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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 10 de novembro de 2024

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Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°35909
De: José Carlos Data: Domingo 8/6/2008 16:19:37
Cidade: Montes Claros

Em Belo Horizonte, é proibida a realização de shows no parque de exposições da gameleira, mesmo durante as feiras agropecuárias. Em M. Claros, ao contrário, o poder público é o primeiro a dar o mau exemplo, patrocinando festas em locais abertos, infernizando a vida dos vizinhos, em alguns casos residentes a kilômetros de distância. E por falar em falta de respeito, alguém precisa tomar uma atitude para reprimir os excessos praticados pelos inúmeros andarilhos, desocupados e malandros que perambulam pelo centro da cidade, principalmente nos finais de semanas, dias de pouquíssimo movimento de pedestres, para intimidar, extorquir e constranger pessoas idosas ou desacompanhadas.

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Mensagem N°35907
De: Dário Cotrim Data: Sábado 7/6/2008 22:06:18
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

MONTES CLAROS E A COLUNA PRESTES

Dário Teixeira Cotrim

Durante a passagem da Coluna Presta no sertão baiano e pelo cerrado do Norte de Minas Gerais, a cidade de Montes Claros sofreu sérias influências com o episódio dos revoltosos. A guisa de ilustração, citaremos a seguir quatro situações com que o montes-clarense enfrentou, como explica o acadêmico doutor Nelson Vianna, a arrogância e a brutalidade dos homens que deveriam combater os rebeldes e não a população ordeira da cidade. Entretanto, o grosso da Coluna Prestes sequer chegou perto daqui, haja vista que o seu comando (Luis Carlos Prestes e Miguel Costa) preferiu o caminho de Taiobeiras com rumo ao Estado da Bahia. Mesmo assim, muitas dessas histórias, às vezes trágicas e às vezes cômicas, foram contadas tendo por referência os ataques dos revoltosos, principalmente contra o homem pacífico do campo. Vejamos:

20 de abril de 1926 – Chega à cidade de Montes Claros um forte contingente da Polícia Militar, que deverá seguir para o Norte a fim de combater os revoltosos. O comandante agiu nesta cidade, arbitraria e violentamente, requisitando animais, inclusive arreados, gêneros e até dinheiro, na única agência bancária, a do Banco da Lavoura, recém-instalada em Montes Claros. No dia da feira, sábado, quando o movimento comercial era mais intenso, e os feirantes se entregavam desprevenidos às suas atividades, o capitão-comandante mandou bloquear diversas ruas da cidade, tomando indiscriminadamente os animais dos roceiros que, ante a força, não tinha outra solução senão conformar-se. Estabeleceu-se o pânico entre os pacatos camponeses que, assim, ficaram sem as suas montarias e animais de carga. Espalhou-se a notícia por toda a zona e, em conseqüência, veio um longo período em que a cidade permaneceu sem abastecimento de gênero de toda sorte, para a alimentação, o qual, na época, só era feito pela gente do campo. (Efemérides Montes-clarenses – Nelson Vianna)

1 de maio de 1926 – Chega a Montes Claros o 2º Esquadrão do 15º Regimento da Cavalaria, com sede na Vila Militar, no Rio de Janeiro, sob o comando do capitão João Francisco da Silva, a fim de seguir para o Norte ao encontro dos revoltosos. (Efemérides Montes-clarenses – Nelson Vianna)

14 de maio de 1926 – Entra na cidade de Montes Claros a 3ª Companhia do 3º Batalhão da Polícia Baiana, sob o comando do tenente Clementino de Cerqueira e Silva que, desde 11 de dezembro de 1925, vem combatendo os revoltosos que invadiram os Estados do Piauí, Pernambuco, Bahia e Minas Gerais. Essa tropa baiana, completamente esfarrapada, sem receber vencimentos há mais de cinco meses, manteve-se pacífica, respeitadora e bem disciplinada dentro da cidade, não molestando de modo algum a população local que, condoída da situação de penúria dos soldados, promoveu meios de minorar o sofrimento e desconforto por que passavam. Era a prova de agradecimento dos montes-clarenses, já bastante escarmentados pelo procedimento de outras tropas que por aqui transitaram, deixando péssima impressão de sua indesejável passagem pela cidade. (Efemérides Montes-clarenses – Nelson Vianna)

18 de maio de 1926 – Sob o comando do coronel Alexandre Fontoura passaram por Montes Claros a 5º e o 9º Regimento de Cavalaria, das forças federais, com destino ao Estado da Bahia onde devem combater os revoltosos. (Efemérides Montes-clarenses – Nelson Vianna).

Para melhores esclarecimentos, a pedido do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros, estamos concluindo o livro “O Laço Húngaro”, onde já registramos a passagem da Coluna Prestas pelo sertão baiano e também pelo cerrado norte-mineiro.

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Mensagem N°35897
De: Renata Data: Sábado 7/6/2008 12:16:34
Cidade: M. Claros

Morava só a mulher de 97 anos que morreu num incêndio, na madrugada de sexta-feira, em Montes Claros, na rua Santa Rita de Cássia, bairro São José, de classe média. A veneranda senhora, Patrícia Martins Coelho, já foi encontrada inconsciente pelos bombeiros; ela tinha dificuldades para andar e não saia de casa, cheia de grades de proteção. Um curto circuito teria sido a causa do fogo que atingiu todos os cômodos e fez desabar o telhado. Morando só, quase aos 100 anos, de outra vez ela deixou a panela no fogão aceso, o que provocou um primeiro incêndio.

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Mensagem N°35895
De: Flávio Pinto Data: Sábado 7/6/2008 11:16:44
Cidade: BH

Que foto !
Eu me lembro, um pouco, lógico.
Foi no Parque Municipal, em BH.
O primeiro rapaz era um vizinho nosso, Tonga , amigo de Zé Luiz, quando a gente morou na Serra, em 1949.
Minha irmã, Cristina, já falecida, família dos Pereira, Diu, Laide, Lucinho e Carlito.
Nilo não aparece aí, porque era bebê , na época.
Muita gente vai reconhecer , tanto a gente como os Avelino Pereira.
59 anos atrás. Ah! Que saudades eu tenho ...

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Mensagem N°35894
De: Álbano Silveira Machado Data: Sábado 7/6/2008 11:10:43
Cidade: Montes Claros/MG  País: Brasil

(...)O ex-prefeito de Berilo, no Vale do Jequitinhonha, Cláudio Waldete Coelho dos Santos, foi assassinado, nesta sexta-feira, por volta das 23 horas. O crime aconteceu na residência de Alaíde Assis Amaral, na cidade. A professora Alaíde mantinha um relacionamento amoroso com o ex-prefeito há mais de 20 anos. Cláudio Waldete era casado com Aíres Maciel, e deixou 2 filhos jovens. Informações preliminares indicam que o ex-prefeito estava de saída da casa, na varanda, embaixo de uma parreira, indo em direção ao portão principal que dava pra rua. Ele recebeu um tiro de cartucheira pelas costas. Ao ouvir o barulho, segundo alguns depoimentos, Alaíde correu e encontrou Claúdio Waldete já agonizando, morrendo logo em seguida. Funcionários do Hospital de Berilo informaram que houve 26 perfurações no corpo de Cláudio Waldete. O corpo foi levado para Itamarandiba, no Alto Jequitinha, para autópsia. Policiais civis da regionalde Capelinha estão na cidade apurando as causas do crime.

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Mensagem N°35893
De: Luiz de Paula Data: Sábado 7/6/2008 08:30:09
Cidade: Montes Claros

(Do livro "Por Cima dos Telhados, Por Baixo dos Arvoredos" - Parte 18)

O PRIMEIRO BEM DE CAPITAL

Foram tempos de muita saudade. Era tanta a saudade do povoado em que nasci e de minha gente, que me sentia febril. E sofria também pela falta de alguns trocados. O Mercado Municipal, nas manhãs de feira, aos sábados, exibia muita fartura de coisas apetitosas: pamonha, bolo de arroz, pé de moleque, biscoito frito, broas, e frutas diversas. Mas eu era vidrado mesmo era no refresco de tamarindo. Adoçado com rapadura e despejado num canecão de folha, sobre uma colherada de bicarbonato. Chamava-se moreninha e espumava até derramar pelas bordas do caneco. Era bom demais.
Às sextas-feiras havia sessão de seriados, às 8 horas da noite, no Cinema Montes Claros, do sr. Manoel Gomes. Lembro-me de alguns títulos. O Cavaleiro das Sombras. O Às de Espadas. Fantomas. No Arrastão da Vida.
Ganhar algum dinheiro era preciso. Foi daí que surgiu a idéia da caixa de engraxar. Feita com tábuas aproveitadas de caixões velhos. Não ficou bonita mas dava para começar. Saí à luta. A engraxada custava 200 réis. Gorjeta era coisa que não existia. Aos sábados eu saía de porta em porta, no centro da cidade. Com o provento do dia eu comprava o material que faltava. Aos domingos ia cedo para o ponto, na rua Simeão Ribeiro, na calçada ao lado do bar do senhor Brasiliano Ribeiro da Cruz, onde é hoje a Lanchonete Cristal. Por ali passavam as pessoas que iam às missas da 7 e das 9 horas, na Igreja Matriz.
Uma féria considerada boa alcançava três mil réis. Importância bastante para se começar o dia com um copo de caldo de cana comprado na Garapa do Sinval, e mais tarde um copo de coalhada. E para reabastecer a caixa, reservando parte para a aquisição de objetos de uso na escola e para ir ao seriado das sextas-feiras. E para um ou dois copos de moreninha.
A caixa de engraxar era um bem de que muito me orgulhava. Lembro-me de uma noite em que depois de conferir e guardar todo o material de trabalho, preparando-me para a faina do dia seguinte, enfiei as duas mãos no interior da caixa e com o olhar perdido nos longes fui apalpando as escovas, as latas de graxa, as flanelas de dar lustro, os vidros de tinta... Era tudo meu. Era meu patrimônio. Minha riqueza no mundo. Senti grande euforia. Um calor bom subindo pelo peito acima. Uma enorme satisfação por ter dentro daquela caixa, sob minhas mãos, tudo de que precisava para trabalhar e ganhar dinheiro.

