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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Mural

Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°34317
De: Luiz de Paula Data: Quinta 24/4/2008 08:45:40
Cidade: M. Claros

(Do livro "Por Cima dos Telhados, Por Baixo dos Arvoredos" - Parte 6)

ARREDORES DE VÁRZEA

Várzea era um bom lugar para menino nascer e brincar. Não faltava onde se divertir. Nada havia de grandioso. Isso é verdade. Nada de mar, de grandes montanhas, de “canyons” e coisas desse gênero. Mas a gente tinha muito onde ir e brincar.
Havia o Córrego do Lameirão, na saída para Pirapora, a um quilômetro da rua. Para a pesca de pequenos dourados, matrinxãs e piaus, nas correntezas. Nos poços profundos moravam as traíras.
Na outra margem do Lameirão começava o Anda-Sol, um maciço florestal muito fechado, que nascia no barranco do córrego e prosseguia cobrindo toda a extensão entre a via férrea e o Rio das Velhas. Quando se entrava nessa mata não se via mais o sol. E quando se chegava ao fim o sol havia andado muito no céu. Dai o nome que os nativos lhe deram.
No Anda-Sol havia muita caça. Até onça. Mas nós caçávamos bichos de penas: jaós, jacús e lá um ou outro pequeno bicho de pêlo.
Com o passar do tempo a população transpôs o Córrego do Lameirão e o Anda-Sol tornou-se mais tarde populoso bairro da cidade.
No lado oposto, na entrada dos campos gerais, havia a Serra da Palma (Serrinha), onde meu pai matou uma bruta de uma anta. Tão grande que foi preciso uma carroça para trazê-la ao povoado.
Era lá que às vésperas do Natal eu e meus irmãos íamos, com uma carrocinha de mão, apanhar enfeites para o presépio que nossa mãe fazia todos os anos.
Essa serra hoje encontra-se desmatada e no assentado, ao alto, foram abertos poços tubulares e construída caixa d’água para serventia da cidade. E erigida uma bela réplica, de menor porte, do Cristo Redentor do Corcovado.
Vis-a-vis, transpondo-se a linha férrea no sentido do nascente, chega-se à Palma Velha, onde sobressaem uma vereda e um pântano cercado por pindaíbas e buritizeiros, moradia de jacarés e sucuris. Em torno da vereda e do pântano estendia-se, até alcançar a mata ciliar do Rio das Velhas, um varzedo pródigo na produção das cheirosas pinhas de janeiro. Ai localizava-se o antigo Porto da Palma.
Mas havia, principalmente, o Rio das Velhas, a um quilômetro da rua. Para as pescarias maiores, de barranco e em canoas e para o banho nos lajedos e na Praia das Maravilhas.
Ricos de frutos nativos eram os campos gerais. No correr do ano produziam pinhas, araticum-panãs, ananases, cajuzinhos do campo, pequi, murici, cagaita, mangaba, mama-de-cadela, grão de galo, bacupari, jenipapo, côcos macauba, ouricuri e buriti, entre outros. Havia muita caça de penas e de pêlo: emas, seriemas, codornas, perdizes, inhambús. No início das águas íamos à procura de ninhos de papagaios, periquitos e maritacas, para apanhar os filhotes e criá-los em casa.

CONVERSAS NA FAMÍLIA

Nas noites sem luar, o que havia de melhor era ouvir a velha mestra das histórias cantadas, “sia” Clara, contando e cantando a vida de reis, rainhas, princesas e príncipes. As histórias de “sia” Clara eram o cinema e a televisão de hoje. Quando ela vinha contar histórias em nossa casa, armava-se, com ajuda geral, todo um aparato para a grata finalidade.
Nossos pais também nos contavam muitas coisas.
Nossa mãe nos falava de sua gente de Montes Claros, da cidade, dos costumes, de sua vida. E nosso pai, embora menos comunicativo, também nos falava, de vez em quando, de passagens de sua vida em Contendas, sua terra natal e de suas andanças de tropeiro.
No geral havia em mim – hoje reconheço isso – uma certeza, não esperança, mas certeza, natural e espontânea, sem qualquer pensamento em contrário, de que eu cresceria e viria a ser um homem próspero e feliz.
Nesse tempo, meus pais e toda a família me achavam um menino muito esperto e desembaraçado. Representantes comerciais, que visitavam a serviço a venda de meu pai, gostavam de conversar comigo e alguns deles chegavam a pedir a meus pais que lhes permitisse levar-me com eles para conhecer suas famílias e suas cidades. Talvez por acharem que aquele povoado não fosse um bom lugar para criar filhos.

(continuará, nos próximos dias, até a publicação de todo o livro, que acaba de ser lançado em edição artesanal de apenas 10 volumes. As partes já publicadas podem ser lidas na seção Colunistas - Luiz de Paula)

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Mensagem N°34313
De: Renata Pereira da Silva Data: Quinta 24/4/2008 07:46:03
Cidade: Contagem/MG

E-mail: [email protected]
Telefone: (31) 33538960
Gostaria de saber o telefone e endereço da cadeia de montes claros, pois meu amigo foi transferido para lá e não temos nem um meio de saber como ele está, por favor me ajude! Renata

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Mensagem N°34311
De: Valmor Santos Data: Quinta 24/4/2008 07:37:33
Cidade: Montes Claros-MG

O último tremor de terra que aconteceu em Moc foi em 1989.

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Mensagem N°34310
De: Neuza Data: Quinta 24/4/2008 07:12:54
Cidade: Montes Claros

Belíssima chuva desta noite, agradável surpresa ser acordada pelo barulho da chuva tocando forte minha janela, como num ato para acordar-me e apreciá-la, foi o que fiz, levantei-me e fiquei boa parte da madrugada a olhar aquele lindo espetáculo, que nesse momento, nos brinda novamente. êta chão de meu Deus, êta vida linda... êta Deus misericordiooso!!!

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Mensagem N°34289
De: Fernanda Data: Quarta 23/4/2008 12:21:01
Cidade: São Paulo

Titulo da notícia: S. Paulo, Rio, Paraná e Santa Catarina passam o dia, hoje, comentando o tremor de terra de ontem à noite, de 5,2 graus
Nome: Fernanda
Cidade: São Paulo/MG
Comentário: Estava em casa na hora do tremor.. Senti o sofá se mechendo e os porta retratos sobre a estante tremeram e um chegou a cair.... achei q era asombração.. em seguida uma amiga ligou... ela tb havia sentindo... terremto em são paulo??? impossível pensei... mas a reposta ja estava na net. sim, a terra tremeu em são paulo... sei não... os últimos acontecimentos no mundo estao meio apocalípticos... MEDO

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Mensagem N°34284
De: Magalhães Data: Quarta 23/4/2008 10:20:08
Cidade: M. Claros

23/04/08 - 7h - S. Paulo, Rio, Paraná e Santa Catarina passam o dia, hoje, comentando o tremor de terra de ontem à noite, de 5,2 graus

Agora que S. Paulo tremeu com um terremoto de 5,2 graus é bom relembrar que M. Claros teve um tremor de 4,5 graus há cerca de doze anos. O epicentro foi na saída para Pirapora, perto daquela ponte em curva. O tremor foi sentido e registrado pelos sismógrafos de Brasília. A pedido da Rádio Montes Claros 98 FM, os cientistas enviaram um laudo, bastante divulgado pela rádio, na época. Este documento foi doado às professoras Zezé Colares e Ivonne Silveira que o fizeram constar no livro que escreveram sobre M. Claros. Lá, numa das páginas finais, está o fac simile sobre o terremoto sentido em M. Claros, o único de que se tem notícia em tempos recentes. Senhores pais, senhores professores: estimulem os seus alunos a fazer esta pesquisa.A lenda de que o Brasil está livre de terremotos vai sendo demolida. Que todos se informem ao máximo sobre este fenômeno.

