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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Mural

Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°34077
De: Franz Data: Terça 15/4/2008 16:09:43
Cidade: M. Claros

A coisa está realmente feia em M. Claros. Acabo de ver um policial, na garupa de uma moto da PM, portando escopeta.

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Mensagem N°34059
De: Miranda Data: Terça 15/4/2008 11:59:20
Cidade: M. Claros

O senhor prefeito municipal poderia explicar para a população o que aconteceu com a "Patrulha do Silêncio" que chegou a funcionar em M. Claros, com fiscais da secretaria do Meio Ambiente e PMs. Por um bom tempo, a patrulha começou a combater o barulho, com aplauso geral.Mas, Deus sabe por que, ela foi rapidamente desativada, provavelmente por contrariar interesses eleitorais. Desde então, sumiu a patrulha e a lei foi rasgada. (...) Este é o nosso mundo. A lei nada vale. Vale a vontade do poderoso do momento. Até quando?? (...) Vamos esperar.

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Mensagem N°34057
De: GIOVANI ABREU Data: Terça 15/4/2008 11:49:20
Cidade: MONTES CLAROS  País: brasil

Meu irmão e minha vizinha estão com dengue. Montes Claros não foi poupada desta tragédia. Parece que estamos no Egito na época da pragas, vai acabando uma e aparecendo outra.

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Mensagem N°34054
De: Vera Data: Terça 15/4/2008 11:15:40
Cidade: M. Claros

Dengue, crimes, transferência em massa de presos de Belo Horizonte - será este o destino de nossa cidade? Acordem, senhores governantes!

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Mensagem N°34053
De: JANIO OLIVEIRA Data: Terça 15/4/2008 11:12:26
Cidade: MONTES CLAROS  País: BRASIL

Montes Claros teria registrado, somente no final de semana, pelo menos três casos de dengue. é um número preocupante se considerado o silêncio das autoridades de saúde. A populaçao somente ficará sabendo do perigo quando já estiver doente.

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Mensagem N°34052
De: Danielle Data: Terça 15/4/2008 10:58:34
Cidade: montes claros/mg  País: Brasil

o que é preciso para fazer valer a lei de prioridade para gestantes em Montes Claros.Merecemos mais respeito

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Mensagem N°34044
De: Alberto Data: Terça 15/4/2008 10:01:38
Cidade: Montes Claros

Acabo de ligar para a Secretaria do Meio Ambiente para reclamar dos carros de som fazendo propaganda volante com o som nas alturas, o atendente me informou que esta area de poluição sonora quem atua é a Policia Militar e a Transmontes. "Que força é essa que os impede de aplicar a lei? foi a pergunta feita pela Sra. Viviane na mensagem 34027, e eu tambem faço a mesma pergunta.

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Mensagem N°34040
De: Maurício Data: Terça 15/4/2008 09:18:41
Cidade: Montes Claros - MG  País: BRAsil

Flanelinhas do mercado sul de Montes Claros estão no mesmo caminho dos seus "hermanos" dos grandes urbanos do Brasil. Consegui permissão para ali trabalhar já é "cota" valorizada em R$500,00 mensal. Poder público precisa urgentemente intervir, ali o espaço é público.

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Mensagem N°34034
De: Raphael Reys Data: Terça 15/4/2008 07:26:58
Cidade: MOC - MG  País: BR

SABORES DA NOSSA INFÂNCIA - SEGUNDA VIAGEM.

Viajando no arquivo feliz da infância e tendo como companheira de jornada Virgínia de Paula busca no fundo da memória os registros de sabores, aromas e prazerosas lembranças das guloseimas que marcaram a nossa infância campesina.
Eram muito gratas e ainda o são a expectativa de ver passar pela rua o carrinho de pipoca do Rosalvo vendendo mingau baiano com gosto de cravo e canela. O sabor de madeira deixado na boca após mastigar a mutamba, os fiapos de jatobá enganchados entre os dentes, ou grudados no céu da boca e descolados com as pontas dos dedos.
Encravados em nossa memória olfativa ontem, hoje e sempre o dulcíssimo melão de São Caetano arrancado das ramas nas cercas e que deixava a boca melada e o estômago borbulhando. O insubstituível sabor do sorvete em caixa Eskibon com aquela casca crocrante e o seu clone cremoso e com cobertura de chocolate, vendido aqui na terra de Figueira por José Lafetá ( e o seu substituto sertanejo na sorveteria do bairro Roxo Verde).
Encher os bolsos com o doce colibri feito por Ana Veloso. Tínhamos que atravessar a pinguela de madeira que interligava o bairro ao centro, numa verdadeira aventura. Saborear os pastéis Lolita e Lavínia, o doce Queijão feito com leite e ovos e depois uma copada de Qsuco de groselha com os cubos de gelo nadando no líquido vermelho...
Relata-nos dona Ruth Tupinambá, que na sua época o doce da moda era o pudim veludo e o de leite feito por Sinhá Cândida. Outros doces que faziam sucesso nas festas de casamento, batizados eram o siricáia de dona Luiza de Totó, os doces cristalizados, de casca de laranja com rapadura.
Outros doces que encantavam nos anos ainda românticos eram a maçanzinha de côco, os bolinhos da Sinhá, o amor em pedaços, a maçanzinha com folhas de jabuticaba e os doces de festas feitos pelas irmãs Conceição e Helena Melo Franco.
A goiabada cascão feita por Domingão Tupinambá e as cocadas com doce de mamão feitos por Swagar.A groselha de fundo de quintal de João de Paula.
O queijo catupiry na caixa de madeira, o caldo de mel de laranja baiana sem umbigo feito por dona Fina de Paula. A moreninha de rapadura, bicarbonato e laranja da terra. A jacuba de raspa de rapadura de Monte Azul com água e farinha de milho, um hidromel curraleiro.
O doce em casca de dona Vina, os roletes de cana caiana na talisca de bambu verde e posto no tabuleiro por seu Carrim. Os incríveis bolos caramelados de dona Eulina Souto, os sapotis de Sá Rita no tabuleiro, as quitandas de dona Liça, os doces de Aracy com seus casadinhos em formato de meia lua.

Os frutos do cerrado que enchiam as nossas panças de alegria: a cagaita de vez, já que a madura embriagava. O murici bem molinho e com o olho que tudo vê no meio, a araçá, a goiaba dos deuses, o panã ou cabeça de nego que deixava um cheiro que buscava nossa pituitária a um quilometro de distância.
Almoçar um arroz de forno pincelado com gema de ovos e preparado por João Aprígio tendo como sobremesa o manjar de côco com ameixas pretas e calda de mamão.
Um bom surubim assado ou um pacomã grelhado com uma suculenta fatia de moranga um gole de frisante Michellon bebido escondido, dois copos de água da fonte do DER esfriadas na bilha de barro e para dar o arroto final, uma talhada de melancia da praia.
A sesta sob a sombra de um umbuzeiro esticado numa rede de palha cheirosa de tucum sob os raios abrasadores do sol da tarde. Acordar às 15 horas e se deliciar com uma poção de bolota de queijo com marmelada cascão e uma ambrósia gelada sorvendo um grapette.