COMPANHEIROS DE TRABALHO

Éramos mais ou menos oito engraxates naquele ponto da rua Simeão Ribeiro, na calçada rente ao muro do bar do senhor Brasiliano Ribeiro da Cruz, onde é hoje a Lanchonete Cristal.
Com o correr do tempo, a prática de futebol, no largo da igrejinha do Rosário, e o gosto pelo cinema nos tornaram companheiros e amigos.
Entre eles havia o Zé de sia Aninha, o Zezé Botão, que morava no largo da Igreja do Rosário, hoje praça Portugal. Foi o melhor driblador que já conheci, mesmo depois de adulto. Soube dele, mais tarde, na Polícia Militar, no posto de sargento. Outro muito bom de bola era o Antônio Carvalho, sobrinho do barbeiro Benvindo José de Carvalho. Havia também o Catarino, que morava longe, aos pés dos Morrinhos. Sobre ele escrevi um pouco mais, sob o título: RECADO A CATARINO.
O futebol e o cinema nos empolgavam.
Cinema, para nós, eram os filmes seriados, que se exibiam às sextas-feiras, no Cine Montes Claros, do sr. Manoel Gomes, pai do saudoso amigo José Gomes de Oliveira. Único da cidade. Passavam um primeiro filme, de “cow-boy”, de duas ou cinco partes, e em seguida vinha o seriado. Ficaram famosos: O As de Espadas e O Cavaleiro das Sombras, com William Desmond (o mocinho) e Albert Smith (o bandido). E Fantomas.
O cinema era mudo e se exibia parte por parte, com pequeno intervalo entre as partes. Projetavam a imagem e depois o letreiro, explicando o diálogo. Os tiros eram reconhecidos pela fumaça que saia dos canos das armas.
Quando vinha uma cena muito forçada - como, por exemplo, o “cow-boy” matando meia dúzia de bandidos, de uma só vez, ou o cavalo de Tom Mix dando um salto de 10 metros, a gente ouvia logo a exclamação do Catarino, a ecoar no escuro, vinda de algum lugar, nas galerias: Ô DESAJÊRO!
O CINEMA

Fora das aulas havia duas novidades muito gratas: a luz elétrica, iluminando a cidade à noite, e o cinema, às sextas-feiras, em filmes seriados de “western”.
Era ainda o cinema mudo. Mas havia música local, antes de começar a projeção, com a Professora Dulce Sarmento ao piano.
A entrada custava 1 mil réis, equivalente a 5 engraxadas.
Era sessão única, começando às 20:00 horas. Os “habitués”, como eram chamados os freqüentadores, pela “Gazeta do Norte”, começavam a chegar às 19:00 horas, atendendo ao chamado de uma estridente campainha, colocada na parede externa do prédio, cujo som se ouvia em todo o centro da cidade.
O cinema, com a inevitável espera para quem quisesse encontrar bons lugares, tornara-se local de namoro. E era de bom tom (como se dizia àquele tempo) o namorado ou marido oferecer revistas a seu par.
Os vendedores de revistas e caramelos circulavam diligentes, atentos aos chamados dos fregueses.
Quando a projeção ia começar, cessava o retinir da campainha externa e soava uma outra, de som mais fraco, localizada no alto da cabine de projeção. Avisando aos espectadores que a sessão ia ter início.
A projeção se fazia por partes, com intervalo entre uma e outra. As fitas de “cow- boys” compunham-se geralmente de 5 partes. Os seriados tinham 4 partes. E os dramas ou fitas de amor, como eram chamadas, e as comédias e fitas de guerra, eram estruturadas em 7 ou mais partes. Os “complementos”, que antecediam o programa principal, apresentavam uma ou duas partes.
Nos intervalos entre as partes muitos espectadores se levantavam para fumar junto às portas laterais e retornavam a seus lugares ao chamado da campainha interna.
A projeção produzia um ruído monótono e contínuo, que para muitos funcionava como o melhor dos soníferos.
Eram conhecidas na cidade algumas pessoas que iam ao cinema para desfrutarem de duas boas horas de sono.
A professora Dulce Sarmento executava o piano com maestria. Eu sempre tive pendor para a música e no cinema, ouvindo o piano, gravava com facilidade as melodias. E em casa de meus tios ia aprendendo as letras, com preferência para as canções que se adequavam à meu estado de espírito.
Recordo-me ainda de algumas dessas composições, especialmente de duas delas, que eu repetia principalmente quando me encontrava sozinho, curtindo a minha saudade.
Eram os tangos NUNCA MAIS e NELLY.
As letras não tinham muito a ver com meus sentimentos. Eram as melodias que se harmonizavam com minha saudade.
Começavam assim:

Ó nunca mais gozarei ao teu lado
deliciosos momentos de amor.
ou
Nelly, Nelly
quero adorar-te eternamente.

(continuará, nos próximos dias, até a publicação de todo o livro, que acaba de ser lançado em edição artesanal de apenas 10 volumes. As partes já publicadas podem ser lidas na seção Colunistas - Luiz de Paula)

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Mensagem N°35892
De: Ruth Tupinambá Data: Sábado 7/6/2008 08:11:19
Cidade: Montes Claros

DONA EVA, SUA RUA, SUA CASA

Ruth Tupinambá Graça

Em 1924 eu morava na Rua Dona Eva n° 34 (uma rua pequena, mas muito importante para mim), construída em 1768 por José Lopes de Carvalho, o segundo proprietário da Fazenda dos Montes Claros.
Quem foi Dona Eva? Garanto que a maioria da população desta cidade não sabe. Pertencia a uma das mais antigas e tradicionais famílias de nossa cidade. Era filha de Antônio Teixeira de Carvalho Júnior e Dona Rosa Frutuosa de Lima. Casou-se com Ezequias Guimarães.
Dona Eva Barbosa Teixeira de Carvalho foi uma grande mulher, dinâmica, batalhadora incansável pelo progresso de Montes Claros.
Durante muitos anos foi professora primária, quando Montes Claros era apenas a pobre Vila de Formigas.
Musicista inata, cheia de entusiasmo e grandes ideais, incentivada por doutor Carlos Versiani, o vigário Gonçalves Chaves e o coronel José Rodrigues Prates (aos quais muito devemos) mandou buscar em Diamantina (cidade mais civilizada da nossa região àquela época) o mestre Risério Alves Passos, grande músico, fundando em 1856 a Banda Euterpe Montes-clarenses.
Em 1857, nos festejos da elevação da Vila de Montes Claros das Formigas à categoria de Cidade de Montes Claros, a Banda Euterpe saiu à rua pela primeira vez, bem organizada e brilhante no seu uniforme de gala, dando um show de musicalidade. Desta data em diante tomou parte em todos os acontecimentos sociais e religiosos da nossa cidade, tendo a duração de mais de um século, a tradicional corporação musical.
Depois de aposentada em 1871, dona Eva continuou instruindo moças que lhe eram confiadas, os princípios de Educação Moral, Doméstica e Literatura. Faleceu em 1887 com cinqüenta e oito anos.
Mereceu bem esta homenagem figurando o seu nome na rua onde foi construída a primeira casa de Montes Claros.
Nesta mesma casa, passado mais de um século, tive a felicidade de morar. Pertencia, nesta época, a um amigo do meu pai.
Em frente, nesta mesma rua, ficava o sobrado do doutor Marciano Alves Maurício, construído em abril de 1853, com a fachada para a Praça da Matriz, hoje Doutor Chaves.
Suas filhas, Yeda e Yolanda, eram minhas companheiras de infância.
Este sobradão tinha um quintal que era um verdadeiro paraíso, sombreado por enormes mangueiras e jabuticabeiras, onde armávamos o Nosso Circo rodeado por lençóis de linho, improvisando trapézios com cordas de bacalhau, correntes e arames (Mauricinho que o diga), pois era assíduo freqüentador do nosso circo, pagando dez paus de fósforo para entrar, procurava encabular os artistas, criticando e vaiando-os sem dó.
Aquela rua Dona Eva marcou muito minha infância.
Sua proximidade com a Praça da Matriz permitia-me assistir, de perto, todas as festividades sociais e religiosas que aconteciam naquela praça simples, desprovida de belezas arquitetônicas, de calçamento, apenas no centro um bonito coreto, construído em maio de 1919 (hoje demolido), onde a Banda Euterpe se reunia todas as noites e era também o ponto de reunião da meninada da Rua de Baixo. Enquanto a banda ensaiava os seus dobrados, nós corríamos eufóricos brincando naquele largo enorme.
Muitos anos se passaram...
Eu cresci, me casei e minha vida tomou novos rumos.
Mas o tempo não apagou aquela lembrança e como Filho Pródigo eu voltei. Voltei e encontrei tudo mudado. A rua Dona Eva estava diferente, e a Praça da Matriz já não era a mesma. A casa onde morei não existia mais. Demoliram-na e em seu lugar existe hoje uma moderna mansão.
E eu chorei com saudades de tudo: da minha infância, dos inocentes brinquedos à sombra das mangueiras, do Largo da Matriz, onde corria com os pés afundados na poeira, ao som da música, procurando o Chicotinho Queimado, Veadinho Quer Mel, a Cabra Cega e os Brinquedos de Roda... saudades da Rua Dona Eva e daquela casa...
Tudo me veio à mente como um filme lindo que se viu na infância e do qual nunca se esquece.
A primeira casa de nossa cidade, o início da nossa História, a História de Montes Claros, deveria ser tombada.
Quantos dramas se encerravam naquelas paredes. Ela que resistiu firme por mais de um século, assistindo o crescimento da nossa cidade pedra por pedra! Presenciando com os antepassados, todas as lutas, vitórias e derrotas, alegrias e tristezas, dores e prazeres, em todo o desenrolar da História de nossa terra, seu crescimento, sua transformação, em várias gerações.
Na minha imaginação, eu a vejo como na minha infância: as paredes altas, o assoalho de tábuas largas e rústicas, os grandes portais, das portas e janelas, arredondados na parte superior, numa linha colonial antiga, simples mas muito bonita, retrato da habilidade, daqueles marceneiros, numa época em que não existiam, para nós, ferramentas nem máquinas especializadas para o preparo da madeira retirada ali mesmo sob golpes do machado, e faziam trabalhos especiais.
Tantas venezianas bonitas, delicadas, forros de madeira perfeitos, com desenhos embutidos nos tetos, retratos das famílias, flores e rosáceas, arabescos trabalhados em ferro nas sacadas dos velhos sobrados. Toda beleza de uma época perdida nas demolições inconscientes.
Sinto, hoje, vontade de rever o quarto onde dormia com minhas irmãs mais velhas. Rever novamente o quarto onde dormiam meus pais, que já se foram. Quanta saudade!!!
Quanto amor, quanto carinho aquelas paredes presenciaram!!!
Quanta alegria nos nascimentos e também quantas dores nas mortes de entes queridos!!!
Da janela do meu quarto, eu via o quintal com as mangueiras carregadinhas de frutos!
Em vão, volto sempre àquela rua, procurando uma casa que não mais existe. É uma força que me impele, uma saudade que me acompanhará sempre.
Doce e triste recordação. Dela eu guardo apenas um retrato. Um retrato simples, sem moldura, que consegui na Prefeitura.
Hoje, olhando este retrato, esta fachada com três portas e cinco janelas, foi o que sobrou. Resta-me, agora, a esperança de que a cidade acorde, se levante, grite e proteste contra a demolição dos monumentos do nosso passado (quantos já se foram!) e preserve, ao menos, o que ainda resta de nossas tradições e de nossa História!