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Mensagem N°34279
De: Henrique - bancário Data: Quarta 23/4/2008 09:48:45
Cidade: moc

Os problemas dos bancos, e sua falta de respeito com seus clientes é notório, sendo na agência do BB da av. sanitária uma constante. Entretanto não devemos apenas ficar lamentando. Todo banco, e o Banco do Brasil não foge a regra, tem uma ouvidoria (o número, um 0800, está exposto nas agencias e nos terminais de auto-atendimento), como também o telefone do banco central. Se todos que se sentirem prejudicados ligarem, a agência e o gerente serão advertidos, sendo obrigados pela matriz ou pelo Banco central a tomar providências.

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Mensagem N°34276
De: Vera Data: Quarta 23/4/2008 09:33:03
Cidade: M. Claros

Não sei de quem é o projeto da "praça" que está surgindo no bairro S. Luiz. Mas ali, onde deveria haver um jardim, com muito verde, está brotando um novo "cimentão", árido. Numa cidade com o calor de M. Claros isto é imperdoável.

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Mensagem N°34268
De: Jeanne Almeida Data: Terça 22/4/2008 21:54:31
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Há menos de meia hora atrás a cidade de São Paulo e cidades adjacentes (Santos, São Bernardo, carapicuíba, São Vicente) foram sacudidas por um terremoto de 5,2 graus, conforme confirmado por Instituto Geológico dos EUA. Não há confirmação de vítima e nem motivo para pânico, pelo menos até o presente momento. O tremor durou 3 segundos.

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Mensagem N°34263
De: Jorge Silveira Data: Terça 22/4/2008 17:14:32
Cidade: Jorge Silveira

Hoje à tarde, na agência do Banco do Brasil da Avenida Sanitária, dos sete caixas eletrônicos para saques, três estavam com defeito e dois sem provimento. Enquanto isso, os clientes amargavam mais de meia hora nas filas, sem que a gerência da agência tomasse qualquer providência, apesar dos protestos mais do que justos daqueles que não se conformavam com o tratamento dispensado pelo banco. Mas o mau atendimento não é privilégio do Banco do Brasil, estende-se por quase todos os outros estabelecimentos bancários. O cliente, coitado, não tem a quem recorrer. Vamos ver se através deste mural conseguimos sensibilizar a direção do Banco do Brasil na cidade, pois como está, não dá para continuar.

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Mensagem N°34254
De: Gabriel Santos Data: Terça 22/4/2008 12:31:23
Cidade: MOC/MAV

Precisamos de mais policiais no bairro São José, os deliquentes voltam a atacar o bairro, são constantes os assaltos no bairro, cenas constrangedoras se repetem por varias vezes ao dia, e infelismente nós cidadões de bem, não podemos fazer nada, só nos resta ficar trancado dentro de casa....

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Mensagem N°34250
De: Cristiane Data: Terça 22/4/2008 09:54:35
Cidade: Fortaleza/MG

Titulo da notícia: Espancamento que culminou na morte de Isabella começou em festa na casa dos pais da madrasta – revela revista
Comentário: os gritos "papai ...papai..papai...para." podem ter sido do irmão pedindo ajuda pois ele pode ter visto o que a mãe fez.

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Mensagem N°34249
De: Fabiano Data: Terça 22/4/2008 09:36:45
Cidade: M. Claros

Definitivamente M. Claros e seus arredores viraram uma área de muito medo. É arriscado até visitar sítios ou fazendas próximos, pois motociclistas em dupla espalham o medo. Eles abordam carros, com grande atrevimento e naturalidade, mandando-os parar, sejam ou não os temidos assaltantes. Indefesa, desarmada, a população já não sabe a quem apelar. O pior é que o estado ajudou os bandidos, desarmando a população. Um pai não tem mais como defender sua família. Alguma providência urgente precisa ser tomada.

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Mensagem N°34247
De: DIÓGENES Data: Terça 22/4/2008 08:59:08
Cidade: MONTES CLAROS  País: BRASIL

Montes Claros completou, neste final de semana, o 30o. homicídio do ano. Desolação que já atinge e amedronta a todos. Ninguém está imune a esta peste.

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Mensagem N°34246
De: lourivaldo Data: Terça 22/4/2008 08:44:08
Cidade: Sao Francisco/MG

E-mail: [email protected]
senhor(a) locutor(a) estou em Argentina e gostaria que vc mandasse uma musica para todos os montes clarences e sanfranciscanos que se encontram aí. tema: é isso aí, ana Carolina. gracias

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Mensagem N°34243
De: Ornildo Lima Data: Terça 22/4/2008 07:24:01
Cidade: Feira de Santana/BA

Titulo da notícia: Acidente com três carretas mata duas pessoas na saída de M. Claros para Francisco Sá
E-mail: ornildolima@hotmail
Comentário: Paulo foi meu colega na Itapemirim a ate dois meses atraz, deixa saudades e boas lenbranças a todos que o conheceram.

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Mensagem N°34240
De: Leandro Dias Data: Segunda 21/4/2008 20:32:19
Cidade: moc

Gostaria de entrar em contato com o césar da msg 34236. Sou neto de João de Deus Dias (o da direita na foto), e o meu irmão tem o mesmo nome do avô. Lembro-me da igrejinha que hoje não existe mais e gostaria de obter mais notícias dos feitos da família. O meu e-mail é [email protected]

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Mensagem N°34237
De: Flávia Maria Data: Segunda 21/4/2008 14:10:42
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

A situação em que vivemos é desesperadora no que diz respeito à segurança. Estamos presos, sem poder fazer nada, sem reação, num sentimento horrível de incapacidade e humilhação. Sábado por volta das 18:30 estávamos eu e minha família assistindo a um casamento na Igreja Santuário Bom Jesus (no centro da cidade); dois adolescentes que também estavam no casamento saíram para a lateral da Igreja. Foi quando dois bandidos numa moto entraram ao lado da Igreja, apontaram uma arma para os adolescentes e tomaram seus celulares. A vontade era de na hora tomar a arma daqueles delinquentes, derrubá-los, ou coisa assim. Mas estávamos incapazes, desarmados, e sabíamos que esse tipo de gente não tem nada a perder. O que estava na garupa colocou a mão na frente da placa de modo que ninguém pôde ver a placa. E ficamos assim, com essa sensação de impotência, de incompetência. A polícia foi ao local, mas os bandidos já estavam longe....