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Mensagem N°34030
De: Gonzaga Data: Segunda 14/4/2008 22:12:59
Cidade: Montes Claros

Infelizmente temos que admitir e engolir essa situação absurda da poluição sonora. A omissão e o descaso com esse tipo de coisa e "normal", num país onde os políticos são covardes e não tem coragem de assumir suas obrigações e mexer no interesse de uma minoria. E não adianta gritar e espernear, fazer "abaixo-assinados", fazer centenas de mensagem nesse tão conceituado espaço. A polícia e a Prefeitura não têm resposta, não tem ação e não parecem dispostas a enfrentar tanto gente, literalmente fora da lei. Barzinhos, boates, casas de aluguel de festas, carrocinhas de CDs piratas, bicicletas e carros de propagandas, igrejas, lojas, enfim, um infinidade de casos e (inr)responsáveis. Eu não entendo essa matemática eleitoral, onde essas autoridades não enxergam a quantidade de famílias, entre enfermos, doentes,idosos e crianças, todas vítimas desse inferno. Todos somos eleitores e temos opinião formada sobre esse tipo de tratamento e omissão. Não há desculpa prá deixar as rédeas soltas. Não cola a desculpa de que todos tem de trabalhar, são pobres coitados, vítimas do desemprego da crise. É bom lembrar que o tráfico de drogas forma uma cadeia produtiva de emprego e muita renda.Portanto, é preciso de políticas públicas sérias para tratar desse assunto, do contrário é o caos generalizado, a anarquia total, um "salve-se quem puder" e finalmente un "DEUS NOS ACUDA".

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Mensagem N°34029
De: Iris Data: Segunda 14/4/2008 22:08:17
Cidade: Moc

Há muitos relâmpagos na parte leste de Montes Claros. Vai chover.

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Mensagem N°34027
De: Viviane Data: Segunda 14/4/2008 21:05:40
Cidade: M. Claros

O que faz com que o poder publico, a policia, a secretaria do meio ambiente, não toma nenhuma providencia com essa barulheira infernal dos carros de som em Montes Claros? Que força é essa que os impede de aplicar a lei?

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Mensagem N°34015
De: celso Data: Segunda 14/4/2008 17:17:06
Cidade: Campinas/ Sao Paulo

acerca da Mensagem N° 33973 faço minhas suas palavras eu que já não moro mais na nossa querida cidade nem ao menos sabia que já tínhamos um prisão de tao alta periculosidade, quanto mais que estamos recebendo essa escória da Capital. Acorda Montes Claros, vamos parar de bairrísmos e vamos ver a quantas andam as outras cidades que não permitem tais atos impertinentes da administração. cresça Montes Claros

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Mensagem N°34010
De: JURACY OLIVEIRA Data: Segunda 14/4/2008 15:38:52
Cidade: MONTES CLAROS  País: BRASIL

O barulho em Montes Claros para ser eliminado passa também por uma outra providência: a população ser conscientizada a boicotar as promoções barulhentas ou os produtos vendidos por eles. Pode nascer daí uma nova cultura de reprovação do barulho que inferniza os moradores da cidade.

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Mensagem N°34009
De: Jason Pereira Amaral Data: Segunda 14/4/2008 15:07:27
Cidade: São Paulo/SP

[email protected]
Antes tarde do nunca: amanhã dia 15/09/08 as 9:00hs, na Av.dos Andradas, 1120 -Belo Horizonte-MG, será realizada abertura das propostas para o tão sonhado asfaltamento entre São Franciso e Pintopólis.Rezemos para que tudo dê certo o mais rapidamente. Amém.

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Mensagem N°34001
De: Felipe Data: Segunda 14/4/2008 13:13:58
Cidade: Montes Claros

Sr. Agnaldo,
Lei nós temos. Ano passado a Prefeitura aprovou o que ela classificou como "a mais moderna lei de meio-ambiente do país". Até fogos de artifício estão proibidos (apesar de a própria Prefeitura desrespeitar essa norma). Assim, a diferença entre Montes Claros e Brasília deve ser a fiscalização do cumprimento da lei.

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Mensagem N°33999
De: Gonzaga Data: Segunda 14/4/2008 12:49:32
Cidade: Montes Claros

Compartilho sua preocupação Jucimar com essa questão do barulho. Você tem razão quanto a pedir que a justiça se manifeste. Queremos ver os promotores mandando prá cadeia os políticos corruptos, mas precisamos do apoio deles nas questões mais domésticas, como é o caso da poluição sonora, que já é um problema, mais do que confirmado, de saúde pública. Além disso há o desrespeito flagrante às autoridades públicas e muita omissão por parte dela em muitos casos. Aqui no Cintra, o pátio de um posto de Gasolina na Av. Cel. Luis Maia tem tirado o sono da vizinhança. A moçada chega embriagada das festas e quer continuar a farra no posto. E de nada adianta as placas colocadas proibindo e falando do rigor da lei. Eles não estão nem aí. Se não houver repressão pesada com apreensão dos carros e até mesmo prisão desses folgados, tudo vai continuar na mesma.

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Mensagem N°33997
De: Jucimar Santos de Oliveira Data: Segunda 14/4/2008 11:23:55
Cidade: Montes Claros/MG

Gostaria de pedir ao Exmo. Sr. Promotor de Justiça que faça alguma coisa para acabar com a poluição sonora que assola Montes Claros, apesar de termos uma Secretaria do Meio Ambiente, esta não vem cumprindo o seu papel. No centro da cidade existe tantos carros de som, bicicletas de som carrocinhas de cd vazendo barulho, alem dos locutores nas portas das lojas, isto sem falar nos carros como som parecendo verdadeiros trios eletricos com o som tão alto que nas ruas ou dentro dos estabelecimentos comerciais, escritorios ou repartições publicas as pessoas se comunicam gritando umas com as outras, festas e eventos barulhentos ocorrem em varios pontos da cidade de madrugada, sem nenhuma consulta as pessoas que moram na vizinhança, tirando o descanço das pessoas, esta situação já existe a muito tempo e nada acontece. Acredito que somente com a intervenção da justiça ficaremos menos surdos e menos estressados. Obrigado

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Mensagem N°33990
De: João Nunes Data: Segunda 14/4/2008 10:00:07
Cidade: M. Claros

Foi rápido. Já neste fim de semana muitas lojas da antiga Telemig Celular passaram a exibir o logotipo da nova empresa - Vivo. Esperamos que a concorrência melhore os serviços. O Triângulo mineiro já tem o 3G e nós nem data para isto temos.

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Mensagem N°33972
De: welberth guimaraes Data: Domingo 13/4/2008 18:49:55
Cidade: montes claros  País: Brasil

eu fui vitima da violencia ,esta violencia que nos impede de sair de casa de levar uma vida normal.mas porem que deveria fazer alguma coisa quanto a isso ,esta em um lugar pode se dizer seguro,enquanto nos os peitos de aco corremos risco ai pelas ruas. Mas isso nao e de madrugada nao nen tarde da noite,isso e ai mesmo na frente de sua casa 10 horas da manha 4 horas da tarde...
quero chegar ao ponto que seguranca publica quase nao existe......eu sou vitima dela.Mas ainda agradeco por esta aqui falando de violencia.....voce que esta lendo pode nao entender de medicina mas vou te contar oque aconteceu comigo...depois de um assalto levei um tiro de revolver calibre 38 na coluna,,,,na altura da t5 vertebra que me deichou paraplegico;;;;;;;a bala passou em varios locais vitais...os medicos nao entenderam como ela nao atingiu a veia orta , o esofago sem falar que passou milimetros do coracao.
agradeço muito de coracao ao pessoal do samu que foi rapido e soube vagir de maneira correta .Porque se nao nao era eu que estava contando esta historia que aconteceu comigo....