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Mensagem N°35886
De: Estêvão Data: Sexta 6/6/2008 19:26:54
Cidade: M. Claros

A 15 dias da entrada cronológica do Inverno, M. Claros registra agora - sete e trinta da noite - a temperatura de 26 graus. Típica do Verão.

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Mensagem N°35876
De: Fernando Data: Sexta 6/6/2008 16:04:49
Cidade: Belo Horizonte  País: Brasil

Olha, estou tendo oportunidade de conhecer Sete lagoas por estar prestando serviços lá através de uma empresa de Belo Horizonte. Figo bobo de ver uma cidade do porte de Montes Claros não receber 1 real do PAC e Sete Lagoas receber 143 milhões. A diferença é gritante. Claro que como em qualquer outra cidade Sete Lagoas deve ter seus problemas de corrupção, saneamento, violência... mas os políticos estão em cima, fazendo pressão. Olho para Montes Claros, lugar onde nasci e me criei até o ano passado. Hoje aos 35 anos de idade, com dois filhos acho mais seguro e prudente criar meus filhos em Belo Horizonte. Lembro um enquete que teve aqui no montesclaros.com sobre o fato dos filhos de Moc saírem para estudar e não voltar mais. Pessoal enquanto eu morava aí eu cheguei a entregar pessoalmente 83 currículos. Aqui em Belo Horizonte no primeiro encontrei emprego e desse primeiro pulei para uma multinacional onde hoje me firmei. (...)

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Mensagem N°35875
De: Bernardo Data: Sexta 6/6/2008 14:09:19
Cidade: Sissa

03/06/08 - 17h14 - 03/06/08 - 17h14 - "...eu te escrevo sem insônias e sem fadigas, para contar-te que ainda estou vivendo para amar e querer a mais nobre das mães. Quereria voltar ao mundo que deixei, para ser novamente teu filho, desejando fazer-me um menino, aprendendo a rezar com o teu espírito santificado nos sofrimentos"

Quem não leu, que leia. É das coisas mais bonitas que se tem conhecimento. E envolvida em denso mistério. Sendo verdade ou não, é impressionante o valor do conteúdo - de arrepiar. Depois, voltarei para contar os detalhes do caso.

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Mensagem N°35874
De: Gersier Data: Sexta 6/6/2008 14:06:32
Cidade: Montes Claros

Terminou a pouco uma solenidade em Brasília,no Palácio do Planalto,onde presentes prefeitos e governadores, assinaram convênios com o Governo Federal para várias obras de infra estrutura, urbanização,construção de casas populares,etc.(PAC)-.Minas recebe um valor total de um bilhão oitocentos e sessenta milhões.Sete Lagoas está recebendo cento e quarenta e três milhões.Outra cidades menores estão sendo beneficiadas e mais uma vez Montes Claros fica de fora.Das duas uma,ou os cofres da prefeitura estão abarrotados e daí esse desinteresse(ou seria inércia?)dos políticos,prefeito,deputados estaduais e federais que dizem nos representar,ou então esses políticos estão achando que Montes Claros não precisa de nada.
De repente Montes Claros é cem por cento abastecida com água tratada e escoamento de esgoto,temos todas as vias asfaltadas,não existe déficit habitacional,a violência é uma invenção.As obras do córrego do Cintra que estão perdendo a corrida para as tartarugas,o trabalho de terraplenagem daquela avenida logo atrás da rodoviária que está indo pro brejo,não para Francisco Sá,mas escoando no próprio córrego,as várias ruas sem asfalto,a violência que por falta de estrutura na segurança continua ceifando vidas e “azucrinando” a vida de montesclarenses e visitantes,devem ser miragens nossa,os mortais comuns.
E o bonde continua andando,e se continuar assim,já já o perderemos mais uma vez.

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Mensagem N°35873
De: Waldyr Senna Data: Sexta 6/6/2008 13:57:54
Cidade: M. Claros

Na base do chega-prá-lá

Waldyr Senna Batista


O DEM ( Democratas, ex-PFL ) promoveu enorme espalhafato em torno do encontro “nacional” que realizou em Montes claros na sexta-feira da semana passada, mas nada de excepcional aconteceu na esvaziada reunião realizada no Automóvel clube, porque as figuras de maior expressão no partido não vieram.
O PT ( Partido dos trabalhadores ), quase em silêncio, fez pré-convenção, no domingo, e, ao final dela, anunciou que vai repetir a coligação com o PPS, do prefeito Athos Avelino, entrando de novo com o vice, Sued Botelho.
Da reunião do DEM, que se deu em local aonde não vai o “povão”, não se esperava mesmo nenhuma decisão relacionada com a sucessão municipal. A notícia de que constaria da pauta o anúncio do nome do candidato a prefeito foi “plantada” pelo forte esquema de divulgação do deputado Rui Muniz, como forma de pressão. Jairo, dono da legenda, não tinha interesse em dirimir, naquela oportunidade, o dilema surgido em torno da indicação, porque assim ela deixaria de ser comentada nas esquinas, o que, para alguns, parece ser proveitoso ao partido. Dá “ibope”.
No PT, o clima foi proveitoso, em termos de eleição municipal. Os participantes da reunião decidiram, por 48 a 31 votos, a favor de Sued Botelho, o que equivale a um “chega-prá-lá” nos deputados Virgílio Guimarães e Paulo Guedes, que vêm conquistando, a cotoveladas, espaços no diretório local, sem nunca terem exercido qualquer influência na política daqui.
No DEM, internamente, ao que consta, o conflito entre Jairo e Rui, pela legenda, já é tratado como assunto resolvido. Os dois já se acertaram, com o beneplácito do governador Aécio Neves, e a divulgação do nome de um dos dois como candidato só será feita no final do prazo legal, com pompa e circunstância. Para o público externo têm circulado versões para todos os gostos, de maneira que só valerá o anúncio oficial, após a convenção, com ata, carimbo e assinaturas. Até lá, os dois vão continuar aparecendo em fotos em jornais, aparentando cordialidade. Depois do anúncio oficial, tudo pode acontecer. Inclusive não acontecer nada.
No PT, a decisão do último domingo, para se tornar definitiva, certamente depende do referendo da convenção, que será realizada no final de junho. A indagação é se o grupo do vice-prefeito terá força bastante para garantir a posição conquistada. Os petistas entrarão divididos nela e dela sairão mais divididos ainda. Com parcela inferior a 5% do eleitorado, segundo os números da eleição anterior, é difícil entender o processo antropofágico em curso no PT. O resultado pode ser o de, mais uma vez, não conquistar nenhuma cadeira na Câmara municipal, onde o partido já teve dois representantes. Se unidos, antes, os petistas não conseguiram nada, divididos é que não conseguirão.
E o DEM, que já teve a prefeitura sob seu comando durante oito anos, corre também o risco de encolher. Jairo, sua figura de maior destaque, não está bem nas pesquisas, e Rui Muniz, apesar da ruidosa força que exibe, principalmente junto ao eleitorado jovem, é visto sem maior entusiasmo por setores expressivos do seu partido, que o consideram vulnerável devido aos problemas em que se envolveu no passado. Ele próprio diz não temer, alegando já ter espiado seu erro.
Tanto o DEM quanto o PT, no momento, apresentam situação incômoda: no DEM (e, por extensão, no PSDB), revela-se grupo disposto a romper com o partido se o candidato a prefeito for Rui Muniz; e no diretório petista a comissão diretora montada pelos deputados pára-quedistas não controla o partido: ela queria a indicação de Marcos Maia para a chapa com o PPS e a assembléia do último domingo confirmou Sued Botelho. Sem falar nos partidos “nanicos”, que aprovaram aliança com o PPS condicionada à presença do ex-presidente da Esurb na chapa.
Para confundir mais um pouco o panorama, o diretório do PTB ( Partido trabalhista brasileiro ), que vem investindo alto no apoio à administração Athos Avelino, na esperança de formar uma terceira vertente, está sendo posto à margem e pode acabar, como se diz, chupando o dedo. O que configuraria outro chega-prá-lá no âmbito do bloco situacionista.

(Waldyr Senna é o mais antigo e categorizado analista de política em Montes Claros. Durante décadas, assinou a "Coluna do Secretário", n "O Jornal de M. Claros", publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política e da história política contemporânea do Brasil).

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Mensagem N°35870
De: Maria Jacy Ribeiro Data: Sexta 6/6/2008 12:17:29
Cidade: M. Claros

Naquela época eu tinha apenas sete filhos. Uns amores de capetinhas. E eu vivia implorando ao meu marido, médico, que lhes desse umas aulas de iniciação sexual. Ele sempre tirava o corpo fora, não tinha tempo, nem jeito – seria melhor eu mesma fazê-lo.
Ok. Comprei livros, enciclopédia, tomei revistas emprestadas, li artigos pertinentes, estudei, pesquisei. Quando me senti preparada, chamei os filhotes para uma conversa séria, legal, democrática.
Lembro-me bem: Eu me sentei confortavelmente num sofá vermelho, cercada de sabedoria por todos os lados, e os anjinhos ficaram deitados no chão da biblioteca, barriga para baixo, mãos segurando o queixo, olhos brilhando, asas e chifres interessadíssimos.
Então, sabichona, comecei a aula que preparara com zelo e carinho. Expliquei tudo, tudinho, cientificamente: sementinhas pra lá, óvulos pra cá, muito amor do papai e da mamãe, patati-patatá. Tudo ci-en-ti-fi-ca-men-te explicado, repito – e foi por isso mesmo que dei com os burros nágua.
Ao terminar, orgulhosa de ter cumprido o dever, perguntei, feliz e ... suada, aos queridos filhinhos se haviam compreendido, se queriam fazer alguma pergunta, etc.
Linka foi logo confessando: só não compreendi aquele negócio de ...”tênis”.
Valha-me, Deus, rezei.
Em seguida, Fredera quis saber pra que servia Modess. Ainda bem, julguei que seria fácil responder. Fui ao quarto, apanhei um Modess, vesti-o por cima da roupa que estava usando, expliquei, expliquei tudo bonitinho, ci-en-ti-fi-ca-men-te.
Ao terminar, ouvi Fredera cochichar: - Não lhe falei, Ucho, que Dodô estava nos ensinado tudo errado?
Fiquei apavorada.
- Como? O que Dodô lhes ensinou?
Ucho tranqüilamente respondeu: - Dodô nos contou que as mulheres usam Modess quando fazem besteira com os homens.
- Meu Deus, socorro! Pó que me desamparaste?
Para terminar, já nocauteada, vi Kim levantar o dedinho, pedindo permissão para fazer uma pergunta.
- Ok, filhinho, fale.
O filósofo mirim abriu o bico pela primeira vez na reunião:
- Mamãe, nós só “queria” saber o que que é “rapariga”...
Acreditem, eu estava tão esgotada, tão arrasada, tãotão, que nem ci-en-ti-fi-ca-men-te consegui responder.
Cai do cavalo. Os capetinhas miúdos não haviam compreendido nadinha de nada, e os safadinhos graúdos sabiam muito mais do que eu.
Moral da história: terminou ali, naquele momento, a minha carreira de sexóloga.