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Mensagem N°34236
De: Saulo Data: Segunda 21/4/2008 12:36:50
Cidade: M. Claros

Num pé de serra de belo nome estival, Campo Alegre, reuniram-se ontem gerações de uma das famílias mais antigas do norte de Minas, a família Dias. Reagrupuram-se no limpo terreiro de uma casa antiga, sob a sombra de um velho cruzeiro que demarcava uma capelinha. O cruzeiro é só o que restou da capelinha, assentada ao lado de uma casa senhorial de numerosas portas e janelas, de mais de um século. Por décadas, a ermidinha abrigou no seu chão (e abriga, agora, no mato ralo) duas das maiores lendas do Norte de Minas, de todos os tempos: as cinzas de Alfredo Dias, precocemente morto, e de seu pai, o líder do sertão Olímpio Dias (1853-1937). O primeiro foi morto pela irmã, que por sua vez queria impedi-lo de usar as armas, como era do seu feitio, para fazer justiça própria, numa época que cada terra ditava sua lei e escolhia sua autoridade.
Pois bem. Ontem não se tratou ali de relembrar a história; tratou-se quem sabe de não desconhece-la. O que se cuida agora, na convocação de família, num leilão com música, saudades e abraços, é tão somente re-unir a força de todos para reerguer o diminuto templo, símbolo que Francisco Sá, o homem, nascido ali perto, chamou de “atalaia avançada dos povoados cristãos”. Da confraternização, uma certeza subiu: a de que, em qualquer época, no futuro próximo ou distante, quando se contar a saga dos homens do Norte de Minas será obrigatório levantar o estigma que marcou o lindo Campo Alegre, e suas repercussões, não para agravar, nem para exultar, mas para registrar. Ali, o coronel da guarda nacional Olímpio Dias por longa quadra recebeu, digamos, refugiados do Norte de Minas, que por uma razão qualquer tinha a vida sob ameaça e que, debaixo da proteção armada dos seus homens, estavam “guardados” até o próximo acontecimento. São lendas e lendas, e muitas mais até que lendas, e que precisam ser recuperadas com a isenção do tempo.
É preciso mencionar que um neto daquele chefe, o que enterrou o filho morto pela filha, mais provavelmente vítima do próprio irrefreável voluntarismo, um neto chegou à presidência da Assembléia de Minas. (Aliás, foi o mais novo presidente de toda a historiada Assembléia, Antônio Dias). O clã exerceu influência na vida recente da região e aí estão os descendentes, dispersos por vários ramos, para ajudar a levantar a história como existiu. A família, pelo que se sabe, veio de uma longínqua (no tempo) Mato Verde capitaneada pelo patriarca Justino e ocupou regiões de Francisco Sá, desde o Barrocão até o Campo Alegre. Tinha o costume de casar-se entre si, como os colonos do sul do País, e esta tradição – cuja origem é desconhecida – fez de dobras e redobras uma história que, se já surge esparsa citada nas lendas do Grande Sertão de Guimarães Rosa, dão por si só uma história fantástica, que começará a ser levantada com a ajuda de todos para transformar-se em livro.


(Na foto, da segunda metade do século 19, aparece o chefe do clã dos Dias, Justino, rodeado pelos seus filhos homens, da esquerda para a direita: Rochano Dias, Benjamim Dias, Olímpio Dias e João Dias).

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Mensagem N°34231
De: José Prates Data: Domingo 20/4/2008 10:39:40
Cidade: Rio de Janeiro - RJ

MONTES CLAROS DO MEU TEMPO

José PRATES


No sete de setembro, o Tiro de Guerra, com o pavilhão nacional, sob a guarda de seis atiradores de fuzil ao ombro, iniciava o desfile, sob o comando do Sargento Moura, instrutor do Tiro, garboso em seu uniforme de gala. Saía da Praça da Matriz, local de concentração, seguido pela Escola Normal com as jovens de uniforme azul e branco, colorindo o ambiente festivo. Os colégios e grupos escolares, vinham logo depois com os alunos pisando firme no calçamento irregular das ruas centrais. O rufar dos tambores ecoava longe e as calçadas enchiam de povo, de bandeirinhas na mão, aplaudindo a imponência do desfile.
Não havia na cidade, nenhuma unidade militar, exército ou policia, como existe hoje. Existia para formação de reservistas do Exército, o Tiro de Guerra que ministrava instruções e adestramento militar durante o período de um ano, aos jovens residentes no município que atingiam a idade de convocação, cumprindo assim a obrigatoriedade do serviço militar, sem a necessidade de incorporação às forças armadas, não interrompendo, portanto, nem estudos, nem o trabalho. O uso de farda, igual à do exército, era obrigatório, apenas, durante as instruções, que eram dadas sem prejuízo das atividades escolares e laborativas dos alunos que não eram considerados militares, mas, simplesmente alunos ou atiradores, como eram tratados pelo instrutor. Os rapazes residentes no campo, considerados agricultores, eram dispensados da obrigatoriedade do serviço militar, ficando o Tiro de Guerra restrito aos residentes na cidade. Ao final do ano de instruções, uma comissão de militares do Exército, composta por oficiais e sargentos, vinha a Montes Claros para proceder ao exame final nos alunos. Todos que fossem aprovados, geralmente todos eram, recebiam o certificado de reservista de segunda categoria.
A sede do Tiro de Guerra nr. 87 comumente chamado de TG 87, ficava no início da Rua Melo Viana, bem perto da estação ferroviária, numa praça que servia de campo para instruções de “ordem unida” e educação física. O prédio, tinha um salão com carteiras, cerca de cem, uma mesa e quadro negro. Era uma sala de aulas. Ali, pela manhã, quando nas férias, e à noite em tempos normais, os alunos ou atiradores, recebiam aulas teóricas sobre armas e procedimentos em combate. Aos domingos, o Tiro deslocava-se para o campo, onde os alunos recebiam instruções sobre a movimentação da tropa no terreno e exercício de tiro.
O Sargento Moura que chegou ao Tiro de Guerra nos idos de 1940, como terceiro sargento, ali foi ficando, aos poucos se integrando à sociedade local, e só deixou a função ao final da carreira, creio que em 1952, quando foi transferido para a reserva como primeiro tenente. Mudou-se da sede do Tiro para o Hotel São José e ali ficou, não sei quanto tempo. Depois dele, veio o Sargento Menezes, recém chegado da Europa com a Força Expedicionária Brasileira que lutou na Itália, quando da segunda grande guerra. Os atiradores vibravam ao ouvi-lo contar suas peripécias no campo de batalha. Ficou pouco tempo. Indicado, ainda na Itália, para promoção a Tenente pelo seu desempenho como comandante de pelotão, foi promovido e desligado do Tiro. Outros sargentos vieram até que o TG 87 fosse extinto com a instalação de um batalhão de infantaria na cidade. Ai, eu já não estava mais lá. .
O TG 87 fez parte integrante de Montes Claros e teve influência na formação de muitos jovens daquela época, hoje senhores respeitáveis, comerciantes e empresários, como João Leopoldo, Nivaldo Maciel e muitos outros.

