Militares, liderados pelo chefe da guarda presidencial, tomam o poder em país africano, o Níger, e se aproximam da Rússia
Sábado 29/07/23 - 7h29
Eles afirmaram ter suspendido a constituição e dissolvido todas as instituições anteriores após a deposição do presidente Mohamed Bazoum.
Tiani, anteriormente chefe da guarda presidencial, foi apontado como presidente de um recém-formado conselho militar chamado Conselho Nacional de Salvaguarda da Pátria (CNSP).
De acordo com um comunicado lido por um oficial na televisão estatal, o Conselho assumirá todo o poder legislativo e executivo, tornando o seu presidente o representante do Estado do Níger nas relações internacionais.
O exército já havia anunciado na quinta-feira que apoiaria o movimento que resultou na derrubada de Bazoum.
A ação provocou alarme entre países africanos, potências ocidentais e organizações regionais e internacionais, que exigiram a libertação do presidente Bazoum e a restauração da ordem constitucional.
O país, na África Ocidental, junta-se aos vizinhos Mali e Burkina Faso, ex-colônias francesas que sofreram golpes marcados por rejeição a Paris e ao Ocidente e de aumento da influência russa.