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Mensagem N°35867
De: Mário Santos Data: Sexta 6/6/2008 11:33:52
Cidade: M. Claros

Mando foto que ilustra o descuido do poder público municipal com a história de M. Claros. Nesta praça, chamada de João Chaves, onde começa a avenida do mesmo nome, no bairro S. Luiz, a prefeitura colocou - ou permitiu que colocassem - uma propaganda toldando a homenagem da cidade ao maior nome de sua cultura. É uma grosseria. Não me canso de ouvir na maior rede de tv do Brasil a música de João Chaves - Amo-te Muito - sendo executada rotineiramente, semeando nossa arte pelo Brasil inteiro. Na terra do poeta, na sua rua, na sua praça, uma placa comercial vem em primeiro lugar, na frente da imagem do compositor e da pauta de sua música mais famosa. Por favor, corrijam a grave injustiça. A memória da cidade agradecerá.

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Mensagem N°35862
De: Soares Data: Sexta 6/6/2008 09:05:14
Cidade: M. Claros

Numa só semana, a jovem a diretora geral da Claro em Minas, Cristiana Kumaira, esteve duas vezes em M. Claros. Veio com o alto comando da empresa. Primeiro, para inaugurar a loja própria Claro. Ontem, para receber uma empresa de telefonia que trocou de bandeira. A corporação mexicana, do engenheiro que até pouco tempo superou Bil Gates como o mais rico do mundo, aposta todas as fichas na expansão da telefonia celular em M. Claros e região norte. Cristiana Kumaira é de Teófilo Otoni, filha do ex-deputado Kemil Kumaira. Fez carreira vertiginosa na telefonia celular.

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Mensagem N°35853
De: vicente Data: Quinta 5/6/2008 17:02:55
Cidade: Montes Claros

Titulo da notícia: Terceiro rio mais poluído do Brasil deságua no Norte de Minas
Comentário: É a contribuição da copasa para o meio-ambiente.

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Mensagem N°35844
De: Hermeto De PAula Data: Quinta 5/6/2008 12:21:13
Cidade: Bocaiuva - MG

O Povo de Montes Claros é muito saudosista, mas a violência, falta de segurança e a malandragem já tomaram conta da cidade e isto não existia até a década de 80.A culpa é de que? Dos políticos?

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Mensagem N°35843
De: Miranda Data: Quinta 5/6/2008 12:16:49
Cidade: BH

Não é bisbilhotice. Nos próximos dias, a chamada grande imprensa vai divulgar. O vice-presidente José Alencar foi intimado a comparecer no Laboratório Gene, de Belo Horizonte, para exame de DNA. Trata-se de ação de investigação de paternidade. A professora Rosemary de Morais, de 52 anos, alega que seria filha do vice-presidente da República, nascida antes do casamento.A primeira informação pública foi divulgada pelo colunista Claudio Humberto: "da noite para o dia, a alegada filha do vice José Alencar, que é um rico industrial, deve herdar parte de uma fortuna estimada em US$ 2 bilhões".A ação corre na comarca de Caratinga (MG). A alegada herdeira disse que soube pela mãe, idosa e doente, de um velho segredo: seu pai seria o vice-presidente Alencar. A vice-presidência da República não confirmou os rumores.

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Mensagem N°35842
De: Jorge Silveira Data: Quinta 5/6/2008 12:10:42
Cidade: Montes Claros

Este mural é de fato uma das melhores coisas da imprensa de Montes Claros, pois além de ser porta-voz das reivindicações da população, é recanto de cronistas, poetas e escrevinhadores sem muito talento, como é o nosso caso. Mas antes de tudo, este espaço serve como relicário único da história de Montes Claros, através daqueles que viveram tantas coisas boas que a cidade já proporcionou a seus filhos. Agora mesmo, em função de algumas reminiscências que andei contando neste espaço, fico sabendo que Élcio Teixeira e Waldyr Aguiar estão vivíssimos, o primeiro morando em Belo Horizonte e o segundo em Araxá. Há muitos e muitos anos não os vejo,pois infelizmente a vida tem dessas coisas, separa as pessoas, deixando apenas as lembranças. Mais feliz é a turma do Gerinha Português, pois como nos conta o nosso grande cronista Augusto Bala Doce Vieira, ela ainda se reune para rememorar as histórias da adolescência, pura adolescência dos bons anos 60 em Montes Claros. E você tem toda razão, Augusto, naquela turma do Mimi todo mundo já trabalhava, até porque todos eram mais velhos do que vocês da turma do Gerinha. Mas de uma forma ou de outra, com lambreta ou sem lambreta, participando ou não das "Festas da Cueca", o importante é que todos nós tivemos uma juventude feliz e repleta de bons momentos, numa Montes Claros sem violência e onde todos se conheciam e eram amigos. E por isso, todos nós nos demos bem na vida, podendo hoje, de cabeça erguida, olhar com orgulho o nosso passado. E contar as nossas histórias daqueles tempos em que "éramos felizes e não sabíamos". Será que não sabíamos?

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Mensagem N°35841
De: J. Afonso Data: Quinta 5/6/2008 11:39:01
Cidade: M. Claros

Há promessa - promessa - de uma nova companhia voando entre Moc e o aeroporto da Pampulha em Belo Horizonte. A data seria 15 de junho. Os preços cobrados no trecho são dos mais caros do Brasil. Apenas a concorrência pode corrigir esta deformação.

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Mensagem N°35840
De: José Prates Data: Quinta 5/6/2008 10:19:11
Cidade: Rio de Janeiro - RJ

JACARACI

José Prates

De vez em quando, me vem à lembrança os anos de minha infância na cidadezinha de Jacaraci, lá no sertão baiano. Ali eu nasci, numa casa baixa, caiada de branco, com portas e janelas azuis. Ficava no Largo da Feira e era, também, a loja de tecidos do meu avô Daniel. Vivíamos ali com meus avós, meu pai, minha mãe e meus irmãos, todos juntos na mesma casa, num convívio gostoso, onde problemas não eram conhecidos, pelo menos por mim. A sala de visitas, espaçosa, assoalhada, tinha uma parede coberta por retratos emoldurados de parentes e amigos, homenageados naquele espaço reservado. Na outra parede, o quadro de Jesus no horto, dava um ar solene ao ambiente. Ainda me lembro das novenas rezadas à noite, com Tio Tone de terço na mão, de joelhos em frente ao altar forrado com lençóis rendados, armado naquela sala de visitas, recitando Ave Maria, acompanhado pelos presentes, na maioria mulheres Depois da reza, um café com leite, servido com biscoito de polvilho, feito por tia Cândida, completava a noite de orações e louvores à Virgem.

Jacaraci era pequena, bem pequena naquela época. Não sei como está hoje. Eram três ruas e três praças, que chamavam de “largo”, que a compunham: a rua de baixo, onde morava o tio Tone, “seu” Antônio Julio para os outros. Morava numa casa grande com grande quintal que ia até o pequeno rio que cortava a cidade; tia Cândida com sua vendinha e “seu” Athanásio com sua loja de tecidos e no meio a venda de “seu” Otávio que tinha “de um tudo”: da cachaça ao feijão. No largo da feira, a rua terminava. A rua do meio era a mais movimentada. Foi nessa rua que eu e os meus irmãos nascemos. Tinha um sobrado de dois andares, onde morava meu primo Celso, coletor estadual, esposo de Judite, pai de Celdite. A rua do fogo era a última, ficava lá em cima, onde morava meu tio Juvenato, com os meus primos Tone e Nozinho companheiros de brincadeiras nas ruas tranqüilas. Descalços, sem camisa, corríamos rua à fora, montados em cavalos de pau. Á noite, no quintal grande de nossa casa, a meninada reunida, brincava de “cavalhada”, representando a a luta entre mouros e cristãos, com o seqüestro da princesa, que era representada por um menino vestido de menina, porque menina não podia brincar com meninos Tinha, também, a rua das pedras, uma rua pequena, pararlela à Rua do Fogo. Nessa rua, os pais não permitiam que a meninada fosse. Era a rua das raparigas.

O sábado era um dia especial, dia de festa para a meninada: dia de feira. A praça enchia de povo vendendo e comprando. Das “roças” que significavam sítios e fazendas, vinha o que o povo da cidade necessitava, trazido no lombo de animais e exposto nas bancas armadas, tomando toda praça. Era muita gente que buscava a feira. A vozearia era ouvida de longe. Meu tio Juvenato tinha uma “banca” dentro do “barracão” onde vendia caldo de cana que chamavam de garapa, servido com requeijão e tijolo e custava duzentos réis o copo. Tijolo era uma espécie de rapadura especial, muito gostosa, aliás. Na feira não havia balanças, exceto na banca de carne, porque naquelas bandas os produtos como arroz, feijão, milho, farinha, etc. eram vendidos a litro, que tinha como medida uma vasilha quadrada, feita de madeira, devidamente aferida. Era a medida legal, usada em todo mercado de secos.

