Em M. Claros: "...percebeu que o pai, violento, tinha ateado fogo em um colchão em um quarto e aberto o registro de um botijão de gás, tentando ainda colocar fogo no restante da moradia, com o uso de um isqueiro"
Quarta 08/02/23 - 18h31Homem põe fogo na casa com filho cadeirante e neta dentro e foge
Cadeira de rodas foi queimada, mas não houve feridos. Caso ocorreu em Montes Claros, no Norte de Minas
Luiz Ribeiro
A Polícia Militar procura por um homem de 58 anos, que, de acordo com boletim de ocorrência da corporação, ateou fogo na própria casa. O filho, cadeirante, de 34, e a neta, de 4, estavam dentro da residência no momento. O caso aconteceu na noite dessa terça-feira (7/2), no Bairro Mangues, em Montes Claros, no Norte de Minas.
As pessoas que estavam na casa escaparam, mas os seus pertences foram destruídos pelo fogo.
O cadeirante foi retirado da casa ajudado por uma irmã, de 29. A criança, filha dela, também saiu ilesa.
O Corpo de Bombeiros foi chamado e combateu o incêndio. Os militares não conseguiram impedir que as chamas destruíssem bens das vítimas, como móveis e roupas, além da cadeira de rodas elétrica e documentos.
A mulher alegou que discordou da forma com que o homem tratou a própria neta e saiu em defesa da menor. Nesse instante, o pai teria pegado um facão e partido para cima da filha. O irmão dela, que é cadeirante, tentou defender a mulher, que conseguiu desarmar o pai e correu em direção à rua.
Em seguida, de acordo com informações da Policia Militar, ela retornou para dentro da casa, quando percebeu que o pai, violento, tinha ateado fogo em um colchão em um quarto e aberto o registro de um botijão de gás, tentando ainda colocar fogo no restante da moradia, com o uso de um isqueiro.
Ainda conforme a PM, o cadeirante, mesmo com a limitação, chegou a tentar impedir o pai de atear fogo na residência, mas não conseguiu detê-lo.
Quando as chamas se espalhavam, a mulher retornou à casa e conseguiu salvar o irmão e orientou que a filha corresse para fora.
O autor do incêndio criminoso fugiu e continua sendo procurado pela Polícia Militar.
Luiz Ribeiro: Eu evito fazer comentários sobre o teor de matérias que apuro e publico. Mas, desta vez, vou comentar como ser humano: ao longo do meu tempo de trabalho jornalístico, nunca vi tanta crueldade: colocar fogo na casa onde está o filho cadeirante e ainda uma neta de 4 anos? Para onde está caminhando a humanidade? o que está faltando?