Um jovem tamanduá foi capturado nas cercanias de M. Claros. Acuado, ele pode ser bastante perigoso por causa de suas unhas afiadas e desenvolvidas
Quinta 27/07/23 - 17h17 Divulgação dos Bombeiros:
Na tarde desta quinta-feira (27), uma guarnição de bombeiros foi acionada no bairro Vilage II em Montes Claros para captura de uma animal silvestre.
Tratava-se de um tamanduá jovem que foi encontrado no quintal de uma residência.
O animal foi capturado e entregue aos cuidados do Cetas Montes Claros (IBAMA).
***
O tamanduá-mirim, como parece ser o caso do capturado em M. Claros, é uma espécie da mesma família do tamanduá-bandeira, a família Myrmecophagidae.
O nome científico desse animal é Tamandua tetradactyla.
Essa espécie é encontrada em várias regiões do nosso país e é também observada na Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Trindade e Tobago, Uruguai e Venezuela.
Esse animal possui uma grande variação no padrão de coloração a depender do local que ele é encontrado.
É possível encontrar, por exemplo, indivíduos com coloração dourada e uma espécie de colete preto em seu corpo.
Outros indivíduos, no entanto, podem apresentar coloração totalmente preta ou ainda totalmente dourada.
O tamanduá-mirim é menor que o tamanduá-bandeira e apresenta cerca de 7 quilos.
Geralmente, seu comprimento varia entre 47 e 72 cm, e sua cauda possui mais de 50 cm.
Possuem membros anteriores com garras longas e curvadas, e membros posteriores com unhas curtas. Eles possuem uma cauda preênsil.
O tamanduá-mirim é encontrado, em geral, em árvores, possuindo, portanto, um hábito arborícola.
Vale salientar, no entanto, que esse animal pode ser encontrado no solo descansando ou se alimentando.
Os tamanduás-mirins alimentam-se de insetos, como cupins e formigas. Vale destacar que alguns indivíduos atacam ninhos de abelhas para comer mel.
O tamanduá-mirim vive, geralmente, sozinho, porém pode ser observado na companhia de outros indivíduos quando está em fase reprodutiva ou em fase de cuidado com seus filhotes.
A gestação desse animal dura entre 130 e 150 dias, e, geralmente, a fêmea dá a luz a um filhote. Após o nascimento, o filhote pode ser observado por alguns meses sendo levado pela mãe em seu dorso.
Atualmente o tamanduá-mirim é classificado pela IUCN na categoria “pouco preocupante”.
Em princípio, é um animal inofensivo, mas tem um mecanismo de defesa importante, que é através das garras.
Ele tem unhas bastante desenvolvidas. Quando acuado, ele pode reagir de forma a atacar seu potencial agressor.
Nessas condições, o ataque pode ser bastante perigoso.