No domingo, o que havia de importante era a missa. A igreja sem bancos, com cadeiras próprias de uns poucos, deixava o povo que vinha da roça, sem lugar para sentar-se. As mulheres com chales cobrindo a cabeça e saias rendadas cheias de babados, sentavam-se no chão, esparramadas na nave da igreja, uma perto da outra, com rendas e babados estendidos, colorindo o assoalho. Os homens, de chapéu na mão, ficavam de pé. No coro, as moças, “Filhas de Maria”, entoavam hinos enquanto aguardavam o inicio da “missa cantada”. A missa dominical era uma festa semanal, quando todos tiravam a roupa do baú, com cheiro de naftalina, pra mostrarem-se almofadinhas, com cabelos brilhando, penteado com glostora, uma pomada usada na época.

Um dia, com oito ou nove anos de idade, não me lembro bem, o sacristão da Igreja, André, nosso conhecido, que, também, era carpinteiro, começou a me ensinar ajudar a missa. O vigário era o Padre Mário, holandês, há muitos anos na Paróquia. Aprendi, com algumas dificuldades, o latinório e, um dia de domingo, estava eu ajudando a missa, ao lado do sacristão, para surpresa dos presentes e emoção de meus avós. Até aquele dia, naquela igreja, nenhuma criança havia subido ao altar para ajudar a missa. Não demorou muito e o Padre Mário foi embora, vindo para seu lugar o Padre Francisco Rastetter, alemão, que veio acompanhado da mãe e da irmã, que fizeram para mim, as vestes de coroinha, coisa, então, totalmente desconhecida naquela Igreja. Ensinei a Julizar e Gutemberg e passamos os três a enfeitar as missas dominicais com a nossa presença. Eu e Julizar ajudávamos o sacerdote, enquanto Gutemberg ficava com o turíbulo. Foi ai que ganhei a primeira namoradinha: Nair. Namoro inocente, amor sem desejo. Não sei se ela ainda existe.

O que não me sai da memória e penso que jamais sairá é a escola, a pequena escola, que pela qualidade da mestra, a professora Julieta, esposa do Cel Mozart, prefeito municipal, mãe de Julizar, Gutemberg, Ieda, Juraci, foi o alicerce de minha vida profissional como jornalista e, depois, a base para os cursos que vim a fazer, ao longo de minha vida. Ficava na esquina da Rua do fogo com a praça ou largo da Igreja. Eram duas salas de aula, uma para meninos e outra para meninas, que estudavam separados. Onze horas, terminavam as aulas. Acabava a escola, como diziam. Para encerramento, meninos e meninas juntavam-se na sala dos meninos e entoavam um hino patriótico.

A cidade pequena tinha pouca opção de lazer. Alem dos bailes que, de vez em quando, aconteciam no salão da Prefeitura, ou alguma peça levada ao palco do pequeno teatro, nada mais acontecia. Inventivo, o Prefeito Mozart David, filho da cidade, procurava por todos os meios, trazer para a cidade alguma inovação que servisse de lazer para os habitantes. Dentro desse espírito inovador, a grande novidade foi o banheiro público. Ele traçou os planos e orientou a construção. Ficava ao fundo do Parque Municipal, recém criado, um grande espaço de lazer, com trapézios, gangorras, pista de corrida, etc; . Foi a primeira vez que o cimento chegou até a cidade. Aproveitando uma pequena queda d’água, fez-se uma represa com uma profundidade mais ou menos de um metro e meio, uma espécie de piscina, toda cercada por muro alto, permitindo privacidade aos banhistas. Uma placa indicava se ocupado ou livre. O banho coletivo, a meninada toda, completamente nus, era uma farra que se repetia todas as tardes. Á noite, à luz da lua, as moças se juntavam para o banho coletivo. Depois, contarei mais.

Gostaria de ter noticias de lá - E-mail [email protected].

(José Prates é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal, percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a família. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente adido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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Mensagem N°35838
De: Valéria Braga Teixeira Data: Quinta 5/6/2008 07:14:55
Cidade: Belo Horizonte

Prezado Jorge Silveira, Acompanho vcs daqui de BH e foi com satisfacao que li na sua Candelabro Italiano sobre o meu pai e seus amigos. Nao poderia deixar de lhe dizer que Hélcio Teixeira ainda está vivo e muito bem disposto pra contar o que se passava naquelas festas e em muitas outras que eles certamente aprontavam. Um abraco, Valéria Braga Teixeira

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Mensagem N°35836
De: César Data: Quarta 4/6/2008 22:39:12
Cidade: M. Claros

O ex-deputado Antônio Dias confirma que vai disputar a prefeitura de Francisco Sá como candidato do PTB. Caso vença o atual ocupante do cargo, será a terceira vez que exercerá as funções de prefeito na terra onde seu pai foi chefe do Legislativo e de onde se originou a família. Na década de 70, mal entrado nos 30 anos, Antônio Dias foi o mais novo presidente da Assembléia de Minas. Um dos seus declarados admiradores - o jurista, chanceler e professor Afonso Arinos de Melo Franco - dizia admirar nesta geração dois nomes: o governador Suruagy, das Alagoas, e o então presidente da Assembléia de Minas. Depois de exercer o mandato de deputado estadual, Dias se elegeu duas vezes para a Câmara Federal. Da primeira vez, declinou do convite do prefeito Toninho Rebello que o queria como seu sucessor na prefeitura de M. Claros.

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Mensagem N°35829
De: Luiz de Paula Data: Quarta 4/6/2008 16:09:36
Cidade: Montes Claros/MG

(Do livro "Por Cima dos Telhados, Por Baixo dos Arvoredos" - Parte 17)

“POR CIMA DOS TELHADOS,
POR BAIXO DOS ARVOREDOS”

Menino de 9 anos,
veja só que idade eu tinha,
descendo ladeira abaixo
comendo minhas goiabinhas,
cada folha que caía
pensava que a onça evinha.
(Do folclore mineiro)

Sou personagem do êxodo rural. Naqueles primeiros dias após a chegada, dominava-me a saudade, enorme e persistente, de minha terra, de minha gente. Sem a menor possibilidade de retorno próximo. Talvez por ser o mais jovem, fui o mais atingido ao ser afastado do lar paterno. No desespero, fiz promessa para voar e voltar, voando, para casa. Escolhi o local da partida. Seria na Várzea, hoje Praça de Esportes, na esquina de lote vago, sobre a armação de madeira de um muro velho, na esquina da rua Padre Teixeira com a Várzea. Onde hoje se encontra o Posto Candango.
O local, àquele tempo, era pouco freqüentado, como me convinha, e o muro era de baldrames. Sob a ação do tempo os adobes haviam caído e se amontoado em meio ao capinzal que ali viçava. E restou a armação, de aroeira lavrada, toda entrançada de ramos de melão de São Caetano e bucha de lavar vasilhas (lufa cylindrica, LIN).
Ficava não longe da residência do meu tio Pedro Mendonça, onde se hospedara o Lauro, o irmão mais velho. Eu havia visto o lugar e o achara apropriado.
Antes de subir na armação de baldrame, afastei-me um pouco e entrei numa moita de fedegosão, onde tirei a roupa, virei-a pelo avesso e voltei a vesti-la. Sobre a viga mais alta do baldrame, caminhei até o ângulo mais afastado, o final da rua Padre Teixeira, que fazia esquina com a Várzea, (hoje Avenida Armênio Veloso). Ao alcançar esse ponto, virei-me para o nascente, benzi-me, fazendo o nome do padre, e pronunciei bem claramente, com a vista levantada, fitando o horizonte: “por cima dos telhados, por baixo dos arvoredos”.
Eram as palavras de um menino que voava, como nos ensinara a Sia. Clara, velha contadora de histórias do povoado de onde eu viera.
Falei: “por cima dos telhados, por baixo dos arvoredos”. E saltei para a frente, movendo os braços como asas. Do alto da sabedoria de meus quase 9 anos, estava certo de que iria voar e regressar a Várzea da Palma. Na força que vinha da fé e da promessa. E da saudade que minava o meu ser.
Caí de barriga, no chão coberto pelo capinzal.
Levantei-me meio choroso. E iniciei o caminho de volta à casa de meus tios. De cabeça baixa. Eu era só tristeza e frustração.

INFÂNCIA EM MONTES CLAROS
(julho de 1926 a novembro de 1927)

Desterrado (era como me sentia) aos 9 anos incompletos, após uma despedida de muito choro e reclamações em altos brados, de que não queria sair de minha terra. Meus primeiros tempos em Montes Claros foram de banzo, a consumir-me em intensa e constante saudade. Saudades de minha mãe e do meu pai, de meus irmãos mais novos, que ficaram lá. Estava sempre a perguntar-me: o que será que eles estão fazendo agora, lá em casa? E a saudade persistia: da casa, do amplo quintal cheio de caixotes, barris, bichos de criação; dos galos que criava, do carneiro que ganhara pouco antes da viagem, dos banhos no Córrego Resgate e da ducha do Boeirão. (Até hoje o sabão de côco me traz o cheiro do pequeno sabonete HOTEL, que custava 200 réis, e que eu levava no bolso para o banho na ducha). Saudades das caçadas de codornas, preás e inhambús, com bodoque ou estilingue; das pescarias nos córregos do Resgate, Lameirão, e na Palma Velha, e nas lagoas e no Rio das Velhas. Das peladas com bolas de borracha e até com laranjas verdes. Das caçadas de filhotes de periquitos e papagaios e de moradas (colméias) de abelhas jataí e mandaçaia. Das frutas do mato: pinhas cheirosas, de janeiro, na Palma Velha; jabuticabas e goiabas, côco macaúba, mamacadela, pitomba, jatobá, barú, nas vazantes do Rio das Velhas e Lameirão. De cajuzinho do campo, muricis, araticuns, mutamba, marmelada de cachorro, mandapuçá, de grão de galo, bacupari, pequis no cerrado da Serra do Repartimento. De folhas de pau-terra, capim santo, cordão-de-frade, tiuzinho e outras, para remédio ou chás aromáticos. E das brincadeiras com a meninada. Eram saudades para não acabar mais.
Pouco a pouco o ambiente foi fazendo o seu trabalho de absorção, contribuindo nesse sentido a freqüência à escola. O segundo ano no Grupo Escolar era mais adiantado do que o segundo ano da escola de Várzea. Não faltavam novidades. Logo no primeiro dia de aula (primeiro para mim, mas para os outros alunos já era o início do segundo semestre), chamou-me a atenção um aviso afixado ao quadro negro, onde pude ler: SEMANA DA HYGIENE. Chegando em casa perguntei à minha tia o que era hygiene.

