharam o rosário do sacrifício com amor e desprendimento. Nosso respeito, nossa gratidão, nossa homenagem, neste 08 de Março de 2006, “Dia Internacional da Mulher”.
Carmen Netto Victória
Março de 2006

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Mensagem N°32847
De: CIDADÃO Data: Quinta 6/3/2008 23:08:19
Cidade: MONTES CLAROS  País: BRASIL

Montes Claros continua longe de resolver o grave problema da violênci que a aflige. As autoridades responsáveis teimam em se manter enclausuradas em seus gabinetes com ar refrigerado enquanto a população age por seus meios para evitar ser vitimada mais cedo. Não existe um plano articulado e específico para combate à violência. Não existe medida preventiva. Autoridades não aceitam sugestões. Políticas de segurança se confundem com políticas de arrecadação, como o caso das blitzes que apontam uma nítida finalidade de arrecadação, como uma que acontecia hoje próximo à Santa Casa. Enquanto isto a população permanece sem esperanças.

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Mensagem N°32829
De: Cléia Data: Quinta 6/3/2008 09:56:13
Cidade: M. Claros

Quase dez horas da manhã. Parte do bairro ibituruna e próximos estão sem energia elétrica desde a madrugada. O pior é que a gente não consegue informação da Cemig, que manda ligar para Belo Horizonte, que sabe menos ainda. É um descaso completo desta empresa com os seus clientes. É uma barreira intransponível. Os transtornos são muitos e a empresa ainda ergue uma barreira e não dá informação. Depois, diz que é a melhor do mundo!!! Mentira pura. Há muitas décadas era uma empresa respeitável. Depois....virou isto aí. Cobra caro e bate a porta na cara de todos, ignorando que somos nós que a sustentamos pagando pela energia elétrica mais cara (e agora deficiente) do Brasil. (...)

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Mensagem N°32827
De: Valério Data: Quinta 6/3/2008 09:14:18
Cidade: M. Claros

"Nenhuma igreja pode fica acima da lei". Com este argumento, o prefeito de Belo Horizonte fez valer a lei do silêncio que na capital obriga também escolas e templos religiosos a não emitir barulho superior a 70 decibéis. O veto do prefeito a artigo que excluía escolas e igrejas foi mantido pela Câmara.Bares, residências, comércio - todos são obrigados a cumprir a lei, inclusive os políticos que fazem as leis e que costumam exigi-las dos outros, não deles - que estão acima das leis. Em M. Claros, há até boates funcionando em áreas estritamente residenciais, apesar de a lei não permitir. Nada contra as igrejas, mas nada mesmo; contudo, no Brasil o estado é laico, e estão longe os tempos em que o poder da Igreja se confundia com o poder do estado.A posição do prefeito (da capital) faz lembrar os melhores momentos do governo Milton Campos, o mais alto que Minas já teve. O governador anunciou e cumpriu que faria "um governo mais da lei do que dos homens".

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Mensagem N°32826
De: Alberto Data: Quinta 6/3/2008 08:48:41
Cidade: M. Claros

O que mais deputados e vereadores querem debater? Não bastam os 79 corpos do ano passado, derrubados à bala e à faca nas ruas de M. Claros? Não bastam os 19 deste ano, em apenas 60 dias? Façam a imagem: são pelo menos três salas de aula cheias de mortos. O Brasil, fiquei sabendo hoje, matou legalmente, isto é, em obediência à lei, o último condenado à morte num 6 de março como hoje, há 153 anos, em 1855. Mas nossas ruas estão repletas de pessoas executadas, sem qualquer processo, abatidas simplesmente, como cães. Discutir mais o quê??? (...) Precisamos de ação, de prevenção, de medidas reais, e não de movimentos eleitoreiros com o nosso dinheiro.

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Mensagem N°32820
De: Juraci Data: Quinta 6/3/2008 07:46:35
Cidade: Montes Claros

Uma forte explosão, que pode ser ouvida em grande parte da cidade, hoje por volta das 5 horas da manhã, deixou sem energia elétrica a zona oeste de M. Claros. O barulho veio lá pelos lados da Unimontes, onde fica a subestação da Cemig. A partir das 6h da manhã, quando começa o movimento dos alunos para ir à escola, pessoas que moram em prédios desciam longas escadas, pois os elevadores, claro, pifaram sem a energia elétrica. O barulho foi grande mesmo, de explosão, e pode até ter sido causado por colisão violenta contra um poste da rede elétrica, o que é uma das hipóteses. Até agora ninguém sabe o que aconteceu. A Cemig nada informa.

