1) Candidato da oposição vence as eleições na Argentina e governo é criticado por retardar o resultado das primárias
Segunda 14/08/23 - 6h38Nas eleições primárias, com 97,39% das urnas apuradas, Milei liderava individualmente, superando as outras pré-candidaturas.
Sua sigla, La Libertad Avanza, obteve mais votos do que todas as outras coalizões combinadas.
O partido de Milei alcançou 30,04%, enquanto o Juntos por el Cambio, liderado pelo ex-presidente Mauricio Macri, conseguiu 28,28%.
Patricia Bullrich, representando o grupo de centro-direita, assegurou sua candidatura à presidência.
Patricia Bullrich, ex-ministra de Segurança Pública de Macri, conseguiu vencer Horacio Larreta, prefeito de Buenos Aires, com uma diferença de mais de 1 milhão de votos.
A coalizão governista Unión por la Patria obteve 27,27% dos votos, colocando-se como a terceira força política.
O ministro da Economia, Sergio Massa, teve uma vantagem confortável na maioria dentro dessa coalizão, recebendo 3,6 milhões de votos a mais que Juan Grabois.
Apesar de ser o pré-candidato do governo, Sergio Massa mantém distância do "kirchnerismo raiz".
Ele foi escolhido como candidato devido à crença de que seria o único competitivo nas eleições presidenciais de outubro, segundo o grupo político próximo ao presidente Alberto Fernández e à vice Cristina Kirchner.
O governo argentino enfrentou críticas pela demora em divulgar os resultados parciais, levando mais de quatro horas após o fechamento das urnas para apresentar o primeiro boletim oficial.
Isso resultou em críticas de diversos setores políticos, da mídia local e de observadores internacionais.
Javier Milei conquistou quase um terço dos votos do eleitorado nacional e demonstrou força em muitas províncias do país, desmentindo a ideia de que seu apelo era restrito a Buenos Aires e região.
Autodeclarado libertário e apresentando-se como antissistema, Milei advoga pela dolarização da economia e a eliminação do Banco Central.
Ele prometeu legalizar o comércio de órgãos, propor impostos sobre a educação e saúde públicas, e faz discursos atacando ameaças comunistas.
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