(José Prates é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal, percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a família. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente adido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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Mensagem N°34229
De: Petrônio Braz Data: Domingo 20/4/2008 09:19:04
Cidade: Montes Claros/MG


ARQUITETURA SÃO FRANCISCANA

Em uma reunião da Diretoria do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros, foi-me ofertado pela confreira profª Marta Verônica Vasconcelos Leite, mestra em Ciência da Educação e especialista em História da Arte, um exemplar da antologia “Caminhos da História”, com selo da Editora UNIMONTES.
Para meu deleite deparei, nas páginas da referida antologia, com o trabalho técnico de pesquisa, por ela realizado na cidade de São Francisco (minha terra natal) sobre a arquitetura local, em parceria com o mestrando em História prof. Roberto Mendes Ramos Pereira.
O trabalho, como se extrai da Introdução, constitui-se em um “esforço de análise do patrimônio arquitetônico da cidade de São Francisco, situada na região norte do Estado de Minas Gerais”. Do conteúdo extrai-se a profundidade do referido trabalho, que apresenta a memória e a arte presentes nas construções da parte mais antiga da cidade, que remontam aos finais do Século XIX e princípios do XX.
Questionam os autores, com sabedoria, se São Francisco é uma cidade “berço da expressão cultural ou vitrine do progresso”, e analisam com objetividade a carência de cultural preservacionista, observando que “o conhecimento crítico e a apropriação consciente por parte das comunidades e indivíduos do seu patrimônio são fatores indispensáveis ao processo de preservação sustentável desses bens, assim como no fortalecimento dos sentimentos de identidade e cidadania”.
São Francisco é uma cidade que tem história, mas perdeu a sua identidade em presença dos oportunismos políticos e imediatistas de seus últimos governantes, observação nossa, não extraída do importante trabalho técnico em foco. Todavia, observam os Autores que “a educação patrimonial pode ser um instrumento de “alfabetização cultural”, que possibilita ao indivíduo fazer a leitura do mundo que o rodeia”. Citando Bosi (2004) eles relembram que “as lembranças se apóiam nas pedras da cidade”.
Em artigo publicado pelo Jornal de Notícias, há pouco tempo, declarei que “o que somos está vinculado ao que éramos” e o que éramos precisa ser preservado para que as gerações futuras possam encontrar a sua identidade, para que possam desenvolver, como afirmam os Autores, a “auto-estima” e a valorização de sua cultura.
Focaram os Autores, entre outras observações de real importância, na prevalência da arquitetura colonial nas edificações do centro histórico da cidade e observaram que as edificações que melhor representariam o Neoclassicismo em São Francisco estão edificadas na hoje Praça do Centenário, todavia, a Praça, com o passar dos tempos e com “a desinformação dos governantes posteriores”, teve o seu coreto neoclássico retirado, transformando, com a reforma realizada, a Praça em um lugar comum, sem atrativo técnico, restando apenas “alguns dos belos casarões”, que integram a antiga Praça, que ainda dão “à cidade de São Francisco identidade e encanto”. Dentre eles, relatam os Autores, “salienta-se um com liras representadas no alto da fachada, indicando que ali possivelmente morava uma professora de música. Em casa próxima, encontra-se um pequeno jardim francês e uma belíssima varanda com baldaquins em forma de gregas, afrescos nas paredes e frisos de parreiras com belos cachos de uvas invocando fartura e fertilidade para seus proprietários. Outra residência destaca-se por um ornamento em forma de ânfora no centro da fachada ladeada por papiros. E, ainda, cabe registrar fachadas com pequenas esculturas que lembram a tradição romana de invocar seus deuses protetores, guardiões dos lares”.

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Mensagem N°34221
De: kadim Data: Sábado 19/4/2008 14:29:45
Cidade: montes claros

Não sou médico, mas gosto muito do mural.

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Mensagem N°34219
De: Marialice Data: Sábado 19/4/2008 10:00:37
Cidade: M. Claros

É enorme a quantidade de carros e motos que estão rodando em M. Claros sem escapamento de proteção. O cano de descarga é retirado para aumentar o ruído. Li, aqui, que a PM está fazendo blitz. Por que não apreender estes carros? Ninguém aguenta tanto barulho e, o que é pior, barulho proposital. De carros com descarga aberta, de carros de som, de carrocinhas de som, de vendedores em porta de loja - nossa cidade agora é a cidade do barulho.

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Mensagem N°34216
De: Raphael Reys Data: Sábado 19/4/2008 07:29:38
Cidade: MOC - MG  País: BR

HERÓICOS CAMINHONEIROS

Os caminhoneiros de antanho trouxeram o progresso para o nosso Montes Claros. Indo e vindo por estradas de terra e lama, caminhos apertados, cortando riachos, córregos, subindo e descendo ladeiras, levando o nosso gado, a nossa mamona e trazendo os bens de consumo dos grandes centros.
Por aqui crescemos ouvindo estórias de caminhoneiros e suas aventuras. As longas viagens de Chico Coutinho transportando feijão, Argemiro e Clarindo de Sá vindos de Mato Verde. Aristides Souza, das poeirentas estradas de Porteirinha, Bolívar Batista, o Bola, Carrinho Domiciano, homens de bem.
Zé da Gata contava causos da Segunda Grande Guerra, pois, ele era ex-combatente, falecido recentemente. No L-16 Horação Paulista viajava acompanhado da esposa e no FNM de Bolívar encontrava-se um caminhoneiro destemido e corajoso. Lorim e sua buzina-gaita de oito foles tocando Asa Branca serra abaixo, nos encantava.
Manoel Seriema no seu FNM com a gaita de seis foles tocando Pisa Na Fulô.
Além desses, Zizí Leite, pai de Artur Leite, Alaô, Rolim e os V-8 Buldog, Santim de Buriti Grande e Djalma de Freitas, começando a vida como caminhoneiro.
Na lida da estrada, o caminhoneiro era como um jornalista, repórter das novidades, do progresso. Era mecânico, enfermeiro, padioleiro e servia como anjo da paz quando apartava os conflitos de estrada. Transportava mesmo pacientes para consulta médica, tratamento e internamento. Pessoas recém-operadas, dirigindo de mansinho para não abrir os pontos.
O caminhão era ambulância, rabecão, rádio patrulha, carro fúnebre, palanque político. Transportava até casais em plena lua de mel!
O motorista de caminhão tinha status era sempre bem chegado, recebido carinhosamente principalmente no lar. Viajando sempre com um ajudante e carregando na boléia um aprendiz de direção, levava vida de príncipe.Conduzia policiais em diligência pelo sertão, parteiras, até soro antiofídico para atender alguma emergência de estrada, quando alguém era mordido de cobra.
O caminhoneiro era visualizado na linha do horizonte, com alegria. Trazia contentamento e progresso, um homem respeitado.Havia o Ford Roquete de Inácio, de Baixa R. de Zé e João Brejeiro, de Lero, que morava na Praça da Matriz e alugava bicicleta para um volta na praça a cinqüenta centavos, que marcaram época.
A todos os que aqui foram lembrados, verdadeiros heróis, aos que não foram citados por lapso de memória ou por exigüidade de espaço, aos ajudantes de caminhão, aos modernos caminhoneiros montes-clarenses, paus para toda obra, os nossos cumprimentos e o nosso reconhecimento pelo seu reconhecido e valioso trabalho, árduo e sacrificado, artífice do desenvolvimento comercial da nossa cidade.