EM MONTES CLAROS

O que me ajudou a suportar a saudade de minha gente e de minha terra foi a escola. E as novidades - luz elétrica, calçamento das ruas, mercado, cinema - e a música nova e variada que encontrei aqui. Os hinos e cânticos do Grupo Escolar e as canções que meus primos e primas e seus amigos e amigas cantavam: modinhas, canções carnavalescas e outras, deixadas por circos e companhias teatrais que por aqui passavam e cantigas do rico folclore regional, inclusive das festas de agosto.
Parece que aquela saudade inflamada foi se diluindo nessas cantigas e se tornou suportável, embora sempre presente. Isso no primeiro período, de um ano e meio. Na segunda permanência fui aprendendo a comparar e a julgar as duas comunidades e a compreender que meu futuro estava em Montes Claros ou mais adiante, pois não me esquecia de que meu pai, volta e meia nos dizia que lugar de futuro para gente nova era São Paulo.
Eu comecei, nos primeiros tempos, comparando os doidos de Várzea com os de Montes Claros. Os daqui eram mais divertidos. Depois passei a comparar nomes e profissões. Comparava o maior comerciante de lá e o maior daqui. E Várzea sempre perdia nessas comparações.
Pouco a pouco minha mentalidade foi-se tornando racional e compreensiva para a vantagem de viver em Montes Claros, para quem queria estudar.

(continuará, nos próximos dias, até a publicação de todo o livro, que acaba de ser lançado em edição artesanal de apenas 10 volumes. As partes já publicadas podem ser lidas na seção Colunistas - Luiz de Paula)

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Mensagem N°35828
De: siticop-mg. Data: Quarta 4/6/2008 15:18:05
Cidade: montes claros minas gerais  País: brasil

estamos vivendo momentos que,até parece sonhos,quem mexe com drogas já não está procupando com nada mais,parece até que é uma profissão,aponto de deixar drogas perigosas ao alcance de crianças, como o caso que aconteceu nesta terça feira 02 de junho em montes claros, por mais que a policia corre atraz prendendo e reprimindo estaas acões, barbaridades como esta inda acontece,é preciso achar acausa desta grande tragédia, não dá mais para ficar assistindo todos os dias estes noticiarios no meio de comunicação,apolicia precisa descubril que são os fornecedores destes produtos em todo o pais.

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Mensagem N°35827
De: marcelo Data: Quarta 4/6/2008 14:52:44
Cidade: Montes Claros

Acaba de ser preso assaltante de celular em frente ao banco do Brasil da av. sanitária.O ladrão furtou aparelho celular de uma jovem as 13 horas de hoje em frente a caixa econômica da sanitária.Mas o ladrão foi perseguido por moto taxista q por meio de ligação pediu ajuda a colegas q fazem ponto na porta do banco do Brasil onde o mesmo foi detido e entregue a policia militar (...)

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Mensagem N°35826
De: Assustado Data: Quarta 4/6/2008 14:27:50
Cidade: Belo Horizonte  País: Brasil

Graças a Deus hoje moro em Belo Horizonte, local onde sempre quis morar. Em mais de um ano morando aqui não vi nada que me assustasse ou me impedisse de fazer algo que estivesse com vontade. É claro que aqui também tem seus problemas devido à quantidade de habitantes. Mas proporcionalmente, Montes Claros não está ficando pra trás. Essa criança brincando com crack... meu Deus. À todos, ficam meus pedidos de oração por esta cidade que a cada dia que passa vira manchete em todo o Brasil pelo crescimento vertiginoso da violência.

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Mensagem N°35822
De: Antônio Sá Data: Quarta 4/6/2008 11:43:09
Cidade: M. Claros

Taí o noticiário que esclarece melhor do que qualquer outra coisa. Uma criança de 4 anos brincava com a pior das drogas, crack, num espaço público - uma escola de M. Claros. Brincava, simplesmente. A professora desconfiou, chamou a polícia, que constatou que era droga. Foi à casa dos pais e lá encontrou o aparato do tráfico. Nos dias que correm, o crime vale a pena. Apenas um fato imprevisto, como este, levou os responsáveis à prisão. As nossas leis protegem os criminosos e pune os cidadãos de bem. O caso é ilustrativo. A inocência revelou o crime, ostensivo na sua casa desde quando? O que mais podemos esperar? A polícia está manietada por leis absurdas. E a nossa cidade recolhe nacionalmente mais este destaque negativo. E até internacionalmente.

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Mensagem N°35821
De: Jornal O Tempo Data: Quarta 4/6/2008 11:33:44
Cidade: Belo Horizonte

Criança de 4 anos leva 19 pedras de crack para creche em Montes Claros JUVERCY JUNIOR MONTES CLAROS - 19 pedras de crack foram encontradas misturadas ao material escolar de uma criança de apenas quatro anos, em Montes Claros, região Norte de Minas Gerais, na manhã desta terça-feira.Segundo a Polícia Militar da cidade, a droga foi descoberta no momento em que o menino retirou uma sacola da mochila e começou a mostrar aos colegas de creche como era uma pedra de crack. Assustada, a professora tomou as drogas da criança e acionou a PM.
Os militares conversaram com o menino. Ele declarou que pegou a sacola em meio aos objetos dos pais em casa. A PM foi até a casa da criança. No momento que chegaram, os pais tentaram fugir, jogando na residência do vizinho uma balança de precisão, 31 pedras de crack e alguns papelotes com cocaína.Eles foram encontrados escondidos em uma casa próximo ao local da fuga.Em depoimento aos militares, os pais assumiram que vendem drogas. Eles afirmaram que não sabiam que o filho havia pegado as pedras de crack. Eles foram encaminhados à Delegacia de Polícia de Montes Claros.

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Mensagem N°35819
De: Jornal Zero Hora Data: Quarta 4/6/2008 11:29:08
Cidade: Porte Alegre/RS

Menino leva crack para creche em Minas Polícia prendeu mãe e padrasto da criança Um casal foi preso na terça-feira em Montes Claros, no norte de Minas Gerais, acusado de tráfico de drogas. A polícia chegou até o casal depois que o filho da mulher levou por curiosidade para a creche um saquinho contendo 19 pedras de crack. Segundo a Polícia Militar, os agentes foram acionados depois que a professora da criança informou que um menino de quatro anos retirou de sua bolsa escolar um saco plástico contendo uma substância que parecia ser droga.A polícia se dirigiu para a casa do garoto, onde foram presos o padrasto, de 36 anos, e a mãe, de 29. De acordo com a PM, ao notarem a presença dos policias, o casal jogou no quintal do vizinho uma balança de precisão, 211 gramas de maconha e 83 gramas de crack. Durante vistoria no interior da residência, foram encontradas escondidas em vários pontos 14 pedras de crack e um pacote de maconha. Em depoimento, o casal revelou que havia outra casa, no mesmo bairro, que era usada para armazenar drogas. No local, a polícia encontrou um homem de 43 anos que declarou que cuida da residência, sendo o local usado para guardar e fazer uso de drogas. A criança foi encaminhada para o conselho tutelar.

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Mensagem N°35816
De: Cris Data: Quarta 4/6/2008 10:28:44
Cidade: Montes Claros/MG  País: Brasil

Para a msg. 35793: É de se ressalvar a lembrança do sr. Waldir Aguiar, ainda muito charmoso e vivíssimo. Morando atualmente em Araxá/MG.

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Mensagem N°35815
De: Polícia Militar Data: Quarta 4/6/2008 10:02:54
Cidade: Montes Claros

(...)BO 29.277/08: Ontem, 03/06, às 09h30min, a polícia militar foi acionada a comparecer a Av. Estrela da Esperança, Bairro Mangues, onde a professora Maria da Gloria R. Manenti, 37 anos, informou que uma criança de 04 anos, retirou de sua bolsa escolar, um saco plástico contendo uma substancia que parecia ser droga. Policiais militares após averiguações constataram que se tratava de 19 pedras de “crack”. De imediato, a guarnição policial compareceu na residência da criança na rua “Um”, bairro Chiquinho Guimarães, sendo que o padrasto da criança Valdenilson Felicidade Santos, 36 anos, marceneiro e a mãe, Maria Cristina Martins da Cruz, 29 anos, do lar, ao notarem a presença da policia em sua residência, jogou no quintal do vizinho uma balança de precisão; 211 gramas de maconha e 83 gramas de crack. Durante vistoria no interior da residência dos autores foram encontradas, escondidas em vários pontos, 14 pedras de crack; uma bucha de maconha; 01 máquina fotográfica Yashica; 02 celulares Motorola, 01 celular Nokia 8265; 01 rolo de fita crepe; R$651,00 em cédulas e R$79,30 em moedas. Os autores “Valdenilson e Cristina” alegaram ter uma outra residência na rua “Quatro”, no mesmo bairro e conforme denunciantes anônimos a residência também era utilizada para o tráfico de drogas. De imediato, policiais militares se deslocaram ao local e encontraram ali o autor Jaiton Nunes da Silva, 43 anos, faxineiro, o qual declarou que fica “olhando” a residência, sendo o local usado para guardar e fazer uso de drogas. Também foi apreendido um veiculo VW/Parati, branco, placa GWV-0576, pertencente aos pais da criança. A criança foi encaminhada para o conselho tutelar, onde foi recebida pela conselheira “Lindalva M. Santana Flávio”. A autora Maria Cristina passou mal, sendo socorrida ao HPS Santa Casa, onde medicada e liberada. Os autores foram presos e entregues na Delegacia de Polícia, onde foram autuados em flagrante, juntamente com todos os materiais apreendidos.

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Mensagem N°35814
De: Reinaldo Veloso - Médico dentista Data: Quarta 4/6/2008 09:43:15
Cidade: Fátima  País: Portugal

Eu sou montesclarense e estou horrorizado com esta notícia: "Menino de quatro anos brincava com pedras de crack em escola de M. Claros; na sua casa, polícia achou mais 33 pedras - notícia corre o mundo". Estou de malas prontas para passar as festas juninas em Montes Claros e tomei a decisão e não vou mais. Estou estou indignado com tudo de ruim que passa a nossa linda cidade. Eu estou em Portugal onde sou médico-dentista há 15 anos fazendo um pé de meia para voltar a minha terra em definitivo.Tenho pavor a drogas e ainda mais quando envolvem crianças. Cadê as autoridades de nossa cidade? Cadê a segurança pública? PELO AMOR DE DEUS!