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Mensagem N°32819
De: Sueli Data: Quinta 6/3/2008 07:41:57
Cidade: Moc

Mais blablablá. Assim será a reunião dos deputados, hoje, em Montes Claros, para debater a insegurança da população. Todos já conhecem o problema exaustivamente, há décadas, especialmente a alarmada população. Na verdade, o que os deputados (que custam cercam de 100 mil reais por mês) e os vereadores (20 mil reais por mês) querem é exposição na mídia, nos jornais, rádios e tvs, e nada mais. (...) Blablablá, desrespeito com a população.Esperamos por medidas efetivas, urgentes, para que possamos voltar a sair as ruas com seguranças, pois estamos trancados em casa, nós e nossos filhos, e os bandidos soltos nas ruas, graças às leis votadas pelos políticos. (...)Senhors políticos, não se riam de nós.

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Mensagem N°32805
De: Juarez Data: Quarta 5/3/2008 16:15:08
Cidade: M. Claros

Demorou, mas a Vivo vai assumir a Telemig Celular em Minas. O último entrave de natureza burocrática foi superado nos últimos dias. Há a informação de que, no dia 11 de março, o usuário da Telemig não pagará mais deslocamento fora de Minas.

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Mensagem N°32803
De: GILBERTO Data: Quarta 5/3/2008 14:51:13
Cidade: MONTES CLAROS  País: BRASIL

Servidores municipais utilizando os veículos HMN-7794 da Prefeitura Municipal de Curral de Dentro e HMN-5519 da Prefeitura Municipal de São Francisco faziam compras e refestelavam tranquilamente hoje no Shoping Center de Montes Claros e em Supermercado alí existente. Vamos ver se estas duas Prefeituras explicam o que vem ocorrendo de tão especial para estes servidores e que os Vereadores locais, pagos para fiscalizar o uso do dinheiro público possam se inteirar do ocorrido e também cobrar expelicações.

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Mensagem N°32801
De: Flavio Pinto Data: Quarta 5/3/2008 14:40:05
Cidade: Belo Horizonte-MG

PARA UM AMIGO

Com o maior prazer, hoje, cedo este meu canto esquerdo de página, neste fenômeno universal que é o Mural deste querido Moc.com.

Com tudo.

Quer queiram quer não, com rima ou sem rima, este grande Mural transportou-nos à intimidade e conhecimento dos leitores de todo o globo terrestre ( montes-clarenses, claro.Os de outras cidades que ainda não o descobriram, infelizmente, não sabem o que estão perdendo), levando nossa palavra de sertanejo simples, de coração aberto, para onde até não se sabe onde.

Aqui se fala certo do que está certo ou errado e, também, se escreve errado, quando necessário, para dizer o certo, pois Deus mesmo já nos deu o exemplo falando certo por linhas tortas, desde que o mundo é mundo.

Isso, todo mundo sabe e ninguém contesta.

(Então, larga de nóis, gente!).

Por tudo isso e muito mais, eis aí o belíssimo texto de Murilo Maciel, honrando a família e as nossas raízes.

Se o leitor quiser, para ficar ainda mais gostoso de ler, ouvir junto (no “link” das músicas de M. Claros tem) o aboio de Nivaldo Maciel (pai de Murilo) com Beto de Oliveira.

Se estiver chovendo, então...

Abraços e uma boa leitura para todos.