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Mensagem N°34210
De: Luiz de Paula Data: Sexta 18/4/2008 17:41:56
Cidade: Montes Claros/MG

(Do livro "Por Cima dos Telhados, Por Baixo dos Arvoredos" - Parte 5)

COMEÇANDO A ENTENDER A VIDA

Procuro relembrar os primeiros tempos de minha vida, meus sentimentos e observações, na quadra em que começava a entender as coisas à minha volta.
A família era muito importante para mim.
O mundo tinha um cheiro muito bom e a vida era boa na forma pela qual se me apresentava.
Naturalmente eu não tinha idéia sobre outros tipos de vida e ainda não chegava à minha percepção o que viria a ser pobreza ou riqueza.
Gostava de meus pais e de meus irmãos e recebia a vida do jeito que ela me era apresentada.
Pelo exemplo e pela convivência materna, amava a Deus, aos santos, anjos e arcanjos. E temia o demônio.
No mais tinha a mente e o coração abertos para cada novo dia e para tudo de novo que ia chegando à proporção que aumentava a minha idade e com ela a percepção do que ocorria em volta e de minha própria participação.
Aos 5 anos perguntei à Maria Pretinha, uma boa mulher, nossa vizinha, o que vinha a seguir, quando acabava a Terra. Ela respondeu: “é o mar”.
Isso deixou minha mente livre para pensar em coisas mais próximas.
Ainda não haviam sido inventados o rádio nem a televisão. Todo o tempo estava disponível para o convívio com pessoas e com a natureza.
Assim eu pude fazer meu aprendizado a partir da vida simples do povoado. A rua era estrada de terra, por onde passavam boiadas e tropas de burros.
A água era de cisternas, a luz de azeite de mamona e querosene. Não havia igreja, nem médico, nem farmácia. A escola, quando afinal foi criada, com o nome de ESCOLA RURAL MIXTA (com x), ensinava só até o segundo ano primário. Dela guardo meu diploma, com carinho e respeito.
Tive sempre muita sensibilidade para os cheiros, as cores, as belezas e a musicalidade do mundo. Ai também importou muito o exemplo materno. E, naturalmente, a herança genética que me passou.
Cada dia trazia suas surpresas, para o aprendiz da vida. E com as variações do tempo iam acontecendo muitas coisas boas, sempre prometidas e valorizadas pelas observações da mãe: as chuvas, as frutas, as festas de maio, as fogueiras de junho, os embarques de gado no curral de ferro da Central do Brasil, as noites de lua para se brincar de pique, e de soldado, para cantar com as meninas. Para ouvir e contar histórias. As aventuras ampliavam-se com o passar do tempo: fazer “tocadeiras” de arame grosso e tocar arcos (arcos de barril e de ferro, retirados de cubos de carroças e carroções); o banho nos regatos e mais tarde no Rio das Velhas; as pescarias, inicialmente de piabas, e depois de peixes maiores; as caçadas com bodoques e estilingues e mais adiante com espingardinhas de espoletas de papel e canos de cabo de chapéu-de-sol e de bronze. E outras tantas coisas, como fazer e comer batida de ovos com rapadura e farinha de mandioca. Assar milho e batatas doces nas fogueiras do mês de junho. Presenciar a matança de porcos e de gado bovino. Montar em cavalos em pêlo para levá-los aos pastos.
Jogava futebol com os meninos de minha idade, com laranjas verdes e bolas de meia. As bolas de borracha estavam chegando ao comércio, mas o dinheiro era muito escasso. À noite brincávamos de soldado e de pique.

A RUA

Quase toda a povoação estava naquela rua, que se espichava, acompanhando paralelamente o trajeto da linha férrea, em toda a extensão do povoado.
Era a rua do comércio e nela residia quase toda a população do lugar. Dela saiam alguns becos, em direção ao rio. A rua não tinha nome. Era a rua. Os becos tinham: Beco de Zé de Melo, Beco de “seu” Tico, Beco de Atanázio, Beco de Biló.
Dois becos transpunham os trilhos para o outro lado da ferrovia. Esses não tinham nome.

(continuará, nos próximos dias, até a publicação de todo o livro, que acaba de ser lançado em edição artesanal de apenas 10 volumes. As partes já publicadas podem ser lidas na seção Colunistas - Luiz de Paula)

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Mensagem N°34204
De: Helder Data: Sexta 18/4/2008 16:08:54
Cidade: Montes Claros

Olorosas: perfumadas, cheirosas
Olor: cheiro

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Mensagem N°34201
De: Darlem Maniche Data: Sexta 18/4/2008 15:41:10
Cidade: MG  País: Brasil

Gostaria de parabenizar o jornal pelo trabalho que vem desenvolvendo. Sou Médico e adoro ver as noticias..

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Mensagem N°34200
De: Fantini Data: Sexta 18/4/2008 14:26:51
Cidade: Urucuia, MG

Não há mais quem olhe para o céu. Há uma lua cheia nos céus.

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Mensagem N°34199
De: Ulysses Data: Sexta 18/4/2008 14:25:32
Cidade: M. Claros

Pronto. Uberlândia, a cidade mais rica do interior de Minas, entrou para o PAC. O Norte de MInas, a região mais pobre, lambe os dedos. Não há, até agora, praticamente nada para nós.