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Mensagem N°35812
De: Uai - Estado de Minas Data: Quarta 4/6/2008 09:31:50
Cidade: Belo Horizonte

Professora encontra droga com menino de quatro anos no Norte de Minas Emerson Campos Danilo Evangelistam A droga encontrada com o menino foi apreendida pela PM Uma criança de apenas quatro anos foi responsável por uma apreensão de drogas em Montes Claros, Norte de Minas, nesta terça-feira, segundo a Polícia Militar. O menino brincava com algumas pedras quando a professora percebeu algo de errado perguntou o que era.O garoto disse que era sabão e que teria o encontrado em casa. A polícia foi chamada para atender a ocorrência e confirmou: pedras são de crack.Os militares foram até a residência da criança e apreenderam mais 33 pedras do entorpecentes, cerca de 200 gramas de maconha, dinheiro, celulares e uma balança de precisão.A mãe do garotinho, que está gravida de quatro meses, o padrasto da criança e um terceiro suspeito estão presos. A criança será encaminhada para o Conselho Tutelar da cidade.

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Mensagem N°35811
De: Martins Data: Quarta 4/6/2008 08:54:08
Cidade: Moc

Depois de 3 dias zangado, esplende o céu azul de M. Claros. Profundo. O de sempre. Corteja a noite de inverno, quando as sombras recuam e o zimbório se alteia para que as estrelas se apresentem melhor.(Hermes de Paula não se cansava de repetir que é nosso o céu mais estrelado do mundo.É.)

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Mensagem N°35810
De: G1 Data: Quarta 4/6/2008 07:49:18
Cidade: São Paulo/SP

Menino de 4 anos leva crack para creche em MG Droga estava escondida na mochila da criança. Garoto foi encaminhado para o Conselho Tutelar. Um casal foi preso em Montes Claros, no norte de Minas Gerais, depois que um menino de 4 anos levou para a creche 19 pedras de crack. A própria criança acabou virando peça-chave para a polícia descobrir um esquema de tráfico de drogas na região. O menino chegou à escola com um pacote e mostrou aos colegas. Para uma professora, a criança respondeu que eram pedras de sabão dadas pelo padrasto.A direção da escola não acreditou na versão do menino e chamou a Polícia Militar (PM) para investigar. A equipe acabou prendendo em flagrante a mãe do menino e o padrasto. Na residência do casal foram encontrados dinheiro, maconha e crack. Segundo os policiais, até fraldas descartáveis eram usadas para envolver entorpecentes.Depois de preso, o homem contou que o menino pegou a embalagem por curiosidade.

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Mensagem N°35809
De: Raphael Reys Data: Quarta 4/6/2008 07:31:50
Cidade: Moc - Mg  País: Br

A QUEDA DO AVIÃO

Um caminhão de defuntos! Em 1955, caiu sobre esta terra de Figueira uma chuva que durou quarenta dias. A cidade ficou isolada por terra, com as estradas rompidas e sem socorro aéreo dado ao nevoeiro constante e a chuva que caia ininterruptamente.
Com uma aparente melhora do tempo em um dia, passageiros que estavam em Belo Horizonte ficaram afoitos e motivados pela saudade do lar fretaram um avião executivo voando para Montes Claros.
Como o tempo piorou o piloto não encontrava o aeroporto as autoridades convocaram os proprietários de veículos que rumaram até à pista de pouso e a iluminaram, buscando permitir o pouso de emergência.
Por pouco o avião não pousou na Praça da Catedral, em virtude do piloto devido à neblina ter avistado a luz vermelha no alto da torre e confundido com a da pista o aeroporto.
A cidade entrou em oração e ação! O destino, entretanto, foi mais contundente. Após voar em círculos e em baixa altitude já de noite, para gastar o combustível, e diminuir o risco de incêndio durante o pouso, deu-se a tragédia e o avião chocou-se contra o topo de um morro nas cercanias da nossa cidade sem sobreviventes.
O resgate dos corpos, a passagem difícil em macas pela forte correnteza de um rio e o transporte até a cidade, foi uma aventura comandada pelo capitão Coelho, delegado de polícia local. Requisitaram-se voluntários entre os moradores locais, para compor o efetivo.
A operação foi fartamente documentada por fotos clicadas pelo fotógrafo Coriolano Guedes, do estúdio CG, montado na rua Doutor Santos, no centro.
Recolhidos os corpos das vítimas e empilhados na carroceria de um caminhão da prefeitura foram transportados até à rua Tiradentes em frente ao número 216, porta da casa de dona Maria Ramiro. Dado a impossibilidade da vinda de legistas da capital para fazerem as competentes necropsias em tão grande quantidade de corpos, o juiz de direito e George o agente de saúde que morava naquela rua liberaram esse trabalho confiando-os aos médicos locais.
De pé, na janela rococó da casa de Maria Ramiro, minha vizinha pude então vislumbrar o quadro dantesco do estado dos corpos quando a lona que os cobria foi retirada para a vistoria do agente e do juiz, quase desmaiando pelo impacto da cena. Um militar chamou o capitão e informou que o corpo do piloto, um gigante de tamanho e força ainda tinha movimentos.
Ele perdera a perna direita e os braços durante o impacto, assim como outros passageiros e os membros estavam amontoados no fundo da carroceria.
Os corpos, dado à umidade da chuva constante, não exalavam mau cheiro, apesar do tempo transcorrido entre o acidente e o resgate, mais de uma semana.
Impressionado, em decorrência da terrível cena vista, passei mais de trinta dias sem comer carne!
Por mais de um ano o acidente tornou-se assunto cativo de rodinhas das esquinas que comentavam o fato e os detalhes do acontecimento macabro.

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Mensagem N°35808
De: Maurício - Januária MG Data: Quarta 4/6/2008 07:22:08
Cidade: Januária - MG  País: Brasil

Amanheceu um lindo dia. Teremos muito sol o dia todo. Anteontem à noite avistei um "quati"- animal da espécie brasileira, que realmente considerei lindo - em plena margem do calçadão de Janu. Ainda há vida selvagem às margens do Velho Chico. Vi também muitas saracuras pastando como galinhas caseiras ontem pela manã. Peixe só caranha e piau verdadeiro. O Velho Chico está descançando,

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Mensagem N°35806
De: Graciano Data: Quarta 4/6/2008 07:14:39
Cidade: Montes Claros

Titulo da notícia: Respostas sugerem piora nas condições da segurança de M. Claros
Comentário: Em relação a mulher que assassinou um homem no Mercado Municipal, foi noticiada, logo após o crime, que a acusada estava no Feijão Semeado e por alí ficou durante uns 15 dias e desapareceu. Esse comentário surgiu no Alto São João à época do crime.

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Mensagem N°35805
De: Augusto Vieira Data: Quarta 4/6/2008 02:11:51
Cidade: Belo Horizonte

“BAIÃO DE DOIS”

Acabo de ler, no Mural, pela terceira vez, a crônica de Jorge Silveira, intitulada Candelabro Italiano, em que ele, com seu consagrado estilo literário, faz um interessante paralelo entre o uso das lambretas e motos de ontem, com as de hoje. Enquanto as de ontem eram usadas para as paqueras, para a conquista dos objetos dos amores dos rapazes, as de hoje, pelo menos em nossa aldeia, são utilizadas para assaltos à mão armada. É, Jorge, a gente era feliz e não sabia.
Jorge cita um meu escrito sobre a turma de Gerinha Português, da qual sou, até hoje, com muita honra, modesto integrante e diz que nós babávamos de inveja quando líamos, na coluna social de Lazinho Pimenta, a notícia das “Festas da Cueca”, promovidas por Hamilton Didier Guimarães, nosso estimado Mimi, alagoano que residiu por muitos anos em Montes Claros, nas quais só era permitida a entrada dos rapazes que tivessem lambreta, com honrosa exceção ao Lazinho.
Realmente, meu caro Jorge, pelo fato de possuírem lambretas, Waldir Aguiar, Márcio Milo, Agnaldo Drumond, você e outros, levavam a maior vantagem nas paqueras, porque isso era a onda da época. Nós, da turma de Gerinha Português, vivíamos, na verdade, era sem grana. Enquanto vocês já trabalhavam e ganhavam o seu nós éramos sustentados por nossos pais e, naquele tempo, o vil metal era bem curto para os imensos encargos. Mesmo se sobrasse algum, eles não liberavam, até com medo de que caíssemos na gandaia. Vocês, ao contrário, jovens e já trabalhadores, independentes, ganhavam sua própria grana, o que lhes permitia comprar e manter suas lambretas e ainda, depois das bem sucedidas paqueras, arrematarem as noitadas no Mangueira e na casa de “tia” Leobina. Nós mal tínhamos dinheiro para ir ao Bequinho, de vez em quando, amar uma sacerdotisa.
Agora, Jorge, o que mais me fez meditar depois de ler sua crônica foi a análise – posso estar errado e peço a você antecipadas desculpas – sobre o bem que a liberdade sempre faz às pessoas. E parto, com toda pureza, de meu próprio caso. Vocês, na juventude, tiveram grana própria e se divertiram a valer, porque trabalhavam. Nós, dependentes dos pais, só passamos a ter a nossa já adultos. Vocês, pela liberdade conquistada na juventude, tornar-se-iam, depois, ótimos maridos, não por imposição, mas por opção. Isso porque aproveitaram, ao máximo, a juventude, até se cansarem e se acomodarem. Nós, ao contrário – aconteceu comigo e, creio, deve ter acontecido com muitos de meus amigos –, quando passamos a ter nossa própria grana, não resistimos àquela vontade louca de fazer coisas que não fizéramos na juventude. Será que foi isso mesmo que aconteceu? Só Freud para explicar.
Outro dia, Jorge, casa de Zé Augusto, em Angra, relembrávamos essas histórias. E Bárbara, minha sobrinha, fez um vídeo de nossa conversa, sempre repetida em nossos encontros, especialmente nas nossas costumeiras festas de natal, na casa de Saulo, aqui em Belô. Dentre elas há a da macarronada (nosso dinheiro só dava para esse prato ou para um mexidão, o famoso “Baião de Dois”) do Espeto de Ouro, em que Olguinha, cozinheiro gay, fã de Saulo, a quem considerava o rapaz mais bonito da cidade, punha, às escondidas, por debaixo de nosso macarrão, no fundo da travessa, um filezão à milaneza, até que Zé Amorim descobriu, espetou-o com um garfão, daqueles do capeta, saiu com ele, pingando gordura, por entre as mesas do restaurante, dizendo que aquele cozinheiro, veadinho, ainda o levaria à falência. Há a de Zé Augusto, que pedia à mãe para demorar, um a dois meses, para lhe presentear com uma camisa, para que pudesse juntar mais grana e comprar outra mais cara, em moda na época, usada pelos rapazes das famílias mais abastadas da cidade. Há as das festas em que éramos barrados ou recebidos com desprezo, simplesmente por não verem em nós futuro promissor. E como rimos, hoje, disso tudo. Vocês, tal qual nós, também eram e são pessoas humildes, só que já em suas juventudes ganhavam sua própria grana e puderam namorar à vontade, comprar suas lambretas, pagar seus cuba-libres no Mangueira e os amores das moças de “tia” Leobina. Isso, para nós, naquele tempo, era aventura quase proibida, raríssima e inusitada.
Só peço a você, meu caro amigo, bem assim a Waldir Aguiar, Agnaldo Drumond, Márcio Milo e aos demais membros de sua gostosa turma, que renovem o “pacto do silêncio” por, pelo menos, mais uns cinqüenta anos para que sejam preservados os segredos de algumas maravilhosas vovozinhas de hoje. Quanto às “Festas da Cueca”, nos réveillons da casa de Mimi, saibam que eu teria gostado imensamente de ter participado. Só que nunca me convidavam. Mas também quem mandou eu não ter minha lambreta!? Paciência!!!