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Mensagem N°33968
De: Rafael Melo Data: Domingo 13/4/2008 16:25:06
Cidade: Assuncion, Paraguai

Nome: Rafael Melo
E-mail: [email protected]
Cidade/UF: Asuncion - Paraguai/
Mensagem: Boa tarde eu queria q o locutor mandasse um alô pra galera de montes claros q estuda medicina aqui en Asuncion no Paraguai!!!! Sempre nos reunimos pra escutar a 98 e matar a saudade de moc!!! Abraço e muito obrigado!!

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Mensagem N°33962
De: Luiz de Paula Data: Domingo 13/4/2008 12:58:23
Cidade: Montes Claros

(Do livro "Por Cima dos Telhados, Por Baixo dos Arvoredos" - Parte 2)

TEMPOS HERÓICOS

Cada geração é propensa a crer que está vivendo em um mundo feito e acabado. Pura ilusão. Estamos ainda na aurora da vida humana. Ainda não acabamos de viver os chamados "tempos heróicos", do início da civilização.
A vida surgiu na superfície terrestre há cerca de 3.7 bilhões de anos - uma alga microscópica, feita de uma única célula, submersa em água parada aquecida sob o sol, penetrada por raios ultravioleta.
Mas o "homo sapiens" caçador nômade, vestindo peles de animais e utilizando apenas objetos de pedra, osso e madeira, só apareceu na Europa há 35.000 anos e dessa maneira viveu até há cerca de 10.000 anos. Foi a partir daí que os homens deixaram de ser nômades, instalando-se em aldeias, inventando a agricultura, a domesticação dos animais e descobrindo, mais tarde, a metalurgia.
Há cerca de 7.000 anos o homem criou a escrita.
A expectativa da permanência da vida humana no planeta é avaliada em cerca de 100.000 anos, quando o aquecimento da temperatura global provocar o degelo das calotas polares.
A nossa civilização encontra-se, portanto, ainda na infância. Muita água vai passar por baixo da ponte.
Haverá à frente de cada geração imenso futuro para a evolução do conhecimento, num ritmo que se tomará mais acelerado com o correr do tempo. Enquanto houver vida inteligente no planeta.

SONHANDO ALTO

Um mundo estável está cedendo lugar a uma era de profundas mudanças. Cabe-nos considerar que só temos uma vida e para merecê-la devemos procurar vivê-la pelo menos com um mínimo de compreensão pelo que nos envolve, pelo que nos rodeia.
De outra parte, a vida é dura. Ela nos impõe um sentido aritmético de deve/haver, de pode-não-pode, um compasso binário limitando as opções a uma dicotomia de vence-ou-perde, de vive-ou-morre.
Mas tendo embora os pés firmes na terra - é necessário tê-los e ai de quem não os tenha - urge que para se fazer jus ao prêmio de ter nascido se abram portas e se criem asas em cada um de nós. E se alcem vôos em busca de melhor compreensão da vida.
Nesse sentido, cabe papel importante a instituições como as universidades abertas a pesquisas.
Mas em qualquer instituição, como em tudo, o principal elemento, o componente mais importante é o homem. Que no DEVE-HAVER da vida encontra oportunidades para refletir sobre sua origem e destino. E erguendo os olhos, mais ao alto, possa vislumbrar luminosidades onde entreveja, quem sabe, a própria morada do impossível.

O MENINO

“No sertão onde nasci canta a juriti, canta o lenhador..”.
Nasci a 27 de junho de 1917, no então povoado de Várzea da Palma, "termo de Pirapora, comarca de Curvelo", como dizia Tertuliano Silva, vulgo Tatú, orador oficial da comunidade, nas horas vagas que lhe permitiam suas atividades de ferreiro, armeiro, relojoeiro, mecânico, barbeiro, artista cênico e presidente do Clube Lítero Recreativo.
Aos três dias de nascido apanhou-me de jeito uma febre alta, com desfalecimentos. Tão grave se tomou o quadro clínico que minha mãe mandou chamar, às pressas, o velho ferreiro Bertolino Ponciano, homem bom, temente a Deus, para batizar o menino, sob o temor maior de que viesse a morrer pagão.
Graças a Deus, o menino escapou e algum tempo depois, pelas mãos e orações de Frei Braz, padre franciscano, vigário de Pirapora, foi batizado com o nome de Luiz Gonzaga. No registro civil, no Cartório do sr. José Álvares da Silva, em Pirapora, o pai registrou-o sem o “Gonzaga” e assim o novo cidadão ficou com o nome de Luiz de Paula Ferreira.
Quando ultrapassou os três meses de nascido e começou a engatinhar, o menino ganhou um patuá para pendurar no pescoço e adquiriu o direito de ficar solto pela casa, pelado como nasceu, para arrastar-se.
- Como vai o menino, já está caminhando?
- Não. Ainda está se arrastando...
Arrastando-se a criança ficava por alguns meses, a princípio dentro de casa e depois, com o aumento da mobilidade, embarafustava-se pelo quintal e transpunha a porta da rua, sempre nuelo e sujo, ora rindo ora chorando ou brincando com o que encontrasse no caminho. E pondo na boca o que a mão fosse capaz de abarcar. Com o patuá de proteção contra quebranto e outras mazelas da vida, a balançar no cordão preso ao pescoço.
A propósito, minha mãe contava o caso do escravo a quem o rei mandara levar uma moeda de ouro para uma criança naquela faixa etária e na volta perguntou-lhe se fizera a entrega ao menino. O escravo respondeu que sim. Fizera a entrega ao menino.
- E que fez ele com a moeda? perguntou o rei.
- Ele guardou a moeda.
- Mentira! Berrou o rei. E ordenou que castigassem o
mau portador com vinte chicotadas e quinze dias de calabouço. E explicou:
- Menino que está se arrastando, tudo que lhe vai às mãos leva à boca.
Foi por isso que ainda nessa fase inicial de minha existência enfrentei pela segunda vez grave risco de perder a vida.
Em frente à nossa casa de morada e venda de meu pai havia alguns moirões de amarrar animais de sela e carga. Era a versão daquele tempo para a área de estacionamento de veículos que alguns estabelecimentos comerciais oferecem hoje a seus clientes.
Em um desses moirões estava amarrado um cavalo doente de peste. Meu pai, com sua experiência de vinte e cinco anos de tropeiro, estava tratando do animal.
Com uma colher grande, de cabo longo, apropriada à finalidade, meu pai havia empurrado pela goela abaixo, do animal empesteado, boa porção de um pó branco denominado tártaro emético.
Quem já fez ou já viu fazer esse tratamento sabe como é.
O animal reluta em aceitar o remédio. Reage. Estica o cabresto que o prende ao moirão, balança a cabeça com violência, mastiga a colher, escoiceia, relincha alto, baba, lambuza a colher e as mãos do tratador, mas afinal deglute a maior parte do medicamento.
E a colher é retirada, cheia de baba empesteada e restos do remédio.
No caso em referência, meu pai retirou a colher e jogou-a de lado, para cuidar do animal, acalmá-lo, passar-¬lhe a raspadeira e levá-lo até o mangueiro que ficava do outro lado da rua, em frente à venda.
Em seguida voltaria para mandar lavar e guardar a colher. Eu, que estava na minha, numa boa, como se diz hoje, arrastara-me para perto a fim de melhor presenciar aquela cena curiosa de homem dando remédio ao cavalo. E quando a colher foi atirada ao chão e o homem e o animal - retiraram, não tive dúvidas. Arrastei-me até lá, apanhei a colher, e na impossibilidade de metê-la na boca, afinal o cavalo é mais bem dotado do que os humanos, passei a lambê-la. Pus-me a lamber aquela mistura de tártaro emético com baba empesteada.
Minha mãe encontrava-se na cozinha, cuidando do almoço, quando Maria de sia Marta, a moça que cuidava (e descuidava) de mim, chegou esbaforida e foi despejando: "corre lá fora, Dona. O menino tá gumitando. Ele comeu o remédio do cavalo".
Minha mãe, chegando à porta da rua, me viu caído e correu para mim, e levou-me meio desacordado para dentro de casa e forçou-me a continuar vomitando. Ela acudiu-me a tempo. Passei mal mas sobrevivi.
Foi a segunda vez, em pouco tempo de nascido, que corri risco iminente de perder a vida.
De então até hoje muita água passou por baixo da ponte.
.