Flavio Pinto

_______________________________________________

SAUDADES DE TROPEIROS
(autoria) Murilo Maciel – Março-2008

Permitam-me.
Hoje, amanheci com saudade das pessoas, da família, dos amigos, daqueles de quem gostamos.
Senti falta das cavalgadas, das risadas, das confidências, do cheiro do suor dos cavalos, do corpo cansado.
Pela manhã o tempo esta mais para carrancudo, fechado, com prenúncio de chuva, ainda bem.
Ontem no Buriti, na porta de casa, passou uma boiada tangida, fazia 6 pousos e ainda faltavam mais 2 para chegar a Canto do Engenho, seu destino final. O José Pereira, parecendo o dono da boiada, montado num cavalo castanho, do meio, perguntou pelo Nivaldo Maciel e falou da falta de seu aboio naquele momento. Ligeiro seguiu viagem, que não podia atrasar.
Me deu inveja e uma vontade danada de acompanhá-los, no coice ou na guia, tomando poeira, sentindo o cheiro do estrume do gado e ouvindo o mugido das vacas cheirando os bezerros, misturado com o rouco gritar dos vaqueiros e o galope dos cavalos ataiando e tocando a boiada. Dormir ao relento, contando estrelas, ouvindo causos, café no bule, na beira da fogueira, aquecendo corpo e alma. Arroz tropeiro com carne seca, pimenta verde e uma boa pinguinha.
Mais tarde a chuva chegou fazendo barulho no serrado, molhando os pequizeiros, cagaiteras e pananzeiros.
Deve ter sido bem recebida pelos vaqueiros, com a graça de Deus, que já estavam adiantados na viagem, molhando a roupa surrada e aguando a esperança.
Fiquei pensando naquele quadro, antigo para os dias de hoje mas verdadeiro de uma época passada.
Quantos dos nossos já foram tropeiros. Levaram e trouxeram mercadorias no lombo do burro, nas bruacas e cangalhas, superando as dificuldades que se impunham, pelas longas distancias e falta de recursos.
Criaram riquezas e construíram uma cultura, alicerce de nosso edifício social .
Foram bandeirantes, aventureiros, desbravadores, comerciantes.
Viveram a natureza rude, curtiram o sol do sertão, passaram por temporais, adormeceram ao relento e criaram trilhas para muitos passarem.
Foram personagens atuantes e importantes da história e com mãos calosas a moldaram.
Os nossos tropeiros guardam a memória de uma época e muitos ainda estão por aqui. São heróis, pouco reconhecidos, de um tempo não muito distante, com muitas histórias vividas para contar.
Basta escutar.

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Mensagem N°32792
De: José Prates Data: Quinta 6/3/2008
Cidade: Rio de Janeiro/RJ