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Mensagem N°35804
De: J. Geraldo Data: Quarta 4/6/2008 01:07:11
Cidade: M. Claros

Circulei nesta noite pelas ruas de M. Claros. Não é o começo do frio, frio para nós, que impõe o toque de recolher. É o medo. Todos têm medo. E ninguém faz nada. As ruas estão desertas, o medo venceu.

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Mensagem N°35803
De: Paulo Vilasboas Riche Data: Quarta 4/6/2008 00:56:32
Cidade: Brasília - DF

"Criança de 04 anos leva para creche pedras de crack é notícia em todo o mundo" Aí já é o fim do mundo e até onde chega a falta de segurança em Montes Claros.

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Mensagem N°35802
De: Lise Data: Quarta 4/6/2008 00:54:07
Cidade: Moc

Terça-feira de junho, 20 horas. Garoa em M. Claros. Chviscos de chamar o frio.

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Mensagem N°35799
De: George Harik Data: Terça 3/6/2008 21:25:35
Cidade: Betim  País: Brasil

É preciso esclarecer a imprecisão desta informação de que nos países muçulmanos pessoas que roubam são punidas com a perda da mão. Isto não é verdade. É um esteótipo lançado pelo ocidente que visa apontar o islã como intelorante em todas as circunstâncias. O Egito não é violento por uma questão cultural, como a maioria dos países que não convivem com o uso imoderado da bebida alcoolica. Aciedente de trãnsito no tumultuado trânsito do Cairo é uma raridade. Portanto, empresas que buscam o Egito estão em busca de uma realidade cultural diferente que reflete diretamente na produtividade da empresa.

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Mensagem N°35797
De: Gildásio Data: Terça 3/6/2008 19:08:54
Cidade: M. Claros

Noto que é apavorante o desinteresse da população pela política e pelos lances políticos. É enorme a desilusão geral. Muitos não escondem que deixaram de votar, apenas comparecendo às urnas para cumprir não a lei, mas para fugir das ameaças da lei. Quase sempre, esses desiludidos dizem que os políticos são todos iguais, especialmente depois que os vereadores passaram a receber salários, em 1978, cada vez mais milionários, e apenas para desfalcar os poucos recursos coletivos. Uma cidade como M. Claros consome 800 mil reais, todo mês, com os vereadores, e ainda querem aumentar o número deles. A função de vereador era a porta de entrada da política e, nelas, muitos bem intencionados se revelaram. Hoje, quase sempre, o que se busca é o salário vergonhoso, sem igual em outra atividade. Política virou meio de vida, vereador tornou-se classe social - é a deformação do mandato eletivo. A nascente democracia, de tombo em tombo, já não tem defensores, como nos duros tempos da repressão. Foi-se a esperança. Pioramos de lá para cá. Pergunte as pessoas próximas se não é este o sentimento (...)

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Mensagem N°35795
De: Eduardo Costa Salum Data: Terça 3/6/2008 18:01:26
Cidade: Brasilia-DF  País: Brasil

O Sr. Eron tem que conhecer melhor o Egito. Caso a Coteminas vá abrir fábrica lá não é por que Montes Claros está violenta, é apenas uma questão econômica. No Brasil se cobra muito imposto, tem juros altos e o nível de vida é caro (salários dos funcionarios mais elevados) em relação a outros paises. Dificilmente as empresas Brasileiras conseguem concorrer com paises com nível de vida mais baixo (custo de prodrução industrial baixo) tipo:China, Indía, Egito, etc..). Cairo, a capital e maior cidade do Egito não tem violência. Lá, se um ladrão roubar uma maçã tem a mão cortado. Existe leis que são funcionais. Ao contrario do Brasil.

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Mensagem N°35794
De: Rodrigo Lopes Data: Terça 3/6/2008 17:09:59
Cidade: Montes Claros MG

Oque esta acontecendo em nossa cidade é um verdadeiro absurdo,não temos mais paz nem segurança em sair nas ruas de montes claros,a falta de segurança é total,assaltos já são lemas de muitas pessoas, eu não sei até quando isto vai durar.Se as autoridades não tomar uma medida rápida quanto a esta situação, a nossa linda e que era tão tranquila, vai ficar a mercer de bandidos.

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Mensagem N°35793
De: Jorge Silveira Data: Terça 3/6/2008 17:05:27
Cidade: Montes Claros

CANDELABRO ITALIANO
JORGE SILVEIRA

Se as motos hoje são motivo de medo, desconfiança e apreensão por parte de motoristas e comerciantes, pois em Montes Claros são a principal arma de trabalho de bandidos e marginais, na década de 60 as lambretas e vespas eram sinal de glamour e de requinte para a rapaziada. Embalada pelo sucesso do filme "Candelabro Italiano" e pelo romance de Troy Donahue e Suzane Plesethe pelas lindas paisagens da Itália, a juventude montes-clarense se embevecia com as lambretas rodando pelas ruas da cidade.

Se não me falha a memória, a primeira lambreta (ou vespa) a rodar em Montes Claros no início dos anos 60 foi uma de Waldir Aguiar, que era considerado pelas moças da época um dos partidos mais interessantes da cidade. Ele fazia parte de uma turma que vivia nas crônicas do Lazinho Pimenta, formada pelo Mimi (Hamilton Didier Guimarães), Agnaldo Drumond, Márcio Milo, Edvard Ró-Ró, Élcio Teixeira e Quinquinha. Quando a lambreta virou "grife" no país, Mimi e Agnaldo também compraram uma. À noite, no "footing" na Praça Cel. Ribeiro, eles encostavam as lambretas em frente à casa do Sr. Ladislau Braga e ficavam escorados nos assentos, fazendo pose para as garotas que em grupos rodavam a praça. Era o máximo!

Em uma de suas crônicas, Augusto Vieira Neto, o nosso Bala Doce, relembrou a turma do Gerinha Português, formada basicamente pelo Saulo, Odorico, Lindolfo, Marco Antônio, José Augusto e Fernando Thomaz, e que se reunia ali em frente ao antigo Clube Montes Claros, hoje Conservatório Lorenzo Fernandez. Já a turma do Mimi, tinha como local de encontro, após o "footing" na Praça Cel. Ribeiro, o restaurante da Madame, o Mangueira, ali na rua Dr.Santos. Impreterivelmente, depois das 11 da noite, a turma estava lá, bebendo "cuba libre" e jogando conversa fora. Quase sempre, a noite iria terminar na casa da Leobina, onde o mulherio era de primeira. E aí as lambretas ajudavam, pois a casa da Leobina ficava longe, muito longe para os padrões da época.

O único mecânico de lambreta (ou vespa, como preferiam alguns) na década de 60 na cidade era o Osmarzinho, que mais tarde ficaria rico com a "Motosmar". Por sinal, ele é o principal responsável por este verdadeiro congestionamento de motos que se vê nas ruas de Montes Claros. Vendeu moto para Deus e o mundo. Acredito que ele mesmo não imaginava nunca que o romantismo que cercava as lambretas de antigamente (ele também teve uma) se transformaria nesta loucura de hoje, com a moto servindo de arma para bandidos e assaltantes.

O que mais marcou a época das lambretas em Montes Claros foi a "Festa das Cuecas", que Mimi realizava toda passagem de ano em sua casa, aproveitando que sua família viajava para Alagoas, para visitar parentes. Para entrar na festa, tinha que chegar de vespa, com uma garota na traseira. Como se vê, a festa era muito selecionada, pois eram poucos os que tinham vespa na cidade. E também não era qualquer garota que tinha coragem de comparecer, pois como o próprio nome da festa indicava, lá pelas tantas, com todas na cabeça, a rapaziada tirava a calça e ficava só de cueca. Os tempos eram outros e as meninas ficavam com medo de ficar "faladas".

A turma do Gerinha, que não tinha lambreta, só ficava sabendo por alto o que se passava na "Festa da Cueca". E babava de inveja, ao ler a notícia na crônica do Lazinho. Que por sinal era o único que não tinha lambreta com autorização para participar daquele que era o réveillon mais particular (e mais invejado) da cidade. Fora eu, que também tinha lambreta, ainda estão vivos aí para contar o que se passava naquelas festas, o próprio Mimi, que mora hoje em Maceió, e o meu bom amigo Márcio Milo. E se não estou enganado, o Edvard Ró-Ró, que é médico e reside em Uberlândia, segundo me disseram. Passados quase 50 anos, acredito que o pacto que todos tinham de não contar nada, mas nada mesmo, para preservar a reputação das garotas, já deve ter caducado.

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Mensagem N°35780
De: Eduardo dos Santos Data: Terça 3/6/2008 12:05:41
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Sinto muita saudades daquela cidade pacata de Montes Claros onde os jovens não falavam e nem praticavam o crime como hoje,,, sinto saudade daqueles tempo em que até Eu sou testemunha onde praticávamos as eternas serenatas para as namoradas nas noivas serenas e tranquilas da madrugada onde cada um ia para a sua casa ás altas madrugadas em paz e feliz, tranquilo e seguro sem nehuma preocupação... (...)

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Mensagem N°35779
De: Keila Cardoso Data: Terça 3/6/2008 12:00:08
Cidade: Montes Claros

Gostaria de saber por que a praça dr carlos continua naquela escuridão?...ontem ao passar por lá vi um grupo de jovem usando tóxicos livremente...a praça é o coração da cidade, não pode continuar daquele jeito, por favoer senhor prefeito tome conta disto, pois me envergonho em mostrar aquele logradouro pára uma pessoa de fora...onde não há luz reside as trevas!

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