(continuará, nos próximos dias, até a publicação de todo o livro, que acaba de ser lançado em edição artesanal de apenas 10 volumes)

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Mensagem N°33955
De: Larissa Alencar Data: Domingo 13/4/2008 10:24:22
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

A cada dia este site montesclaros.com me surpreende. Fiquei muito feliz com a notícias de que publicarão o novo livro do Sr. Luiz de Paula, nos brindando como um literatura de primeira qualidade. Ter o privilégio de ler os escritos deste grande escritor é uma dádiva para nós norte-mineiros. Este escritor sempre foi um homem à frente de seu tempo e ter a satisfação de viver no mesmo espaço de tempo que ele, apesar da diferença de idade, é poder conhecer costumes de outras épocas e ao mesmo tempo absorver conhecimentos de quem já viu e viveu muitas experiências. Um abraço Dr. Luiz de Paula, que nós seus leitores e seus familiares, incluindo os netinhos queridos, tenhamos o privilégio de sua companhia por muito tempo. Larissa Alencar

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Mensagem N°33954
De: antonio Data: Domingo 13/4/2008 09:26:29
Cidade: montaes claros

montes claros virou alivio de supressão presidiaria do estado, diante deste comfomismo todo o que as autoridades, os meios de comunicações estão fazendo para esclarecer a população do perigo que a cidade esta correndo? a cidade de contagem com 700 mil habitantes e uma renda percapta muito alem da nossa cidade quer se aliviar dos seus problemas as nossas custas?

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Mensagem N°33952
De: Petrônio Braz Data: Domingo 13/4/2008 07:38:34
Cidade: Montes Claros/MG

Acabou em tiros (e morte) discussão durante uma calourada em Montes Claros, hoje de madrugada. A festa acontecia na Faculdade Santo Agostinho, no bairro JK. A Polícia Militar informou que, por volta das duas horas, o detetive Farley Alves Albuquerque, de 29 anos, e o estudante (e comerciante) Madson Antônio Vieira de Melo, de 27, se desentenderam "por motivos desconhecidos". Segundo a PM, Farley Alves atirou duas vezes contra Madson Antônio, que foi socorrido por bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. (Madson seria filho de um policial militar). Este é o vigésimo-sétimo homicídio registrado este ano em Montes Claros.
Notícia de primeira mão do montesclaros.com.
Aqui cabe perguntar: Se os não policiais não podem portar arma, é justo que um policial, não em serviço, em festa de Escola possa portar arma? Onde fica a segurança dos não poiliciais?
A população brasileira disse "não" à legislação sobre desarmamento, mas a lei prevalece vigorando só para os civís. Então se pergunta, outra vez: Para que serviu o referendo.

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Mensagem N°33939
De: LÚCIO GUIMARÃES Data: Sábado 12/4/2008 17:07:08
Cidade: MONTES CLAROS

Há pouco mais de uma hora (15:30) houve uma explosão na obra da COPASA na Av. Dep. Esteves Rodrigues com R. Reginaldo Ribeiro, sem que a população próxima do local fosse avisada, e graças a Deus tudo não passou de um susto grande para quem mora, trabalha e estuda lá perto. Isso não diminui a irresponsabilidade dos “irresponsáveis” pela obra. Para isolar o local foi usado um ônibus, não havia policiamento para garantir a segurança, como também não houve notificação ao Exercito e a Policia Federal, para utilização de explosivos segundo ouvi dos próprios operários quando a Policia Militar chegou ao local acionada pela população devido ao susto. Mais uma vez fica comprovado que Montes Claros esta jogada as cobras pelas suas autoridades.

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Mensagem N°33926
De: Augusto Vieira Data: Sábado 12/4/2008 11:42:09
Cidade: Belo Horizonte

Obrigado Marinho Alaor. Realmente, Alice era irmã de Cyro. Ela e Maria, a zelosa empregada, cuidavam de Carlotinha e Biela. Biela foi minha primeira professora de piano. Nosso Mural é bom é por isso mesmo. Os amigos participam e fazem com que as verdades históricas se cristalizem mais claras, no presente. Já troquei, em meu site, a palavra parenta pela palavra irmã, embora saibamos que irmã seja também parenta consagüínea. Mas a palavra parenta não ficou muito bem no texto, do qual você passa a ser, doravante, co-autor, como já o era, com Haroldinho, do "Samba do Sô Nem", em homenagem a nosso inesquecível Nem Passarela. Valeu, caro amigo.

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Mensagem N°33924
De: Drumond Data: Sábado 12/4/2008 11:35:16
Cidade: M. Claros

Os prefeitos acusados de corrupção voltaram para casa mais cedo do que admitia o maior dos otimistas. Volta inclusive o prefeito Bejani, de Juiz de Fora, apanhado com 1 milhão de reais em casa, além de arma privativa do estado. O que acontecerá? Nada. Como sempre.

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Mensagem N°33922
De: Lucas Data: Sábado 12/4/2008 11:21:29
Cidade: Montes Claros  País: Braisl

Com respeito da mensagem n° 33872 de Raphael Reys. Assim como eu, várias outras pessoas que não conviveram com os célebres historiadores(moradores mais antigos de Montes Claros), quem souber ou ouviu alguma história do tipo, coloquem no mural.

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Mensagem N°33919
De: Hugo Data: Sábado 12/4/2008 09:58:27
Cidade: Moc

Acabou de sair: "Justiça manda soltar todos os presas na operação Pasárgada".
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região entendeu que a atuação do Corregedor Geral é meramente administrativa, não tendo competência para decretar prisões.

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Mensagem N°33918
De: Amanda Data: Sábado 12/4/2008 09:51:14
Cidade: MOC

E os carros de som continuam a nos torturar no centro de Montes Claros.

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Mensagem N°33917
De: Médico Data: Sábado 12/4/2008 09:43:59
Cidade: Montes Claros-MG  País: Brasil

Sobre o homicídio ocorrido em uma festa no JK : - O Agente de Polícia foi à festa a serviço? Se não , para que ir a uma festa armado? Um médico quando vai a uma festa não usa nenhum material de trabalho, e a maioria não usa sua carteira de trablho para obter "privilégios" perante a sociedade.
Sugiro que a Secretaria de Defesa Social inclua nas suas provas de seleção questões práticas tiradas do cotidiano envolvendo profissionais da area de segurança sem conduta libada.