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Mensagem N°34197
De: Waldyr Senna Data: Sexta 18/4/2008 13:50:06
Cidade: Montes Claros

O exemplo de Magalhães Pinto

Waldyr Senna Batista

Foi significativa a iniciativa do presidente da Câmara municipal, Coriolano Ribeiro, com empresários, de trazer a Montes Claros o superintendente da Sudene, Paulo Fontana. Aquele órgão está em fase de reestruturação e seu dirigente passou antes por Belo Horizonte, onde conversou com o governador Aécio Neves e com líderes de entidades empresariais.
Do trabalho agora iniciado não se deve esperar resultados imediatos, mas é preciso reconhecer que ele serviu para marcar posição e recolher informações. Falou-se, por exemplo, em entendimentos em curso para a absorção de empreendimentos na área do projeto Jaíba, com recursos do FNE, via Sudene e Banco do Nordeste. O projeto deverá ser elaborado.
Há muito o que fazer para recompor a antiga imagem do órgão idealizado por Celso Furtado, por delegação do presidente Juscelino Kubitschek, com a missão de promover o desenvolvimento do Nordeste. O Norte de Minas ficou de fora, embora compusesse a área do Polígono das Secas, e só mais tarde foi incluído, graças a projeto do deputado José Bonifácio, por gestões de José Carlos de Lima. As metas iniciais foram alcançadas, mas o descontrole administrativo, a corrupção e a redução dos incentivos fiscais, entre outros itens, levaram ao fim da Sudene, no governo Fernando Henrique Cardoso. Ele optou pela extinção, substituindo a Sudene por um simulacro, o Idene, quando o correto seria apurar as falcatruas e punir os culpados. Ninguém foi preso. A recriação da autarquia tornou-se, assim, imperativo para o atual governo, que no entanto também não cuidou de apurar a roubalheira.
A morosa tramitação, no Congresso, do projeto de refundação da autarquia deu a impressão de pouco interesse do governo. O presidente falastrão, nordestino que aluga os ouvidos dos brasileiros para temas de muito menor relevância, deixou passar a oportunidade de mais uma vez criticar seu antecessor, só que agora com justificada razão. E esse claro desinteresse prevalece.
O superintendente Paulo Fontana assegurou que não faltarão recursos para bons projetos que venham a ser apresentados, dizendo que dispõe de R$ 1,3 bilhão em caixa e mais a possibilidade de recuperar R$ 5,6 bilhões que estão bloqueados desde 2001. Ele falou em possibilidade, não sendo certo que esse dinheiro virá, numa fase em que o governo está cortando tudo o que pode para recompor sua receita devido à extinção da CPMF. Só escapam projetos constantes do PAC, sua bandeira para ações eleitorais futuras. E vale lembrar que a desoneração fiscal não chega a entusiasmar esse governo, mas é a principal forma de sustentação da Sudene, através dos incentivos fiscais.
No que se refere ao Norte de Minas, convém lembrar que a Sudene só beneficiou a região a partir da iniciativa do governador Magalhães Pinto, que utilizou os incentivos fiscais para a implantação do Frigonorte em Montes Claros. Lançado como empresa de economia mista, com o controle de seu capital assumido pelo Estado, o governador prometeu abrir mão dessa condição desde que a região levantasse dinheiro suficiente, o que aconteceu. Com esse primeiro projeto, ele mostrou o caminho das pedras, fazendo deslanchar o processo de industrialização que levou à implantação de diversas empresas, em Montes Claros, Pirapora e Várzea da Palma, principalmente. Muitas delas se inviabilizaram, quando se esvaziou o sistema de incentivos fiscais, mas as que resistiram ainda representam muito para a economia regional.
O grupo local que iniciou articulações com a nova Sudene só terá maiores possibilidades de êxito se contar com o respaldo do Governo do Estado. O governador Aécio Neves ainda não se manifestou a respeito, tendo se limitado a receber o superintendente da Sudene. Seria o caso de se pedir a ele que repita a atitude do seu falecido antecessor, que resultou na elevação da condição econômica e social do Norte de Minas.

(Waldyr Senna é o mais antigo e categorizado analista de política em Montes Claros. Durante décadas, assinou a "Coluna do Secretário", n "O Jornal de M. Claros", publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política e da história política contemporânea do Brasil).

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Mensagem N°34191
De: Saulo Data: Sexta 18/4/2008 11:07:35
Cidade: Moc

Vai desaparecer em breve a casa do poeta Cândido Canela, no antigo largo da Santa Casa. A praça era, nos anos 50, o ponto extremo da cidade, naquele rumo. Só depois, por volta de 1965, é que surgiu a avenida Mestra Fininha, em direção ao prédio da Escola Normal, que começava a ser construído. Antes, o que havia era uma sinuosa estradinha que passando exatamente ao lado da capela da Santa Casa levava ao seminário dos Padres de Batina branca, no Melo, transpondo um límpido riacho. Tudo era bucólico, simples, belo. Não havia assaltantes. Havia passarinhos, céu, luar. (Há uma belíssima página de Ciro dos Anjos descrevendo este local, por onde se ia à fazenda do seu pai - coronel Antônio dos Anjos - Antônio, dos anjos, repito. Aquele que, montado a cavalo, ensinou o filho a ler e o levou pela mão à Academia Brasileira de Letras, sempre a cavalo.) Mas, falo aqui da casa de Cândido Canela, que irá ao chão, em breve, para no seu lugar surgir um espigão. Havia lá, há ainda, um caramanchão que fazia de toda noite noites olorosas. Sabem o que é isto - noites olorosas? É saudade; saudade de um tempo tão longínquo, mas tão perto. Os poetas, o que fizeram dos poetas? O sino da capelinha da Santa Casa, levou-o o poeta ao partir? As novenas de outubro, de Nossa Senhora das Mercês, tão medianeira de todos nós, talvez apenas nos céus clamem por todos. E a avenida coronel Prates, a avenida do Jatobá, da Estrela, todas cabendo numa só, o que fizeram delas, com um tiro único, de tocaia? Virou correia de transmissão de um supermercado, levando e trazendo carros, pervertida. Cândido Canela, rogai por nós, vítimas desta violência que é nascer num lugar, ser menino nele mesmo, e a partir daí ter de sair todo dia para tentar inútil achar sua cidade no lugar em que ela real existiu.

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Mensagem N°34190
De: Joelton Ribeiro Soares Data: Sexta 18/4/2008 10:57:36
Cidade: Taiobeiras/MG

E-mail: joeltonpedreiro@hotmail;com
sou fãm da 98 mande um alo tada galera de taibeiras e minha familia

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Mensagem N°34187
De: Gersier Data: Sexta 18/4/2008 09:43:32
Cidade: Montes Claros

Com relação a mensagem do Sr. Walter,as obras do PAC é uma parceria entre Governo Federal,Governo Estadual e Prefeituras. Mas para acontecer essas obras,a prefeitura municipal tem que apresentar os projetos que por sua vez obrigatoriamente tem que ser discutidos com a população que irá indicar as prioridades.A fiscalização do andamento dessas obras é feita por representantes da população, incluso se a verba não está sendo desviada. Em Montes Claros a única obra que está programada pelo PAC é o entorno ferroviário no valor de setenta milhões de reais.O Governo Federal entra com 80% do valor,o restante é dividido entre Estado e Município e financiado pela Caixa Econômica Federal. Lamentavelmente, não sei se por desinteresse ou por falta de condições financeiras da Prefeitura,o bonde mais uma vez vai passar e Montes Claros o perderá.No Nordeste várias prefeituras que estavam em débito com o Governo Federal,foi feita uma renegociação para que a população não fosse prejudicada. Existe boa vontade em Brasília,falta a de Montes Claros e a do Governo Estadual.