VIOLÊNCIA - CAUSA E EFEITO

José PRATES

"Rapaz de 23 anos foi morto com meia-dúzia de tiros na porta de casa; é o quarto assassinato em pouco mais de 24 horas". Foi o que o jornal publicou quase no canto da página, sem alarde, como noticia rotineira. Assim falando, parece que se refere a um jornal do Rio de Janeiro ou de São Paulo, porque a linguagem é a mesma, e é o mesmo o jeito de noticiar: frio, sem emoção; tudo igual, sem tirar nem por, até mesmo ninguém ser preso. Parece em tudo; mas, nem o jornal nem a notícia são do Rio ou de São Paulo. São de Montes Claros, norte de Minas, alto sertão! Pra dizer a verdade, Monsclaros, como eles falam, é uma cidade grande com ares de metrópole, perdendo o jeito de sertão; um povo pacato que vive do trabalho. Pelo menos, era assim até há pouco. Então, o que aconteceu pra frieza na notícia, sem mostrar espanto do povo pacato que quase nunca via defunto estirado no meio da rua, crivado de balas? Ainda mais assim, crivado de balas, que não é coisa de sertanejo. É coisa de gente de fora, pode crer! Agora, falando sério: a insensibilidade à violência, causada pela constância de fatos violentos que virou moda nos grandes centros, chegou até lá, levada como enxurrada pelos meios de comunicação, em noticiários frios como se tudo fosse rotina em tudo quanto é lugar do país. Virou moda ser insensível à criminalidade que graça. E se for moda, todo mundo acompanha, e acha bonito. Diz que é o progresso que chegou, igualzinho quando houve o primeiro assalto a banco, logo depois da revolução de 63. Todo mundo gritou: "meu Deus! o Brasil progrediu, já tem até assalto a banco" Hoje é comum; virou moda, moda que veio de longe, jogou todos no mesmo saco: igualou tudo. Por que isto? Perguntamos a nós mesmos, por falta de interlocutor. Responder o que? Olhe pra trás, até perder de vista e talvez encontre a resposta. Governos e mais governos que não pensaram no amanhã, não imaginavam que um dia viesse uma tal de tecnologia que fosse avançando e mudando tudo, deixando pra trás as coisas velhas e jogando fora o homem despreparado. Naquelas bandas do sertão vieram os arados mecânicos, arando e adubando, e a colhedeira computadorizada que colhe, debulha e ensaca, substituindo a foice e a enxada e o arado braçal. Nunca esses governantes do passado preocuparam-se em preparar o homem para viver esse amanhã. Se algum previdente lhes alertasse, com certeza, iriam dizer com a fleugma do bom mineiro, que "esse trem nunca vai existir". Mas, o "trem" está ai pedindo que lhe operem e cadê o operador? Não pensaram em prepará-lo. Fora esse, outros "trens" chegaram trazidos pela tecnologia que avança como monstro destruidor dos "trens" antigos. E cada vez mais precisando de alguém preparado. Cadê esse alguém? Pergunte aos governos de tempos passados e nem eles sabem responder. E por falar em trem, trem mesmo, o trem de carga, pra onde foi? Acabou, ué. Só ficaram os trilhos cobertos de mato. A imprevidência, o desinteresse ou o interesse sabe lá, dos governantes deixou que as carretas, cada vez mais pesadas, e mais modernas, passassem por cima do velho trem ronceiro e despreparado. O bonde, da mesma família do trem, foi diferente: meteu-se terra adentro, virou "metrô" e est´aí todo moderno, correndo debaixo do chão. Pois é, até o bonde preparou-se para o amanhã. E o nosso homem? Não acreditou em milagre e não se preparou. Hoje é vida de competição, sem preparo não há emprego; sem emprego não há condições de sobrevivência, a menos que tenha nascido rico ou ter-se tornado rico, sei lá como. Mas, isto de ficar rico de qualquer maneira, agora está difícil, porque a PF acordou do longo sono. Sem meios de sobrevivência, fazer o que? "Correr atrás", como diz o carioca. É ai que aparece a violência, como efeito disso tudo. O que fazer agora? O enfrentamento do problema que passa por vários níveis de atuação, devia ter tido início há muito tempo, ao nascer do processo de organização do crime. E o que fizeram? Nada. Na sua comodidade, pensaram como o mineiro: "esse trem não vai chegar", mas chegou e está ai desafiando todo mundo. Edin Sued, do Programa de Pós-graduação em Ciências da Religião da PUC-SP, diz que a sociedade deve pressionar seus dirigentes, para que sejam implementadas medidas referentes à segurança pública e políticas que melhorando a qualidade de vida das populações menos assistidas ajudem a cortar a violência em suas raízes. Todo mundo sabe disso. Mas, alguém fez? Ao contrário, abandonou o homem despreparado à sua própria sorte,nesse mundo cruel, deixando que ele encontrasse seu próprio caminho. Sem saber fazer nada, ele procurou, então, o caminho mais fácil: a violência como meio de sobrevivência. Foi por sua culpa, por seu desejo? Acho que não. A sociedade é que não se organizou para receber a todos na condição em que se encontravam. Esse homem devia ter sido integrado a essa sociedade com a qual se partilha o sentido da existência e da luta pela vida. Isto aconteceu? Não. E para piorar, o ensino público destinado a preparar o homem para o mercado de trabalho não existiu. Nada havia além de uma ou outra escola técnica ali ou acolá. E onde estava a sociedade? Fechada dentro de seus próprios interesses, em vez de assumir o gerenciamento da cidadania, organizando-se de baixo para cima, como disse Nicolau Sevcenko. Caminhando por linhas próximas, a Doutrina Social da Igreja sempre valorizou a ação integrada e o protagonismo de todas as instituições sociais - família, escola, sindicato, etc. Uma sociedade consegue resolver seus problemas - inclusive o da violência - quando essas instituições se articulam e assumem seu papel na vida pública. É dever do Estado? É. Mas, não basta pressiona-lo para que as coisas aconteçam. É necessário, antes de tudo, que todas as organizações sociais trabalhem em conjunto e sejam apoiadas pelo Estado dando condições para que as pessoas, principalmente os menos afortunados, vivam como protagonistas de suas vidas, integrando-se a essa sociedade para torná-la mais capaz de enfrentar a violência.
E-mail: [email protected]
Telefone: (21) 27911576

(Nota da Redação: a notícia "fria" citada neste artigo é deste noticiário eletrônico. Temos a preocupação de publicar as notas de natureza policial, especialmente as de homicídio, de maneira sóbria, retirando-lhes qualquer traço de exploração sensacionalista. É o registro sucinto que fazemos, sem mutilar os fatos, para não alarmar ainda mais os que já vivem alarmados, ressentido-se da insegurança generalizada. Esperamos o tempo em que não mais será necessário fazer o registro de crimes e de atos de violência e selvageria).

(José Prates é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal, percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a família. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente adido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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Mensagem N°32789
De: José Prates Data: Quarta 5/3/2008 09:23:35
Cidade: Nilópolis, Rio de Janeiro

(...)Fiz concurso, passei e fui declarado Oficial de Marinha Marcante, isto em 1978, depois de aposentar-me do serviço público. Embarquei e durante trinta anos cruzei todos os mares; estive em todos os continentes. De oficial subalterno a comandante foram onze anos. Hoje, aos 82 anos, dois anos menos que dr. Oswaldo, continuo trabalhando, agora como dirigente sindical por eleição, vinculado à Vale. Escrevo sempre, não abandonei a máquina, ou melhor, o computador. Teologo, escrevo para dois jornais e uma revista comentário teologico da "palavra de Deus". Estou escrevendo um livro, cujo título provisório é JESUS DE NAZARÉ, O DIVINO E O HISTÓRICO. Estou em terra, mas com saudades do mar. A materia que lhes enviei, gostaria de ve-la publicada em suas páginas. Vaidade de mineiro!
(Ler artigo, mensagem 32792)
José Prates (repórter da fundação de "O Jornal de M. Claros", anos 50)