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Mensagem N°33915
De: Mário Alaor Data: Sábado 12/4/2008 09:03:54
Cidade: Montes Claros-MG  País: Brasil

Amigo Augusto Vieira, embora você não tenha dito, creio que saiba o grau de parentesco de sua ex vizinha Alice Versiane dos Anjos com Ciro dos Anjos.Mas para os que não sabem informo que eram irmãos.

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Mensagem N°33913
De: Jorge Silveira Data: Sábado 12/4/2008 08:30:05
Cidade: Montes Claros

A Polícia Federal encontrou mais de um milhão de reais em dinheiro vivo na mansão do prefeito Alberto Bejani, de Juiz de Fora. Dinheiro que ele não receberia de salário nos quatro anos de mandato. Bejani era radialista antes de entrar na política e seu meio de transporte era uma bicicleta. Quem vive em Juiz de Fora há mais tempo sabe muito bem disso. Foi prefeito por dois mandatos e deputado estadual. Ficou milionário com a política, a ponto de ter mais de um milhão de reais guardados em casa. Como adquiriu essa fortuna? Com o salário provavelmente não foi. Mas a história de Bejani é muito semelhante a de muitos outros políticos brasileiros (infelizmente a maioria), que já entram na política com o único intuito de enriquecimento fácil. Em Montes Claros mesmo todo mundo conhece histórias semelhantes. Mas o que mais impressiona é a impunidade que reina neste país. O sujeito entra para a vida pública pobre, fica milionário da noite para o dia, todo mundo se escandaliza, mas fica tudo por isso mesmo. Nunca ninguém viu político ir para trás das grades ou mesmo ter que devolver dinheiro ao erário. É por estas e outras que o cidadão não acredita mais em nenhum político. Conserta, Brasil!

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Mensagem N°33908
De: Ivanete Figueiredo Data: Sexta 11/4/2008 21:18:40
Cidade: Uberlândia/MG

Fiquei mui feliz de pode ver a foto de Padre Henrique neste mural. Passei minha infância no bairro Santa Rita , onde ele celebrava as missas de domingo, fiz questão de que ele celebrasse o meu casamento em 1994 e há muito tempo não o vejo. Muita saúde para o Senhor Padre Henrique.

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Mensagem N°33906
De: Ruth Tupinambá Data: Sexta 11/4/2008 19:49:15
Cidade: Montes Claros

Piquenique a cavalo

Ruth Tupinambá Graça

Quem não tem cão caça com gato.
Era o que acontecia, precisamente nos anos trinta.
Com a falta do automóvel, principalmente em nossa cidade, os passeios a cavalo eram a grande moda.
Era um piquenique programado e discutido, bem organizado, no qual os mais interessados eram os rapazes e moças da nossa sociedade.
Hoje, que os carros entopem as ruas dificultando o trânsito, e qualquer guri de quatorze ou quinze anos brinca de cavalo de pau em plena avenida, pondo em risco a sua própria vida e principalmente a dos pedestres, o inocente passeio a cavalo parece à juventude atual coisa da Idade da Pedra. Entretanto, isto acontecia a pouco mais de meio século, quando o automóvel era fruta rara em nossa cida¬de, poderia ser contado nos dedos, pertencendo, na certa, a algum político importante ou a representantes de firmas estrangeiras.
Com a falta das rodovias, o veículo chegava aqui no sertão encarapitado nos vagões da Central do Brasil recém¬inaugurada. Este espetáculo causava admiração e muita gente boa largava seus afazeres para assistir o desembarque dos carros.
Nesta altura, o cavalo gozava de grande prestígio.
Era respeitado e cobiçado. Todo fazendeiro que se prezava, possuía uma boa tropa, um puro sangue marchador para suas viagens, um muito especial para dona patroa e filhas donzelas, e ainda um pequira para o caçulinha.
Avaliem então, a importância daquele passeio a cavalo, naquela época. Além do esporte, unia o útil ao agradá¬vel, pois para os namorados era uma grande oportunida¬de...
Uma semana antes começava a nossa via-sacra (desculpando a comparação) pois o mais difícil era conseguir os benditos cavalos, bons e bonitos, dignos de nossa excur¬são. Queríamos montar elegantemente e não em qualquer pangaré.
Os fazendeiros se esquivavam a emprestá-Ios (os mais supersticiosos) alegando que a mulher estragava os passos dos garanhões, que uma vez montados por elas, perdiam o calor e se tornavam fracos e mofinos.
Mas a nossa turma era insistente: Ieda Maurício, Maria e Ydoleta Maciel, Walkíria Teixeira, Bela e Lourdes Oliveira, Alaíde Amorim, Lucy e Aracy Zuba, Zuleika e Mary Bessoni, Nenzinha Athayde, Biá e Jacy Fróes, Car¬men e Yris Sarmento, Alba e Yika Fróis e outras, com os respectivos namorados e vários outros rapazes que aderiam ao nosso piquenique, com muita alegria.
Nós perseguíamos os fazendeiros enfrentando-os numa tremenda cara de pau. Muitas vezes recebíamos um não e até grosserias, mas havia, em compensação, os educados e cavalheiros: seu Athaydinho, João de Figueiredo, Levindo Dias, Dr. Plínio, Mauro Moreira, Nozinho Cola¬res, Orfeu Fróis, João Câmara, Chiquinho Veriato, Altino Maciel, Carlos Sapé, Elpídio da Rocha, Domingos e Valeriano Lopes, Chico Peres, João Mendonça, Argemiro Machado e outros. Estes, embora preocupados, eram incapazes de desapontar aquelas beldades.
E (com cara de anjo), conseguíamos tudo: cavalos especiais, celas e arriadas caprichadas, até chicotinhos de estimação encastoados de prata.
No domingo cedinho, enfatiotadas num culote e guarda-pó de brim, botas de cano alto, encarapitadas nos enormes cavalos e enquanto a turma se reunia no Largo da Matriz, as que montavam melhor, galopavam pelas ruas da cidade numa total exibição de boniteza sob os olhares curiosos espiando aquelas amazonas improvisadas que cavalgavam com desembaraço, açoitando os chicotinhos. E, apertando as esporas nas gordas barrigas dos animais que, ao se sentirem espetados, arribavam as enormes caudas, soltavam aquela barreIa e disparavam loucamente.
Nesta estrepolia os bonitos chapéus Ramenzoni (o mais chic da época) voavam das nossas cabeças enquanto os moleques os apanhavam, correndo atrás dos cavalos, fazendo grande anarquia.
Reunida a turma, partíamos para a Fazenda da Lapa Grande, propriedade do senhor Filomeno Ribeiro. Era um percurso bem grande para quem não tinha experiência de cavalgar. Mas, ao lado do bem amado, ouvindo doces palavras, o canto dos passarinhos, a beleza das flores e dos verdes campos, queríamos mesmo era que aquela estrada nunca terminasse.
Na Fazenda, dona Laudy, uma perfeita anfitriã, nos esperava com uma enorme mesa de lanche. Um café com leite caprichado, biscoitos e bolos variados, queijo e requeijão especiais, mingau e pamonhas de milho verde, caldo-¬de-cana fresquinho, tudo numa incrível fartura.
Até o sanfoneiro já nos esperava. Dona Laudy era muito alegre e gostava de ver a moçada dançando, num forró animado, que nem as botas nem o calor nos impedia de aproveitar ao máximo.
Na volta já não galopávamos com tanto entusiasmo.
Algumas companheiras, menos experientes, com o bumbum em pandarecos ansiavam por um banho refrescante. Isto acontecia também a certos rapazes, que vindos de Belo Horizonte, principalmente bancários (inexperientes em equitação) ficavam totalmente extropiados.
Um mês depois, prazo suficiente para os fazendeiros curarem as pisaduras dos seus belos animais, e esquecer¬mos os estragos provocados pelas selas, começávamos novamente a organizar o próximo passeio. Aquele piquenique a cavalo era de fato uma festa constante para todas nós, do qual não abríamos mão, e que até hoje ainda senti¬mos grande saudade... tempo bom que passou deixando marcas profundas, que maltratam o meu velho coração.

