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montesclaros.com - Ano 26 - domingo, 11 de maio de 2025

Professor da Unimontes é demitido, acusado de crimes sexuais

Quarta 19/07/23 - 11h51

Jornal O Tempo, de BH:


Professor investigado por crimes sexuais contra alunas da Unimontes é demitido

A decisão foi publicada no Diário Oficial do Executivo de terça-feira (18); abusos ocorreram dentro da instituição
Rayllan Oliveira

O professor de 46 anos, indiciado por praticar crimes sexuais contra alunas na Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), no Norte de Minas Gerais, foi demitido sob justificativa de ter descumprido deveres da função e, consequentemente, agindo com conduta inadequada. A decisão foi publicada no Diário do Executivo desta terça-feira (18 de julho). O servidor terá o prazo de dez dias para, se tiver interesse, apresentar pedido de reconsideração. A Universidade confirmou a demissão, e afirmou que outras penas também foram aplicadas.

Em março deste ano, o professor havia sido indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). Conforme o inquérito, algumas das vítimas haviam sido amordaçadas, vendadas e amarradas pelo docente para a prática de BDSM - termo para Bongade, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo. As investigações conseguiram comprovar os abusos em cinco casos.

Segundo relato das alunas, as práticas ocorriam dentro da própria universidade. Além disso, o suspeito usava uma abordagem em que sugeria sessões de hipnose e massagem para as vítimas, para que elas conseguissem relaxar.

As investigações tiveram início após a coordenadora do curso de História ir à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) para apresentar um relatório que citava dez possíveis vítimas. Em seguida, o servidor foi afastado por meio de portaria da própria instituição de ensino.

Em entrevista para O TEMPO, a delegada Karine Maia, responsável pelas investigações, informou, na época do indiciamento, que as vítimas descreveram o professor como uma "pessoa manipuladora e que fazia jogos de sedução". O investigado, conforme a polícia, aproveitava-se da condição de docente para intimidar e constranger as vítimas, coagindo-as a ceder a favores sexuais. Algumas delas relataram terem sido filmadas e fotografadas por ele sem consentimento.

"Ele [suspeito] foi indiciado cinco vezes por assédio sexual, duas vezes por fotografar ou registrar cenas de nudez, além de ato libidinoso”, explicou a delegada, na ocasião. À época, o inquérito foi encaminhado ao fórum da cidade.

Veja a nota da Unimontes
"A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) informa que após sindicância para a apuração das denúncias de assédio sexual que levaram a abertura do Processo Administrativo Disciplinar (PAD), em face do servidor público acusado, a Comissão Processante concluiu pela aplicação da pena de demissão a bem do serviço público, dentre outras medidas, institucionais de prevenção e combate a diversos tipos de violência de gênero o que foi acatado pela gestão superior da Universidade com a tomada das providências cabíveis.

A Universidade dispõe de ações de acolhimento para as vítimas com equipe multidisciplinar e também ações preventivas no combate ao assédio e violência".

***

Jornal Estado de Minas, de BH:

Professor de Montes Claros é demitido após denúncias de assédio sexual

Servidor da universidade estadual em Montes Claros, no Norte de Minas, foi indiciado por assédio contra alunas da instituição; ele estava afastado do cargo
Sílvia Pires

Quase quatro meses depois de ter sido indiciado por assédio sexual contra alunas na Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), no Norte de Minas Gerais, o professor do departamento de História foi demitido da instituição. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado nessa terça-feira (18/7).

O servidor, de 46 anos, foi demitido sob justificativa de ter descumprido os deveres da função e, consequentemente, agindo com conduta inadequada. Ele ainda terá o prazo de dez dias para, se tiver interesse, apresentar um pedido de reconsideração.



O professor já estava afastado da função pela instituição desde outubro do ano passado, quando o caso veio à tona. As alunas denunciaram uso de hipnose como artifício para os abusos, que incluíam práticas de sadomasoquismo. O crime ocorreu em salas de aula dentro da própria universidade.

Relembre o caso
O crime foi denunciado pela coordenadora do curso de História. As práticas sexuais contra as universitárias teriam iniciado entre os anos de 2019 e 2020. Algumas vítimas relataram que foram amordaçadas, vendadas e amarradas pelo professor durante a prática de BDSM (Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo).

As investigações comprovaram o crime em cinco dos casos investigados. Em entrevista ao jornal Estado de Minas, a delegada Karine Maia, responsável pelas investigações, disse que o suspeito era descrito como pessoa manipuladora e que fazia jogos de sedução.

"Ele aproveitava da condição de professor, intimidava e constrangia as vítimas, as coagia a ceder a favores sexuais", disse.

Ele foi indiciado, em março deste ano, por assédio sexual, ato libidinoso e outros crimes contra a dignidade sexual, mas não foi preso. O inquérito policial foi encaminhado ao fórum local e encontra-se à disposição da Justiça.

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