Deputado Maranhão surpreende de novo e, em 4 linhas, de madrugada, volta atrás na decisão de anular o impeachment

O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, decidiu no final da noite de ontem revogar a sua própria decisão de anular a sessão da Câmara que autorizou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O recuo foi confirmado pela assessoria de imprensa da Câmara, tem apenas 4 linhas, e já foi comunicado ao presidente do Senado, Renan Calheiros.
REVOGAÇÃO
Horas antes, Waldir Maranhão havia informado a sua decisão a deputados do PP, o seu partido. "Revogo a decisão por mim proferida em 9 de maio de 2016, por meio da qual foram anuladas as sessões do plenário da Câmara dos Deputados ocorridas nos dias 15, 16 e 17 de abril de 2016, nas quais se deliberou sobre denúncia por crime de responsabilidade número 1 de 2015", diz o texto de sua decisão.
REAÇÃO
Integrantes do governo se dirigiram, por volta da meia noite, à casa de Waldir Maranhão para tentar demovê-lo da ideia, mas não conseguiram. O jornal “Folha de São Paulo” diz que, “entre outras coisas, pesou em sua decisão a forte reação na Câmara, cuja maioria dos partidos decidiu convocar uma sessão à sua revelia para revogar o seu ato nesta terça”.
AMEAÇA
O seu próprio partido, o PP, o ameaça de expulsão. De acordo com a Folha, “Maranhão tinha relatado a interlocutores o receio de, por causa da decisão, ser expulso do PP e, consequentemente, perder seu mandato”.