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Mensagem N°33902
De: Sinval Data: Sexta 11/4/2008 19:27:49
Cidade: Distrito Federal

Pelo que entendi, Montes Claros agora virou Hotel de Trânsito para Bandido. É isto? E com a colaboração de nossas próprias autoridades? - Estamos perdidos. É o fim.

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Mensagem N°33900
De: Waldyr Senna Data: Sexta 11/04/2008
Cidade: Montes Claros

Presente de grego

Waldyr Senna Batista

As declarações em contrário não conseguiram dissipar o temor generalizado de que se repetirão as transferências de criminosos de alta periculosidade, de outras regiões para o presídio de Montes Claros. O juiz Isaias Caldeira Veloso, da vara de execuções penais, assegura que só consentiu na vinda de mais 99 presos sob a condição de que esta seja a última vez. “Não aceitarei mais que nenhum preso de outra região seja transferido para o presídio desta cidade”, disse.
Contudo, aconselhável que a clara disposição do magistrado fosse reforçada pelo prefeito Athos Avelino que, afinal, é o grande responsável pela construção do presídio. Sob seu comando a prefeitura fez a doação do terreno e ele convenceu os moradores do bairro Village do Lago a aceitar o empreendimento, argumentando que a nova cadeia seria fator de desenvolvimento naquela parte da cidade. Os moradores cederam e o prefeito até relacionou a obra, viabilizada com recursos do governo estadual, entre as que, sob o mesmo sistema de “parceria”, estão sendo executadas na cidade.
Ultimamente, esse item foi discretamente suprimido das peças publicitárias da administração, provavelmente porque o chefe do executivo percebeu a inconveniência do seu registro na delicada fase de conquista de votos pela reeleição. Trata-se de autêntico presente de grego, ainda que empacotado como solução para o eterno problema da cadeia que historicamente tanto intranqüiliza a população. Mas, nesse momento crucial, em que se configura conflito no uso do presídio, o prefeito tinha o dever de se pronunciar, condenando a transferência dos presos, ao menos como respaldo à posição do juiz, e dizer ao governo estadual que também repudia esse tipo de procedimento. Ao autorizar a vinda dos presos, o juiz ao menos foi sincero ao se mostrar consciente dos efeitos negativos da medida, confessando que “autorizei porque entendo os esforços da Secretaria de defesa social em humanizar e melhorar o sistema carcerário”. O prefeito manteve-se calado.
Esse silêncio poderia ser tomado como admissão de conhecimento prévio do perfil do presídio. A própria denominação do presídio leva a essa presunção. Para efeito da burocracia, ele é identificado como “Centro de remanejamento de segurança prisional”. Remanejar significa trocar, mudar de um local para outro, e é o que têm feito as autoridades do sistema de segurança pública. Dava para desconfiar desde o momento em que foi expedida a ordem de execução da obra...
As inconveniências oriundas da instalação de um presídio com capacidade para 660 presos são notórias. Várias cidades queixam-se amargamente, entre elas Santa Luzia, Ribeirão das Neves e Contagem, as três nas proximidades da capital, que acolhem os mais perigosos bandidos do Estado. No entorno dos presídios surgem, fatalmente, comunidades identificadas com o crime, constituídas por familiares dos presos e comparsas deles. Em razão disso, em vez de reduzir os índices de crimes nas cidades, esses presídios fizeram foi incrementá-los, até porque do interior deles é que são comandados os grupos mais perigosos que agem do lado de fora.
Inaugurado há poucos meses, o presídio de Montes Claros já abriga 470 presos, estando próximo da saturação, e se não houver reação de repúdio por parte das autoridades locais, poderá chegar à superlotação, que é a característica de todos esses estabelecimentos no país inteiro. O “cadeião” da BR 135, a famosa “caixa de isopor”, semi-desativado, foi construído com capacidade para 130 presos e tinha mais de 300. O novo chegará aos 1.000, se o prefeito Athos Avelino não se manifestar de forma incisiva, como o fez o juiz Isaías Caldeira Veloso, repudiando sua utilização na política de “remanejamento” em curso.

(Waldyr Senna é o mais antigo e categorizado analista de política em Montes Claros. Durante décadas, assinou a "Coluna do Secretário", n "O Jornal de M. Claros", publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política e da história política contemporânea do Brasil).

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Mensagem N°33898
De: VICENTE Data: Sexta 11/4/2008 17:19:35
Cidade: montes claros

Nós moradores da imediação do campo do ateneu, gostaríamos que as autoridades mandassem vistoriar aquele terreno, urgentemente, para uma possível limpeza, tendo em vista a infestação de tudo (cavalos, cachorros, ladrões, ratos, mosquitos de toda espécie, etc.

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Mensagem N°33897
De: cassio Data: Sexta 11/4/2008 16:26:45
Cidade: montes claros  País: brasil

o barulho realmente tomou conta de moc,na rua angelo de quadros tem um bar que parece mais uma boate,a noite o som abala o sono dos vizinhos,respeito acabou em festa.

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Mensagem N°33895
De: silvana Data: Sexta 11/4/2008 15:55:25
Cidade: Montes Claros/MG

Acharam o carro roubabo na antiga estrada de Coração de Jesus, levaram as rodas e a bateria e abandonaram próximo ao posto barralII.
Obrigada.

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Mensagem N°33894
De: Antônio Augusto Souto Data: Sexta 11/4/2008 15:34:13
Cidade: Montes Claros/MG

E-mail: [email protected]
Telefone: (38) 32132329
Acabo de receber, em meu local de trabalho, um mimo do querido amigo poeta, historiador e cronista Reivaldo Canela. O gesto de extremo carinho, materializado no livro "Menino Pescador" - o primeiro do filho talentoso de Cândido Canela - alegra-me e me emociona. Alegra-me, porque, no meu entendimento, a obra veio para enriquecer a cultura destes Montes Claros; emociona-me, porque traz, na dedicatória e entre nomes tão ilustres, o meu, tão humilde Parabéns, Reivaldo, pela obra! Obrigado, amigo. pela gentileza! Parabéns, Montes Claros!

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Mensagem N°33881
De: Izabel Data: Sexta 11/4/2008 12:08:40
Cidade: Montes Claros

Não adianta a comunidade fazer a sua parte no combate a dengue se a Prefeitura não fizer a sua parte, como por exemplo, o aquario da Praça Irmã Beata cheio de larvas do mosquito e bem em frente a um hospital.

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Mensagem N°33878
De: Paulo Data: Sexta 11/4/2008 11:30:11
Cidade: M. Claros

Sim,padre Henrique é o personagem de M. Claros. No seu caminho, de santo, alçam vôo as borboletas.

