Agência internacional melhora nota do Brasil, ainda no "grau especulativo", e menciona as reformas aprovadas
Quarta 26/07/23 - 13h20
A agência de classificação de risco Fitch melhorou a nota de crédito do Brasil de BB- para BB, mantendo uma perspectiva estável.
O País havia sido rebaixado para BB- em 2018 devido à crise nas contas públicas e à não aprovação da reforma da Previdência durante o governo de Michel Temer.
A Fitch justificou a atualização da classificação afirmando que o Brasil demonstrou um desempenho macroeconômico e fiscal melhor do que o esperado, especialmente diante de sucessivos choques nos últimos anos.
Embora a nova classificação ainda indique "grau especulativo", ela sinaliza que o Brasil está menos vulnerável ao risco no curto prazo, mas ainda enfrenta incertezas em relação às condições financeiras e econômicas adversas.
A agência destaca que o Brasil fez progressos importantes em reformas para enfrentar os desafios econômicos e fiscais desde o último rebaixamento.
Especificamente, são mencionadas a aprovação da reforma da Previdência e a autonomia do Banco Central durante o governo de Bolsonaro, bem como o arcabouço fiscal e a reforma tributária durante o governo Lula.
O relatório da Fitch também aborda a postura de Lula em relação à agenda econômica, mencionando que ele defende afastamento da abordagem liberal dos governos anteriores.
No entanto, a agência espera que possíveis desvios sejam contidos pelo pragmatismo e pelos sistemas institucionais de freios e contrapesos.
A Fitch reconhece que, embora algumas reformas do novo governo ainda não tenham sido concluídas no Congresso, o governo conseguiu garantir a governabilidade necessária para avançar com sua agenda política e econômica.