(José Prates, 81 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros de 1945 a 1958 quando foi removido para o Rio de Janeiro onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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Mensagem N°32590
De: Oswaldo Antunes Data: Terça 4/3/2008 12:46:22
Cidade: Montes Claros

Quatro pessoas, com seu trabalho, ajudaram a fundar o Jornal de Montes Claros. O redator “faz tudo” José Prates, o linotipista único Walter Andrezzo, o paginador também único e que às vezes escrevia alguma coisa sobre esporte, Antônio Meira da Silva e a também única encarregada de assinaturas e distribuição do Jornal, Maria de Oliveira a grande Dona Maria, prima de José Gomes, parente de Propércio e Wagner Gomes. Completamente esquecida hoje, era correta, trabalhadora, morava com a mãe nas proximidades do Cine Coronel Ribeiro; quando a mãe faleceu, passou a viver sozinha. Adoeceu, deixou de trabalhar e sozinha morreu. Foi substituída por José Alves Cruz, o Zé Branco e que tinha apenas um pulmão, pelo que fora “encostado” no jornal pelo Capitão Enéas. Esse “encostado” era quem mais pegava no pesado, derretendo e enformando lingotes de chumbo para as linotipos. Não me refiro a Zezinho Fonseca porque sempre achei eu ele apenas fazia figura...
Falo do Antonio Meira, pela sua seriedade e coragem, no livro “A Tempo” que publiquei recentemente. De José Prates também falo às paginas 160 e 163, Prates era jornalista autodidata, muito inteligente e inventivo. Deve continuar sendo, porque o modo como ele relata o episodio da Santa na mangueira, que é absolutamente verdadeiro, demonstra isso. Quando assumimos a direção de O Jornal, ele parece que se sentiu deslocado. Candidatou-se a vereador, depois pediu demissão e sumiu, literalmente. Fiquei sabendo agora que foi para o Rio, prestou concurso e se tornou oficial da Marinha, percorreu o mundo, se aposentou por idade, e mora atualmente em Nilópolis. A descrição que ele faz do jornal no seu tempo está também correta. Dona Maria, sempre fazia uma ficha dos assinantes, inclusive com a data de nascimento, e essas datas eram publicadas, por semana, assim que o jornal circulava. Era como se fazia a coluna social bem mais simples, e até mais autentica. Cinco pessoas fazerem um jornal noticioso era quase um milagre, mas faziam e para isso, sem as facilidades de coleta de informações que existem hoje, era realmente necessário ao redator a “fazer” a noticia..Talvez depois possamos acrescentar mais alguns detalhes a esse episódio.

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Mensagem N°32560
De: EDILEUSA SOARES Data: Segunda 3/3/2008 19:37:53
Cidade: MONTES CLAROS  País: BRASIL

A Justiça de Montes Claros recebeu a denúncia oferecida contra os autores do homicídio que vitimou o jovem Mário no Rio Congonhas. O interrogatório foi marcado para o dia 10 de março às 15:30 Horas na Vara do Juri em M.claros. Uma informação importante é que todos os seis envolvidos foram denunciados por homicídio, embora somente dois tenham sido autuados em flagrante. É possível que a prisão preventida dos outros quatro seja decretada em razão do grande clamor que o fato causou.

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Mensagem N°32558
De: Gideon Fonseca Data: Segunda 3/3/2008 19:08:52
Cidade: Ribeirão Preto, S. Paulo

Titulo da notícia: Três são assassinados no fim de semana; já são 19 os mortos deste ano em Montes Claros
Nome: Gideon Fonseca
Cidade: Ribeirão Preto/SP
Comentário: Sou aí da região, mas, atualmente moro aqui em Ribeirão Preto/SP, estou pasmo com a onda de violência que está atigindo essa maravilhosa Montes Claros, eu estava até pensando em retornar para morar aí, mas sinceramente do jeito que as coisas andam por aí, vou ficar por aqui mesmo em uma cidade três vezes maior que Montes Claros, e com o indíce de violência muito menor, sem comparação. E, sem falar que não falta emprego aqui na cidade. Políticos da região ajam, Montes Claros não merece essa guerra sem fim.

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