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Mensagem N°34186
De: Edmundo Sá Data: Sexta 18/4/2008 09:29:45
Cidade: Brasília DF

Hoje, Dia do Exército, o clima não é dos melhores em Brasília. Um general de Exército, comandante na Amazonia, fez críticas à possível perda de soberania nacional sobre área indígena. Aliás, repetiu críticas -, acrescentando o entendimento de que pelo Exército é servidor do Estado brasileiro, e não de governos. O ambiente é de crispação. Lula pediu esclarecimentos. Vem coisa aí, a não ser que o presidente exercite ao máximo sua capacidade de negociar.

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Mensagem N°34183
De: José Walter Data: Sexta 18/4/2008 08:57:26
Cidade: BH

Na vinda do presidente Lula a Minas, ontem, tristeza para o Norte de MInas e Vale do Jequitinhonha: nenhuma obrinha foi anunciada, pelo PAC, para estas duas regiões, nacionalmente reconhecidas como as mais pobres do estado. Agrava o fato saber que a primeira esposa do presidente Lula nasceu em M. Claros. Aliás, M. Claros é lembrada pelos políticos apenas na hora de servir de depósito de presos para condenados da capital. Onde estão os nossos representantes, que se calam? Para construir um cadeião em área habitada fizeram um presídio em tempo recorde. E estão nos enviando os piores "presentes" que uma cidade pode receber. É uma vergonha para Montes Claros, uma humilhação para sua população e um "carão" nos políticos que permitiram a construção do cadeião, apesar de amplamente advertidos publicamente para o que viria depois. (...)

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Mensagem N°34179
De: julio Data: Quinta 17/4/2008 22:21:38
Cidade: montes claros  País: brasil

estava em cima de casa e presenciei o assassinato na rua s. josé, quando dois homens em uma motocicleta pararam ao lado do gol marrom, e dispararam varias vezes contra o condutor, e fugiram. o carro descontrolado veio a bater em um muro. três mulheres que estavam no carro entraram em estado de choque. uma cena de guerra em montes claros.

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Mensagem N°34177
De: Morador Data: Quinta 17/4/2008 21:11:17
Cidade: Montes Claros

Acaba de acontecer mais um assassinato em Montes Claros. Um jovem, conhecido como Patrick, foi morto com vários tiros na cabeça na rua São José, no bairro São Judas Tadeu.

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Mensagem N°34172
De: Aldo Pereira Data: Quinta 17/4/2008 18:28:30
Cidade: Montes Claros / MG

A ex-aluna do Grupo Oficinato, Luma Vidal, que já participor de longa-metragem, curtas e novelas na Globo e Band, agora brilha nos palcos da capital paulista no espetáculo "Fim de Partida", de Samuel Beckett. A Atriz revela que este é o trabalho mais difícil entre todos que já realizou, pois se trata de uma obra de Teatro do Absurdo. Super elogiada pela crítica, a Montesclarense relembra seu primeiro personagem na profissão, quando ainda atuava em palcos de Montes Claros pelo Grupo Oficinato, já que seu atual papel também se trata de um idoso. A diferença é que, naquela época, Luma interpretava uma velhinha, e agora, um "velhinho caduco". Segundo a acessoria da atriz, existem vários projetos para o próximo ano. Adiantaram que, provavelmente, terá sua estréia no horário nobre da Rede Record, caso não renove contrato com a Band. Só nos resta torcer para que "Nossa Estrela" brilhe cada vez mais, representando o povo norte-mineiro.

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Mensagem N°34165
De: Luiz de Paula Data: Quinta 17/4/2008 12:08:45
Cidade: Montes Claros/MG

(Do livro "Por Cima dos Telhados, Por Baixo dos Arvoredos" - Parte 4)

O NASCIMENTO DE UM AGLOMERADO URBANO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XX

Tive a sorte de nascer pobre, na roça, e ali viver a infância. No começo era um diminuto grupo de pioneiros reunidos num espaço em que todos se conheciam, rodeados pelo mato. A rua era uma estrada de terra. A água era de cisterna, a luz de azeite de mamona e querosene. Não havia igreja, nem farmácia, nem médico. A escola pública, quando foi criada, anos mais tarde, ensinava apenas até o 2º ano. Chamava-se Escola Rural Mixta. Dela guardo meu diploma com carinho e respeito.
Naquele tempo não havia rádio nem televisão. Todo o tempo estava disponível para o trabalho e o convívio com as pessoas e a natureza. Foi didático. Vim aprendendo a viver a partir das mais profundas e legítimas raízes. De baixo para cima, envolvido pela natureza.
Sou batizado duas vezes. A primeira, três dias após meu nascimento, sob mal súbito, ante o risco maior, temido por minha mãe, de morrer pagão. Fui batizado pelo ferreiro do lugar, o senhor Bertolino Ponciano, homem de bem, temente a Deus, que lia a Bíblia. E a segunda vez pelo padre, tempos depois, quando o padre veio, na desobriga.

O COMEÇO

O povoado foi se formando aos poucos, ao lado da estação da ferrovia, em construção, numa região habitada por pequenos produtores rurais.

PIONEIROS

O Açougueiro

Cassimiro Jorge era o açougueiro. Não havia cortes especiais: era preço único. Ao freguês adulto ele mandava escolher. Se a mãe mandava uma criança fazer a compra ele mesmo escolhia a melhor carne disponível.

A Quitandeira

Dona Biló, esposa de “seu” Gaudêncio, fazia umas roscas morenas, redondas e graúdas, adoçadas com rapadura. Uma por um tostão. Eram boas demais.

O Cisterneiro

Neco Meirelles era o cisterneiro. Trabalhava sarilho abaixo, com uma pá cavadeira de mão e um enxadão de cabo curto, cavando a terra, 100 palmos ou mais, até chegar à água.

O Ferreiro

Bertolino Ponciano foi o primeiro ferreiro do lugar.

A Benzedeira

Era a velha Regina, esposa do José Bruno, irmão de João Gravetinho. Tinha reza e benzedura para tudo. A mim curou-me de um cobreiro de entrepernas (cobrelo). Rezou e benzeu em cima. Foi o mesmo que tirar com a mão.
O Raizeiro

João Velho conhecia as plantas. Sabia para o que serviam as folhas, as cascas e as raízes. E fazia sabão da terra com frutos de tinguí cozinhados em decoada de barrela de cinza.

A Parteira

Sia Clara, uma velhinha magra e esperta, de sorriso simpático, era a parteira. Contava histórias cantadas.

Que puseste, Juliana,
neste cálice de vinho
tenho a vista escurecida
não enxergo o caminho

Bate o sino da Matriz
quem será que hoje morreu?
Minha mãe, foi Dom Jorge
e quem matou ele fui eu.

