Adoçante artificial - suspeito de ser cancerígeno - é consumido no Brasil 15 vezes além do limite máximo permitido nos Estados Unidos
Terça 04/07/23 - 6h45Enquanto tentava desenvolver um remédio para úlcera, ele percebeu o sabor doce ao lamber os dedos após um acidente de laboratório.
Desde então, o aspartame tem sido usado como adoçante em diversos produtos, inclusive em alimentos dietéticos e naqueles sem adição de açúcar.
O aspartame é classificado como um aditivo alimentar pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), atuando como um edulcorante, conferindo sabor doce aos alimentos, e como realçador de sabor, ressaltando o sabor e aroma dos alimentos.
No entanto, a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), considera o aspartame como possível cancerígeno.
Em relação ao uso seguro, a quantidade máxima de aspartame permitida varia de acordo com as regulamentações de cada país.
Nos Estados Unidos, a FDA estabelece um limite diário de ingestão de 50mg/kg de peso corporal.
No Brasil, o limite máximo é de 750mg/kg para alimentos e bebidas destinados a dietas com restrição de açúcares.
O aspartame está presente em uma variedade de alimentos, especialmente naqueles rotulados como "sem adição de açúcar" ou "diet".
Pode ser encontrado em gomas de mascar, misturas em pó para café e capuccino, adoçantes de mesa, sucos em pó, gelatinas, refrigerantes e até mesmo em comprimidos efervescentes de vitamina C.
Embora o aspartame tenha sido considerado seguro para consumo, novas pesquisas levaram à inclusão dessa substância na lista de prioridades de avaliação do potencial carcinogênico.
Tanto o IARC quanto o Comitê Misto FAO/OMS de Especialistas em Aditivos Alimentares (JECFA) estão realizando estudos e atualizando suas avaliações de risco.
A Anvisa, no Brasil, acompanha de perto os avanços científicos nessa área e continua avaliando a segurança do uso de edulcorantes, incluindo o aspartame.