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Mensagem N°33877
De: José Prates Data: Sexta 11/4/2008 11:02:17
Cidade: Rio de Janeiro RJ  País: BR

DA POESIA À VIOLÊNCIA NOS MORROS DO RIO.
J. PRATES
“Barracão de zinco, sem telhado, lá no morro é bangalô/ lá não existe a infelicidade de arranha-céu, pois, quem mora lá no morro já vive pertinho do céu/ Tem passarada, tem alvorada, amanhecer; sinfonia de pardais anunciando o anoitecer”!
A voz de Dalva de Oliveira nos deliciava cantando a poesia do morro. Era o morro do sambista de caixa de fósforos nas mãos, buscando o rítimo que nascia para o samba que compôs; o morro da musicalidade, levando para o asfalto o canto gostoso, o samba quente que fazia a mulata gingar nas gafieiras, nos braços do “malandro”. Tudo isto acabou. Nem poesia, nem mulata, nem malandro gingando na gafieira. Nem gafieira existe mais. Hoje, quem mora lá no morro, já vive bem perto da dor, do sofrimento, da tristeza.

A sinfonia de pardais, anunciando o anoitecer, desapareceu; vieram as rajadas de metralhadora, os tiros de fuzis modernos de altíssima tecnologia, no confronto policia-bandido ou bandido-bandido, anunciando o anoitecer de muitas vidas, jogadas na escuridão da incerteza. A bala perdida fura o zinco do barracão e aloja no chão de terra batida, ao lado da menina que dorme no sofá. É a violência urbana, mantida pela divisão da sociedade em dois mundos antagônicos, criados pelo egoísmo e o desamor. Por que isto aconteceu? pelo embrutecimento do homem que pensa em si próprio, desconhecendo o direito dos outros? Em parte, sim. O mundo evoluiu; todos os sistemas evoluíram e boa parte da sociedade não acompanhou a evolução e ficou à margem do progresso. Culpa de quem? Em sã consciência, não se pode apontar este ou aquele como culpado exclusivo, porque são vários os fatores, a começar pelo estado de pobreza material e de espírito de numeroso grupo marginalizado pela sociedade. Isto gera o complexo de rejeição que leva o homem marginalizado a sentir-se agredido pela sociedade que evoluiu. O bem estar acintoso de um é considerado agressão pelo outro, aquele que se sente alquebrado. Ai nasce o sentimento de revide, em forma de outro tipo de agressão: a violência que se alia à desonestidade.
Sem condições de concorrer no mercado de trabalho honesto, modificado pela tecnologia, e sentindo-se abandonado por uma sociedade que evoluiu, o homem despreparado, a maioria deles, principalmente os mais jovens, procura o caminho à margem da lei, criando o seu próprio mundo, de onde agride a essa sociedade que considera exigente e que, na sua imaginação, o marginalizou. Desaparece o escrúpulo; os olhos vedados pela sensação de abandono, criada pela marginalização, não enxergam as conseqüências dos atos criminosos que a mente conturbada aceita como “legítima defesa”, justificando os seus atos ilícitos.
A sociedade teve meios naturais de defesa e condições de reverter a situação com plano sociológico que atingisse as camadas marginalizadas. Não os utilizou quando a violência ainda rastejava, permitindo a sua evolução. Sem regras, à margem da lei, os morros passaram a constituir e viver um poder paralelo onde os lideres criminosos assumem o papel de governos, ilusoriamente prestando assistência à comunidade que governam pelo medo; praticam a própria justiça, que diferente da justiça do Estado constituído de direito, julgam, condenam e executam as sentenças que normalmente é a pena capital.
O Estado, que sempre permaneceu inerte a toda situação, tenta hoje combater uma criminalidade crescente, bem armada, com técnica de guerrilha urbana, sempre sem sucesso, pela falta de material humano que necessita de concursos, adestramentos e onera o orçamento público. Diferente do crime que convoca jovens de treze anos em diante, sem qualquer adestramento e sem que onere o orçamento do crime.
NOTA: Teve início as obras do PAC nos morros do Rio de Janeiro. Ao que tudo indica, essas medidas podem eliminar a violência.

(José Prates é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal, percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a família. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente adido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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Mensagem N°33876
De: Luiz Henrique Data: Sexta 11/4/2008 09:24:05
Cidade: BH

Leio no Estado de MInas que mais cidades surgem no rol das suspeitas de envolvimento com fraudes. A lista tem mais 27 municípios, de acordo com o jornal aqui de BH:

"As cidades que aparecem na nova lista são Matipó, Maravilhas, Monte Sião, Maripá de Minas, Munhoz, Nova Belém, Paraisópolis, Poté, Ribeirão Vermelho, Ribeirão das Neves, Rio Vermelho, Santa Maria do Salto, Tarumirim, Umburatiba, Abre Campo, Águas Vermelhas, Bocaiúva, Brasópolis, Brumadinho, Chalé, Dona Euzébia, Guaraciaba, Itaipé, Itanhomi, Jacutinga, Jaíba e Jequitinhonha. A PF não informa, no entanto, se as prefeituras dessas cidades estão sendo investigadas. Na quarta-feira, durante a Operação Pasárgada, foram presos 14 prefeitos de cidades mineiras (Almenara, Cachoeira da Prata, Conselheiro Lafaiete, Divinópolis, Ervália, Itambacuri, Juiz de Fora, Medina, Minas Novas, Rubim, Salto da Divisa, Tapira, Timóteo e Vespasiano) acusados de envolvimento no esquema (...)

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Mensagem N°33868
De: Gonzaga Data: Sexta 11/4/2008 00:31:54
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Montes Claros - cidade do Barulho.
Mais de meia noite e não consigo dormir. Há meses uma insônia maldita me impede de descansar. Meu médico já bateu o martelo, afirmando se tratar de estresse, muito trabalho, preocupações e principalmente muito barulho no ambiente de serviço. Digo a ele que infelizmente não posso me prevenir e usar um abafador nos ouvidos, pois na minha profissão a comunicação verbal e essencial. Portanto, venho me manifestar e fazer coro aos muitos muralistas que têm usado esse bendito espaço como oportunidade de manifestação livre e democrática. Boa resposta do Carlos Alberto (mensagem 33846) para a Aparecida, apesar de pessoalmente achar que algumas manifestações, de tão ridículas – e não “rediculas”, conforme a mensagem 33842, não merecerem nem serem citadas. Além de todos os males que você citou, causados pela poluição sonora, há ainda inúmeros efeitos indiretos, principalmente o estresse diário e acumulativo. A poluição sonora já é considerada, pela própria Organização Mundial da Saúde-OMS, como um dos mais graves problemas ambientais e de saúde pública do planeta. Mas voltando aqui prá Moc, nesse inferno que vira o centro da cidade com a barulheira dos carros de propaganda, bicicletas, carrocinhas de CDs piratas, lojas e vendedores e por aí vai, é preciso uma reflexão profunda de todos os segmentos da sociedade em busca de uma solução adequada. Não é possível que as autoridades fechem os olhos para o caos que estamos vivendo. Nada justifica o que vem acontecendo. Nem a proximidade com o período eleitoral, nem a necessidade justa, diga-se de passagem, do trabalho informal dos ambulantes. Ninguém mais consegue trabalhar direito, atender um telefonema ou conversar com um cliente. Não conseguimos ouvir direito por causa do barulho e por isso temos de gritar para nos comunicar. È chamado efeito cascata, acumulativo e altamente danoso à nossa saúde. Nós comerciantes do centro, cidadãos massacrados pelos impostos, pela insegurança e outras mazelas do mundo moderno, vimos humildemente, mas com dignidade, implorar que providências sejam tomadas pela Prefeitura, poder judiciário através dos Srs. Promotores, Polícia Militar e outras autoridades ambientais, das quais esperamos competência e zelo para com suas obrigações. Esperamos ainda a manifestação do CDL e da ACI, entidades ditas representantes da classe empresarial. Alguém precisa nos defender. Concluindo esse desabafo, apelo à sensibilidade e capacidade profissional do Sr. Prefeito, que como médico, competente como sempre foi, deve ter claramente a visão do quão grave é essa situação, para a saúde pública e principalmente para a saúde eleitoral na próxima eleição.