( Da história de Dom Jorge e Juliana )

A Escola

Mestra Júlia teria 80 anos ou mais. Cabelos brancos, enérgica, ensinava a ler, escrever e contar em aulas particulares diurnas para crianças e à noite para adultos. Com a cartilha em uma das mãos e a palmatória na outra.
As 4 operações ela ensinava com a tabuada cantada: um mais um, dois; duas vezes dois, quatro; duas vezes quatro, oito; duas vezes oito, dezesseis, noves fora sete...

Os alunos faziam as anotações em lousas portáteis de ardósia, de duas faces, enquadradas em madeira, com lápis da mesma pedra.
“Seu” Trajano, o esposo, era curtidor de peles de animais silvestres, com tanino de cascas de barbatimão e angico.

A Venda

Meu pai era o vendeiro.

Pequenos Serviços

Militão não tinha emprego certo. Rachava lenha. Enterrava bichos mortos. Era feioso. Tinha os dentes grandes e salientes. E babava.
Na quaresma  o povo dizia  ele virava lobisomem.

Depois o tempo passou,
o lugar virou cidade
e tudo isso acabou.

(continuará, nos próximos dias, até a publicação de todo o livro, que acaba de ser lançado em edição artesanal de apenas 10 volumes. As partes já publicadas podem ser lidas na seção Colunistas - Luiz de Paula)

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Mensagem N°34156
De: Maurício Data: Quinta 17/4/2008 09:09:21
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

A Baixada Fluminense, como o próprio nome já nos dá uma idéia, logo na entrada do Rio de Janeiro, é uma grande faixa de área territorial onde, atualmente, devem morar para mais ou quase milhão de pessoas, e sendo uma baixada, quase no mesmo nível topográfico do mar, dificilmente escoa suas águas: ali o índice de pobreza enorme, com a dificuldade natural de fazer fluir seu esgoto torna-se um eterno berçário de moléstias, dentre elas a dengue. Com notícia de que neste próximo século o nível do mar deverá subir cerca de 1,5 m, catastrofe gigantesca está sendo anunciada e para evitá-la deve o poder público desenvolver projeto de desapropriação e evacuação desta área. Vejo assim.

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Mensagem N°34155
De: José Alves Data: Quinta 17/4/2008 08:46:35
Cidade: Ribeirão das Neves

No momento em que M. Claros, por seus governantes, escolheu ser uma cidade penitenciária "de trânsito", é preciso que saiba: a região de Ribeirão das Neves, aqui na área metropolitana de BH, é a mais atrasada de todas exatamente porque, há cerca de 50 anos, aceitou ser sede de uma penitenciária modelo. De lá para cá, pioramos em tudo, até virar a região mais violenta de toda a área metropolitana. É uma tragédia. Montes Claros deve reagir, e impedir que seja transformada numa imensa penitenciária.

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Mensagem N°34151
De: Luciano Guedes Data: Quinta 17/4/2008 07:24:48
Cidade: Maracás/BA

Titulo da notícia: Acidente com três carretas mata duas pessoas na saída de M. Claros para Francisco Sá
E-mail: [email protected]
Comentário: Essa notícia foi recebida com muita tristeza, pois Aumerindo (Motorista) era uma pessoa muito querida por todos nós, conterraneos.

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Mensagem N°34148
De: Jorge Silveira Data: Quarta 16/4/2008 18:27:21
Cidade: Montes Claros

As estatísticas da polícia podem até mostrar o contrário, mas parece que o aumento dos assaltos ocorre proporcionalmente à diminuição das blitzes contra os motoqueiros. Nos últimos dias parece que a polícia entrou de férias, não se viu blitz em lugar algum da cidade, e, por consequência, os assaltos aumentaram. Só no final de semana, foram quatro assaltos a postos de combustíveis. E os bandidos, sempre de moto, que é hoje a principal arma dos assaltantes. A polícia não pode abrir a guarda um instante sequer e as blitzes têm que ser diárias, sempre em locais diferentes, para intimidar aqueles que se aproveitam da negligência policial para praticar pequenos e grandes furtos, deixando a população da cidade apavorada, com justa razão. Para a cidade dormir tranquila, a polícia tem que estar sempre acordada e alerta. Qualquer cochilo, é uma festa para os bandidos. E assim, Montes Claros vai só subindo no ranking das cidades mais perigosas do estado. Será que o nosso desenvolvimento, tão cantado e decantado por alguns, tem valido a pena?

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Mensagem N°34144
De: Francisco Data: Quarta 16/4/2008 17:22:29
Cidade: BH

De surpresa, a Tim lançou hoje o sistema de telefonia celular 3G em Belo Horizonte "e cinco capitais e em breve também no Rio de Janeiro e em São Paulo". As capitais são Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Recife e Salvador. Agora, nestes locais já é possível navegar na internet, sem fios, a velocidade de até 7000k.

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Mensagem N°34142
De: Luciano Lima Data: Quarta 16/4/2008 16:47:24
Cidade: Maracás/Ba

Titulo da notícia: Acidente com três carretas mata duas pessoas na saída de M. Claros para Francisco Sá
Comentário: Eu e a nossa familia estamos muito tristes e arrasados ao saber deste trágico acidente de um nosso ente muito querido. O governo deveria fazer melhorias e manter mais segurança nas estradas. Muitas outras familias ficam incorformadas quando se perdem entes querido nestas estradas de MOntes Claros.

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Mensagem N°34114
De: Carlos Data: Quarta 16/4/2008 04:48:04
Cidade: Montes Claros-MG

E pensar que há alguns anos em Moc, lutavamos para que nossos governantes eliminassem as Muriçocas que pertubavam nosso sono! Hoje temos muriçocas, Aedes aegypti , boates e carrocinhas de som que tiram nosso sono!

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Mensagem N°34109
De: Ana Data: Terça 15/4/2008 23:39:02
Cidade: Montes Claros

Por que, meu Deus, por que tanto horror diante dos Céus?

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Mensagem N°34108
De: EVANISTA Data: Terça 15/4/2008 23:36:13
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

O repórter Roberto Cabrini acaba de ser preso em São Paulo. Ao que parece, ele caiu em armadilha para apanhar traficantes. A Globo vai deitar e rolar!

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Mensagem N°34107
De: LUIZ CARLOS Data: Terça 15/4/2008 23:30:59
Cidade: BAGÉ/RS  País: BRASIL

Estou congelando em Bagé/RS e ouvindo a 98 que está cada vez melhor, um abraço ao meu povo em Mirabela.

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Mensagem N°34106
De: Joanes Data: Terça 15/4/2008 23:16:38
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

O pai do investigado Alexandre Nardoni, é tributarista com vasta experiencia e esteve em Montes Claros por duas vezes no ano passado, onde se reuniu com empresários por indicação de uma empresa distribuidora de petróleo da cidade de Paulínia/SP. Com um vasto conhecimento na área tributária e com uma simplicidade visível certamente jamais imaginou o inferno em que seria empurrado neste lamentável fato.

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