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Mensagem N°33861
De: Luiz de Paula Data: Quinta 10/4/2008 15:47:44
Cidade: Montes Claros

O montesclaros.com passa a reproduzir, a partir de agora, por capítulos, o último livro do escritor, compositor, poeta e industrial Luiz de Paula - ( a foto é do autor aos 15 anos). Às vésperas de completar 91 anos, extremamente alerta, forte e lúcido, Luiz de Paula acaba de produzir (depois de outros dois) o livro de memórias ""Por Cima dos Telhados, Por Baixo dos Arvoredos". Belo título "de uma edição artesanal de 10 volumes", relato dedicado "principalmente" aos filhos e descendentes, na "esperança de que lhes possa ser útil como memória de usos e costumes de um tempo que fez história". Como o ensinamento em muito transcende o círculo limitado para o qual foi nascido, este jornal eletrônico pediu e recebeu autorização para publicar um tesouro de cerca de 400 páginas. Comecemos agora:

POR CIMA DOS TELHADOS, POR BAIXO DOS ARVOREDOS

APRESENTAÇÃO

Vivendo a vida é que se aprende a viver.
(De uma canção popular).

Este relato é dedicado principalmente a meus filhos e a seus descendentes. Ao fazê-lo me anima a esperança de que lhes possa ser útil como memória de usos e costumes de um tempo que fez história. E num ponto ou noutro possa servir-lhes de lições de vida.
Ao retornar ao passado pelas trilhas da lembrança a alma se faz criança
revendo um mundo encantado. Cada novo passo dado
a um outro passo convida
e nessa marcha invertida eu vou encontrando a esmo os pedaços de mim mesmo deixados ao longo da vida.
Era uma vez ...
Tal qual acontecia nas histórias antigas, deixei a casa paterna aos 18 anos, para fazer meu lugar na vida. Com muitas bênçãos. E pouco (nenhum) dinheiro.
No pequeno povoado onde nasci, vivi a infância e parte da adolescência, era estreita a convivência entre as pessoas e com a natureza. Todos se conheciam. Tudo e todos, vistos agora, na distância do tempo, ganham renovado encanto.
No interior os costumes dos ancestrais permanecem por mais tempo. Comparando-se a vida daqueles tempos com a de agora, verifica-se o quanto o mundo mudou no curso do século XX.
Dessas mudanças e dos acontecimentos de minha vida - de meus erros e acertos - acredito que os filhos poderão retirar algumas lições.
O mundo daquele tempo era muito diferente do mundo de hoje. O pensador americano, Alvin Tofffer, em famoso "best-seller", fala das três ondas que marcaram o desenvolvimento do mundo.
A primeira onda nasceu com a civilização, há cerca de 7.000 anos e durou até o século XVIII, alimentada pela agricultura e o extrativismo.
A partir de 1.750 veio a segunda onda, sob o impacto da revolução industrial, iniciada na Inglaterra, que alcançou seu ponto máximo na década iniciada em 1955, quando nos Estados Unidos os trabalhadores de colarinho branco e de serviços gerais excederam em número os trabalhadores de macacão. Foi a década da introdução generalizada do computador, dos aviões comerciais a jato, da pílula anticoncepcional e de muitas outras inovações que mudaram a face do mundo. Foi a chegada da terceira onda.
Hoje estamos vivendo a era do conhecimento.
Minha infância alcançou costumes que vinham de um passado muito distante.
Meu pai deixou a profissão de tropeiro em 1914 e estabeleceu-se no comércio em Várzea da Palma, povoado servido pela Estrada de Ferro Central do Brasil.
Em nossa casa o piso da cozinha era de chão batido.
O telhado era de telhas caipiras e não possuía forro. Os caibros eram de madeira roliça e as ripas eram de tabocas. O fogão era a lenha e a água, de cisterna. A luz era a querosene ou azeite de mamona. O café adquiria-se em grãos, torrava-se em casa e moía-se em pilão de madeira.
Dessas engenhocas que fazem barulho no lar só havia no lugar o gramofone. Um único exemplar, pertencente ao ferreiro Tertuliano Silva. Assim que era posto a funcionar, lá vinha a frase, em voz metálica: "Casa Edson, Rio de Janeiro".
Minha vida foi marcada mais intensamente por três localidades.
Várzea da Palma, o pequeno povoado onde nasci, hoje florescente cidade. Montes Claros, terra de meus pais, para onde mais tarde me transferi em caráter permanente. E Pirapora, também minha terra natal, porque Várzea da Palma pertencia a Pirapora quando nasci.
Ao vir para Montes Claros, com 9 anos de idade incompletos, fiz uma viagem de 180 quilômetros na estrada. E de quase um século, nos costumes e na cultura.
No correr da vida, conheci pessoas e situações.
Vivenciei costumes. Escutei e contei histórias. Mas nunca pensei em escrever um livro.
Com o advento dos computadores, ocorreu-me fazer um resumo dessas lembranças e organizar uma pequena coleção para oferecer aos filhos, com o propósito de dar¬-lhes uma visão de como o mundo vem se transformando nestas últimas décadas.
Desse trabalho nasceu este relato e um volume de memórias sob o título de Na Venda de Meu Pai.
Estou com 90 anos de idade. Considerando o que ouvi de meus antepassados e minha experiência pessoal, soma-se tempo que vem de meados do século XIX até o início do terceiro milênio. Quase 150 anos!
Proponho-me a transmitir uma visão singela do que pude registrar do mundo nesse período. Com boas intenções estou fazendo o de que sou capaz. Estarei mostrando o que tenho para mostrar. Estarei jogando a minha carta. Pode não ser um ás de ouros. Mas é a que tenho.

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Mensagem N°33842
De: Aparecida Data: Quinta 10/4/2008 10:56:46
Cidade: moc  País: brasil

Essa pessoa que anda ecomodadas com som já esta ficando rediculas, pois tem som que encomoda mesmo, mas esse tipo de som que esse pessoal vem reclamando de carros, bicicletas, carroça Etc., isso é so não prestar a atenção que vc não ouvi. Agora essas pessoas não tem o que fazer e presta antenção no que não dispesteita a ele fica encomando com pessoas que tem esse trabalho com meio de sobrevivencia. Ou ele querem conviver com bantido que dever ser melhor do essas pessoas que estão trqabalhando.

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Mensagem N°33832
De: Jorge Silveira Data: Quinta 10/4/2008 08:33:45
Cidade: Montes Claros

Luiz de Paula me faz lembrar o grande contista russo Anton Checov, capaz de contar uma história completa em pouquíssimas palavras. O espírito de síntese do nosso grande escritor Luiz de Paula é admirável. Mas mais admirável ainda é sua sensibilidade poética, capaz de enxergar a vida nas menores coisas. Lê-lo é um prazer e um feliz aprendizado.

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